Fazer mundos: do tempo que passamos juntos

 Fazer mundos: do tempo que passamos juntos É contra este desligamento, contra esta hierarquia da teoria sobre a praxis, por exemplo, que este livro opera. Não digo a que este livro se refere, digo “que este livro opera” porque, sentindo-se o que nos é informado numa nota na página final desta publicação, que se trata aqui de textos que derivam de publicações anteriores em artigos ou ensaios de jornal, sente-se também um pensamento que é feito acompanhando e entrelaçando-se, com a contingência, com as circunstâncias históricas atuais e com a práxis da vida quotidiana. É também de questões que reverberam diretamente dos dias que estamos a viver que este livro emerge, interpelando o nosso modo de os habitar.

A ler

31.05.2022 | por Liliana Coutinho

Vida: os cinco elementos (V e último)

Vida: os cinco elementos (V e último) A vida organiza-se em rede. Os produtores primários produzem o seu próprio corpo que serve de alimento aos herbívoros que, por sua vez, são o alimento para os carnívoros. Os decompositores alimentam-se da morte de todos os anteriores. As relações entre produtores, consumidores (herbívoros e carnívoros) e decompositores regulam os ciclos em que a matéria é reciclada. Transferem entre si a energia do Sol, que só pode ser capturada pelos produtores primários. Em cada transferência de energia, a maior parte é perdida.

Corpo

05.07.2021 | por Yayo Herrero

Humberto Maturana: “A democracia não é uma forma de governo, é uma forma de convivência e de nos respeitarmos a nós mesmos"

Humberto Maturana: “A democracia não é uma forma de governo, é uma forma de convivência e de nos respeitarmos a nós mesmos" A reflexão de Maturana trouxe-nos, entre outros, o conceito de autopoiésis (usado depois por tantos outros, entre eles G. Deleuze e A. Negri), para falar da autonomia dos sistemas vivos, que desenvolveu com o seu então estudante e colaborador, o neurobiólogo Francisco Varela; de acoplagem estrutural, para nos falar de relações entre sistemas autopoiéticos e o seu “nicho ecológico”. O seu trabalho contribuiu e contribui para quem age no campo da ecologia, da decolonialidade, da educação, da estrutura de organizações, biologia, entre outros. Vejo no reclamar da consciência do lugar da fala de cada um, o que ele dizia com frequência: “falo desde a…”, convidando-nos também a falar e a refletir a partir da legitimidade do lugar que ocupamos; não só a tomar como a ter consciência da nossa posição.

Cara a cara

31.05.2021 | por Liliana Coutinho