Baile do Carmo


direção: Shaynna Pidori

 assistente de direção: Luana A. Costa

 produção executiva: Daniel Hanai

Com 26 minutos de duração, Baile do Carmo foge das tradicionais formas de narrar documentários sobre festejos históricos e constrói sua narrativa a partir das expectativas e preparativos de seus personagens: o imaginário dos frequentadores do evento é o detalhe mais importante da produção. Assim, destacam-se os preparativos para a festa, a integração entre as famílias e a valorização da comunidade negra na formação da sociedade local. A consciência de sua ancestralidade afro-brasileira junto ao desejo pela partilha do momento festivo e da alegria do encontro, toma o primeiro plano nas falas das personagens, desvelando-nos o segredo da longevidade e resistência do Baile do Carmo.

Em clara manifestação ritualística, a encenação de sua véspera traz à tona as histórias íntimas e coletivas de homens e mulheres que assinalam em suas palavras e gestos a beleza de sua afro-brasilidade: o cuidado com as vestimentas, a criação dos penteados, o frio na barriga ao pisar o salão pela primeira vez, a expectativa dos reencontros… O ápice do ritual, o Baile do Carmo em seu esplendor, congrega as diferentes gerações que, ao longo da história, inscreveram no tecido social de Araraquara a letra da cultura afro-brasileira. 

 

aqui matéria da TV Brasil

22.04.2011 | par martalanca | Baile do Carmo, documentário

Tarrafal - Memórias do Campo da Morte Lenta

Diana Andringa, 2010

Com: Edmundo Pedro, Eulalia Fernandes de Andrade, Joaquim Lopes, Morgan Rusler 
Produção: Diana Andringa

vai passar na RTP1, dia 27, às 23h

 

Filmado durante o Simpósio Internacional sobre o Campo de Concentração do Tarrafal, que reuniu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, muitos dos que por ali passaram – antifascistas portugueses (1936-1954) e nacionalistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde (1962- 1974) – o documentário recolhe as memórias do português Edmundo Pedro, um dos dois únicos sobreviventes do primeiro período do campo, e de angolanos, guineenses e cabo-verdianos que ali foram encarcerados na sequência do desencadear da luta de libertação nas colónias. Os relatos, na primeira pessoa, revelam-nos a extrema dureza desse “campo da morte lenta”, criado à imagem dos campos de concentração nazis, mas também o modo como os prisioneiros conseguiram organizar-se para resistir e para, apoiados apenas na força dos seus ideais, ali reinventar a vida, até à Libertação.

21.04.2011 | par martalanca | documentário, tarrafal

Doc's Kingdom 2011

Todas as fronteiras
A edição 2011 do seminário Doc’s Kingdom será programada tomando como base o conceito de fronteira no sentido mais lato do termo. Partindo da interrogação de “Todas as fronteiras”, pretende-se abordar a questão das fronteiras geográficas e políticas mas também, muito para além disso, a das fronteiras entre géneros cinematográficos ou entre diferentes dispositivos de filmagem – que, em rigor, é antes de mais a ultrapassagem de tais fronteiras no documentarismo contemporâneo. Partindo justamente da constatação de que esse estilhaçar de fronteiras é um dos traços identitários do documentário recente – senão mesmo de todo o cinema contemporâneo – o tema em causa será, como sempre, uma sugestão de entrada no programa e uma proposta para os debates, não uma limitação destes, sendo apenas subordinado à própria dinâmica do grupo de participantes.

All the frontiers
The 2011 edition of Doc’s Kingdom seminar will be programmed taking as its basis the concept of frontier in its broadest sense. Starting from the interrogation “All the frontiers”, we intend to address the issue of geographical and political frontiers but also, much beyond that, the issue of frontiers between cinematographic genres or between different shooting methods — which, strictly speaking, amounts to overtaking such frontiers in contemporary documentary filmmaking. Taking as its starting point the recognition that such a shattering of frontiers constitutes one of the identity traits of recent documentary – if not of all contemporary cinema – the theme in question will be, as always, a suggested path into the program and a proposal for the debates, not a limitation; it will only be dependent on very dynamics of the group of participants.

 

Doc’s Kingdom Seminário International sobre Cinema Documental

19.04.2011 | par martalanca | documentário, fronteiras

A Cidade dos Mortos, um filme de Sérgio Tréfaut

A Cidade dos Mortos, no Cairo, é a maior necrópole do mundo. 
Um milhão de pessoas vivem dentro do cemitério – em casas tumulares ou nos edifícios que cresceram em redor. Dentro do cemitério há de tudo: padarias, cafés, escolas para as crianças, teatros de fantoches… 
A Cidade dos Mortos estende-se por mais de dez quilómetros ao longo de uma auto-estrada, mas não deixa de ser uma aldeia, com mães à caça de um bom partido para as filhas, rapazes a correr atrás das raparigas, disputas entre vizinhos.
Preparado e rodado ao longo de cinco anos (2004-2009), este filme procura dar a ver a alma invisível do cemitério.

+ info

08.04.2011 | par martalanca | Cairo, documentário, morte

Ciclo Diana Andringa na Malaposta - Um Longo Caminho para a Liberdade

12-17 de Abril na Malaposta, em Lisboa

entrevista à Diana Andringa sobre o filme As Duas Faces da Guerra, co-realizado com Flora Gomes

02.04.2011 | par martalanca | Diana Andringa, documentário, guerra colonial

Trèsor, de Rita Brás

“O Tesouro da Juventude é uma colecção que nos traz a memória de um tempo feliz. Descobri-o no meu terceiro quarto em Belo Horizonte, indício de uma herança cultural comum. Tal como aponta Otávio Paz nos seus escritos políticos: “si nada nos dice sobre nuestro origen, como puede enseñarnos a morir?”.
Fiz este filme para capturar a impressão da minha primeira viagem ao Brasil.
Em Minas Gerais, onde fiquei, foi através da história de uma família que eu senti uma conexão com um património único: a vida e a morte de um passado comum, o português que veio para tirar o ouro da terra, a música negra nas ruas, a minha própria experiência tatuada no corpo. Uma dádiva que eu tinha de pagar, uma morte que tinha de acontecer. Este filme, minha primeira longa-metragem, é em si mesmo uma viagem de vertigem para reconquistar a sensação de riqueza que está para além da dor da colonização, da escravidão, do poder: as pessoas e os lugares que eu conheci.” (Rita Brás)

 

passa no dia 3 de abril no cinema São Jorge às 19h (Lisboa), Festival Panorama

27.03.2011 | par martalanca | Brasil, documentário, Rita Brás

Angola nos Trilhos da Independência

Angola segue, independente, a caminho dos 40 anos e esse facto torna urgente a necessidade de preservar os testemunhos dos que contribuíram para que aqui chegássemos.

Na luta pela independência participaram indivíduos, que nos podem ainda narrar as suas experiências vividas. Testemunhos que é preciso recolherregistar e preservar.

A tarefa é urgente e a colaboração de todos é necessária. Só assim poderemos assegurar que através do trabalho de estudiosos e investigadores, as gerações mais novas e vindouras venham a enriquecer o seu conhecimento sobre a nossa História.

Com o objectivo de contribuir com a sua parte nesta tarefa de todos, a Associação Tchiweka de Documentação (ATD) decidiu, para além das suas actividades correntes, levar a cabo o Projecto “Angola nos Trilhos da Independência” que tem por objectivo proceder à recolha de testemunhos orais de nacionais ou estrangeiros, directa ou indirectamente envolvidos na luta anticolonial.

Angola nos Trilhos da Independência”, pretende contribuir para uma pesquisa abrangente, que permita o registo de testemunhos no mosaico do movimento nacionalista.

Este Projecto tem uma duração de 5 anos. Em 2015, com base no material recolhido e com execução Geração-80, a ATD pretende promover um documentário sobre o trabalho realizado.

veja o trailler 

22.11.2010 | par martalanca | angola, Angola nos Trilhos da Independência, documentário, independência

Festival international de documentaire à Agadir

9-13 novembre, Agadir, Marroque

Premier Festival marocain entièrement dédié au Documentaire, le FIDA DOC a trois ans. Il a fait ses preuves, imposant le documentaire comme un genre cinématographique à part entière, qui aujourd’hui, trouve sa place dans d’autres manifestations nationales.
Le FIDA DOC a acquis une véritable reconnaissance à l’International, nouant des partenariats avec les festivals et marchés de Documentaires les plus importants au Monde.
Pour cette troisième édition, dans la continuité de son engagement citoyen, le FIDA DOC se rend dans les universités avec une programmation destinée aux étudiants et investit plusieurs espaces de la ville d’Agadir, avec notamment une exposition photographique consacrée aux enfants du monde entier.
Le FIDA DOC donnera aussi l’occasion à de jeunes réalisateurs marocains l’occasion de rejoindre le réseau de production, de diffusion et de formation, que nous avons l’ambition de constituer avec nos homologues Africains, Arabes et Euro Méditerranéens.
Le FIDA DOC grandit, il doit aujourd’hui trouver les moyens nécessaires et pérennes pour continuer d’assurer sa mission : offrir à tous les Marocains des fenêtres ouvertes sur le Monde.
Avec conviction et rigueur, l’A.C.E.A et toute l’équipe du FIDA DOC oeuvrent pour le Partage et la Convivialité.

ici

10.11.2010 | par martalanca | documentário, Marrocos

QUARTAS DOCUMENTAIS Mostra de Cinema Documental

 A propósito do lançamento em DVD de um conjunto de documentários de autor, a Galeria Zé dos Bois e a TERRATREME Filmes apresentam uma mostra de cinema documental.

CAIXA DE DVDs TERRATREME
Uma edição com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian
A edição da caixa de DVDs com 5 documentários é a primeira experiência da TERRATREME no campo da edição. Este projecto pretende trazer à luz filmes que não teriam outra possibilidade de ser editados dentro dos canais até hoje existentes e que no entanto merecem ser editados, distribuídos e vistos, como provam os seus percursos por vários festivais nacionais e internacionais onde têm sido alvo de destaque. Estes 5 filmes correspondem a 5 incursões em 5 universos complexos elaboradas a partir de pontos de vista extremamente reveladores. O que une estes filmes não são afinidades de género ou de forma mas serem filmes de jovens realizadores, praticamente desconhecidos, guiados pela urgência de fazerem os seus filmes à sua maneira e inventando para isso modelos de produção adaptados às necessidades dos seus projectos. São também 5 filmes que exploram diferentes zonas dentro do que é o documentário e por isso o conjunto permite expandir o entendimento comum do género. O lançamento desta caixa é ainda a afirmação de uma forma de produzir cinema que é aquela em que a apostamos e trabalhamos.

* A caixa de DVDs poderá ser adquirida com um desconto de 20% na ZDB em cada uma das sessões. Os DVDs estarão também à venda nas livrarias Ler Devagar, Carpe Diem, Laie (Barcelona), Uma Casa Portuguesa (Barcelona) entre outras. Para encomendar online envie um e-mail para: info@terratreme.pt
Galeria Zé dos Bois Rua da Barroca 59 1200-047 Lisboa 213430205 ou reservas@zedosbois.org

 

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11.10.2010 | par martalanca | documentário, Terratreme

DOCTV na Cinemateca

A partir de amanhã e até sexta-feira decorre na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, a Mostra dos Documentários resultantes do 1º Programa DOCTV da CPLP, com filmes de todos os países membros desta organização.

Mais informações nos sites do ICA e da Cinemateca.

14.09.2010 | par guilhermecartaxo | cinema, cinemateca, CPLP, documentário

5 x favela

5X Favela, agora por nós mesmos 
Debate e exibição de documentário Mediação: Cacá Diegues

Nesta aula aberta, os diretores de 5X Favela, agora por nós mesmos, mediados pelo cineasta Cacá Diegues, discutem o filme e a vigorosa cultura que emerge das favelas cariocas. No encontro, também será exibido 5X Favela, o documentário, dirigido por Quito Ribeiro, que revela o processo de produção do projeto, das oficinas de roteiro à filmagem e finalização, com envolvimento de mais de 600 jovens moradores de favelas.

Produzido por Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães, 5X favela, agora por nós mesmos nasceu de oficinas profissionalizantes de audiovisual ministradas por grandes nomes do cinema brasileiro, como Nelson Pereira 

dos Santos, Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Daniel Filho, Walter Salles, Fernando Meirelles, João Moreira Salles e muitos outros.

Presença dos diretores Cacau Amaral, Cadu Barcellos, Luciana Bezerra, Luciano Vidigal, Manaíra Carneiro, Quito Ribeiro e Rodrigo Felha Wagner Novais.

31 de agosto, terça-feira, às 20h  Evento gratuito Inscrições pelo telefone (21) 2227-2237

25.08.2010 | par martalanca | documentário, favela, periferia