Peças Interactivas
Trabalho primariamente com fotografia, escrita, vídeo, e colagem, e exploro temas à volta da reimaginação de realidades, pertença, consumo, interdependência, e natureza. O meu trabalho é íntimo, visual, abstractificado, e pensado para ser interativo. As peças finais são a minha interpretação de uma reflexão, e o público é encorajado a mexer as imagens, reorganizá-las, e ressignificá-las, tornando o trabalho eternamente expansivo, tomando novas formas com cada intervenção.
A minha prática é primariamente um processo de interrogação, reavaliação, e ressignificação de realidades. Este processo é sempre inspirado pelo ambiente, seja ele natural, construído, social, ou emocional, que me envolve. Interessa-me materializar, visualmente, auditivamente, tactilmente, e afins, os mundos que podemos criar quando recentralizamos o emocional, o humano, o natural (de relativo à natureza como ambiente, não de eugenia), e partilhar este exercício com quem engaja com a minha arte.
Não me identifico com ideologias como “descolonizar”, ou “desconstruir”, que ainda centram o colonial ou o objeto negativo que queremos alterar, mas sim conceitos como criar, materializar, humanizar, reconstruir, reformular e regenerar. Quero criar mundos que partem de princípios naturalmente empoderadores, e não “de contraste a”; mundos que reconhecem o momento em que estamos, não romantizando um passado idílico, nem alimentando um catastrofismo sobre o futuro que nos conduz à inércia, mas que estimulam a nossa imaginação a criar realidades paralelas mais igualitárias, justas, harmónicas, e intencionais.