Ary Zara e Gaya de Medeiros estreiam Corre, bebé!

Peça reflete sobre conflitos e desejos da parentalidade

O espetáculo, que venceu a 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, estreia em Lisboa esta semana. De 20 a 29 de junho, Corre, bebé! estará em cena na Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda, em Lisboa.

Depois da estreia no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, no passado dia 6 de junho, Corre, bebé!, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, chega a Lisboa, para 8 apresentações na Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda, de 20 a 29 de junho.

Corre, bebé!, com criação e interpretação de Ary Zara e Gaya de Medeiros, faz um conjunto de reflexões sobre os conflitos e desejos da parentalidade. Um casal de pessoas trans pensa sobre o que pode ser gerar bebés num cenário pós-apocalíptico, cada vez mais presente no imaginário coletivo do nosso tempo. Expectativas, problemas conjunturais e inseguranças são abordados de forma poética, desenhando os receios e sonhos que podem surgir ao acompanhar o desenvolvimento de uma nova pessoa num futuro incerto.

O espetáculo foi o projeto vencedor da 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, que junta o Teatro Nacional D. Maria II, A Oficina/ Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo) e o Teatro Viriato (Viseu) para a atribuição de uma bolsa anual de criação artística, destinada a apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes, nacionais e estrangeiros, residentes em Portugal.

Criada em 2018, em homenagem à atriz e encenadora Amélia Rey Colaço, pelo seu importante papel na História do Teatro Português, a Bolsa Amélia Rey Colaço é uma bolsa de criação que pretende contribuir para a promoção da renovação do tecido teatral português, injetando-lhe novas ideias e vozes. Atribuída anualmente, esta bolsa garante um aumento do acesso de artistas emergentes e novas companhias de teatro a meios de produção fundamentais e a espaço de pesquisa, permitindo-lhes consolidar o seu corpo de trabalho, ao mesmo tempo que se promove e incentiva a criação de novas dramaturgias e o alargamento de públicos.

Depois da estreia no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e das apresentações em Lisboa, na Sala Estúdio Valentim de Barros / Jardins do Bombarda, de 20 a 29 de junho, Corre, bebé! vai ainda viajar por Viseu (Teatro Viriato, 4 de julho) e Montemor-o-Novo (O Espaço do Tempo, 5 e 6 de setembro). Destinado a maiores de 14 anos, o espetáculo inclui nudez parcial e aborda temas sensíveis, como suicídio, aborto e complicações gestacionais.

Mais informações sobre o espetáculo Corre, bebé! aqui.

ensaio, foto de Filipe Ferreiraensaio, foto de Filipe Ferreira

 

16.06.2025 | par martalanca | Ary Zara, Gaya de Medeiros, teatro

Corre, bebé!, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, vence a 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço

Este anúncio é feito no dia em que “POPULAR”, de Sara Inês Gigante, projeto vencedor da anterior edição da bolsa, se estreia em absoluto no Centro Cultural Vila Flor, no âmbito dos Festivais Gil Vicente, em Guimarães

Corre, bebé!, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, é o projeto vencedor da 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa promovida pelo Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), o A Oficina / Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), e o Teatro Viriato (Viseu), com o objetivo de apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes.
Ary Zara destaca-se como argumentista e realizador de cinema. A sua curta-metragem Um Caroço de Abacate integrou a shortlist para o Óscar de Melhor Curta-Metragem em Imagem Real. Integra o coletivo BRABA como cocriador e interprete das peças Atlas da Boca e BAqUE. É o diretor criativo da Queer Art Lab.
Gaya de Medeiros é atriz, bailarina, produtora e criadora. Desde a sua chegada a Portugal, assinou a criação de Atlas da BocaBAqUE e Pai para jantar, que circularam por vários pontos do mundo. Fundou a BRABA para fomentar ações protagonizadas por pessoas trans e não binárias. A sua pesquisa concentra-se na expansão das narrativas autobiográficas e na tensão entre o corpo, a palavra e o público. 

Corre, bebé! é um projeto multidisciplinar, que cruza performance e cinema. Em palco, estarão Ary Zara e Gaya de Medeiros, para protagonizar uma performance de cerca de 1 hora, que dará depois origem a uma curta-metragem de cerca de 15 minutos, filmada por Rita Quelhas. Esta curta-metragem pretende acompanhar uma mulher trans e um homem trans em torno das problemáticas de gerarem um bebé, pensando as questões da parentalidade.

foto de Cristina Assisfoto de Cristina Assis

O prémio para o projeto vencedor da Bolsa Amélia Rey Colaço traduz-se na atribuição de um valor pecuniário de 24.000€, para além do acesso a várias residências artísticas e da possibilidade de apresentar o espetáculo nos quatro teatros parceiros. Nesta 7.ª edição da Bolsa, foram recebidas 61 candidaturas, que foram submetidas à apreciação de um júri, que pré-selecionou 7 projetos para entrevista, tendo depois escolhido o projeto vencedor. Fizeram parte do júri: Pedro Penim (Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II), Sofia Campos (Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II), Pedro Barreiro (Diretor Artístico d’O Espaço do Tempo), Patrícia Carvalho (Diretora Executiva do d’O Espaço do Tempo), Rui Torrinha (Diretor Artístico do Centro Cultural Vila Flor – A Oficina), Marta Silva (Educação e Mediação Cultural – A Oficina), Henrique Amoedo (Diretor Artístico do Teatro Viriato) e Carla Augusto (Direção do CAEV).

Criada em 2018, em homenagem à atriz e encenadora Amélia Rey Colaço, pelo seu importante papel na História do Teatro Português, a Bolsa Amélia Rey Colaço, atribuída anualmente, visa apoiar jovens artistas e companhias emergentes, contribuindo para um aumento do seu acesso a meios de produção fundamentais e a espaço de pesquisa, permitindo-lhes com isso consolidar o seu corpo de trabalho.

Em seis anos consecutivos, a Bolsa Amélia Rey Colaço apoiou já a criação de seis espetáculos de jovens artistas: Parlamento Elefante, de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça (2018), Aurora Negra, de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema (2019), Ainda estou aqui, de Tiago Lima (2020), Another Rose, de Sofia Santos Silva, As Três Irmãs, de Tita Maravilha (2022), e POPULAR, de Sara Inês Gigante, que se estreia agora no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, seguindo depois em digressão e sendo apresentado em Viseu, no dia 14 de junho, no Teatro Viriato, e em Lisboa de 20 a 30 de junho, no Teatro Meridional.

Na noite desta sexta-feira 7 de junho, que marca a estreia absoluta do espetáculo “POPULAR” no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, realiza-se o ato presencial do anúncio do novo projeto vencedor, com a presença dos vários parceiros culturais constituintes da Bolsa Amélia Rey Colaço e das artistas Sara Inês Gigante e Gaya de Medeiros, vencedoras da prévia e atual edição desta bolsa.

 

09.06.2024 | par martalanca | Ary Zara, Gaya de Medeiros