O Nkeklet e a Janela Mandinga

O Nkeklet e a Janela Mandinga as origens de findi kadera parecem ter sido semelhantes e não menos violentas, se atentarmos à descrição de uma prática estigmatizante mandinga referida em português em princípios do séc. XVI: “E se alguun acha outro homem com sua molher leua ho diante delrey, e elrey da huun cuytello ao acusador na mão com q ha de fender ao adultero ho coyro de tras des ho pescoço ata o cuu”. Isto é, em caso de adultério flagrante, o marido ofendido fazia-se acompanhar pelo autor da ofensa à presença do rei, pondo este na sua mão uma faca destinada a fender a pele do adúltero desde o pescoço até ao traseiro.

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03.12.2024 | por Teresa Montenegro

Mali: análise de Samir Amin

Mali: análise de Samir Amin As ambições «coloniais» francesas - fazer do Mali um Estado cliente à imagem de alguns outros na região - talvez não estejam ausentes de certos responsáveis pela política maliana de Paris. A Françáfrica encontra sempre os seus porta-vozes, mas não constituem um perigo real, ainda menos maior. Um Mali reconstruído saberá também afirmar - ou reafirmar - rapidamente a sua independência. Em contrapartida, um Mali saqueado pelo Islão político reacionário seria incapaz, antes que passasse muito tempo, de conseguir um lugar honroso no tabuleiro regional e mundial. Como a Somália, arriscar-se-ia a ser riscado da lista dos estados soberanos dignos desse nome.

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15.02.2013 | por Samir Amin

Que resta das fronteiras africanas?

Que resta das fronteiras africanas? «Somos favoráveis a negociações e a que se encontre uma solução definitiva neste conflito entre o Mali e o Azawad», declarou em 16 de Novembro Bilal Ag Achérif, porta-voz dos rebeldes em Uagadugu (Burquina Faso), onde foi organizada uma mediação internacional. Por seu turno, as Nações Unidas discutem a possibilidade de uma intervenção militar. A divisão do Mali ilustra a fragilidade das fronteiras africanas, patente desde o fim da Guerra Fria.

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08.01.2013 | por Anne-Cécile Robert