As coisas fundadas no silêncio / Performances

A artista plástica Susana Mendes Silva, desenvolveu para As coisas fundadas no silêncio, o projeto expositivo “Como silenciar um poeta”. 

Com base na Sala Polivalente do Museu Nacional de Arte Contemporânea, o projeto inclui duas performances que se debruçam sobre a tradução de um poema da poeta Judith Teixeira para as outras duas línguas oficiais Portuguesas, a Língua Gestual Portuguesa e o Mirandês — “Tradução #1” e “Tradução #2” — e a leitura performativa da conferência “De mim”, publicada por Judith Teixeira em 1926.
“Tradução #1” - com Patrícia Carmo
3 de julho, sexta-feira 17:30 Estúdios Victor Córdon Duração: 2h
No sentido de contrariar a potência destrutiva do silenciamento em “Tradução #1” partiremos da tradução de um poema de Judith Teixeira para Língua Gestual Portuguesa.
- Não é necessária qualquer experiência anterior em LGP ou dança.
- Deverá chegar pelas 17:30.
- É necessário trazer roupa que permita os movimentos e seguir as instruções de participação dos estúdios: https://www.cnb.pt/evcsegurancacovid19/
- Participação gratuita para maiores de 18 anos, sujeita a inscrição.
- As inscrições podem ser feitas até ao dia 28 de junho enviando nome completo e data de nascimento para o e-mail atelier@efabula.pt
- Lotação 11 participantes.
“De mim” - com Marta Rema
3 de julho, sexta-feira
21:30 Rua das Gaivotas 6 Duração: 50 minutos
“DE MIM: Conferência em que se explicam as minhas razões sobre a Vida, sobre a Estética, sobre a Moral”, é um manifesto no qual a escritora se defende dos ataques e críticas a que vinha sendo sujeita desde 1923. Como afirma Fabio Mario da Silva, este texto é “acima de tudo (…) um discurso — para além de ter como destinatária a burguesia fútil e a sua conceção retrógrada de arte, defendendo que os artistas não se devem limitar às emergências dos mercados editoriais — de exaltação ao exótico e ao futurismo, que seriam sinónimos, naquela altura, para a sociedade portuguesa, de imorais, doidos e pagãos”. Não se sabe se este discurso terá sido alguma vez lido em público e por isso convocamos a sua presença fantasmática.
Participação gratuita para maiores de 18 anos sujeita a inscrição.
As inscrições podem ser feitas até dia 2 de julho para o e-mail atelier@efabula.pt Lotação de 25 participantes.
“Tradução #2” - com Alda Calvo
4 de julho, sábado 16:00 Rua das Gaivotas 6 Duração: 2h
No sentido de contrariar a potência destrutiva do silenciamento em “Tradução #2” partiremos da tradução de um poema de Judith Teixeira para Mirandês.
- Não é necessária qualquer experiência anterior em Mirandês ou em leitura de poesia.
- Participação gratuita para maiores de 18 anos sujeita a inscrição.
- As inscrições podem ser feitas até dia 2 de julho para o e-mail atelier@efabula.pt
- Lotação 20 participantes.
Susana Mendes Silva (Lisboa, 1972) é artista plástica e performer. O seu trabalho integra uma componente de investigação e de prática arquivística, que se traduz em obras cujas referências históricas e políticas se materializam em exposições, ações e performances através dos mais diversos meios de produção. O seu universo contempla e reconfigura contextos sociais diversos sem perder de vista a singularidade do indivíduo. A sua intimidade psicológica ou a sua voz são inúmeras vezes veículos de difusão e receção de mensagens poéticas e políticas que convocam e reativam a memória dos participantes e espetadores. Susana estudou Escultura na FBAUL e frequentou o programa de doutoramento em Artes Visuais (Studio Based Research) no Goldsmiths College, Londres, tendo sido bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. É Doutorada em Arte Contemporânea, pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, com a tese baseada na sua prática performativa – A performance enquanto encontro íntimo. É Professora Auxiliar na Universidade de Évora/DPAO no curso de Arquitetura Paisagista.

25.06.2020 | par martalanca | Performances, silêncio, Susana Mendes Silva