Eliane Brum
Artigos com a etiqueta Eliane Brum
Arquivo de Etiquetas
- 32ª Bienal de São Paulo
- AfrikPlay
- afro-lusófonos
- afrohouse
- alterações climáticas
- amor
- Ano Bom
- Aprendizagem Social
- auto-fição
- Bastidores de fanzine
- BE
- Bienais do Sul
- borracha
- Brazil
- Bruce Albert
- calamidade
- Caribe
- Ceci Lombardi
- cena artística portuguesa
- CES
- Cheik Anta Diop
- city
- colonialisme
- colóquio
- curtas metragens
- Descobrimentos
- desigualdade social
- Diário do Deserto
- dictatorship
- dívida
- documentary
- dúvida
- e-book
- emigração
- emigrantes
- espaços de invenção
- espanha negra
- extractivismo
- Fanfare
- Fernanda Eugénio
- Festa do Cinema Italiano
- Franz Fanon
- frelimo
- fronteiras
- Giz
- Grande Entrevista
- Guiné-Conacry
- Horácio Frutuoso
- Humberto Maturana
- imagens
- impact
- itinerários
- Jorge Dias
- José Van Dunem
- Juan Tomás Ávila Laurel
- Juchitán
- kanga
- línguas nacionais
- literatura afrodiaspórica; pós-colonial; estudos da memória; estudos narratológicos; estudos feministas.
- Lituânia
- Louise Narbo
- luga de fala
- Lummba
- Maintenant
- mal
- MAM
- manifestações
- Mapuo
- Maria Cidraes
- migrar
- movimentos
- nominals
- Olodum
- paisagem
- palanque
- Panafricanismo e comunismo
- parente
- Paulo Nazareth
- pedro barateiro
- performance studies
- pessoas racializadas
- pintora
- políticas da memória
- Políticas Culturais
- Portugalidade
- profecia
- regime socialista
- ricardo pinto
- Salazar
- São João
- shere hite
- South Africa
- Steve Paxton
- trauma
- trocas culturais
- UNILA
- Victor Jara
- Virgem Margarida
- Visual Textual
- Vladimir Maiakovski
 Cerca de 40 mil pessoas deixaram de viver “no entre mundos”. Belo Monte deslocou-as, tornou-as “expatriados do seu próprio país no próprio país, submergiu-lhes as terras e as vidas. “Belo Monte é um mostruário de horrores. É também uma linha de montagem de conversão explícita de gente floresta em pobres”. Da fortuna da floresta passaram à pobreza das periferias da cidade de Altamira e de outras áreas urbanas, realojados em complexos habitacionais precários, sem árvores, sem rio. Tornaram-se o que não queriam ser, habitantes de lugares estranhos, forasteiros numa (des)organização social que os amputou.
				Cerca de 40 mil pessoas deixaram de viver “no entre mundos”. Belo Monte deslocou-as, tornou-as “expatriados do seu próprio país no próprio país, submergiu-lhes as terras e as vidas. “Belo Monte é um mostruário de horrores. É também uma linha de montagem de conversão explícita de gente floresta em pobres”. Da fortuna da floresta passaram à pobreza das periferias da cidade de Altamira e de outras áreas urbanas, realojados em complexos habitacionais precários, sem árvores, sem rio. Tornaram-se o que não queriam ser, habitantes de lugares estranhos, forasteiros numa (des)organização social que os amputou.		



