Conversa entre a espada e o pescoço: Ghassan Kanafani

Conversa entre a espada e o pescoço: Ghassan Kanafani Quanto à escrita de Kanafani, ela não existe num vazio, mas como parte de uma prática política revolucionária no sentido mais amplo. Seja a partir da produção literária, onde relata, a partir de baixo e da sua própria experiência como refugiado, a Nakba palestiniana, recusando a sua naturalização ou eventualidade, ao introduzir o povo palestiniano como sujeito histórico que vive a Catástrofe como rutura que transformou radicalmente o seu quotidiano e a sua experiência espácio-temporal, mas também como processo em curso a ser contrariado por um permanente movimento de recusa e de retorno. Seja a partir de uma produção teórica que se alimenta e que alimenta a prática política revolucionária, quer a partir do que hoje chamaríamos de Estudos Culturais e Literários, quer a partir de complexas análises sociológicas, sempre informado pelo materialismo histórico como método.

A ler

01.10.2025 | por Bruno Costa