"Fantasmas e Delírios”, uma jornada de estudos que conta com a participação especial da artista Bette Gordon e do cineasta Sandro Aguilar

Entre os dias 2 e 3 de maio, na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto

O Fantasma enquanto metáfora

Entre os dias 2 e 3 de maio, realiza-se o seminário “Fantasmas e Delírios”, uma jornada de estudos que conta com a participação especial da artista Bette Gordon e do cineasta Sandro Aguilar, e será complementada pela inauguração da exposição de Letícia Ramos (precedida de uma performance), e uma sessão de cinema no Passos Manuel, com a projeção de Mariphasa (2017), de Sandro Aguilar, com a presença do ator e fotógrafo António Júlio Duarte. Os eventos realizam-se entre o Auditório Ilídio Pinho, da Universidade Católica Portuguesa, e o Cinema Passos Manuel.


O seminário “Fantasmas e Delírios” vai proporcionar uma discussão em torno das diversas formas nas quais noções como espectro, sombra, invisível, irreal, matéria ou memória são exploradas no âmbito do cinema e das artes visuais. “A reflexão será norteada pela ideia de que o fantasma pode ser entendido, por um lado, como uma figura visual ou um tema, e, por outro lado, enquanto um conceito com uma forte dimensão simbólica ou metafórica,” refere a organização.

Estão confirmadas as presenças de Bette Gordon, pioneira no Cinema Independente Americano, conhecida pelas suas ousadas explorações de temas relacionados com sexualidade, desejo e poder. Variety, o seu mais aclamado filme, é uma história audaz sobre uma mulher que vende bilhetes num cinema pornográfico, na miséria iluminada de Times Square em meados da década de 1980. As suas longas-metragens incluem Luminous Motion (2000), um road movie hipnótico e perturbador, The Drowning (2017), um thriller psicológico baseado no romance do autor britânico Pat Barker, e Handsome Harry (2010). O trabalho de Gordon foi exibido nos principais festivais internacionais, incluindo Cannes, Berlim, Toronto, Locarno, Viena, Varsóvia, Rotterdam e Tribeca. Os seus filmes ganharam prémios em festivais como La Biennale di Venezia, Locarno Film Festival, Gijón, Oberhausen, Vila do Conde, Indielisboa, Montreal e foram exibidos nos principais festivais de cinema mundiais; de Sandro Aguilar foi alvo de retrospectivas no BAFICI, Roterdam Film Festival, New York Film Festival (Views from the Avant-Garde), Arsenal-Berlim e Oberhausen. Em 2013 foi convidado a integrar o reputado programa DAAD – Artist in Residence, Berlim; de Letícia Ramos, uma artista cientista que pesquisa o impacto que os fenómenos geológicos e climáticos podem ter na imaginação. O seu trabalho parte dos fenómenos naturais e efeitos ópticos para tratar de conexões simbólicas entre política, ciência e imaginação onde o futuro e o passado se sobrepõem. Na rigorosa investigação do meio fotográfico analógico utiliza a escultura, a maquete e técnicas de efeitos especiais para criar paisagens imaginárias, narrativas e fabulações que se formalizam em fotografias, em filme e instalação. Os seus trabalhos integram coleções como Fundação Botín, Novo Musee de Mônaco, Kadist Collection, Itaú Cultural, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Instituto Moreira Salles e Pinacoteca do Estado de São Paulo; e de António Júlio Duarte, estudou fotografia na AR.CO, em Lisboa e no Royal College of Art, em Londres. Autor de vários livros, o seu trabalho é exibido regularmente, em Portugal e no exterior, desde 1990.

30.04.2024 | by mariana | Bette Gordon, Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, Fantasmas e Delírios, Sandro Aguilar, seminário

Lisboa Afro-Atlântica

Escrevo para partilhar convosco a III sessão do Seminário Permanente Lisboa Afro-Atlântica,  que irá ocorrer no dia 22/04 às 17h, na sala B112.B da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - detalhes em anexo. 

Para a ocasião, conversarão conosco Telma Tvon, autora de Um preto muito português, e Margarida Calafate Ribeiro (CES - Universidade de Coimbra). 

03.04.2024 | by mariana | FLUL, Inocência Mata, Lisboa Afro-Atlântica, Luca Fazzini, Margarida Calafate Ribeiro, seminário, telma tvon

Seminário no INET-md sobre Cesária Évora

2024-04-10 | 14h00 | NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Campolide (Lisboa) | Sala 208 - Piso 2 | Sala Zoom Entrada livre, presencial e online.

Neste seminário apresentarei o trabalho realizado no projeto Cesária Évora: documentação de percursos e discursos (CISE) que desenvolvi durante o ano de 2023. 

Qual o legado de Cesária Évora numa tradição musical cabo-verdiana predominantemente masculina? De que modo a sua ação abriu caminhos para outras mulheres e para outras cantoras? 
Estas foram as questões de partida para um projeto de 12 meses que teve como motivação um trajeto de investigação que iniciei em 2006 sobre música cabo-verdiana. Os conhecimentos que fui acumulando ao longo do meu percurso sobre as dinâmicas sociais e géneros musicais levou-me a compreender que a performance de música na diáspora é crucial para a construção de identidades, para a manutenção de laços afetivos e para o diálogo. Por outro lado, quando participei no projeto Skopeofonia (PTDC/CPCMMU/4500/2012), que tinha como principal objetivo mapear musicalmente um bairro cabo-verdiano em Lisboa (Kova M), testemunhei um ecossistema musical vibrante que incluía estúdios de gravação, mobilidade de músicos e, quase sempre, uma referência a Cesária Évora como símbolo feminino de liberdade, sucesso e independência. 
CISE é um projeto exploratório que também contribuiu para a sistematização e análise de dados relativos aos percursos e discursos de e sobre Cesária Évora. Uma vez que a produção académica sobre a artista é residual e, ainda, uma vez que os documentos relativos ao seu percurso se encontram dispersos em diferentes países e lugares estabeleci como objetivo a desfragmentação do arquivo e a construção de uma base de dados em acesso aberto que responda às diretivas da política europeia de ciência aberta. Neste seminário partilharei os principais desafios deste processo de criação de uma base de dados no Repositório de Dados de Investigação da Universidade de Aveiro (DUnAs). 

Ana Flávia Miguel | Etnomusicóloga e investigadora auxiliar na Universidade de Aveiro. Fez trabalho de campo em Portugal, Cabo Verde, França, Itália, Brasil, Moçambique e África do Sul. Os seus principais domínios de estudo são música cabo-verdiana, música e migração, música e pós-colonialismo, património cultural imaterial, arquivos digitais em música e práticas de investigação partilhada. Participou em diversos projetos de investigação como os projetos Skopeofonia, SOMA, Atlas, Libersound e CISE. Desde março de 2024 é diretora e editora da Revista Transcultural de Música da Sociedad de Etnomusicología (SIBE). É investigadora integrada no Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança e membro da comissão executiva, com o pelouro da internacionalização e cooperação, do Departamento de Comunicação e Artes da Universidade de Aveiro. 

25.03.2024 | by Nélida Brito | Cesaria Evora, legado, música, seminário

Convite | Seminário "Caminhos para a Historiografia do Tráfico Atlântico e Escravizados"

O Reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, convida V. Exa. a estar presente no Seminário “Caminhos para a Historiografia do Tráfico Atlântico e Escravizados “, que terá lugar no Salão Nobre da Universidade de Lisboa, no dia 6 de Fevereiro, às 14h30.

03.02.2024 | by mariana | seminário, universidade de lisboa

Africanidade em ação: Essencialismo e imaginações musicais da África no Brasil

Seminário GIEEMP | 

SEMINÁRIO PERMANENTE DO GRUPO DE INVESTIGAÇÃO ETNOMUSICOLOGIA E ESTUDOS EM MÚSICA POPULAR  2023-12-13 | 15h00 | NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Campolide (Lisboa) | Sala 208 - Piso 2 | Sala Zoom  Entrada livre, presencial e online.   Africanidade em ação: Essencialismo e imaginações musicais da África no Brasil Juan Diego Dias | UC Davis

Neste seminário, Juan Diego Diaz compartilhará ideias sobre o seu premiado livro Africanness in Action: Essentialism and Musical Imaginations in Brazil (OUP, 2021). O livro discute como músicos negros da Bahia, Brasil, envolvem tropos comuns sobre música e cultura africanas em seu trabalho criativo. Através de quatro estudos de caso, veremos como esses músicos afirmam identidades afro-brasileiras, promovem mudanças sociais e criticam a desigualdade racial ao envolver criativamente tropos essencializados sobre a música e a cultura africanas. O argumento principal é o de que, em vez de reproduzir essas noções, os músicos demonstram agência ao enfatizá-las ou minimizá-las estrategicamente. Na segunda parte da apresentação, Juan Diego leva-nos a atravessar o Atlântico para examinar como quatro pequenas comunidades da África Ocidental (Gana, Togo, Benim e Nigéria) olham para o Brasil como uma fonte de inspiração para a criação musical.

Juan Diego Díaz | Professor Associado de Etnomusicologia na Universidade da Califórnia, Davis. Desenvolve pesquisas sobre as músicas do Atlântico Negro, com foco no Brasil e na África Ocidental. Os seus livros incluem Tabom Voices: a history of the Ghanaian Afro-Brazilian Community in their Own Words (2016) e Africanness in Action: Essentialism and Musical Imaginations of Africa in Brazil (OUP, 2021), tendo este último recebido várias menções honrosas da SEM e da BFE. Seu trabalho sobre as conexões transatlânticas entre o Brasil e a África Ocidental também é apresentado no seu documentário Tabom na Bahia (2017), co-dirigido com Nilton Pereira. Estudante e estudioso de longa data da capoeira angola, publicou numerosos artigos sobre esta forma de arte e liderou conjuntos universitários de capoeira angola e berimbau.

 

29.11.2023 | by martalanca | seminário

Tramas da Memória - SEMINÁRIO #6 (VIDAS: 25 DE ABRIL E EMIGRAÇÃO)

SEMINÁRIO #6

16 de maio de 2023, 16h00 (GMT+1)

VIDAS: 25 DE ABRIL E EMIGRAÇÃO

Manuel Antunes da Cunha (Universidade Católica Portuguesa, Braga)
O ciclo As Tramas da Memória: datas para contar é organizado pela coordenação da linha de investigação Europa e o Sul Global: patrimónios e diálogos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O ciclo visa assinalar e refletir sobre datas menos sonoras, mas igualmente determinantes para a construção do 25 de Abril de 1974 e das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste. Os seminários decorrem online, sempre que possível na data a assinalar, todos os meses, pelas 16 horas, ao longo de 2023. Esta atividade está integrada na iniciativa do CES, «50 anos de Abril».

Este seminário insere-se no ciclo  As Tramas da Memória: datas para contar organizado pela coordenação da linha de investigação Europa e o Sul Global: patrimónios e diálogos. O ciclo visa assinalar e refletir sobre datas menos sonoras, mas igualmente determinantes para a construção do 25 de Abril de 1974 e das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste. Os seminários decorrem on-line, sempre que possível na data a assinalar, todos os meses, pelas 16 horas, ao longo de 2023

No dia 16 de Maio assinala-se o Dia Internacional de Histórias de Vida. Elsa Lechner convida o professor Manuel Antunes da Cunha, da Universidade Católica Portuguesa, em Braga, para uma reflexão sobre o 25 de Abril e a emigração portuguesa em França.

 

 

16.05.2023 | by mariadias | 25 de abril, emigração, seminário, Tramas da Memória

Seminários "Prefigurações decoloniais no espaço urbano: entre pesquisas, ativismos e práticas cotidianas

Após algumas reuniões e muitas trocas transatlânticas vai agora para o mundo a primeira sessão da série de seminários “Prefigurações decoloniais no espaço urbano: Entre pesquisas, ativismos e práticas cotidianas.” Uma co-produção do Coletivo de Antropologia Urbana (CAU—CICS.NOVA & CIES-IUL, Portugal), o Instituto de Referência Negra Peregum (Brasil) e o Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade (GEAC-USP, Brasil).

Os encontros online bimestrais terão um tema ligado ao espaço urbano e uma mesa composta por pessoas que são referência enquanto pesquisadoras/ativistas/protagonistas de práticas cotidianas rebeldes e indisciplinadas. Esperamos com esta iniciativa desativar, imaginar e descolonizar diferentes dimensões da vida urbana e contribuir para a construção coletiva e ampliada de um pensamento radical e de uma agenda decolonial para as cidades. O primeiro seminário será no dia 2 de Maio, próxima terça-feira, às 14 Brasil e 18h Portugal, sobre racismo ambiental. Um debate sobre como as populações racializadas e periféricas são mais atingidas pelas emergências climáticas.

Mais detalhes e informação AQUI!


27.04.2023 | by mariadias | Descolonização, seminário, urbanização

SEMINÁRIO #5 - OS PAPÉIS DA PRISÃO DE JOSÉ LUANDINO VIEIRA

SEMINÁRIO #5
27 de abril de 2023, 16h00 (GMT+1)
OS PAPÉIS DA PRISÃO DE JOSÉ LUANDINO VIEIRA
Margarida Calafate Ribeiro (CES)

O ciclo As Tramas da Memória: datas para contar é organizado pela coordenação da linha de investigação Europa e o Sul Global: patrimónios e diálogos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O ciclo visa assinalar e refletir sobre datas menos sonoras, mas igualmente determinantes para a construção do 25 de Abril de 1974 e das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste. Os seminários decorrem online, sempre que possível na data a assinalar, todos os meses, pelas 16 horas, ao longo de 2023. Esta atividade está integrada na iniciativa do CES, «50 anos de Abril».

24.04.2023 | by mariadias | As Tramas da Memória, Margarida Calafate Ribeiro, OS PAPÉIS DA PRISÃO DE JOSÉ LUANDINO VIEIRA, seminário

As Tramas da Memória: Seminário #4

SEMINÁRIO #4

31 de março de 2023, 16h00 (GMT+1)

GUERRA CIVIL EM LUANDA : A EXPERIÊNCIA DE UM MILITAR MILITANTE

Rui Bebiano (CES/FLUC/CD25Abril)
O ciclo As Tramas da Memória: datas para contar é organizado pela coordenação da linha de investigação Europa e o Sul Global: patrimónios e diálogos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O ciclo visa assinalar e refletir sobre datas menos sonoras, mas igualmente determinantes para a construção do 25 de Abril de 1974 e das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste. Os seminários decorrem online, sempre que possível na data a assinalar, todos os meses, pelas 16 horas, ao longo de 2023. Esta atividade está integrada na iniciativa do CES, «50 anos de Abril».

Consulte mais informação aqui.

 

29.03.2023 | by mariadias | As Tramas da Memória, guerra cívil, Luanda, militar, seminário

Neve Insular 0,0003% - algodão e resistência

O Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), a Neve Insular e o Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS) têm a honra de convidar para a inauguração da exposição “Neve Insular 0,0003% - Algodão e Resistência” no dia 31 de março pelas 18h30 no CCCV, Lisboa.O Seminário e Oficinas irão decorrer nos dias 31 março e 1 abril, cuja programação está disponível em anexo e neste link o formulário de inscrição. Como podem o pensamento e as práticas artísticas em torno do algodão, o seu poder histórico, e as suas histórias de resistência provocar diferentes processos de intersecção das forças da arte, ecologia e transformação social num contexto de crises ambientais, cognitivas, políticas e culturais? O pensamento e prática artística da Neve Insular (NI) baseiam-se em 0,0003% da superfície terrestre da ilha de São Vicente, Cabo Verde cultivada com algodão e outras espécies em parceria com a Associação Agropecuária do Calhau e Madeiral. Um nada - tudo comprometido com a memória da plantação colonial de algodão e as novas proposições dos saber-fazer-pensar ligados à planta do algodão.

24.03.2023 | by mariadias | algodão, cccv, lisboa, neve insular, oficina, seminário

"IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA" E A EXPULSÃO DE MISSIONÁRIOS DE MOÇAMBIQUE

Seminário #3 a  06 de março de 2023, 16h00 (GMT) por Maria Paula Meneses (CES)O ciclo As Tramas da Memória: datas para contar é organizado pela coordenação da linha de investigação Europa e o Sul Global: patrimónios e diálogos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O ciclo visa assinalar e refletir sobre datas menos sonoras, mas igualmente determinantes para a construção do 25 de Abril de 1974 e das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste. Os seminários decorrem online, sempre que possível na data a assinalar, todos os meses, pelas 16 horas, ao longo de 2023. Esta atividade está integrada na iniciativa do CES, «50 anos de Abril».

04.03.2023 | by mariadias | Maria Paula Meneses, seminário, Tramas da Memória

Arquivo BUALA: vários narradores de uma história interminável

19 de janeiro, 11h30 (Sala A6) - Porto | Marta Lança | ESAP

 Através deste Seminário, Marta Lança desconstruirá o Arquivo africano Buala que “atua nos domínios do pensamento, arte e memória” acompanhando “o debate pós-colonial e as diversas vozes críticas que o têm construído, nos domínios da história, ciências sociais em geral, literatura, cinema, arte, e jornalismo.”

Marta Lança, nasceu em 1976 em Lisboa. Trabalhadora independente no sector cultural, jornalístico, cinematográfico e da programação, está envolvida em projetos com ligação ao Brasil e a países africanos onde a língua portuguesa marca presença. Criou as publicações V-ludo, Dá Fala e o portal BUALA (dinamizado desde 2010). Faz traduções de francês para português, nomeadamente de Achille Mbembe e Felwine Saar.

 

Organização: Mestrado em Artes Visuais (MAV) e Licenciatura em Artes Visuais - Fotografia (AVF).

11.01.2023 | by catarinasanto | arquivo, buala, Marta Lança, seminário

Ciclo de seminários 'Memory, Culture and Citizenship in Post-Colonial Nations'

Nation states and self-acclaimed ‘global cities’ increasingly come under pressure to decolonise their commemorative landscapes. Civil society actors and social movements are facing-up to a difficult colonial past that appears strangely absent and yet omni-present.
The CITCOM sub-group Legacies of Empire of the Center for Comparative Studies (Faculty of Art and Humanities, University of Lisbon) is organising a new and interactive seminar cycle entitled ‘Memory, Culture and Citizenship in Post-Colonial Nations’, which will run until the end of the academic year in May, 2023. 
Thought of as an open space for discussion, we invite scholars, city planners, artists and campaigners to examine urban public space, migration experiences, transculturality and contemporary art through a critical postcolonial lens. The series’ trans-disciplinary case-studies reach across Portugal, Europe, Brazil and Luso-Africa.
This first session, “Gentrification and Coloniality of Space in Lisbon”, welcomes António Brito Guterres (Dinâmia-CET, Instituto Universitário de Lisboa) and Eduardo Ascensão (CEG, Universidade de Lisboa) to discuss informal settlements, segregation and post-colonial urbanism in Lisbon. It will be moderated by Ana Rita Alves (CES, Universidade de Coimbra).”

04.11.2022 | by catarinasanto | CITCOM, post-colonial nations, seminário

A Viagem Atlântica da "Chicha" - Seminário

Ancorada no projeto da história atlântica, essa apresentação visa construir novas hipóteses a respeito da chegada à África de uma preparação indígena americana de milho chamada “chicha”, destacando o possível papel da diáspora africana na difusão desse conhecimento.

A chicha é um preparo usado na América Central e do Sul, feito a partir da fermentação dos grãos frescos de “maíz” americano. É uma bebida muito popular pelos benefícios nutricionais que possui e, em estados de alta fermentação, é usada para cerimónias como coroações ou funerais de reis.

De acordo com achados arqueológicos, o uso ritual da chicha na Bacia do Titicaca, Peru, data de 800-250 a.C. Dois mil anos depois, cronistas espanhóis do século XVI como Pedro Cieza de León, descreveram o uso vigoroso da chicha em rituais fúnebres em Nova Granada, Quito, Peru e Bolívia. Prontamente, os africanos, afrodescendentes e mestiços incorporaram essa bebida nas suas práticas cerimoniais, conforme demonstrado por vários julgamentos da Inquisição de Cartagena. Por exemplo, em 1647, a Inquisição acusou Anton Angola em Ocaña, Nova Granada (atual Colômbia), de adorar um crucifixo e oferecê-lo a uma chicha que bebia, enquanto dançava e cantava na sua língua angolana.

Curiosamente, do outro lado do Atlântico, na Ilha de São Tomé, uma narrativa de 1665 descreveu que os africanos produziam um vinho chamado chicha a partir do tipo de “milho” chegado das chamadas Índias Ocidentais. Mais intrigante é saber que a reconstrução genética do “maíz” de São Tomé, Togo, Benin e Angola feita em 2013, o ligou diretamente às variedades do norte da América do Sul e em particular a variedades colombianas.

Considerando que a Inquisição de Cartagena condenou muitos africanos a remar em galés que certamente voltaram aos portos africanos, a apresentação indaga como a diáspora africana retornada teria influenciado a difusão desta bebida, especialmente durante os séculos XVI e XVII, quando os navios escravistas privilegiaram a rota de São Tomé para Cartagena.

Nota biográfica da conferencista

Paola Vargas realiza o pós-doutoramento Newton da Academia Britânica no King’s College do Londres. A sua investigação concentra-se em compreender as resistências contra a escravidão e as contribuições culturais das mulheres e homens africanos e afrodescendentes nas minas de ouro de Antioquia, em Nova Granada (atual Colômbia), nos séculos XVI e XVII. É colaboradora do projeto Freedom Narratives (https://freedomnarratives.org/) dedicado a disponibilizar na internet as biografias das pessoas africanas que cruzaram o Atlântico durante o período do tráfico. Fez doutorado em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro com um ano de pesquisa no Centro de História da Universidade de Lisboa, e mestrado em Estudos Africanos no Colégio de México.

19.10.2021 | by Alícia Gaspar | chicha, FLUL, história, Paola vargas, seminário, viagem atlântica

Forum Dança | Cosmopoética do Refúgio

Seminário aberto PACAP 5
com
Dénètem Touam Bona e Emma Bigé

Forum Dança | Espaço da Penha

8 de Outubro | 14h-16h

[Seminário em francês e inglês]

Este seminário faz parte da programação do PACAP 5

SÓ POR RESERVA!
A participação é gratuita mas porque a lotação é limitada a 15 participantes no máximo só é possível participar fazendo reserva prévia. Para reservar basta enviar o seu pedido para o nosso email.

© 'La Sagesse des lianes' organizado no Centre international d’art du paysage Île de Vassivière, a partir de 18 de Setembro de 2021.© 'La Sagesse des lianes' organizado no Centre international d’art du paysage Île de Vassivière, a partir de 18 de Setembro de 2021.

“Nesses tempos sombrios em que proliferam os dispositivos de controle, as resistências devem ser furtivas, mais do que frontais. Atacar em terreno aberto é se oferecer como carne de canhão aos múltiplos poderes que tendem a nos sujeitar, expor-se a ser capturado, desacreditado, criminalizado. Trata- se então de resistir em modo menor, pois colocar-se como maior, maduro, responsável, significa obrigatoriamente ter de se render quando a polícia, os serviços secretos, as agências de segurança nos convocam para prestar contas de nossas vidas furtivas.

marronagem, portanto, é menos uma forma de conquista do que de subtração ao poder. As táticas furtivas são táticas de des-captura: a qualquer tentativa de captura, opõem o vazio. É essa potência corrosiva da marronagem diante dos aparelhos de captura e dos simulacros produzidos que chamo de fuga.” — Cosmopoética do Refúgio, Cultura e Barbárie, 2020.

Dénètem Touam Bona é um filósofo e escritor, colaborador do Instituto Tout-Monde (centro dedicado à obra de Edouard Glissant). Autor de “Fugitif où cours-tu?” (Puf, 2014), “Cosmopoética do Refúgio (Cultura e Barbárie, 2020) e “La sagesse des lianes” (post éditions, 2021), livros que procuram investigar e celebrar as artes fugitivas da marronagem e as promessas metafísicas de uma filosofia centrada na espessura da folhagem e o entrelaçamento de lianas. Dénètem Touam Bona teve muitas experiências: oficinas de formação e redação na prisão, documentalista numa rede internacional de solidariedade, professor de literatura e filosofia na Guiana e Mayotte, etc.

Reservas Enviar email para forumdanca@forumdanca.pt

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EN

Talk with
Dénètem Touam Bona and Emma Bigé

Forum Dança | Espaço da Penha

October 8 | 14h-16h

[Talk in French & English]

This talk is part of the programation for PACAP 5

BOOKING ONLY!

Participation is free but because the capacity is limited to a maximum of 15 participants, it is only possible to participate by booking in advance. To book, just send your request to our email.

In these troubled times where control devices proliferate, resistance must be in stealth rather than frontal. To attack in open terrain is to offer oneself as cannon fodder to the multiple powers that tend to subject us, to expose oneself to be captured, discredited, criminalized. What we need, then, might be a kind of resistance in the minor, because to posit oneself as a major, mature, and responsible person, means necessarily having to surrender when the police, the secret services, and the security agencies summon us to account for our fugitive lives.

Marronage, therefore, is less a form of conquest than of subtraction from power. Tactics of the furtive are tactics of de-capture: to those who seek to capture their substances, they oppose emptiness. It is this corrosive potency of marronage in the face of the apparatuses of capture and the simulacra produced that I call fugue. — Cosmopoética do Refúgio, Cultura e Barbárie, 2020.

Dénètem Touam Bona is a philosopher and writer, a collaborator to the Tout-Monde Institute (a center dedicated to the work of Edouard Glissant). He is the author of Fugitif où cours-tu ? (Puf, 2014), Cosmopoética do Refugio (Cultura e Barbarie, 2020) and La sagesse des lianes (post éditions, 2021), books that seek to investigate and celebrate the fugitive arts of marronage and the metaphysical promises of a philosophy centered around the thickness of foliage and the intertwining of lianas. Dénètem Touam Bona has had many experiences: training and writing workshops in prison, documentalist in an international solidarity network, literature and philosophy teacher in Guyana and Mayotte, etc.

Reservations Send an email to forumdanca@forumdanca.pt

07.10.2021 | by Alícia Gaspar | cosmopoética do refúgio, dénètem touam bona, Emma bigé, forum dança, seminário

Itinerários Sonoros na Performance art: processos de criação e recriação artística

Nos dias 7, 14 e 21 de Abril terá lugar o Seminário Itinerários Sonoros na Performance art: processos de criação e recriação artística (Núcleo de Investigação em História da Arte: Práticas Artísticas Contemporâneas do CITCEM / FLUP) com a participação de Manoel Barbosa, Vítor Rua, António Olaio,  Jaime Reis, Tânia Dinis, Frederico Dinis, António Barros, Gustavo Costa e Ana Cancela.
Este seminário corresponde a uma das etapas da investigação de doutoramento em curso Artes Sonoras na Performance Art em Portugal (Flup / CITCEM) que tem como principal enfoque o estudo e identificação da relação entre a performance art portuguesa e a música/som — sinergias, práticas e arquivo — desenvolvido num arco temporal compreendido entre a década de 1960 do século XX até à atualidade.

Com este seminário pretende-se problematizar e mapear o extenso território onde a performance e as artes sonoras se fundem, através de um cruzamento entre a circulação do saber teórico, do arquivo e da prática artística contemporânea. Assim. este seminário tem como objectivo promover o diálogo entre artistas e investigadores em História da Arte Contemporânea de forma a estabelecer o confronto entre a prática artística e estudos teóricos até agora realizados em Portugal sobre esta temática.
O seminário realizar-se-à via Zoom (https://videoconf-colibri.zoom.us/j/83805523320) com entrada livre.


30.03.2021 | by Alícia Gaspar | arte, artes sonoras na performance art em portugal, CITCEM, contemporânea, entrada livre, FLUP, história da arte, música, online, processos de criação e recriação artística, seminário

Colonial and postcolonial landscapes

The infrastructure of the colonial territories obeyed the logic of economic exploitation, territorial domain and commercial dynamics among others that left deep marks in the constructed landscape. The rationales applied to the decisions behind the construction of infrastructures varied according to the historical period, the political model of colonial administration and the international conjuncture.​

This congress seeks to bring to the knowledge of the scientific community the dynamics of occupation of colonial territory, especially those involving agents related to architecture and urbanism and its repercussions in the same territories as independent countries.

It is hoped to address issues such as how colonial infrastructure has conditioned the current development models of the new countries or what options taken by colonial administrations have been abandoned or otherwise strengthened after independence.​

The congress is part of the ongoing research project entitled “Coast to Coast - Late Portuguese Infrastructural Development in Continental Africa (Angola and Mozambique): Critical and Historical Analysis and Postcolonial Assessment” funded by ‘Fundação para a Ciência e Tecnologia’ (FCT - Foundation for Science and Technology), which has as partner the Calouste Gulbenkian Foundation (FCG).​

The aim of this congress is to extend the debate on the repercussions of the decisions taken by the colonial states in the area of ​​territorial infrastructures - in particular through the disciplines of architecture and urbanism - in post-independence development models and the formation of new countries with colonial past.

see programme 

11.01.2019 | by martalanca | Africa, arquitectura, colononial, pós colonial, seminário

_in progress: Seminário Internacional em Ciências Sociais e Desenvolvimento em África

Para falar de Ciências Sociais e Desenvolvimento em África, o ISEG - Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa recebe, nos dias 15 e 16 de novembro de 2018 (Auditório 3, Edíficio Quelhas, nº6, Lisboa), a 3ª edição do _In Progress.

Este seminário apresenta durante dois dias comunicações nos seguintes painéis temáticos: Trabalho de Campo e Questões Metodológicas; Política, Dinâmicas da Sociedade Civil, Desenvolvimento; Cultura, Pensamento e Mudança; Estratégias para a Cooperação e Desenvolvimento; Populações, Mobilidade e Bem-Estar.

O primeiro dia finaliza com a conferência Ciências Sociais e África na Contemporaneidade, de Iolanda Évora, Professora do ISEG e investigadora do CEsA - Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina. E, o segundo dia, com a conferência Estudos Africanos: O Olhar (Neo)Colonial e os Desafios Globais Contemporâneos, de Inocência Mata, Professora da FL e investigadora do CEC - Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa.

A sessão de encerramento estará a cargo de António Mendonça, Professor do ISEG e Presidente do CEsA.

Descarregue o Programa final.

O evento é de entrada livre, mediante registo prévio.

 

 

08.11.2018 | by martalanca | Ciências Sociais e Desenvolvimento em África, in progress, seminário

in progress 3: Seminário Internacional sobre Ciências Sociais e Desenvolvimento em África - Call for papers

In Progress 3 é a terceira edição de um seminário especialmente dirigido a estudantes de mestrado e doutoramento na área dos estudos africanos. O objectivo principal é promover um espaço de reflexão e troca de experiências, proporcionando o encontro de estudantes de diferentes escolas, que têm os estudos sobre a África contemporânea e o seu desenvolvimento como tema de pesquisa. Outro objectivo prende-se com a identificação das áreas temáticas que, no presente, mais interesse suscitam aos investigadores, a fim de se poder reter a real dimensão do saber, nos vários domínios e matérias.

As submissões devem inscrever os seguintes painéis temáticos:

  • O TRABALHO DE CAMPO: QUESTÕES PRÁTICAS, TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
  • POLÍTICA, DINÂMICAS DA SOCIEDADE CIVIL, DESENVOLVIMENTO
  • CULTURA, PENSAMENTO E MUDANÇA
  • ESTRATÉGIAS PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
  • POPULAÇÕES, MOBILIDADES E BEM-ESTAR

Os interessados deverão enviar um resumo do trabalho a apresentar, até ao dia 20 de outubro de 2018. Os resumos deverão incluir um pequeno sumário (que não exceda as 500 palavras), três palavras-chave e uma pequena nota biográfica (com a afiliação institucional, grau/s académicos/s e publicações relevantes, se se verificar). O envio dos resumos deverá ser feito para o seguinte endereço electrónico: inprogressseminar2018@gmail.com .
Os autores serão notificados da aceitação de resumos até 30 de outubro de 2018.
Os textos aceites serão propostos para publicação nas Actas do seminário. Para serem considerados devem estar conformes com o Regulamento.

Em caso de dúvida, remeta-nos um email com a sua questão para inprogressseminar2018@gmail.com

Datas importantes:
Submissão: 20 de outubro 2018 
Notificação de aceitação: 30 outubro 2018 
Seminário: 15-16 novembro 2018 

zunga em Luanda, fotografia de Marta Lançazunga em Luanda, fotografia de Marta Lança

Comissão Científica:
Iolanda Évora CEsA/CSG, ISEG, ULisboa
João Estêvão CEsA/CSG, ISEG, ULisboa
Sónia Frias CEsA/CSG, ISEG, ULisboa/ISCSP, ULisboa
Alexandre Abreu CEsA/CSG, ISEG, ULisboa

Comissão Organizadora:
Iolanda Évora CEsA/CSG, ISEG, ULisboa
Sónia Frias CEsA/CSG, ISEG, ULisboa/ ISCSP, ULisboa

20.09.2018 | by martalanca | Estudos Africanos, seminário

“DESCOBRIMENTOS”: POLÍTICAS, MEMÓRIA E HISTORIOGRAFIA

21 de junho | FCSH | Edifício ID | Sala 0.06

Entre finais do século XX e inícios do século XXI, tiveram lugar em Portugal diversas iniciativas de comemoração dos “descobrimentos portugueses”, assinalando-se, nomeadamente, o quinto centenário da descoberta do caminho marítimo de Portugal para a Índia (1498) e a chegada ao Brasil de uma frota liderada por Pedro Álvares de Cabral (1500). As iniciativas foram em boa parte patrocinadas pelo Estado português, que criou a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses (1986-2002) e se empenhou na organização de grandes eventos internacionais como a Expo’98. Organizado pela revista Práticas da História – a Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, este seminário procura criar um espaço de reflexão em torno desse ciclo comemorativo, para o efeito convocando o testemunho de um dos seus protagonistas, o historiador e comissário da CNCDP (1995-1998) António Hespanha. Ao mesmo tempo, o seminário pretende abrir uma janela de onde é possível igualmente analisar, a partir de quatro estudos de caso, outros tantos contextos de tematização dos “descobrimentos”, da historiografia marítima portuguesa de final do século XIX às políticas museológicas da Lisboa de hoje, passando pelas relações luso-britânicas ao tempo das comemorações henriquinas ou a programação televisiva no Portugal dos anos de 1980.    

10h45 | Abertura do seminário, por Elisa Lopes da Silva e José Ferreira (Práticas da História, ICS-UL)

11h | Jaime RodriguesVicente de Almeida d’Eça e a historiografia marítima em 1898. Comentário de Amélia Polónia.

12h | Stefan Halikowski-Smith e Benjamin JenningsPrince Henry the Navigator and Portuguese maritime enterprise at the British Museum: an exhibition to celebrate the quincentenary of the Infante’s death. Comentário de Pedro Aires de Oliveira.

13h | pausa para almoço

14h30 | Marcos Cardão“A Grande Aventura”. Televisão, nacionalismo e as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Comentário de Tiago Baptista

15h30 | José Neves, Capitalizar a globalização: uma exposição recente em torno da Lisboa Renascentista. Comentário de Nuno Senos.

16h30 | pausa para café

17h | António HespanhaComemorar como política pública. A Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, ciclo 1997-2000. Comentário de Robert Rowland.

Organização: Práticas da História | CHAM | IHC

Coordenação: Elisa Lopes da Silva, José Ferreira, José Neves e Pedro Martins.

www.praticasdahistoria.pt

12.06.2018 | by martalanca | colóquio, descobrimentos, história, memória, seminário