“Um nome para o que sou”

21 fev 2024 QUARTA- 18:00, 10 mar 2024 DOMINGO- 18:00, 10 abr 2024 QUARTA- 18:00

Local: Auditório 3 Fundação Calouste Gulbenkian

Entrada gratuita: Mediante levantamento de bilhete duas horas antes do início do evento

Exibição do filme sobre o livro “As mulheres do meu país” de Maria Lamas, que reflete sobre a matéria e forma do livro e as leituras e significados que pode trazer na atualidade.

Entre 1947 e 1949, a escritora Maria Lamas percorreu o país para dar a conhecer a realidade em que viviam as mulheres portuguesas. O resultado deste périplo foi o livro “As mulheres do meu país”. Passados mais de 70 anos, a realizadora Marta Pessoa e a escritora Susana Moreira Marques procuram compreender que livro é este e o que nos pode dizer hoje.

Um nome para o que sou é um filme sobre um livro e sobre o movimento que ele opera em nós quando o lemos.

Na sessão de dia 21 de fevereiro o filme será seguido de uma conversa sobre Maria Lamas e o livro “As mulheres do meu país” com Jorge Calado – curador, Marta Pessoa – realizadora e Susana Moreira Marques – argumentista.

Um nome para o que sou é um filme sobre o livro “As mulheres do meu país”. Mas o que se filma quando se filma um livro?

Setenta anos passados sobre a sua publicação, Marta Pessoa pede a Susana Moreira Marques, jornalista e escritora no Portugal dos anos 20 do século XXI, que se junte a ela na reflexão sobre a própria matéria e forma do livro e as leituras e significados que pode trazer na atualidade.

Em 1947-1949, Maria Lamas foi alguém que se implicou na história das mulheres com que se cruzou, que reportou a sua realidade, que opinou, que interpelou, que confrontou, que quis ir mais fundo. Alguém que, por vezes, se entristeceu e quase sempre se revoltou.

Em 2021, diante da câmara, Susana Moreira Marques procura colocar-se no lugar de Maria Lamas e olhar para o lugar que as mulheres ocupavam antes e ocupam hoje. Uma escritora olha para outra escritora. Uma mulher e outra mulher. Mais de setenta anos as separam. O livro é o mesmo, na sua desmesura.

O que este documentário propõe então, enquanto gesto fílmico, é um diálogo, um jogo de olhares. Há o olhar de Maria Lamas sobre as mulheres, o olhar da escritora sobre Maria Lamas e o livro, e o olhar da realizadora (do filme) que se envolve e simultaneamente observa todo este processo. Há as imagens e as palavras, de antes e de hoje.

https://gulbenkian.pt/agenda/um-nome-para-o-que-sou/

16.02.2024 | por mariana | exibição de filme, Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Lamas