Prefácio a 'Venceremos!', de Thomas Sankara

Os textos que tenho a honra de prefaciar são publicados num momento em que, e não por acaso, no continente africano, ecoam vozes jovens e renovadoras de um movimento pan-africanista, quiçá enterrado quer com o desaparecimento físico, quer com o afastamento da cena política de algumas das últimas figuras representativas dessa corrente política outrora libertadora. São vozes que clamam por uma África livre do assalto neocolonial a que está cada vez mais, e claramente, submetida neste início do século XXI.

De Kemi Seba (Benim) a Nathalie Yamb (helvético-camaronesa), duas figuras neo-panafricanistas corajosas e jovens, hoje emblemáticas dessa nova geração de militantes anti-imperialistas africanos, entre milhares de outros, cada discurso lembra até à exaustão que a luta por uma África realmente livre tem, não só de continuar face ao novo “scramble for Africa” (a corrida para ocupação colonial do continente), mas que essa luta deve assumir novos moldes.

O interesse inicial desta nova geração de militantes neo-panafricanistas é que percebeu que esta nova luta precisa de deixar o terreno elitista, da “alta intelectualidade”. Percebeu que importa, doravante, descer às ruas africanas; que as populações africanas, as massas até aqui ignoradas e colocadas na expectativa desde as “independências” políticas, precisam, doravante, de ser colocadas à frente da sua própria luta por uma nova independência. Mais ainda, perceberam que o discurso unidirecionado, nomeadamente contra a França e o seu projeto neocolonial, era não só inoperante do ponto de vista da percepção do fenómeno neocolonial na sua natureza e exequibilidade, mas também ilibava, na prática, os agentes africanos, cúmplices assumidos e executores zelosos desse projeto. Os jovens militantes entendem, claramente, que tal objectivo de nova luta de libertação só pode vingar se for também direta e frontalmente dirigido contra uma liderança africana rendida de corpo, alma e contas bancárias chorudas no exterior, aos desígnios neocoloniais ocidentais sobre o seu próprio continente. Nada de espantar, portanto, que essa juventude esteja em permanente acosso por parte das elites africanas no poder, quer no Congo, quer no Gabão, quer na Costa do Marfim de Alassane Ouattara, quer no Senegal de Macky Sall, esses dois últimos países, hoje, convertidos em centros nevrálgicos da investida neocolonial francesa na África ocidental. Uma investida envolta de uma nova roupagem político-diplomática, num empreendimento vasto e global claramente em curso de restruturação nas últimas décadas, em particular desde os anos 1990, sorrateiramente organizada, mediante práticas em que mesmo a questão da luta contra o terrorismo acaba assumindo contornos turvos…

Raja Litwinoff (Falas Afrikanas), Mamadou Ba, Gisela Casimiro e  José Santy Jr.Raja Litwinoff (Falas Afrikanas), Mamadou Ba, Gisela Casimiro e José Santy Jr.

De Lumumba a Sankara, sem falar de alguns dos “País das independências” que ousaram desafiar, logo de início, o sistema neocolonial francês, entre eles Modibo Keita do Mali, o atrevido Sekou Touré, da Guiné Conacri, tornou-se quase que uma verdade “bíblica” que tal ousadia se paga com a vida, ou no mínimo com um golpe de estado, uma guerra civil, económica e político-diplomática de longa duração. A Guiné Conacri de Sekou Touré foi uma ilustração perfeita dessa última e “suave” alternativa. Ninguém se emancipa impunemente do antigo “dono”.

Thomas Sankara estava plenamente consciente de que, ao assumir-se como anti-imperialista e abertamente oposto ao sistema neocolonial francês; ao desafiá-lo de viva voz, estava a avançar sobre um terreno altamente minado. Ora, Sankara chegou até a dizê-lo, em alto e bom som, inclusive perante um chefe de Estado francês ainda em funções. Isto teve lugar na ocasião da visita oficial de François Mitterrand ao Burkina Faso, em novembro de 1986. A troca de discursos entre o jovem chefe de Estado e François Mitterrand ficou famosa. Sem papas na língua, Thomas Sankara disse, na ocasião, aquilo que toda a gente murmurava ou declamava em comícios políticos locais, mas não ousava lançar na cara de um “poderoso” europeu, ainda por cima antigo colonizador, estigmatizando a hipocrisia ocidental face, por exemplo, ao regime racista branco do apartheid, na África do Sul. Mitterrand não escondeu, de resto, o seu desagrado, logo a seguir1.

Velha raposa política, defensor no seu tempo, na qualidade de ministro das colónias, da perpetuação da obra colonizadora francesa, François Mitterrand tinha-se, então, convertido em “homem de esquerda” e figura maior do Partido Socialista francês. Uma conversão que não tinha, em caso algum, alterado fosse o que fosse na sua visão neocolonial das relações entre e as doravante “antigas” colónias e a França, que ele dirigia na altura dos seus dois encontros oficiais com Sankara. O então chefe de estado francês iria fazer pagar ao jovem chefe de estado africano a sua impertinência, a sua candura, a sua sinceridade; ou seja, coisas que não combinam bem com a hipocrisia tradicional das relações internacionais, e que se tornou uma cultura em meios dirigentes na África francófona. A sentença veio, pouco depois, impiedosa, no dia 15 de outubro de 1987. Nós, Africanos da minha geração, éramos ainda pequenos demais em 1961 para sabermos ou mesmo percebermos o que se passava, quer nos nossos países, quer e muito menos no exterior, com a descolonização, e entendermos o martírio de Patrice Emery Lumumba. Pelo que o assassinato de Thomas Sankara (eu era, então, estudante em França) foi um despertar doloroso… Uma tomada de consciência brutal de que se estava literalmente na estaca zero nas relações entre a França e as suas antigas colónias em África. Alguns dos jovens dessa geração, que ainda tinham a sua dose de ingenuidade política, ou simplesmente de ignorância sobre a complexidade das relações internacionais, descobriram que, afinal, era uma banalidade qualquer líder africano contestatário da ordem–mundo ser assassinado perante a indiferença cúmplice da tal “comunidade internacional”…

Patrice Lumumba tinha sido assassinado sob o olhar indiferente das Nações Unidas, cuja cumplicidade ao mais alto nível se sabe hoje e de forma bem documentada2, com implicações americanas, belgas, francesas, e homens-de-mão africanos do seu próprio país que, não fazia muito tempo, eram tidos como companheiros da “Table Ronde” de Bruxelas, onde se decidira os destinos da imensa colónia belga do Congo.

Thomas Sankara tinha sido literalmente executado em pleno dia, a 15 de outubro de 1987, na indiferença geral dos restantes chefes de estado africanos, salvo alguns regimes ainda “progressistas”, que glorificaram o seu martírio, sem mais, e continuaram suas relações de dependência com a França, como se nada tivesse acontecido. Os algozes e executores eram companheiros seus, cujo cérebro maior foi Blaise Compaoré, substituto de Sankara à frente dos destinos desse novo País que ambos tinham rebatizado Burkina Faso (País de gente íntegra). Blaise Compaoré era quase um irmão para Thomas Sankara. Eram amigos de longa data; confidentes como os jovens sabem sê-lo; cúmplices de muitas desventuras juvenis, desde os seus tempos de oficiais de baixa patente do exército do seu país. Mas uma longa, muito longa mão estava monitorando esse assassinato programado de um chefe de estado africano a partir de Paris, com cumplicidades africanas locais e regionais. A longa recusa das autoridades francesas de desclassificar os documentos relacionados com esse evento dramático fala por si.

Muhammar Khaddaffi foi abandonado, em 2011, e mesmo clara- mente traído, pelos seus pares da União Africana (que ele ajudara política e financeiramente a criar) face à sanha militarista ocidental, e assassinado em Mundovisão, sob os aplausos de Hillary Clinton, secretária de Estado americana. Uma Hillary Clinton que tinha ido à sede da União Africana meses antes, em plena “crise líbia”, para intimidar de forma direta os chefes de Estado e de Governo presentes no hemiciclo continental para que não apoiassem o seu par líbio e figura maior da organização continental… Era a vitória da ação psicológica, para lá de considerações geopolíticas e diplomáticas.

A juventude neo-panafricanista relembra esses exemplos de trai- ção/humilhação para justificar por que razão a sua luta não pode, nem deve ser unidimensional, e por que o confronto deve começar com as elites dirigentes nacionais continentais. De outro modo, estaria votado ao fracasso.

O patriotismo de Thomas Sankara, assim como seu militantismo neo-panafricanista e internacionalista, não agradavam nem a velhos “jacarés” como Houphouet-Boigny, da vizinha Costa do Marfim, nem a outros líderes africanos, comparsas da antiga potência colonizadora francesa. O sistema gaulista, vulgo “Françafrique”, perpetuado pelo “socialista” François Mitterrand e seus sucessores, não autoriza nenhuma brecha no muro de proteção de acordos neocoloniais, que faz literalmente da antiga potência colonizadora dona dos recursos naturais dos seus antigos territórios africanos. Ao iniciar uma política de independência real deste sistema, Thomas Sankara estava cavando a sua própria sepultura. Porém, como se pode notar na leitura dos textos aqui propostos, fazia-o em plena consciência, sem o menor temor, soltando, como que em jeito de desafio, e em cada comício, o grito que haviam soltado, antes dele, os revolucionários cubanos, que ele admi- rava sem reserva: “La patrie ou la mort, nous vaincrons !” (A Pátria ou a Morte! Venceremos!”). Tratou-se, portanto, de uma caminhada po- lítica consciente e metodicamente construída e assumida pelo jovem revolucionário africano, como se pode verificar em cada um dos seus discursos, alguns dos quais estão aqui reunidos.   

Thomas Sankara não só sonhou, como procurou pôr em prática os seus discursos sobre a necessidade de uma sociedade nova em África.

A mudança de nome do seu país, de Haute Volta (Alto Volta) para Burkina Faso (um misto de duas línguas nacionais, nomeadamente as línguas moré e jula3 para significar “país de gente íntegra”), simbolizava esse processo político, e a vontade de se livrar de um símbolo identitário (“Alto Volta”) carregado de significado colonial.

Ao contrário do populismo da política dita de “autenticidade” promovida uma década antes (que durou de 1970 a 1997) pelo presidente Mobutu Sese Seko, ao rebatizar o seu país de Congo para Zaire, e ao obrigar todos os cidadãos a abandonar nomes cristãos, sem, no entanto, proceder a uma mudança quer das estruturas socioeconómicas quer das relações internacionais, Thomas Sankara não se limitou a gestos simbólicos, por mais poderosos que fossem. Pelo contrário, sob o impulso do jovem líder africano, iniciaram-se mudanças profundas em todos os domínios. Foi o caso da reforma de uma estrutura económica oriunda da época colonial e, portanto, fundamentalmente rendeira (produzindo e exportando matérias-primas, neste caso essencialmente o algodão, sem a sua transformação local de modo a criar uma indústria nacional), assim como a necessidade de reformar ou pura e simplesmente suprimir certas tradições que constituíam um empecilho a uma emancipação social global. Tal foi o caso das tradições que consagravam a subalternização e infantilização social das mulheres4, e outras práticas que eram um freio à emancipação e a um contributo maior destas, na tarefa de desenvolvimento socioeconómico do país. Em todo caso, tratava-se de dar substância à vontade de mudanças que fossem estruturais, e correspondessem ao discurso revolucionário, num continente que já vira desfilar revolucionários do verbo, e poucos transformadores de sociedades. Ora, os poucos, muito poucos anos (1983-1987) da sua liderança política deram mostra do que estava em marcha… O voo para um país melhor, um mundo promissor, parou infelizmente em plena fase de levantamento… O assassinato de Thomas Sankara acabou pondo termo a essa experiência revolucionária, ao sonho de uma verdadeira independência do povo burquinense.

Em julho de 1987, em Addis Abeba, na cimeira dos chefes de Estado da então Organização da Unidade Africana (OUA), Thomas Sankara pronunciava o seu último discurso nessa tribuna continental sobre a questão da dívida externa, no qual propunha uma recusa conjunta, solidária, de pagamento da dívida para com organismos financeiros e parceiros internacionais. Tratava-se, de resto, de algo que, já nos anos 1970s, países não-alinhados como Cuba, Argélia, e mesmo México, entre outros, tinham sugerido e quase levado a cabo, ao ponto de colocar na defensiva os ditos organismos internacionais. Thomas Sankara apelava aos seus pares para que fosse uma acção conjunta, pois, avisava, “se formos individualmente, seremos assassinados”, antes de rematar com vigor: “Se o Burkina Faso recusar sozinho pagar a dívida, não estarei aqui na próxima conferência”5Pouco mais de dois meses depois, a 15 de outubro de 1987, a profecia estava cumprida.

Contudo, o que estava em jogo aqui, tanto no Ocidente, como nos círculos neocoloniais nos países africanos circunvizinhos, não era tanto a questão da dívida. Nem sequer algum início prático da recusa de pagar essa dívida pelo Burkina Faso. Nem era, tampouco, que o Burkina Faso fosse detentor, pelo menos na altura, de fabulosas riquezas mineiras conhecidas, que justificassem a vasta intriga que se urdiu contra a revolução burquinense e o seu líder. Na realidade, e no imediato, o que se queria erradicar com o seu assassinato era o perigo de contágio que este processo revolucionário poderia representar na África francófona. Era o medo do impulso de uma nova luta de libertação face a um processo político literalmente encalhado, mumificado nos países francófonos africanos, sob a pirâmide chamada “Françafrique”.

A juventude de Thomas Sankara, a sua frontalidade face ao debate sobre o sistema neocolonial francês em África, mas sobretudo o seu empenho em traduzir em atos o projeto revolucionário de que era portador, tudo isto punha em perigo essa pirâmide “françafricana” e aqueles que podemos apelidar de elites-travões, ou seja, os dirigentes conservadores da África francófona. Dessas elites-travões sobressaía a figura tutelar de Félix Houphouet Boigny, da Costa do Marfim, na altura decano dos chefes de estados africanos, e sobretudo sólido guardião do Templo chamado “Françafrique” (de resto, uma denominação de sua autoria).

Félix Houphouet-Boigny e François Mitterrand eram amigos de longa data, desde os tempos em que ambos eram ministros no governo de Guy Mollet, em 1956, onde Houphouet-Boigny ocupara o pelouro de Ministro da Saúde pública e da população, enquanto Mitterrand se ocupava do Ministério das Colónias. Ambos tinham participado na elaboração, por Charles De Gaulle, do sistema neo-colonial que ainda agora mantém algumas das antigas colónias francesas de África numa mortífera dependência. Um sistema que se apoia e é simbolizado por uma moeda, o FCFA – antigamente Franco das colónias francesas de África, rebatizado Franco da comunidade francófona de África após as independências). Uma moeda, cuja existência é hoje contestada pela nova geração de ativistas na África francófona. Ora, Thomas Sankara voltara a colocar o problema dessa moeda- prisão que impede qualquer industrialização dos países usuários, que são obrigados a depositar em França parte das suas divisas: 100% logo a seguir às independências, 75% a partir dos anos 1970, e agora “apenas” 50%, depois de muita “conversa” entre a dona da moeda (a França) e os seus usuários africanos… Uma moeda fabricada em França, “garantida” por esta, e controlada pelo Tesouro francês. Em suma, uma gaiola económica-financeira e político-diplomática, cuja existência resume, por si só, o sistema neocolonial francês, e cuja contestação já custou vidas e regimes, desde 1960. Ora, Thomas Sankara não encarava a libertação do seu país sem uma mudança neste domínio monetário. O resto é sabido…

Porém, ao assassinar um Sankara ainda no auge da sua pujança revolucionária e da sua popularidade junto das populações mais pobres do seu país, a “Françafrique” deu um tiro no pé, desta vez. Outros Sankara estão agora brotando pelo continente fora, mais virulentamente anti-neocolonialistas, mais decididos a confrontar os seus próprios chefes de Estado pela sua cumplicidade com o sistema neocolonial e com o processo de recolonização do continente africano. Uma geração que se reclama, em alto e bom som, como “sankarista”, e que entendeu que as novas tecnologias de comunicação eram uma poderosíssima arma neste combate. Uma geração que assimilou que a luta contra o sistema que assassinou o seu ídolo, e muitos outros antes e depois dele, deve ser levada a cabo na rua, junto das massas mais pobres do continente, e sem respeito pelas fronteiras coloniais. Um movimento cujo caráter neo-panafricanista e solidário é o garante do seu sucesso. Tanto é que, face a essa nova geração, a mesma arrogante França tem estado ultimamente na defensiva. Melhor ainda, já começou a recuar no debate sobre o Franco CFA, embora continue procurando subterfúgios institucionais, que já não enganam nenhum desses jovens cada vez mais educados, cada vez mais formados em todos os domínios do saber contemporâneo. E cada vez mais audaciosos. Pelo que podemos parafrasear outra estrela revolucionária da juventude, o Comandante Ernesto Che Guevara (que propunha a criação de “um, dois, mais Vietnames”…), dizendo que, nesta luta pela dignidade e pela verdadeira libertação económica e política dos povos africanos, precisamos de “criar um, dois, mais Thomas Sankara”, num processo sem trégua de luta de libertação anti-neocolonial, pela dignidade. Por uma África, tal como Thomas Sankara a tinha sonhado e pela qual deu tragicamente a sua juventude, a sua existência digna e breve.

 

prefácio a VENCEREMOS!, de Thomas Sankara

Tradução dos discursos escolhidos para português:
Apolo de Carvalho, Catarina Martins, Gisela Casimiro, José Santy Junior, Mamadou Ba e Sónia Vaz Borges

Prefácio de Jean-Michel Mabeko-Tali
Língua original: francês
Discursos a partir das suas transcrições em www.thomassankara.net Ilustração da capa: Rutebuk Art, Goma, RDC
Revisão: Catarina Martins e Zetho Cunha Gonçalves

Design e paginação: Inês Ramos
© Ouvir e Contar, Associação de Contadores de Histórias

1a edição em língua portuguesa: outubro 2020

Projeto editorial: FALAS AFRIKANAS Direção editorial: Raja Litwinoff

Falas Afrikanas é um projeto editorial em construção permanente. Queremos trazer para um público falante da língua portuguesa obras de autoras e autores africanos publicadas originalmente em outras línguas. As traduções, individuais ou coletivas, ligadas a uma reflexão sobre os textos, conteúdos, autores e contextos são privilegiadas. Pessoas ou grupos interessados em participar neste processo estão convidados a entrar em contacto: www.falasafrikanas.wordpress.com
E-mail: falasafrikanas@gmail.com

  • 1. V. “Panafricain.e.s: Thomas Sankara, l’Homme intègre”: https://www.youtube.com/watch?v=sotoRpVk5aU&feature=youtu.be (visionado a 9 de Mar- ço de 2020).
  • 2. V.DeWitte,Ludo,TheAssassinationofLumumba.2ndEdition,London/New York,Verso,2002.
  • 3. V. Harsch, Ernest, Thomas Sankara, A African Revolutionary. Athens, Ohio, Ohio University Press, 2014.
  • 4. V. Harsch, Ernest, Thomas Sankara, A African Revolutionary. Athens, Ohio, Ohio University Press, 2014
  • 5. Ver a integralidade desse histórico discurso em “Panafricain.e.s: Thomas Sankara, l’Homme intègre”: (visionado a 9 de Março de 2020).

por Jean-Michael Mabeko-Tali
Mukanda | 19 Outubro 2020 | pan-africanismo, Thomas Sankara