Contai aos vossos filhos

Contai aos vossos filhos A fotografia e a guerra formam, na nossa época, uma parelha que tem muito que se lhe diga, mas não uma leitura única. Susan Sontag, uma escritora americana que descreveu, historiou, e tentou explicar a estranha coligação deste estranho casal (a fotografia e os sofrimentos da guerra) no seu livro “Ohando o sofrimento dos outros” (que diga-se de passagem, foi traduzido por mim) diz a certa altura: “As guerras são agora também imagens e sons de sala de estar. A informação sobre o que está a acontecer noutro sítio, a que se dá o nome de «notícias», sublinha o conflito e a violência – If it bleeds, it leads [«Se há baixas, há cachas»], reza a provecta divisa dos tabloides e dos programas noticiosos de 24 horas – que recebem em resposta compaixão, ou indignação, ou excitação, ou aprovação, à medida que cada notícia vai surgindo.”

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15.03.2024 | por José Lima

Cara equipe editorial da Routledge

Cara equipe editorial da Routledge Exigimos que a editora republique imediatamente o livro completo, incluindo o artigo. Exigimos que os académicos referidos no artigo cessem toda perseguição às autoras e às outras vítimas que se manifestaram. Exigimos que esses académicos comecem a agir de acordo com as suas próprias palavras, e se disponibilizem para um processo real de justiça reparativa. Exigimos que as instituições académicas, incluindo as editoras científicas, constituam grupos de trabalho diversificados e idóneos para promover reparações pelas práticas de abuso fomentadas pelo sistema racista, capitalista e patriarcal do qual fazem parte, seja no sentido histórico ou no imediato. Todas sabemos.

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07.09.2023 | por várias

Do fogo que nos une: notas sobre antropofagia e micropolítica

Do fogo que nos une: notas sobre antropofagia e micropolítica A fronteira ela mesma entre eu e outro fica burlada na burla que é a antropofagia como jogo e possibilidade de afecção. A antropofagia é da ordem da aliança e do devir através da guerra. A guerra que empodera o inimigo ao predá-lo, porque mais que empoderar o eu, afirma simultaneamente o outro. A guerra antropofágica torna o estranho algo nomeável, produz corpos e pessoas, gente como a gente, permuta de perspectivas, afinidades.

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08.11.2017 | por Leonardo Bertolossi

Artistas acusam Governo islamista de jogar "o jogo de Ben Ali, o jogo do medo"

Artistas acusam Governo islamista de jogar "o jogo de Ben Ali, o jogo do medo" Salafistas ofendidos destruíram obras nas ruas de Tunes e um imã apelou à morte dos "descrentes". Houve tumultos e centenas de feridos. A arte serve para "ser bonita", diz o ministro da Cultura.

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22.07.2012 | por Sofia Lorena e Cláudia Sobral

“Catembe” ou queixa da alma jovem censurada

“Catembe” ou queixa da alma jovem censurada Filmado em 1965, “Catembe”, é um documentário de ficção realizado por Manuel Faria de Almeida sobre o quotidiano de Lourenço Marques. O transgressor da obra foi ter sido a primeira interpretação crítica da realidade colonial portuguesa. Após a censura da obra original – com 103 cortes e destruição da parte censurada - a segunda versão foi proibida. Dos seus 2400 metros originais restou metade pelo que figurou no Guinness Book of Records como o filme alvo de mais cortes por parte da censura na história do cinema.

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16.05.2010 | por Maria do Carmo Piçarra