Sim, europeus e afro-descendentes

Sim, europeus e afro-descendentes Salvo exceções de pioneirismo, só nos últimos anos se começa a ouvir e ler o prefixo “afro” nos diferentes fóruns europeus, com uma conotação positiva: das artes à academia, do associativismo e ativismo aos média e às redes sociais, das associações locais comunitárias às políticas europeias.

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10.12.2018 | por Mónica V. Silva

2017 em Portugal: o racismo, a escravatura e o renascimento negro

2017 em Portugal: o racismo, a escravatura e o renascimento negro Assiste-se à afirmação social, cultural, política e mediática do associativismo afrodescendente em Portugal, em matérias que afetam as suas vidas e as suas expectativas sociais e nas mais diversificadas formas de luta: desde a valorização das suas características fenotípicas e da sua herança cultural africana com iniciativas diversas nas diferentes expressões culturais, à organização de abaixo-assinados, conferências e manifestações de pressão política para alteração de leis que condicionam a sua cidadania, como a Lei da Nacionalidade, ao debate académico sobre o racismo, a cidadania, feminismo negro e a identidade social.

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31.12.2017 | por Joacine Katar Moreira

O indígena pós-imperial

O indígena pós-imperial O imigrante da ex-colónia (ou mesmo os seus descendentes, muitos dos quais hoje cidadãos europeus) muitas vezes não consegue escapar ao paternalismo e ao controlo por vezes exacerbado do Estado pós-imperial. No substrato da acção do agente do Estado, mormente os agentes policiais de segurança pública, ainda subsiste o olhar, secular e binário, que categoricamente classifica e ordena o sujeito pós-colonial vindo da ex-metrópole, ou como um nobre selvagem, uma tábua rasa sem cultura e sobre a qual a acção civilizadora e modernizante do Estado europeu deve recair, ou como um selvagem bruto.

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29.12.2014 | por Abel Djassi Amado

polémica acerca de literatura negra brasileira

polémica acerca de literatura negra brasileira Pode ser que os que falam em literatura negra pretendam valorizar a contribuição do negro à literatura brasileira. A intenção é boa, mas causa estranheza, já que o Brasil inteiro reconhece Machado de Assis como o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Pelé como um gênio do futebol e Pixinguinha, um gênio da música. Contra toda evidência, afirmam que só quando se formar no Brasil um grande público afrodescendente os escritores negros serão reconhecidos, como se só quem é negro tivesse isenção para gostar de literatura escrita por negros.

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10.12.2011 | por vários

A Caixa Econômica Federal, a política do branqueamento e a poupança dos escravos

A Caixa Econômica Federal, a política do branqueamento e a poupança dos escravos “São tanto mais de admirar e até de maravilhar essas qualidades de medida, de tato, de bom gosto, em suma de elegância, na vida e na arte de Machado de Assis, que elas são justamente as mais alheias ao nosso gênio nacional e, muito particularmente, aos mestiços como ele. Mulato, foi de fato um grego da melhor época, pelo seu profundo senso de beleza, pela harmonia de sua vida, pela euritmia da sua obra.”

Mukanda

19.09.2011 | por Ana Maria Gonçalves

"Família Alcântara" – a saga de uma produção cinematográfica

"Família Alcântara" – a saga de uma produção cinematográfica Comecei a sofrer com a falta do ensino da história da África e dos afro-descendentes na faculdade. Já trabalhava como assistente de produção cinematográfica e, se desde criança me incomodava muito a (ausência da) representação dos negros nos meios de comunicação brasileiros, como produtora isso passou a me incomodar muito mais. Para sair daquela letargia, senti que tinha que perseguir o sonho de realizar meus próprios filmes. Mas... por onde começar?

Afroscreen

17.05.2010 | por Lilian Solá Santiago