«A Arte de Traduzir As Mil e Uma Noites» | Convite

No âmbito do projecto de investigação Mapeamento Cognitivo dos Tradutores Portugueses, realiza-se a 11 de Novembro de 2020, entre as 16:00 e as 18:00, no Auditório 3 (Torre B, Piso 5) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, mais uma sessão intitulada A Arte de Traduzir As Mil e Uma Noites com tradução, a partir do Árabe, de Hugo Maia, e moderação de Ana Maria Bernardo.

09.11.2020 | par martalanca | ana maria bernardo, convite, faculdade de ciências sociais e humanas, hugo maia, projeto de investigação

Metrónomo sem Função (ORO/Caleidoscópio) | Convite

A sessão de apresentação deste novo rebento — que assinala a minha estreia na narrativa de ficção — terá lugar no próximo dia 19 deste mês pelas 17.30 na lindíssima recém inaugurada Biblioteca de Alcântara (R. José Dias Coelho 29, 1300-327 Lisboa).

Gostava de contar com a vossa presença, a sala é grande, segura e ventilada, cumpre portanto as medidas necessárias para nossa segurança. É um espaço magnífico com vista para o Tejo e um jardim incrível. Até já.

Sessão de lançamento detalhes, aqui.

Metrónomo sem função: nota de apresentação 
*Pedro Schacht Pereira, Professor associado de Estudos Portugueses e Ibéricos, The Ohio State University,in Posfácio *excerto adaptado na contracapa 
Nesta sua estreia literária Laura do Céu [pseudónimo de Soraia Simões de Andrade] procura uma linguagem ficcional a partir da autobiografia, entendida não como representação mimética de um percurso de vida da autora, mas como a ficcionalização da trajetória que a consciência subjetiva da narradora — uma voz inventada, portanto — empreende em busca de compreensão do seu lugar no mundo. Dois eixos me parecem igualmente determinantes e imbricados na estruturação desta narrativa: a reflexão sobre a dimensão proteica da perda, codificada nas perdas pessoais da narradora (a morte do pai, desde logo, mas também de outros familiares e o distanciamento em relação a amizades formativas), na fabulação do corpo em perda e do confinamento hospitalar, e nos caminhos que essas perdas abrem em termos da autocompreensão e da afirmação do sujeito da escrita; e a coincidência desse processo de descoberta e afirmação pessoais com o lento despertar da consciência cívica e da liberdade criativa e do lazer numa jovem democracia na periferia da Europa. O episódio da professora Cassilda e de como ela deixa de “reguar” os seus alunos é talvez o melhor indício da importância deste registo, como o metrónomo, com a sua história anticolonial, é o objeto que melhor marca um tempo fora dos gonzos, as ressurgências palimpsésticas da moralidade patriarcal na confluência do mundo rural e da urbe provinciana, um mundo ultrapassado mas não superado no Portugal “europeu” das décadas de 80 e 90, e como vimos descobrindo ultimamente, mesmo no presente.
Mas a unir estes dois eixos está o trabalho romanesco sobre o nome próprio, e que cimenta a dimensão autobiográfica ficcional desta narrativa: a autobiografia é sempre o relato da conquista de um nome. O nome é o “pior de todos” os epítetos dispensados pelos colegas de escola à pequena Zoraide, e “deixou de ser um problema” apenas no culminar de um ato de coragem em que ela se insurge contra o abuso físico e psicológico da professora sobre os alunos, um dos rostos serôdios do outro tempo, e assim afirma e institui a consciência de um novo direito. Se até então a troca do nome por parte da professora e dos colegas era entendido como ato punitivo (e ferida narcísica), a partir desse episódio o nome é sentido como uma conquista. Mas a troca do nome é também uma estratégia literária, plasmada na escolha do pseudónimo “Laura do Céu” (os leitores atentos não deixarão de reconhecer as pistas que permitem descriptar este nome) para desdobrar e ficcionalizar a autoria, isto é, faz parte do contrato ficcional celebrado com os leitores.Por fim, sugiro que o motivo da escrita como costura merece atenção especial: costura entre o vivido e o diário, e entre o diário e a sua distensão crítica na efabulação. Este é um motivo que conjura uma das figuras mais poderosas do livro, a da cicatriz que a mãe exibe à filha sempre que lhe ralha, como marca de que o nascimento é para esta narradora uma história sem remate anunciado.

05.11.2020 | par martalanca | biblioteca de alcântara, convite, estreia literária, laura do céu

Course | Side Lanes in Curatorial Practice

Side Lanes in Curatorial Practice

Professor: Azu Nwagbogu
Horário: 20 Nov (18h - 21h), 21 e 22 Nov (15h - 18h)


Documentação necessária (em inglês):- Biografia curta, com telefone, WhatsApp e contacto por e-mail;- Carta de intenção.
Participantes com limite: 10 participantes
Procedimentos de selecção: Para cumprir o requisito e selecção com base na carta de intenção.

Para se registar: hangarcia.production@gmail.com

Língua: Este curso será ministrado em inglês.

Data limite para a inscrição: 17 de Novembro de 2020

Preço: 100 euros + inscrição

Este curso centrar-se-á no papel da imagem, dos objectos e dos seus conjuntos no pensamento crítico em torno dos fósseis futuros. Também colocaremos à prova esses tropos e ideias enquanto se relacionam com futuros, tornados populares na última década, na cultura visual contemporânea e examinaremos a sua aptidão para utilização na nossa realidade distópica actual. Por fim, reflectiremos sobre o debate sobre a restituição tópica e as possibilidades de acelerar o processo.

A estrutura do curso adoptará um calendário intenso sob estas rubricas:
- Fósseis do futuro? Arquivo, Som, Documento, Memória.- Estética de Design Crítico e Fotografia de Estúdio em África.- Estudos de caso em arte, fotografia e design. Uma avaliação das principais exposições de arte, e tropas comuns na arte contemporânea em relação a África e diáspora.- Restituição e Museus em África.
Azu Nwagbogu é o Fundador e Director da African Artists’ Foundation (AAF), uma organização sem fins lucrativos sediada em Lagos, Nigéria. Nwagbogu foi eleito como Director Interino/Curador Chefe do Museu Zeitz de Arte Contemporânea na África do Sul de Junho de 2018 a Agosto de 2019. Nwagbogu serve também como Fundador e Director do Festival LagosPhoto, um festival anual internacional de fotografia artística realizado em Lagos. É o criador do Art Base Africa, um espaço virtual para descobrir e aprender sobre a Arte Africana Contemporânea. Nwagbogu foi júri do Dutch Doc, POPCAP Photography Awards, World Press Photo, Prisma Photography Award (2015), Greenpeace Photo Award (2016), New York Times Portfolio Review (2017-18), W. Eugene Smith Award (2018), Photo Espana (2018), Foam Paul Huf Award (2019), Wellcome photography prize (2019) e é jurado regular de organizações como Lensculture e Magnum.Durante os últimos 20 anos, tem curadoria de colecções privadas para vários indivíduos e organizações empresariais proeminentes em África. Nwagbogu obteve um mestrado em Saúde Pública pela Universidade de Cambridge. Vive e trabalha em Lagos, Nigéria.

04.11.2020 | par martalanca | Africa, azu nwagbogu, curso, side lanes in curatorial practice

Cinemateca | Cerro dos Pios

12/11/2020, 21H00 | Sala M. Félix Ribeiro

Ciclo ante-estreias com sessão de apresentação no Cinemateca.

“Há uma década que não vejo o meu pai. Juntamente com os meus colegas da escola de cinema, parto para o lugar onde nasci e o reencontro parece inevitável” (Miguel de Jesus). Filme sobre uma procura, ‘Cerro dos Pios’ interroga as possibilidades abertas pelo chamado cinema do real em formato diarístico e auto-reflexivo.

Vencedor do Prémio do Júri da Competição Nacional do Doclisboa 2019.

“Cerro dos Pios” de Miguel de Jesus com Afonso Mota, Bruno Côrte-Real, Francisco Costa, Manuel Martins, Miguel de Jesus Portugal, 2019

Documentário de 82 min | M/12

04.11.2020 | par martalanca | cerro dos pios, ciclo ante-estreias, cinemateca, miguel de jesus

Monólogos da Vagina

Teatro Armando Cortez 

De terça-feira 3 novembro 2020 - quarta-feira 11 novembro 2020

Os monólogos da vagina são compostos por vários textos. Cada um deles lida com a experiência feminina, abordando assuntos como sexo, prostituição, imagem corporal, amor, menstruação, mutilação genital feminina, masturbação, nascimento, orgasmo. Um tema recorrente em toda a peça é a vagina como uma ferramenta de capacitação feminina e a personificação máxima da individualidade. Todos os anos, um novo monólogo é adicionado para destacar uma questão actual que afecta as mulheres em todo o mundo.

Endereço

Estrada da Pontinha, 7
Lisboa
1600-583

Mais informações e bilhetes em: http://www.teatroarmandocortez.pt/

02.11.2020 | par martalanca | corpo, empoderamento, feminismo, sexualidade