Foreigners in the Maghreb and Maghreb abroad: health and social issues

El Mouradi Club Kantaoui – Sousse - Tunisia January 26-27-28, 2015

PROGRAM

Monday, January 26 

10:00 - 10:30 - Introduction session, Coordinator and Organizer Communication.

10:30 - 11:00 -  Cancer and Mental Diseases in Egypt, Mostafa Mohamed Mostafa Yosef, Department of Community Medicine, Faculty of Medicine, Ain Shams University.

 

11:00 - 11:30 - Coffee Break

11:30 - 12:00. Societal Dialogue process and results, Imen Jaouadi, University of Carthage-CERP.

 

12:00 - 12:30 - Epidemiological profile of chronic disease in North Africa, Sana Jaballah, University of Manar-CERP.

 

12:30 - 13:00 La réforme du système de santé au Maroc,  El Messaoudi Moulay Driss et Otmane Mourtada, Institut Pasteur – Casablanca, Maroc

13:00 - 14:15 - Lunch

14:30 - 15:00 - “Scopes and spectacles, comparing NA migrations situations in EU contries from National general population survey” Paul Dourgnon,IRDES- France.

15:00 - 15:30.  Health system reform in Egypt , Dalia Gaber Sos Boles Department of Community Medicine, Faculty of Medicine, Ain Shams University.

 

15:45 19:00 - Guided sightseeing Sousse - Monastir

21:00               Free Dinner

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22.01.2015 | by martalanca | Maghreb, Tunisia

A Libertação pela Revolução

A revoluçao tunisina, como aliàs a egípcia, foi desencadeada pelos jovens das camadas mais desfavorecidas da sociedade, oriundos muitas vezes das regiões mais pobres do pais. No entanto, mesmo antes destas revoluções terem resultado na demissão ou na fuga dos respectivos ditadores, os americanos (oportunistas como são), através da influência sobre os tecnocratas em exilio (formados no seu território), fizeram tudo para recuperar os frutos dos sacrifícios do povo. Estes tecnocratas, agora em função nas altas instâncias do Estado aproveitam-se da tranformação do regime, guardando os seus interesses intactos assim como os dos seus protectores oficiais.

Nada de novo, nada de complexo, nada de insólito (as maneiras de agir dos americanos já foram desmontadas de A a Z).


O mais interessante disto tudo, nem são tanto os mecanismos pelos quais os tecnocratas dos novos regimes sao submetidos à influência do poder americano, mas o processo pelo qual as reivindicações de base destas revoluções foram reduzidas, pelo intermediário entre outros dos media, ao simples ideal de Liberdade à maneira ocidental. O slogan em comum destas duas revoluções abrangia um espectro muito mais amplo de projecto de sociedade como a justiça, a dignidade e a independência nacional. Esta última reivindicação, longe de se esgotar nas fronteiras de um Estado-Nação, diz respeito acima de tudo a uma soberania nacional (do povo, da cultura arabo-muçulmana) anti-imperialista. Em países com um passado colonial pesado e cujas formas e organização social autóctone foram destruídas, a liberdade como bem absoluto individual só faz sentido se a colectividade « maitrise » os seus próprios valores (a todos os níveis) : « Faire sauter le monde colonial est désormais une image d’action très claire, très compréhensible et pouvant être reprise par chacun des individus constituant le peuple colonisé. ” Frantz Fanon
Hoje, na Tunísia pós-eleitoral, os franceses foram desonrados e os islamistas Ennahda (força liberal) constituem um prolongamento do poder dos países do eixo petrodollar. No Egipto, em particular, o exército está associado aos americanos desde a presidência de Muḥammad as-Sādāt em 1970 até aos « negociatas » e políticos corruptos de Hosni Moubarak. A uma semana das eleições, o povo ocupa novamente a Praça « Tharir » (praça Emancipação/Libertação) consciente do papel da ingerência americana no exército e nos seus aliados políticos (protesto que começa a alastrar-se por outras regiões). O exemplo máximo desta ingerência são as armas (made in USA) utilizadas hoje para punir o povo na praça (ouvido numa entrevista a um manifestante). As reivindicações destes novos ocupantes insistem sobretudo em dois pontos : criar um organismo apto a julgar os políticos e « negociatas » corruptos ; criar uma presidência civil contra a oligarquia militar.
As previsões eleitorais são óbvias : os islamistas liberais (partido da Liberdade e da justiça) vão sair vencedores no Egipto. Partido da mesma tendência do Ennahda na Tunisia, ou seja, agentes políticos do movimento dos « irmãos muçulmanos » diferente do movimento islamista jihadista anti-americano. Excusado seria dizer que o partido da liberdade e da justiça faz aliança com os militares. Estes mesmos que o povo quer desarmar.
Enquanto o governo provisório já se demitiu, os militares abriram retoricamente um antecedente perigoso : « um milhão, dois milhões na rua não representam o povo egípcio ». Os indignados em Madrid ou em NY também não…. Não somos de facto os 99%.

Shift no Spectrum

22.11.2011 | by martalanca | Egipto, liberdade, primavera árave. revolução, Tunisia

Why fear the Arab revolutionary spirit?

The western liberal reaction to the uprisings in Egypt and Tunisia frequently shows hypocrisy and cynicism.

Article by Slavoj Žižek (The Guardian)

04.02.2011 | by ritadamasio | Egipto, Egypt, Revolta, Revolution, Tunisia