Manifestação Contra o Racismo, a Xenofobia e o Fascismo

O Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo e Xenofobia convoca todas as pessoas que acreditam na democracia para uma grande manifestação nacional de luta contra o racismo, a xenofobia e o fascismo, no próximo dia 24 de fevereiro, sábado, a partir das 15 horas. Esta manifestação vai ter lugar em várias cidades do país em simultâneo.
Numa altura em que o racismo, a xenofobia e a extrema-direita ganham terreno, não só em Portugal como em toda a Europa e a nível mundial, é urgente sair à rua e mostrar a nossa força para exigir propostas e ações significativas, concretas e eficazes para combater o racismo estrutural e institucional patente na sociedade portuguesa! 

É urgente que, nos próximos dias, todas as forças políticas democráticas, assumam publicamente compromissos muito claros para combater o racismo, a xenofobia e a islamofobia, que afetam diretamente a vida das pessoas racializadas e comunidades imigrantes, sempre mais vulneráveis no que respeita ao acesso a direitos básicos como a habitação, saúde, educação, transportes, justiça, cultura e informação. 
É urgente dar um sinal inequívoco e público de que recusamos conviver em Portugal com organizações políticas e sociais de extrema-direita, racistas, xenófobas, islamofóbicas e homofóbicas, que as mesmas são inaceitáveis, anti-democráticas e ilegais, porque contrárias à Constituição da República Portuguesa e ao artigo 240.º do Código Penal. Queremos manifestar a nossa total solidariedade para com as vítimas de crimes motivados por ódio em Portugal.
A negação da realidade, a inércia sistemática e omissão de assunção de responsabilidades que temos testemunhado ao longo de décadas, por parte das entidades com atribuições para zelar pela defesa do Estado de Direito são o terreno fértil para a impunidade dos atos de racismo e de xenofobia. Não é estranho, por isso, observar que estes têm vindo a aumentar. Assim nos dizem os relatórios emitidos pela Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial,  pelo Comité da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial, pelo Grupo de trabalho das Nações Unidas sobre Pessoas de Ascendência Africana e pela Comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos. 
O Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo enviou, no passado dia 27 de janeiro, uma carta aberta a várias entidades públicas pedindo que impedissem uma marcha de movimentos de extrema-direita “contra a islamização da Europa”, prevista para o passado dia 3 de fevereiro, marcada pelo discurso de ódio contra as comunidades imigrantes, que é um crime, previsto e punido no Código Penal Português. A carta, com 8474 assinaturas, não obteve resposta de nenhuma das entidades destinatárias revelando um desprezo total pelo apelo feito, abrindo caminho para a prática de crimes pelas ruas de Lisboa, testemunhados por um país inteiro, sem que as autoridades fizessem cumprir a lei.    Aqui disponível: https://drive.google.com/file/d/1KQpjEzU0cRsLpORjoLqpkvLT2Van4ZcG/view   
Sairemos à rua para mostrar que não nos conformamos com a indiferença, a inércia e o desrespeito pelas conquistas do 25 de abril, de tantas pessoas que deram a sua vida para deixarmos para trás a ditadura que a extrema-direita quer recuperar. A liberdade e a igualdade são os valores que nos movem na defesa da democracia!O silêncio das instituições é cúmplice. Não o acompanharemos nem o legitimaremos! 
A luta contra o racismo, a xenofobia e o fascismo faz-se aqui e agora, nas escolas, nas ruas, nas pequenas e grandes ações e nas urnas, no próximo dia 10 de março. Vamos votar contra o racismo, a xenofobia, o fascismo e o discurso de ódio da extrema-direita!Vamos mostrar a nossa força, a força da democracia! Juntos somos mais fortes! 


Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo8/2/2024

23.02.2024 | par martalanca | a Xenofobia, fascismo, Manifestação, racismo

Polén no ar

O Pólen é um projeto audiovisual de documentação e difusão de conflitos ambientais, iniciado em março de 2018, pela documentarista e antropóloga Rita Brás e pela fotógrafa e historiadora Inês Abreu, e que conta com o apoio da associação cultural Fogo Posto, sediada em Lisboa.

Tem como base um mapeamento de mais de 120 conflitos ambientais, do projeto exploratório “Portugal: Ambiente em Movimento”, constituído em 2015, por pesquisadores e ativistas da Oficina de Ecologia e Sociedade do Centro de Estudos Sociais de Coimbra, da Universidade de Lisboa e do Brasil.

Pólen tem vindo a explorar os temas da mineração de lítio, combustíveis fósseis, poluição do Rio Tejo e afluentes, e a acompanhar as ações de movimentos sociais e ambientalistas como a Greve Climática Estudantil, entre outros, com o objetivo de divulgar as respostas dos cidadãos nas suas variadas formas de resistência: protestos, ações, discussões e soluções.

Sem filiação partidária, o projeto apoia todos os movimentos que encaram este tempo como o tempo da urgência, da inquietação com a tecnologia e a especulação financeira sobre os recursos do planeta e os seus habitantes, constituindo-se como um arquivo em permanente atualização, aberto e disponível para todos.

28.03.2022 | par Alícia Gaspar | ambiente, Manifestação, polén no ar, Portugal

People of the world, rise up on October 15th!

15 october

On October 15th people from all over the world will take to the streets and squares. From America to Asia, from Africa to Europe, people are rising up to claim their rights and demand a true democracy. Now it is time for all of us to join in a global non violent protest. The ruling powers work for the benefit of just a few, ignoring the will of the vast majority and the human and environmental price we all have to pay. This intolerable situation must end. United in one voice, we will let politicians, and the financial elites they serve, know it is up to us, the people, to decide our future. We are not goods in the hands of politicians and bankers who do not represent us. On October 15th, we will meet on the streets to initiate the global change we want. We will peacefully demonstrate, talk and organize until we make it happen. It’s time for us to unite. It’s time for them to listen. People of the world, rise up on October 15th!

13.10.2011 | par martalanca | Manifestação

À espera da queda de Mubarak na praça Tahrir

O movimento anti-Mubarak voltou a conquistar o centro do Cairo. O fim dos confrontos dos últimos dias leva cada vez mais egípcios a aventurarem-se na praça Tahrir.Alguns não hesitam em dormir à beira dos tanques do exército para evitar uma intervenção militar.“Há três dias que me manifesto. Ao início tinha vindo só para encontrar-me com a minha mãe, que está doente, mas regressei esta manhã, determinada a não arredar pé enquanto o ditador não se for embora. Já o expulsamos da praça, depois de termos destruído a estátua de Mubarak”. 

Desde ontem que a oposição aumenta a pressão nas ruas contra o governo, depois de afixar na praça Tahrir as fotografias das quase 300 vítimas dos protestos das últimas semanas. “Eu estou preparado para morrer como um mártir para expulsar este regime injusto, tão injusto como a comunidade internacional que apoiou o regime do Mubarak”.

O correspondente da Euronews no Cairo, Mohamed Elamy, constata:“As manifestações entram na terceira semana. E o impasse nas negociações entre o regime e a oposição arrisca-se a aumentar os receios da população de que este conflito se possa eternizar”.Mas segundo algumas fontes, o presidente Mubarak poderá estar a preparar uma saída de cena. A revista alemã Der Spiegel referia a possibilidade do presidente egípcio poder exilar-se na Alemanha, por razões de saúde, para ser submetido a uma quimioterapia numa clínica nos arredores de Baden-Baden.

no euronews 

10.02.2011 | par martalanca | Hosni Mubarak, Manifestação, Revolta no Egito