Oráculo de Sara Anjo e Teresa Silva

7 de Março às 21h30 e 8 de Março às 17h30
Teatro do Bairro Alto, Lisboa inserido no Festival Cumplicidade

Pode o corpo ser um oráculo?
Este é um exercício hipotético, que mais do que procurar respostas, escuta, observa, lê, interpreta sinais e símbolos de forma a criar possibilidades. Confronta-nos no presente com o momento da acção e suspende a obsessão pelo futuro.
O escuro do teatro torna-se o meio para iluminar algo menos visível e mais oculto. A experiência teatral pode revelar-se como uma perspectiva real e transformadora.
Oráculo lança o convite para juntos praticarmos outras formas de vidência.
 Direcção artística: Sara Anjo e Teresa Silva
Criação em colaboração com: Ana Maria Silva, Artur Pispalhas, Filipe Pereira e Jean-Baptiste Veyret-Logerias
Gestão administrativa: Vítor Alves Brotas | Agência 25
Fotografia e registo videográfico: Joana Linda
Co-produção: Teatro do Bairro Alto em colaboração com Eira/Festival Cumplicidades
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian e República Portuguesa-Cultura/Direção-Geral das Artes
Apoio residências: O Espaço do Tempo, Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Pólo Cultural das Gaivotas     
Agradecimentos: Sara Machado, Cátia Mateus, Anabela Mendes, Andrea Rodella e Tânia Albuquerque

+ info TBA
+ info Festival Cumplicidades

 
 

 

22.02.2020 | par martalanca | dança

Festival Tanto Mar, Loulé. Consolidar, na diversidade, as afinidades entre povos falantes do português

Vila Vox, foto Medeia NegraVila Vox, foto Medeia NegraAo lançarmos a edição zero do Tanto Mar em co-produção com a Câmara Municipal de Loulé, sabíamos que a mesma seria um teste à nossa capacidade organizativa nas suas várias vertentes. A “folha de medronho”, como colectivo, tem uma existência recente (foi fundada em finais de 2017) e as fragilidades inerentes à ausência de um núcleo profissional permanente. No entanto e como contra-ponto, há experiências individuais sólidas em diversos domínios, assim como há uma herança de relações cúmplices no meio artístico nos PALOP´s - para o qual está vocacionado o Festival - e institucional que nos induziu a partir à aventura.

Ouvindo-nos e ouvindo quem tínhamos de ouvir (instituições, grupos, convidados e amigos), o balanço global da primeira edição, ou edição zero, o panorama pareceu-nos positivo, adequado às nossa projecções e motivador para continuarmos. Por isso aqui estamos novamente com as águas de Março sem alterar a estrutura geral do Festival, organizativa e artística, não foi alterada. O tempo continua a ser de testar e robustecer, perceber e transformar variáveis em invariáveis, para dar passos consistentes.

Assim mantemos os dois eixos principais do “Tanto Mar”: completar a oferta regional e também desenvolver, ao longo do ano, directa ou indirectamente, trabalho de cruzamento de experiências entre os criadores dos países onde o português é a língua oficial, de preferência tentando que estas experiências, e os seus resultados, encontrem em Loulé, a médio/longo  prazo, o palco europeu privilegiado, e o espaço físico para um futuro arquivo do material do labor necessário para chegar ao efémero do palco, como por exemplo, cartazes, livros, programas e audiovisual.

Se o primeiro objectivo começa a fixar-se na agenda regional e nacional – com a articulação  de datas e espectáculos com o Festival Internacional de Teatro do Alentejo -, a segunda intenção ganhou mais corpo com a participação da “folha de medronho” em três festivais (no FITA/Portugal, no CIT/Angola e no Festluso/Brasil) e em São Tomé e Príncipe, a convite para relançarmos as actividades de Formação e Criação de artes performativas e contribuir para o desenho futuro festival internacional naquele país. Outro sinal neste objectivo de estabelecer laços e cumplicidades substanciou-se no convite que me foi feito (como Director do “Tanto Mar”), para ser Curador da programação internacional do festival CIT/Luanda/Angola assim como um outro convite feito à actuadora /encenadora Tânia Farias(Porto Alegre/Brasil), para com o seu grupo co-produzir em Loulé um espectáculo com a “folha de medronho”, e ainda  um segredo bem guardado entre Maputo/Moçambique e Loulé…

Como escrevia o ano passado, nesta procura de cruzamentos e intercâmbios, não nos move qualquer tentativa de homogeneização, muito menos hegemonização cultural. Antes e sempre a procura da colisão criativa de narrativas e contra-narrativas, que substanciam a longa história e consolidam, na diversidade, as afinidades entre povos falantes do português.

João de Mello Alvim

21.02.2020 | par martalanca | Festival Tanto Mar, Loulé

On the 20 th anniversary of Provincializing Europe (open)

Dipesh Chakrabarty’s Provincializing Europe – Postcolonial Thought and Historical Difference (2000) has significantly challenged the limits of European enlightenment and of the modern forms of knowledge associated with it. The book animated debates concerning historicism, the code of history, the writing of history, the politics of time, as well as the questioning of categories central to social and political theory, such as modernity, universalism, capitalism, difference, subjectivity, Man.

On the 20th anniversary of Provincializing Europe, the journal Práticas da História – Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past welcomes articles and essays which directly or indirectly explore, develop or criticize Chakrabarty’s arguments, for instance his view that the concepts and strategies developed by modern European knowledge are both indispensable and inadequate in representing different life-worlds.

Pieter van Laer, The Flagellants (c. 1635), Munich, Alte PinakothePieter van Laer, The Flagellants (c. 1635), Munich, Alte Pinakothe

The journal also welcomes articles and essays discussing the impact of the book on intellectual and disciplinary traditions such as Subaltern Studies, Marxism, Imperial History, Global History and Transnational History, as well as its place in Chakrabarty’s trajectory from his early studies on the Bengali working class to his writings on the climate of history and the Anthropocene.
At the same time, this call is an opportunity to encourage analysis, reflection and debate on the impact of Postcolonial Theory in the discipline of History in different parts of the world.
The articles and essays accepted for publication will be published in the issue of Práticas da História to be released in the end of 2020. The issue will also include an interview with Dipesh Chakrabarty.

The articles and essays must be submitted no later than the 5th of June 2020.Only articles and essays submitted according to the journal’s guidelines will be considered for publication: http://www.praticasdahistoria.pt/en/submissions/submission-guidelines/

19.02.2020 | par martalanca | Provincializing Europe, Subaltern Studies

Neocolonialismo, barbárie e cultura contemporânea sobem ao palco do CCVF com 'Tierras del Sud' (22 fevereiro, Ciclo Poder)

No final de fevereiro e durante o mês de março, o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, apresenta um ciclo de 3 espetáculos que tem como eixo temático a ideia de ‘Poder’, sob várias das suas perspetivas possíveis. A primeira parte deste ciclo – que terá continuidade no último quadrimestre do ano – inaugura já no próximo dia 22 de fevereiro com Tierras del Sud, da dupla hispano-chilena Azkona & Toloza. Trata-se de uma pertinente peça com uma forte carga documental, que lhe confere uma acutilância desarmante. A barbárie sobre os povos nativos da América Latina e as novas formas de colonialismo são alguns dos temas tratados. A primeira parte deste ciclo fica completa com A Tragédia de Júlio César (6 de março), de Luís Araújo e, finalmente, com Eins Zwei Drei (27 de março), que marca o delirante regresso de Martin Zimmermann a Guimarães.

Este ano, o Centro Cultural Vila Flor irá apresentar um ciclo de espetáculos comandado por uma das maiores formas universais de intervenção na relação com as mais diversas temáticas: o Poder. Cabe à dupla de artistas Azkona & Toloza lançar este ciclo, já no próximo dia 22 de fevereiro, às 21h30, com Tierras del Sud, uma peça que aborda a estreita relação entre as grandes fortunas estrangeiras, a barbárie sobre os povos nativos da América Latina, o desenvolvimento de novas formas de colonialismo e as várias expressões da cultura contemporânea.

 

Tierras del Sud foca-se no estreito relacionamento entre a fortuna dos empresários italianos Carlo e Luciano Benetton e a barbárie sobre o território localizado entre as províncias da Patagónia de Neuquén, Chubut e Rio Preto. Território que o povo Mapuche reconhece como ancestralmente seu. Em cena, os dois artistas transformam um palco completamente vazio num pedaço da atual Patagónia Argentina. Entre cadeias de montanhas, lagos, florestas virgens e cidades fictícias, é reescrita a história do nascimento do estado argentino, a sua relação com as grandes capitais e a barbárie estrangeira e sistemática que, durante séculos, assolou o território e os povos do sul da América Latina.

 

O que leva, ano após ano, bilionários e celebridades a investir e comprar terras na Patagónia Argentina? Qual o valor geopolítico estratégico da área? O controlo do território e dos seus recursos naturais é um dos pilares da pesquisa documental de Tierras del Sud. Mas esta é apenas uma das possíveis perspetivas deste problema, às quais podemos acrescentar a especulação imobiliária e a indústria do turismo.   

 

No passo seguinte deste ciclo em torno do ‘Poder’, o encenador Luís Araújo e a Ao Cabo Teatro levam-nos de volta aos fatídicos “idos de março” de William Shakespeare e de A Tragédia de Júlio César (6 março). Peça-problema, densa e controversa, ambientada no tempo-charneira da sangrenta metamorfose da República Romana no Império Romano, A Tragédia de Júlio César, mais do que a tragédia de um homem ou do poder, é a tragédia de Roma enquanto Cidade, palco e epítome expressivo da vida em comum dos homens. Alienada e podre, abate um tirano para apaziguar a culpa de si que não admite, e ergue uma outra, ainda mais feroz, tirania. A Tragédia de Júlio César é também a tragédia de um “tempo estranho”, cego, volátil, tenso, de ambíguos vínculos entre a vida privada e a responsabilidade pública e entre política e moral – estranheza essa que é metonímia possível e implacável do negrume que carateriza o nosso tempo.

 

Após mergulharmos na sociedade, dirigimos o nosso olhar sobre o indivíduo e a sua complexa luta pelo poder, onde poesia e violência podem caminhar lado a lado. Tudo isso estará refletido em Eins Zwei Drei (27 março), de Martin Zimmermann, que regressa a Guimarães para transpor todos os limites da comédia convencional, numa criação que se inspira no circo, uma das origens do artista suíço, para se cruzar com a dança, o teatro e a música numa elegante alquimia. Em Eins Zwei Drei (Um Dois Três), Zimmermann utiliza três personagens, arquétipos de palhaços, para abordar questões poderosas como a autoridade, a submissão e a liberdade. Três figuras arrancadas do mundo anárquico do circo sobrevivem, ou não, no ambiente estritamente controlado de um museu? Esta é a pergunta que se instala. O que se desenrola é altamente absurdo e trágico. Quanto mais controlado, mais cómico se torna o contexto. Com música tocada ao vivo por Colin Vallon, Eins Zwei Drei é interpretado magistralmente por Tarek Halaby, Dimitri Jourde e o português Romeu Runa.

 

A terra (propriedade), a sociedade e o indivíduo, enquanto temáticas, traçam perspetivas de atualização sobre o exercício de poder no contexto atual. Esta trilogia forma a primeira parte desta linha de programação do Centro Cultural Vila Flor, que terá continuidade no último quadrimestre do ano. Os bilhetes para assistir a cada um dos espetáculos têm um custo de 10 euros ou 7,50 euros com desconto, havendo a possibilidade de adquirir um bilhete conjunto para os três, no valor de 20 euros.

12.02.2020 | par martalanca | barbárie, neocolonialismo

Contos de Lisboa de Mónica de Miranda expõe memórias da cidade pós-colonial

Inauguração: 18 de fevereiro, terça-feira, 18h30

Exposição patente de 19 de fevereiro a 16 de maio

Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico
Rua da Palma, 246 | 1100-394 Lisboa

A artista Mónica de Miranda inaugura no dia 18 de Fevereiro, pelas 18h30, no Arquivo Municipal de Lisboa, a exposição Contos de Lisboa, com curadoria de Bruno Leitão e Sofia Castro.

A actual exposição da artista e investigadora insere-se no projecto Pós-Arquivo, que envolve a criação de um arquivo digital com documentos, vídeos, áudio e fotografia, reunidos no âmbito da sua ampla pesquisa sobre as relações que se estabelecem entre migrações, associadas à descolonização e aos movimentos independentistas africanos, e as paisagens urbanas da Europa. Paralelamente, Contos de Lisboa assinala a doação do arquivo de trabalho da artista, composto por 239 imagens em bruto que retratam bairros informais da antiga Estrada Militar, ao Arquivo Municipal de Lisboa.

O arquivo de Mónica de Miranda reúne imagens captadas ao longo de mais de uma década de pesquisa nos bairros do Talude, Azinhaga dos Besouros, Fim do Mundo, Mira Loures, 6 de Maio e outros bairros localizados na periferia da cidade. O conjunto de imagens agora doadas ao Arquivo Municipal de Lisboa constitui um importante registo visual das geografias pós-coloniais da cidade e antecipa a transformação, nalguns casos a demolição total, dos bairros que até há poucos anos dominavam o traçado da Estrada Militar. A Estrada Militar Caxias-Sacavém ou Estrada Militar de Defesa de Lisboa mantinha na periferia da cidade os habitantes, maioritariamente imigrantes de origem africana, dos bairros informais que nos anos 70 do século XX começaram a marcar a paisagem da histórica circular, prosseguindo, ironicamente, o propósito que no início do século XIX orientou a sua construção - proteger a cidade contra invasões estrangeiras.

“A exposição Contos de Lisboa surge deste arquivo visual criado ao longo de uma década, mas é muito mais do que a recolecção fotográfica destes bairros, é um objecto polimórfico, uma continuação desse arquivo inicial composto por fotografias”, descreve o curador Bruno Leitão no texto que acompanha o projecto. O curador prossegue: “A artista mergulha num processo inquisitivo e humanizante destes lugares e ao ficcionar estes espaços cria um exercício de empatia. Uma possibilidade de reconhecermos emocionalmente uma Lisboa fora do centro, mas que se afirma por dentro”.

No Arquivo Fotográfico de Lisboa, Mónica de Miranda apresenta um conjunto de trabalhos de fotografia e vídeo, na sua maioria novas obras como Tales of Lisbon (2020)Timeline (2020) e Torres Gémeas (2020), bem como o vídeo Estrada Militar (2009), criado na fase inicial da sua pesquisa. A exposição integra também uma instalação de som e fotografia que retrata seis casas que foram alvo de demolição, ali convocadas a partir de imagens de objectos deixados para trás pelas pessoas que nelas habitavam e que posteriormente foram recolhidos e fotografados pela artista. Uma cassete de VHS com o título “Arma Mortífera”, uma cassete de áudio partida com marcas de lama, um dicionário sem capa, apontamentos do curso de economia política da Universidade de Lisboa, um vinil, uma boneca e sapatilhas “Deeply”, são alguns dos objectos que estarão presentes na instalação, junto com seis contos inéditos de Djaimilia Pereira de Almeida, Kalaf Epalanga, Yara Monteiro, Ondjaki e Telma Tvon, autores que foram convidados a imaginar universos habitados a partir dos objectos recolhidos nas imediações de cada casa. 

Contos de Lisboa estará patente até dia 16 de maio, contempla a edição de um catálogo com os seis contos originais, textos de Jorge MalheirosManuela Ribeiro SanchesSónia Vaz Borges e outros contributos. Na sala de leitura do Arquivo Municipal de Lisboa será possível aceder à página da internet do projecto Pós-Arquivo, onde Mónica de Miranda disponibiliza um arquivo em permanente actualização e, particularmente, as imagens dos objectos encontrados nas seis casas.

Além da actual exposição, a pesquisa que o arquivo sobre a paisagem da Estrada Militar materializa, está na base de trabalhos que a artista tem vindo a apresentar, individualmente ou em colectivo, em contextos como o Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2019 (MAAT, Lisboa), a exposição e publicação Devir Menor: arquitecturas e práticas espaciais críticas na iberoamerica, Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, e na investigação e exposição Underconstruction and New territories 2009 (Pav28, Lisboa).

Mónica de Miranda é uma artista visual e investigadora portuguesa com origem angolana. Baseia o seu trabalho em temas de arqueologia urbana e geografias pessoais, apresentando-o na forma de desenho, instalação, fotografia, vídeo e som, e prosseguindo uma pesquisa que procura esbater fronteiras entre ficção e documentário.

Foi nomeada para o Prémio EDP Novos Artistas (2019), o Prémio Novo Banco (2016) e para o Prix Pictet Photo Award (2016). Participou em eventos artísticos de relevo, como os Encontros Fotográficos de Bamako (2015), a Bienal de Arquitectura de Veneza (2014), a Bienal de Dakar (2016), e em inúmeras residências artísticas, de entre as quais se destacam: Artchipelago (Instituto Francês, Ilhas Maurícias, 2014); Verbal Eyes (Tate Britain, 2009); Muyehlekete (Museu Nacional de Arte, Maputo, 2008); Living Together (British Council/ Iniva, Georgia/London 2008).

Começou a expor em 2004 e das suas exposições individuais destacam-se: Hotel Globo (Museu Nacional de  Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, 2015); Arquipélago (Galeria Carlos Carvalho, Lisboa, 2014); Erosion (Appleton Square, Lisboa, 2013); An Ocean Between Us (Plataforma Revólver, Lisboa, 2012); Novas Geografias (198 Gallery, Londres / Plataforma Revólver, Lisboa / Imagem HF, Amsterdão, 2008).

Entre as exposições colectivas em que participou, destacam-se: Telling Time (Rencontres de Bamako  Biennale Africaine de la Photographie 10 éme edition, Bamako, 2015); Ilha de São Jorge (14ª Bienal de Arquitectura de Veneza, Veneza, 2014); Line Trap (Bienal de São Tomé e Príncipe, 2013); An Ocean Between Us (Paris Foto e Arco Madrid, 2013); Do silêncio ao outro Hino (Centro Cultural Português, Mindelo, Praia); Arquivos Secretos (AFL, 2012); Once Upon A Time (Carpe Diem, Lisboa, 2012); L’Art est un sport de combat (Musée des Beaux Arts de Calais, França, 2011); This location (Mojo Galeria, Dubai, 2010); She Devil (Studio Stefania Miscetti, Roma 2010); Mundos Locais (Centro Cultural de Lagos / Allgarve, Portugal, 2008); Do you hear me (Estado do Mundo, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2008); United Nations (Singapura Fringe Festival, Singapura, 2007).

O seu trabalho está representado nas colecções públicas do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia (MAAT), Fundação Calouste Gulbenkian, Arquivo Municipal de Lisboa, entre outras.

Mónica de Miranda é investigadora de Pós-doutoramento no Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa. Licenciada em Artes Visuais pela Camberwell College of Arts (Londres, 1998) e Doutorada pela Universidade de Middlesex (Londres, 2014). É uma das fundadoras do projecto de residências artísticas Triangle Network em Portugal e do Hangar - Centro de Investigação Artística, em Lisboa.

Conteúdos adicionais:

Mais sobre Mónica de Miranda - https://monicademiranda.org/ 

Pós-Arquivo / Objectos – https://postarchive.org/objetos/

Locuções dos seis contos originais - https://soundcloud.com/user-323862203

Contos de Lisboa – Tales of Lisbon

Mónica de Miranda

19 de fevereiro a 16 de maio

Inauguração: 18 de fevereiro, 18h30
Visitas guiadas pelos curadores: 14 de março e 16 de maio, 15h
Finissage e lançamento do catálogo: 16 de maio,17h00
Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico
Rua da Palma, 246 Segunda a sábado, das 10h00 às 19h00, encerra aos feriados Entrada Livre

 

11.02.2020 | par martalanca | Monica de Miranda

Os Miseráveis, deLadj Ly, retrato dos subúrbios parisienses

Vinte-cinco anos depois de La Haine – O Ódio, chega às salas de cinema o filme Os Miseráveis, do realizador Ladj Ly, um novo retrato dos subúrbios parisienses nos dias de hoje.

Os Miseráveis segue Stéphane, um polícia que integra a Brigada Anti-Crime (BAC) de Montfermeil, nos arredores de Paris. Aí conhece os seus novos colegas de equipa, Chris e Gwada, dois agentes experientes e não tarda a descobrir as tensões entre os diferentes gangues locais. Durante uma detenção, um drone filma todos os seus actos e gestos.

O filme propõe um olhar realista e “sem filtro” sobre as problemáticas de integração e de violência policial nos subúrbios franceses. Inspirado numa história verídica, o realizador retrata a realidade do bairro onde cresceu e questiona as relações entre polícia e moradores.

Os Miseráveis estreia a 20 de Fevereiro nas salas de cinema nacionais. Em Lisboa, estará em exibição no Cinema City Alvalade, Cinema Ideal, Espaço Nimas, Cinemas NOS Amoreiras e UCI El Corte Inglés.

Mais informações sobre o filme: Dossier de imprensa | Trailer

 

06.02.2020 | par martalanca | paris, subúrbios

História, Género e Conhecimento

O Seminário História, Género, Conhecimento pretende ser uma oportunidade para reflectir sobre a forma como a problematização de género marcou a produção de uma plêiade de autor@s e, também, a forma de produção de conhecimento da História e demais disciplinas. O seminário terá lugar no dia 6 de Fevereiro entre as 14h e as 17h no Colégio Almada Negreiros, Campus de Campolide da Universidade NOVA de Lisboa (Sala 217).

Após uma intervenção inicial, a cargo de Teresa Joaquim, seguir-se-á a discussão de breves textos e/ou imagens a distribuir pelos participantes. A partir dos materiais propostos queremos reflectir de forma crítica sobre estruturas e transmissão do conhecimento, práticas e teorias relacionadas com o ser-mulher, o feminino, a construção dos géneros no debate historiográfico, a par de outras disciplinas.

Este é um evento organizado no âmbito do Grupo “Cultura, Identidades e Poder” do IHC. A convidada para a abertura do seminário, Teresa Joaquim, é Professora Auxiliar da Universidade Aberta e coordenadora do Mestrado de Estudos sobre as Mulheres – Género, Cidadania e Desenvolvimento. É autora, entre outros, de livros como: Dar à luz, ensaio sobre as práticas e crenças da gravidez, parto e pós-parto em Portugal, Publicações D. Quixote, 1983, Menina e Moça, Construção Social da Feminilidade séculos XVII-XIX, Fim de Século, 1997; As causas das Mulheres. A comunidade infigurável, Lisboa, Livros Horizonte, 2004; Cuidar dos outros, cuidar de si – questões em torno da maternidade, Lisboa, Livros Horizonte, 2006 e Masculinidades/Feminilidades. 2010 (org). Porto, Edições Afrontamento.

A participação é livre, mas de inscrição obrigatória via o email culturaidentidadespoder@gmail.com

04.02.2020 | par martalanca | conhecimento, género, história