No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto Nástio Mosquito

 
Inauguração / Opening 20 de novembro, 20h / November 20, Wednesday, 8pm

21 de novembro de 2019 a 15 de fevereiro de 2020

 

“No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto” é uma exposição expandida que integra uma instalação audiovisual composta por nove soundscapes, um programa semanal de sessões áudio intitulado “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions”, distribuição de autocolantes e folhetos, performances e colaborações que podem acontecer de forma mais ou menos espontânea, num projeto que Nástio Mosquito mantém aberto à participação de outros artistas, performers e músicos.

 No HANGAR em Lisboa, mas que poderia ser em Luanda ou Brasília, o título surge como uma provocação e confronta-nos com as conotações negativas da expressão “trabalho de preto” - racista, esclavagista, estereótipo étnico depreciativo, entre outras -, e, paralelamente, agencia-a fator de unificação. Porque, como expõe Nástio Mosquito, o desafio é “falar com todos os pretos loiros, pretos morenos, pretos acromáticos, pretos das redes sociais, pretos com suposta representatividade, pretos que todos os dias acordam com a vontade interior de serem resoluções de problemas…”.

O atual projeto prossegue “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Uso universo de trabalho que o artista estreou em maio de 2019, com uma série de performances ao vivo que foi apresentada no âmbito do programa de abertura oficial da 58ª Bienal de Arte de Veneza, então com a derivação “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Our.Performance”.

 A partir da palavra “mosquito”, o artista encetou uma pesquisa de base autobiográfica que explora perceções sobre o inseto com que partilha o sobrenome, identificando as valorações e impactos mais nefastos que este pode ter como: “não são uma preocupação Europeia”. O universo de Mosquito toma a forma de performances, instalações, podcasts, exposições ou de qualquer outra experiência multissensorial que apoie a “exploração política dos nossos sonhos” e a sua pesquisa sobre o que realmente preocupa as pessoas. Criar “oportunidades de encontro” e “entendimentos sobre capacidades que são interdependentes”, constituem condições prioritárias para o que Mosquito descreve como a “necessidade de cuidar” (to care), expressa no manifesto que expande agora até Lisboa: “Não é possível comprometermo-nos com algo que nos preocupa sem impactar o mundo. Vamos impactar o mundo porque nos preocupamos”.

“No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto” is an expanded exhibition featuring an audio-visual installation with nine soundscapes, a weekly program of audio sessions entitled “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions”, distribution of stickers and leaflets, performances and collaborations that can occur more or less spontaneously, in a project that Nástio Mosquito keeps open to contributions by other artists, performers and musicians.

At HANGAR in Lisbon, but it could be also in Luanda or Brasilia, the project’s title comes as a provocation and confronts the negative connotations of the Portuguese expression “trabalho de preto” (“black labour”) - racist, enslaver, derogatory ethnic stereotype, among others -, and, at the same time, it acts as a unifying factor. Because, as Nástio Mosquito puts it, the challenge is to “talk to all the blond blacks, dark blacks, achromatic blacks, blacks from social networks, blacks with supposed representativeness, blacks that wake up every day with the inner will to be problem solving… ”

The current project continues “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Us”, a universe of work that the artist debuted in May 2019, with a series of live performances presented during the official opening of the 58th International Art Exhibition La Biennale di Venezia, then and there with the derivation “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Our.Performance”.

From the word “mosquito” the artist embarked on an autobiographical research that explores common perceptions about the insect with which he shares the surname, identifying its most harmful assessments and impacts as: “they are not a European concern”. Mosquito’s universe takes the form of performances, installations, podcasts, exhibitions or any other multisensory experience that supports the “political exploration of our dreams” and his research on what people really care about. Promote opportunities “to come together” and the “understanding of our  interdependent capacities”, define Mosquito’s priorities in what he describes as the “need for care”, also expressed in the manifesto that he now expands to Lisbon: “There’s no way for you to commit to what you care about, and not impact the world. Let’s impact the world by caring”.______________

No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto
Exposição / Exhibition
21 de novembro de 2019 a 15 de fevereiro de 2020 / November 21st 2019 - February 15th 2020
Quarta a sábado, 15h às 19h / Wednesday to Saturday, 3 pm – 7 pm
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No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions
Sessões áudio / Audio sessions (45”)
NOV    20, 28 | 21h / 9pm
DEZ     6, 10, 17 | 21h / 9 pm
JAN     8, 15, 24, 30 | 21h / 9pm
FEV     7, 15 | 21h  / 9pm

Nástio Mosquito artista multimedia, conhecido por performances, vídeos, música e poesia que revelam um forte compromisso com o potencial sempre em aberto da linguagem. O seu trabalho é facilmente mal interpretado como uma forma de saturação com o mundo, porém, e em oposição, é a extraordinária expressão de um desejo urgente de envolver-se com a realidade a todos os níveis. **

Multimedia artist Nástio Mosquito is known for performances, videos, music and poetry that show an intense commitment to the open-ended potential of language. Easily misread as a kind of world weariness, it is the extraordinary expression of an urgent desire to engage with reality at all levels.

www.nastiomosquito.com
www.nastiomosquitotrilogy.com

16.11.2019 | par martalanca | Nástio Mosquito

Wywiad z Nástio Mosquito / Interview with Nástio Mosquito

In the video, the curator of the Army of the Individual Idiom Nastio Mosquito ponders the issues of artist’s identity and responsibility through the voice of James Baldwin, also commemorating the recently deceased Bisi Silva, a Nigerian female artist. Bisi Silva died in a hospital in Lagos on 12 March, aged 54. She was a resourceful curator who funded a non-profit art gallery and education centre in Nigeria’s biggest city of Lagos, which enabled the artistic scene to flourish, allowing contemporary African artists to gain wider recognition. Materials and sources used: - James Baldwin’s speech entitled „The Moral Responsibility of the Artist”, which he gave at the University of Chicago in 1963 https://www.youtube.com/watch?v=PlnDb…, - Richard Sandomir’s article, issued on 25 February 2019 in The New York Times, - interview with Nastio Mosquito by Kasia Tórz from 13 December 2018. realizacja: Irek Bednorz koncepcja: Nástio Mosquito

 

03.05.2019 | par martalanca | Nástio Mosquito

Nástio Mosquito & Pere Ortín - BOFA DA CARA

04.11.2013 | par martalanca | Nástio Mosquito

"Deixa-me Entrar" de Nástio Mosquito

DZZZZ Artwork apresenta:
“Deixa-me Entrar” de Nástio Mosquito.
Adquira já CD + DVD (Música, Vídeos, Entrevistas e Textos), no Espaço Bahia, Stromp, Discoteca Valódia e Made in Angola.
Conheça o universo do Artista num clique.

www.nastiomosquito.com

DZZZZ Artwork presents Nástio Mosquito’s Latest CD + DVD:

“Let Me In” laden with Music, Videos, Interviews, Lyrics and many more!!! Buy now in Espaço Bahia, Stromp, Discoteca Valódia and Made in Angola.

Get to know more of the Nástio’s Universe here

03.12.2012 | par martalanca | Nástio Mosquito

performance e concerto Nástio Mosquito, 12 e 19 julho, LUANDA

Lançamento do EP (CD & DVD) intitulado “Deixa-me Entrar”, do artista angolano Nástio Mosquito.

A apresentação vai acontecer dia 12 de Julho de 2012, no Hotel Globo Galeria SOSO, às 19h30. Para esta data o artista reserva a realização de uma performance.
O concerto será realizado no Espaço Bahia, dia 19 de Julho de 2012, às 21 horas. Serão
interpretados os temas do álbum acima referido. Trata-se de um trabalho inovador e emocionante
para a música angolana hoje, com conteúdos diferenciados e com bom humor sobre esperança,
optimismo, paz, amor, indecisão, coragem e demais asuntos presentes no quotidiano angolano,
sentidos e observados pelo artista.

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10.07.2012 | par candela | concerto, espaço bahia, Luanda, Nástio Mosquito, performance

Nástio Mosquito na Sétima Bienal em Shenzhen/China

O artista angolano Nástio Mosquito está em Shenzhen (China) a participar da Sétima Bienal de Escultura da cidade, que vai decorrer até o dia 31 de Agosto.

O convite foi feito pela OCAT (Contemporary Art Terminal), instituição organizadora. À semelhança dos anos anteriores OCAT convidou 10 artistas internacionais para ficar em Shenzhen cinco/seis semanas para criar obras de arte para a bienal. 

Neste ano, a actividade começou com um passeio a pé pela cidade com os artistas convidados e os membros da organização.

Para além da performance que vai apresentar, Nástio Mosquito tem exposta na Bienal a sua obra denominada “3 Continentes”.Nástio Mosquito é artista visual, performer e trabalha com música. Brevemente vai lançar no mercado angolano o EP intitulado “Deixa-me Entrar”. Um trabalho inovador e emocionante para a música angolana hoje, com temas sobre amor, coragem, esperança e outros assuntos presentes no quotidiano angolano, sentidos e observados pelo artista.

15.05.2012 | par martacacador | Bienal de Shenzhen, Nástio Mosquito, OCAT

Nastio Mosquito : Bebi Beberei Bebendo

acabadinho de sair…

 

Nástio Mosquito é um dos mais talentosos artistas angolanos, um músico contemporâneo bem à medida da sonoridade em que vivemos. É um homem de várias artes, sentindo-se em casa no palco como performance artist, ou como contador de histórias e leitor de poemas, ou mesmo como a voz detrás do microfone, liricamente discursando por cima de um beat.
O álbum “DEIXA-ME ENTRAR” conta com 5 temas, 5 vídeos e alguns extras custa mil kwanzas. 

14.04.2012 | par martalanca | Nástio Mosquito

e para lembrar os Ecos da Banda

23.12.2011 | par martalanca | ikonoklasta, Kalaf, Keita Mayanga, Mck, Nástio Mosquito

GhostBusters [from nightmare to memory]

'Mutilado' by Bofa da Cara'Mutilado' by Bofa da CaraClaudia Cristovao, Nastio Mosquito
GhostBusters I [from nightmare to memory]
A Project by SAVVY Contemporary Berlin and Iwalewa -Haus Bayreuth

 

SAVVY Contemporary, Berlin
Richardstraße 43/44
12055 Berlin, Germany

 

The exhibition project GhostBusters [from nightmare to memory] features the work of two outstanding young artists: Claudia Cristovão and Nástio Mosquito. The projects’ concept derives from the metaphor of Africa as a phantom in the post-colonial, post-socialist and post-war mind, explored and imagined by the artists in very different ways. The artworks (video-work, installation and photography) deal with imagination as aesthetic practice, approaching different layers of memory and (imagined) history. One of the leading ideas is the exploration of (absent) memories in the cultural archive, of visual tropes in the wasteland of the bizarre and the uncanny.

Nástio Mosquito and Claudia Cristovão have both been born in Angola in the 1970s. While Claudia Cristovão later moved to Portugal and the Netherlands, Nástio Mosquito returned to live and work in Angola after some years abroad. Both artists explore the project theme in individual but complementary ways. The question of origin and belonging is one of their common topics, widening the imagination of the phantom Africa. The question of a possible future – also as artist in and from Africa – is also questioned alongside the project.

The project GhostBusters [from nightmare to memory] starts in September 2011 in Berlin at SAVVY Contemporary and continues in April 2012 with GhostBusters II [from memory to vision] at Iwalewa-Haus in Bayreuth. Both artists stay in Berlin and Bayreuth for short-term residencies to be able to develop a relationship to the exhibition-spaces as well as the cities. Time and space are given to explore the phantoms within the respective urban-scape of the cities, thus finding a way to find tracks and traces of dreams and nightmares in both imaginary and real space. The real and the mental space work as analogon within the whole project. Especially the peripheries of both spaces with their forgotten and obscure places are considered. The artist’s exercises of re-membering thus unlock and unpack the (inner) marginal landscapes.

07.09.2011 | par nadinesiegert | Berlin, Claudia Cristovao, exhibition, GhostBusters, Iwalewa-Haus Bayreuth, memory, Nástio Mosquito, nightmare, Savvy Contemporary

FLUXUS, African contemporary art, Reggio Emilia

FLUXUS African contemporary art EXPO Art 2011

julho aos sabados e domingos  

Igreja SS. Carlo e Ágata

via San Carlo, 1 – Reggio Emília (Itália) 

Primeira exposição [1ª de 6]: KILUANJI KIA HENDA (Angola) ‘Fluxus’

NASTIO MOSQUITO (Angola) & VIC PEREIRO (Espanha)

‘Find’ ‘Abuse to simplify’ ‘Customize objective mine’ ‘You what see’

TRACY ROSE (África do Sul) ‘The wailers’

 

O programa da exposição reúne 12 autores internacionais, como Kiluanji Kia Henda (Angola), Nastio Mosquito (Angola) & Vic Pereiro (Espanha), Tracy Rose (África do Sul), Zoulikha Bouabdellah (Argélia), Mounir Fatmi (Marrocos), Ihosvanny (Angola), Yonamine (Angola), Ingridmwangiroberthutter (Quênia), Loulou Cherinet (Etiópia), Ruth Sacks (África do Sul), para além do grande William Kentridge (África do Sul), que descreve a vida na África do Sul nos anos do apartheid.

A primeira iniciativa terá como protagonistas Kiluanji Kia Henda com o video “Fluxus”, Nástio Mosquito & Vic Pereiro com “Find”, “Abuse to simplify”, “Customize objective mine”, “You what see” e Tracy Rose com “The wailers”, todos dedicados a temáticas sociais da atualidade.

A Fundação Sindika Dokolo, através da qual foi possível realizar o programa da exposição, é uma das poucas fundações e coleções de arte contemporânea com sede em África, na capital angolana. Sustentada e presidida por Sindika Dokolo e dirigida por Fernando Alvim, a fundação ocupa-se da conservação, promoção e valorização das mais de 3000 obras da coleção homónima, organiza a Trienal de Luanda e participa em exposições internacionais como a Bienal de Veneza, SD Observatorio.

 

tradução de Alice Girotto

15.07.2011 | par martalanca | kiluanji kia henda, Nástio Mosquito

Não sei se vou-te amar de Nástio Mosquito

22.03.2011 | par martalanca | Nástio Mosquito

Angola pelas Artes - sobre os artistas angolanos que foram à Bienal de S.Paulo

Famoso, de um lado, pelos petrodólares, e de outro, pela desigualdade social, o país exporta também a cultura, que conta seu passado e projeta o que pode vir a ser o seu futuro.

Por Eliza Capai

Fotos de construções e uma maquete dentro de um semiglobo de acrílico anunciam: a África vai enviar um foguete para o espaço, o Icarus 13. Na capital angolana, Luanda, já vemos a nave instalada. “A primeira ideia foi uma viagem lunar, mas a lua já havia sido visitada. Então lembrei de uma história sobre isto de Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique”, explica o angolano idealizador da “façanha espacial”, Kiluanji Kia Henda. Enquanto americanos e russos disputavam o espaço na Guerra Fria, Samora decidiu não ficar de fora da disputa e anunciou que os africanos também deveriam ir para o espaço: mas eles iriam para o sol. “As pessoas ficaram muito animadas com esta idéia”, continua Kiluanji, “mas um dos camaradas questionou Samora: `mas o sol é muito quente` e então Samora respondeu: `não se preocupe, camarada, eu já pensei nisto: nós vamos para o sol, mas vamos à noite”, diverte-se.

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03.03.2011 | par martalanca | kiluanji kia henda, Nástio Mosquito, yonamine

SAINDO DO ARMÁRIO - (MY BLUE PRINT) by Nástio Mosquito

New CD & DVD, and digital album by Nástio Mosquito

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“Finalmente alguns dos melhores temas dos últimos 10 anos na música de Nástio Mosquito em cd & dvd.” 

“Finally some of the best songs of the past 10 years of Nástio Mosquito in music on a cd & dvd.”

Produced by Dzzzz Artwork. Art direction by Vic Pereiró

Now available on: iTunes, Napster, Myspace, Amazon, etc

http://nastiomosquito.com/

 

14.02.2011 | par franciscabagulho | angola, música, Nástio Mosquito

11 DEZEMBRO | 16.30 | MUSEU DA ELECTRICIDADE - "Africalls!" com Nástio Mosquito

Apresentação do documentário Africalls? onde Nástio Mosquito, angolano, artista visual, músico, performer, videasta é o “guia“ da cidade de Luanda, mostrando o seu contexto, as suas inquietudes e motivações de criação.

Africalls? fez parte de um projecto de exposição e livro da Casa África, nas Canárias. Projecto curado por Elvira Dyanani Ose. Realização de Pere Ortín Andrés e produção We are here! films.

A apresentação em Lisboa é organizada em colaboração com Francisca Bagulho.

10.12.2010 | par martalanca | Nástio Mosquito

Dia de Luanda na Trienal de Arquitectura de Lisboa, 11 Dezembro

Apresentação do documentário Africalls? onde Nástio Mosquito, angolano, artista visual, músico, performer, videasta é o “guia“ da cidade de Luanda, mostrando o seu contexto, as suas inquietudes e motivações de criação.
Africalls? fez parte de um projecto de exposição e livro da Casa África, nas Canárias. Projecto curado por Elvira Dyanani Ose. Realização de Pere Ortín Andrés e produção We are here! films.
A apresentação em Lisboa é organizada em colaboração com Francisca Bagulho.

11 dezembro | 16.30 | museu da electricidade

+infos africalls    + info trienal arquitectura lisboa    + info nástio

06.12.2010 | par franciscabagulho | Luanda, Nástio Mosquito, Trienal de Arquitectura de Lisboa

Quem São os SLIM AFRO BOOTY (OU S.A.B.)?

Slim Afro Booty são DJ DJeff e Nástio Mosquito. A probabilidade destes dois artistas trabalharem, proliferamente e harmoniosamente, juntos é equivalente à probabilidade da massa ou Pasta ser de facto originária da China e não da Itália! Estas coisas acontecem…

O projecto da dupla nasceu na cidade de Luanda, Angola, depois de DJeff desafiar Nástio a participar em duas das suas canções; Nástio, sempre mais oitenta do que oito, disse, “…ou um projecto inteiro, um LP, ou acho que não estamos a fazer nada!”. DJeff mais do que  apto e disposto não perdeu tempo. Os dois fluíram na energia de cada um e, com uma pequena ajuda de Kalaf Ângelo, os Slim Afro Ass viraram Slim Afro Booty (S.A.B.) para oferecer uma experiência musical, audiovisual e performativa.

Estes são os S.A.B., Angolanos do Mundo que na urbe Luandense, e da urbe Luandense, criam, sobre a base da Dance Music, sons e textos que estão tão à vontade numa discoteca sexta-feira à noite, como na sua sala num final de manhã de Domingo; não perdendo relevância em todos os momentos intermédios.

O resto? O resto experiência vivida dirá…

SLIM AFRO BOOTY (SINGLE) - DE JA VU 

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Tiago Barros / Djeff   www.djdjeff.com   www.myspace.com/djdjeff1   www.soundcloud.com/djeff

 

12.11.2010 | par franciscabagulho | DJeff, Kalaf Ângelo, Nástio Mosquito

quem é a mulher angolana?

Pode haver algo mais belo do que um corpo nu? Um corpo despojado de adereços, livre com a sua verdade, a sua disponibilidade para a vida, as marcas desta no corpo e a sua fusão com outros elementos (e outras vidas)…
Acaba de sair, pela DZzzz Ent, um livro onde a nudez é contemplada pelo olhar de um fotógrafo angolano, Massalo, que dá nome ao livro. Preto e branco, as cores que Massalo mais escolhe nos seus trabalhos “à volta de ideias. Por vezes soltas e abstractas, por vezes claras. Este livro é uma mistura” - a abstração da mulher e a soltura da nudez. A conexão entre a praia (mar e areia) e a mulher, presente no imaginário do fotógrafo que cresceu com as fantásticas histórias da Kianda (a sereia guardiã de Luanda), e outras sereias da mitologia africana e grega.

É que não faltam ligações entre a água e o feminino. A figura Mami Wata, com a sua beleza excessiva e sobrenatural, cabelos longos e uma tez muito leve, poderia perfeitamente ser evocada. É uma das divindades da água, adorada na África Ocidental, Central e Austral e na diáspora africana, nas Caraíbas e em parte da América do Norte e do Sul. Poderíamos falar  também da super adorada brasileira “Rainha do Mar” Iemanjá (ou Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria), cuja festa de homenagem - todos os anos em Salvador (a 2 de Fevereiro) ou na passagem de ano no Rio de Janeiro - junta milhares de pessoas vestidas de branco, numa procissão até ao templo na foz do rio Vermelho ou até ao mar, onde se lançam oferendas, espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e pentes, para embelezar Iemanjá que assim trata dos seus lindos cabelos (os brilhos do luar nas águas), como tão bem descrevia Jorge Amado.

A Massalo “interessa esta fusão entre a feminilidade e o mar”, que é um elemento feminino. “A fonte de alimento, o mistério, os cheiros, o conforto de suas águas como do útero materno se tratasse… muitos mais paralelos poderia fazer.” Este livro é, portanto, uma celebração da mulher e sua ligação aos elementos de água (vida). Curiosa esta celebração da mulher ser iniciativa de dois homens. Nástio Mosquito resolveu editar o livro porque “vai mexer com as pessoas”. No contexto de “uma sociedade com sede de mudança e, com a extrema necessidade de se libertar de dogmas que contribuem para o isolamento de sonhos, filosofias e alternativas de vida”, diz Nástio, é importante valorizar “esta nova mulher que se assume com escolhas, dona do seu corpo e da sua vontade de existir coerente com o seu ambiente, com a sua condição de ser belo, livre e dominante; é assim também o Mar” explica Massalo.
O diálogo da mulher com a sociedade começa com os pais, maridos, namorados e filhos - e outras mulheres, ora bem. As organizações que pretendem representar e defender as mulheres, conhecerão realmente o que a mulher angolana busca e procura ser hoje?
 O desafio que Nástio Mosquito propõe é este: “falar do espaço da mulher em sociedade e como isso se reflecte no relacionamento com o seu corpo, a sua estética e a sua filosofia de vida enquanto mãe, filha e irmã”. A partir de um acto tão simples, pois todas nele vivemos: o nosso corpo, “averiguar a postura social em relação ao seu corpo e vida, estabelecer novas possibilidades de diálogo e de existência no domínio público angolano.” Lembrar e celebrar as mulheres neste país, antes de mais, muitas vezes remetidas para  planos secundários quando são elas a base e sustento da dinâmica de Angola.
 As fotos, de boa qualidade técnica e estética, mostram mulheres angolanas despidas - mas será que nuas?, “num desejo de eliminar tabus”, dizem os autores. As modelos do livro não são profissionais (e não estão identificadas nem por nome nem mostram o rosto – ainda o preconceito?), habitam a cidade de Luanda, e o corpo que emprestam à imagem de si próprias tem a ver com uma luta pela emancipação, “no sentido mais simples e prudente da expressão”. Numa declaração da liberdade.

Transformar em produto da casa

Nástio Mosquito optou por publicar as fotografias sem palavras de contextualização, no sentido de interagir culturalmente, “mexer com a forma hipócrita como a sociedade luandense e angolana reflecte sobre a mulher, quando olhada sem roupa seja em que contexto for”. Estas raparigas “queriam tirar fotos, viver a experiência, como se vêem; queriam sentir-se como querem ser, livres e sem vergonha de serem belas.” Não tem a ver com fama, não tem a ver com ganhar dinheiro, a beleza está ali na afirmação daqueles nus que se contorcem e se fazem desejar.
Nástio e Massalo já tinham colaborado numa publicação, Silhuetas, um pequeno livro de fotografias e textos da autoria de Massalo, com o qual deram “os primeiros passos nisto de fazer livros.” Foi tudo produzido em Luanda, onde há ainda limitações no papel, na mão-de-obra e os custos são elevados. Apesar disso, deixaram o investimento no país, querem “ser parte desta Angola que evolui melhorando-se… sem a obrigação de importar informação e tecnologia, mas adquirindo do mundo, com o mundo e no viver, conhecimento.” Há determinação aqui.

MASSALO da DZzzz Ent., 3000 kwanzas

27.09.2010 | par martalanca | Massalo, Nástio Mosquito

novo show de Nástio Mosquito

Gente do bem, tenho um novo show no Bahia, em Luanda. Venham curtir 50 minutos de boa vibe e algumas coisas que ainda não me viram fazer em Angola! 6 anos depois de “Beijinho No Rabo” apresento “Dor De Corno Sem Cabeça” às 22h no Espaço Bahia, Luanda, Sábados do mês de Junho.

Seria um prazer ver a vossa chipala por lá!!!  E se querem ter a certeza do tipo de experiência que podem viver no Bahia curtam aqui no dzzzzz. 

Boas vibrações, nástio mosquito.

foto de Cocafoto de Coca

14.06.2010 | par martalanca | Luanda, Nástio Mosquito, performance

Palavras na Cidade

ESPECTÁCULO DE SPOKEN WORDS

Em Julho, a Fundação Gulbenkian acolhe um espectáculo inédito de spoken words concebido por Carla Isidoro - uma das colaboradoras da Buala - no âmbito dos programas Descobrir/Próximo Futuro. “Palavras na Cidade” encerra um desafio: juntar artistas que admiram ou praticam a poesia falada mas que nunca fizeram spoken words em conjunto, sendo o DJ o artesão do cenário musical e o VJ o escultor visual das palavras que entram em palco. O spoken word tem reclamado o seu lugar dentro da cultura contemporânea urbana vivendo do improviso, da declamação pura ou revestido por música. Neste espectáculo Lisboa é o pano de fundo que permite tecer teias de contos, experiências e sonhos que remontam à oralidade das histórias para crianças que tão bem conhecemos, ou à perpetuação de memórias e passados que os griots continuam a manter em certos países africanos. São estórias que brotam das ruelas, das aspirações cultivadas à beira Tejo e da luz que impregna a vida da cidade. Hoje, Aqui e Agora são motes para a construção deste evento em que se criam narrativas de pertença e silábicas realidades.

programa aqui

Concepção: Carla Isidoro
Direcção artística: Carla Isidoro e Chullage
Co-criadores e Intérpretes: Birú, Chullage, Kalaf, Kika Santos, Nástio Mosquito, Vera Cruz, Dj Ride e visuais Droid-i.d.
Data: 11 de Julho às 21h30
Local: anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian
Preço: 10Euros

 

Nástio MosquitoNástio MosquitoBiru por Tiago MayaBiru por Tiago Maya

ChullageChullageVera CruzVera Cruz

Dj RideDj RideDj Paulo PrazeresVj Paulo Prazeres

KalafKalafKikaKika

05.06.2010 | par martalanca | Birú, Chullage, Dj Ride, Kalaf, Kika Santos, Nástio Mosquito, spoken words, Vera Cruz