A Arte na Educação Para a Cidadania e Direitos Humanos

Arte na Educação para a Cidadania e Direitos Humanos é o título de um documentário de curta-metragem, que aborda os fundamentos das liberdades fundamentais, em torno da cidadania e os seus direitos.

O mesmo visa criar um questionamento e apontar soluções, através da educação artística na voz de profissionais de diferentes facetas, que representam a nossa sociedade nas artes, pedagogia, sociologia e direito.
O documentário aborda os fundamentos de cidadania e direitos humanos, através da educação artística nomeadamente:

Música, artes plásticas, dança, teatro, literatura, entre outras nas suas múltiplas dimensões (cognitivas, sociais, políticas, afectivas, éticas e estéticas).

Olhando para a nossa sociedade na busca da consciência da cidadania, seus direitos e respeito dos mesmos, percebe-se a existência e a não celebração dos (direitos) mais básicos como a vida, negados pela troca política excludente e preconceituosa.
Neste sentido, o documentário comunga opiniões de profissionais de diferentes áreas, para análise da questão na realidade angolana.

O mesmo (documentário) encara a educação como uma ferramenta privilegiada, à favor do conhecimento do cidadão para melhor percepção dos direitos que asseguram com respeito, a igualdade às diferenças humanas (culturais, religiosas, sociais, ideológicas e raciais), celebrando à proteção dos direitos hipossuficientes e outras questões que respeitem o cidadão, pois são as bases que norteiam a abordagem da curta metragem, na perspectiva cultural da nossa sociedade.

Nele reside, a oportunidade para a exploração espiritual e intelectual reflectida neste plano material, de como humanamente devemos ser, na percepção sobre o poder da arte na construção do indivíduo, para o seu desenvolvimento.
Uma iniciativa do projecto denominado Vosi Yetu, derivado da língua Umbundu que significa “Todos Nós”, tem como o objectivo a inserção, educação, promoção e celebração dos Direitos Humanos através da Arte.
O seu objetivo, consiste em tirar a cultura da sua poltrona (galerias, salas de espetáculos, teatro e anfiteatros, espaços fechados) sem desprimor da mesma e levá-la até àqueles que dificilmente têm acesso a ela, sempre no escopo da promoção dos direitos fundamentais.
O projecto está em curso desde Fevereiro nas províncias de Benguela (Eduardo Ngumbe), Huambo (Tavares Chimbili), Huíla (Mwene Vunongue), Kwanza Sul (Araújo Manjor) e Luanda (Helder Faradai), na incursão de inúmeras actividades que visem estimular de forma informativa e crítica, o tecido sócio-cultural que compõe Angola.
Devido ao Estado de Emergência (EE), infelizmente a maior parte das actividades concernentes ao projecto, foram interrompidas no segundo mês do seu arranque, assim como outras que progressivamente sofreram o mesmo efeito, para que o projecto não ande desalinhado, à nível da sua linha temporal.


Foi gravado em plena época pandémica da Covid-19, na fase de Estado de Emergência com uma equipa bastante reduzida, cobrindo algumas execuções à distância.
Produzido pela Tchikapro, o documentário foi escrito e dirigido pelo cineasta e artista visual Moisés Zuane.
Deixamos aqui o trailer com o objectivo de apresentar um produto que estimule, uma participação mais inclusiva, atenta e crítica, as transições sociais que Angola atravessa.


por Faradai
Afroscreen | 12 Outubro 2020 | arte, cidadania, Direitos Humanos, educação