Mudança Estrutural em África

Um livro que desafia as «narrativas» sobre África

Os debates sobre desenvolvimento africano continuam a menorizar as conquistas do continente: o desempenho económico é subestimado e mantém‑se a percepção de um continente propenso a conflitos. As políticas que foram impostas aos países africanos a partir de fora, sem ter em conta contextos específicos, pouco fizeram pela sua transformação.

A partir de fontes diversas, esta obra aprofunda o conhecimento sobre África e apresenta soluções práticas — baseadas em factos — para um desenvolvimento bem‑sucedido e sustentado num continente complexo e dinâmico. Alargando o debate político e propondo uma visão alternativa dos elementos‑chave para o pleno alcance das oportunidades de transformação socioeconómica africana, os autores deslocam o debate do campo da retórica para o da realidade.

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18.08.2022 | par Alícia Gaspar | Africa, Carlos Lopes, george kararachi, mudança estrutural em áfrica

"Crise de modelos nos organismos internacionais"

Conferência com Doutor Carlos Lopes (Sub-secretário geral da ONU)

13 de Maio de 2011 11 horas Sala Keynes na FEUC

Carlos Lopes nasceu em 1960, na cidade de Canchungo (antiga Teixeira Pinto), noroeste da Guiné Bissau.

Sociólogo e Economista, estudou no Instituto de Estudos do Desenvolvimento (IUED) em Genebra, é mestre em Desenvolvimento e Planeamento Estratégico e doutor em História pela Universidade de Paris I, Panthéon-Sorbonne.

Em 1984, Carlos Lopes foi um dos fundadores do primeiro grupo de trabalho do Conselho Económico e Social da ONU (ECOSOG), com sede em Dacar, Senegal, tendo sido convidado a integrar os quadros do PNUD em 1988 como economista para a área do desenvolvimento, subindo rapidamente na hierarquia da organização. Foi Director Adjunto do Gabinete de Avaliação Estratégica e Planeamento antes de seguir para o Zimbabué como coordenador residente do PNUD, após o que foi convidado a assumir as operações no Brasil.

Na Guiné Bissau atingiu o topo da carreira da função pública tendo sido fundador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), uma das instituições de pesquisa mais conceituadas da África Ocidental, tornando-se especialista em Desenvolvimento e em Planificação Estratégica e Reforma do Programa de Avaliação das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PUND), onde iniciou funções em 1998.

Ajudou a criar organizações não governamentais em várias partes do mundo e foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Cultura e Ciência (UNESCO), da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CENUA).

Em Setembro de 2005 foi convidado por Kofi Annan para chefiar o Departamento dos Assuntos Políticos, de Manutenção de Paz e Humanitários da equipa executiva do secretário-geral da ONU, sendo, desde Março de 2007, Director-executivo do Instituto das Nações Unidas para a Formação e Pesquisa (Unitar), cargo que acumula com o de Sub-secretário Geral das Nações Unidas.

Escreveu e coordenou mais de duas dezenas de livros, entre eles, Desenvolvimento para Cépticos ou Compasso de Espera – O Fundamental e o Acessório na Crise Africana, um pequeno livro com prefácio de Boaventura Sousa Santos, editado em 1997, que rapidamente se tornou uma ferramenta fundamental para uma melhor compreensão dos temas africanos.

Leccionou em várias universidades: Coimbra, Lisboa, México, Zurique, Uppsala, São Paulo e Rio de Janeiro.

Foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) e da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI), integrando os quadros do PNUD em 1988 como economista do desenvolvimento. Foi coordenador residente do PNUD no Brasil, entre 2003 e 2005, país onde PNUD aplica o seu programa mais importante.

Em 2009 a jornalista Teresa de Sousa do Público fez-lhe uma entrevista que vale a pena recordar.

11.05.2011 | par martalanca | Carlos Lopes, ONU