Jorge Dias

Maputo (1972). Começou a pintar em 1990, e expõe pela primeira vez em colectiva, em 1992, na Associação Moçambicana de Fotografia. No mesmo ano, termina o curso médio de cerâmica na Escola Nacional de Artes Visuais (ENAV).

Em 1993, entra como docente na ENAV no curso de cerâmica e na disciplina de design. Em 1997, entra para o curso de escultura na Escola de Belas Artes (EBA) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No período de estudante, organizou exposições de estudantes da escola com o destaque para a reactivação do tradicional Salão dos Alunos da EBA e para as primeiras exposições do grupo Percursos na qual é um dos membros fundadores.

Termina o curso em Abril de 2002 e realiza a primeira exposição individual na cidade de Niteroi no Centro Cultural Campus Avançado, hoje extinto. É membro fundador do Grupo PERCURSOS no Rio de Janeiro. Volta para Moçambique onde se associa como membro fundador do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique (MUVART). Em 2003, expõe os Casulos nos jardins do Museu Nacional de Arte (MUSART). Os Casulos vêm sendo desenvolvidos desde 2001 e continua em outras intervenções com novas mutações. Participa na Feira de Lisboa em 2004 e 2008, representado na Galeria MUVART. Em 2005, cria a Agência “Sociedade Paralela” com artistas simpatizantes da arte contemporânea e a sua primeira intervenção em grupo aconteceu no Malume (espaço de socialização), um Bar da periferia da Cidade de Maputo, onde fizeram uma instalação. Ao convite do MUSART, participou com o Gemuce na primeira fase da Anual 2005, com a exposição Humanos. Em 2005 participa numa exposição com Nelson Leiner, comissariado por António Pinto Ribeiro no Centro Cultural de Lagos em Portugal. Foi comissário para Moçambique na feira de Madrid, ARCO´06 na galeria da Agência  Espanhola de Cooperação Internacional (AECI). Nas expo´s MUVART de 2004/06/08 no MUSART. Na Bienal balanço das TDM 07 Participou na Bienal de São Tomé e Príncipe e no Projecto “Africalls?” EM Las Palmas - Espanha em 2008. Vem desde 2003 desenvolvendo ensaios teóricos sobre a produção da arte em Moçambique e contribui para a teorização das produções mais recentes. 

É actualmente curador do MUSART, do MUVART e o Director da Escola de Artes Visuais em Maputo. 

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