Sem futuro não há paz
O movimento Greve Climática Estudantil (GCE) surgiu em Portugal em 2019, inspirado pelo mote internacional «Fridays For Future» (FFF). Em contraste com a dinâmica dos movimentos sociais ecologistas portugueses anteriores, a GCE mobiliza novos sujeitos políticos e novos modos de argumentação e de atuação. Por um lado, estas jovens estudantes introduzem claramente o conceito de Justiça Ambiental, propondo uma reflexão sobre a forma como a degradação social e ambiental afeta de maneira desigual diferentes grupos humanos de acordo com distinções de classe, etnia, género e localização espacial (urbano/rural, centro/periferia ou norte/sul); por outro lado, os seus protestos incluem também formas de ação consideradas mais disruptivas, como greves, manifestações, ocupações e ações diretas. O presente ensaio, compreendendo componentes textuais e visuais, visa discorrer sobre estas três características da GCE e sobre as propostas que tal movimento apresenta para o futuro próximo.
A historiografia dos conflitos socioambientais em Portugal diz respeito principalmente ao período do pós-25 de Abril. Com o objetivo de analisar estes conflitos, alguns autores de diferentes áreas científicas, como o historiador Paulo Guimarães (2018), a socióloga Luísa Schmidt e a agrónoma Maria Inês Mansinho (1994), propuseram periodizações e tipologias específicas, que contêm pontos de convergência. Em geral, a década de 1970 é descrita como um período marcado pela emergência de vários movimentos ambientalistas com diferentes perspetivas ideológicas; a década de 1980, como uma fase de institucionalização da ação ambiental; e o período a partir da década de 1990, como um tempo de crescente cobertura mediática das lutas ambientais e de diversificação dos atores envolvidos e das formas de ação.
Centramo-nos num fenómeno recente: os protestos das estudantes da GCE. A abordagem baseia-se em depoimentos de jovens que participaram ativamente na GCE do Algarve registados ao longo de um trabalho de campo antropológico realizado entre 2019 e 2021 (https://giestas.weebly.com). A recolha permite compreender algumas características deste movimento social, nomeadamente, as inovações que ele apresenta em relação aos movimentos anteriores, no que concerne aos sujeitos políticos organizados, às linhas de argumentação e às formas de ação política.
«Este movimento surgiu quanto uma jovem sueca de 16 anos – Greta Thunberg – começou, desde o fim do verão de 2018, a ir todas as sextas-feiras para a frente do parlamento sueco protestar contra a inação governamental face às alterações climáticas. As suas colegas e os seus colegas foram-se juntando a ela e o movimento começou a ser mais divulgado até chegar a nível mundial.»
(«Greve climática estudantil do Algarve #1 – 15 de Março de 2019»
[Entrevista a Raquel R. da GCE Algarve], https://giestas.weebly.com)
De facto, em setembro de 2018, a jovem sueca Greta Thunberg iniciou uma greve escolar contra a crise climática, em frente do parlamento sueco. Em menos de um ano, este protesto popularizou-se e inspirou os movimentos sociais climáticos FFF, dos quais a GCE é a expressão portuguesa. Durante meses, milhões de jovens, principalmente na Europa, fizeram greve às sextas-feiras e organizaram manifestações, colocando a crise climática nas agendas políticas e mediáticas internacionalmente.
Esta transposição de um movimento local para a escala global poderá ser analisada à luz do conceito de «novíssimos movimentos sociais» (Juris et al. 2012). A expressão designa uma forma de organização dos movimentos sociais que emergiu, a partir dos anos 90, num contexto de globalização económica e de desenvolvimento acelerado das tecnologias de informação e de comunicação. Neste quadro, a ação coletiva dos movimentos sociais assumiu novas características: (1) ganham uma escala global e transnacional, em articulação com os contextos locais; (2) passam a utilizar as novas tecnologias de informação e de comunicação, principalmente a internet; (3) articulam intersecionalmente reivindicações económicas e identitárias; (4) desenvolvem formas de ação não-tradicionais, com elevada carga simbólica e performativa; (5) criam novas formas de organização – para além de se constituírem enquanto redes informais, a sua formação pode ser efémera e certos núcleos poderão ser formados apenas temporariamente, para determinados propósitos; (6) combinam diversas culturas políticas e modos de organização sob uma estrutura comum.
Estas características verificam-se no modo de organização da GCE, que pode assim perspetivar-se como um movimento que protagoniza uma nova forma de olhar e de agir sobre a Ecologia em Portugal.
A GCE tem desenvolvido a sua atividade em diversos núcleos locais, de norte a sul do país. As jovens pertencentes à GCE Algarve descrevem-na como um movimento cuja estrutura pretende ser informal, apartidária, horizontal e não-violenta. O movimento é composto maioritariamente por raparigas estudantes do Ensino Secundário. Quando questionadas sobre esta especificidade de género, as jovens dizem desconhecer os seus motivos, mas, em geral, sublinham o papel das mulheres enquanto sujeito revolucionário e afirmam que as lutas feministas lhes servem de exemplo:
«No núcleo do Algarve, eu noto que a quantidade de raparigas envolvidas na organização é muito maior. Nós desde há muito tempo, ao longo da história, temos vindo a estar envolvidas em revoluções, reformas sociais, para lutar pelos nossos direitos, pela igualdade, para a nossa própria emancipação. Eu acho que acaba por estar, se calhar, um pouco no nosso ADN, enquanto mulheres e enquanto raparigas, nós lutarmos por aquilo que é correto e por aquilo que merecemos.»
(«Mudar o sistema, não o clima» [Entrevista a Iara T. da GCE Algarve, fevereiro de 2020], https://giestas.weebly.com)
A participação maioritária de raparigas/mulheres nos movimentos sociais ecologistas e a relação entre género e ecologia começaram a ser academicamente debatidas a partir da década de 1990 (MacGregor 2017). Foram então revistos vários trabalhos anteriores, das décadas de 1960/70, que explicavam a militância das mulheres em conflitos socioambientais a partir de uma suposta ligação essencialista que aproximaria as mulheres da natureza. Em contrapartida, afirma-se que essa relação é construída socialmente e, sobretudo, material e estrutural. Nessa perspetiva, a militância das mulheres e o seu papel de resistência à exploração ambiental dependem, em boa parte, da relação que as mulheres mantêm com os recursos naturais e os territórios ao seu redor, devido aos papéis que lhes são socialmente atribuídos, como provedoras e cuidadoras das suas comunidades. Em geral, as mulheres – em conjunto com crianças e homens de classe baixa – assumem uma responsabilidade desproporcional no cultivo e na preparação de alimentos, no cuidado dos animais, na manutenção dos espaços habitacionais e no cuidado das necessidades físicas e emocionais das crianças e dos adultos dependentes. A intersecionalidade é, assim, um dado determinante para pensar estas questões, adicionando o género a outras categorias sociais, como classe, idade, etnia ou orientação sexual. No caso do grupo da GCE, as raparigas parecem encontrar, nesta história de participação das mulheres em protestos ecologistas, um modelo a seguir.
Ecologia sem luta de classes é jardinagem
A atuação da GCE inclui diversas formas de protesto, como greves, manifestações, vigílias, debates, palestras e, em alguns núcleos locais, acampamentos ou ocupações. Este novo movimento assinala, assim, uma recuperação das ações diretas – também utilizadas na luta contra o nuclear em Ferrel, na década de 1970, e contra os transgénicos em Silves, em 2007 – nas lutas ecologistas.
«Eu antes achava que as pequenas coisas eram suficientes. Que só o facto de eu me tornar vegetariana, ou de deixar de comprar roupa, que era suficiente. E quando eu percebi o panorama geral, que não mais bastava só andar de transportes [públicos], que não mais bastava só tirar o carregador da tomada, ou fechar a torneira, que era preciso este tipo de movimentos, eu percebi que eu estive à espera disto a minha vida inteira. Eu já tinha uma revolta tão grande…»
(«Justiça social» [Entrevista a Mourana M. da GCE Algarve, outubro de 2019], https://giestas.weebly.com)
A motivação das jovens para se juntarem ao movimento parece, pois, ter partido de uma sensibilidade prévia para a proteção do ambiente que, de forma mais ou menos acelerada, se foi tornando mais politizada e profunda. As raparigas da GCE vieram questionar discursos mais generalistas sobre o «Ambiente», que responsabilizam a humanidade como um todo pela degradação ambiental do planeta e que centram as suas propostas para a resolução das alterações climáticas na mudança de hábitos individuais. As propostas destas jovens visam, portanto, uma mudança estrutural da sociedade, que não passa apenas por alterações de hábitos de consumo, mas sim por repensar os modos de extração, de produção e de distribuição de recursos, bem como as condições de trabalho das pessoas que fazem parte desta cadeia.
Para nos ajudar a pensar nestas questões estruturais, as jovens mobilizam termos específicos – como greenwashing, MAPA (Most Affected People and Areas) e justiça social e climática – que expõem, pedagogicamente, nas suas faixas, palavras de ordem, entrevistas e publicações.
«Imensas marcas conhecidas fazem esse tal greenwashing. E depois têm propagandas, por exemplo, que fazem produtos mais “verdes”, mais “sustentáveis”, mas por trás eles continuam a ter as mesmas formas de produção altamente poluentes e a pagar muito pouco aos seus funcionários. E daí vem a tal justiça social. Estas pessoas vivem em condições realmente precárias, a lidar com todo o tipo de tóxicos, sem segurança no trabalho, muitas vezes, e não há como negar a forma como essas pessoas vivem: a ser totalmente exploradas por pouquíssimo dinheiro.»
(«Mudar o sistema, não o clima» [Entrevista a Iara T. da GCE Algarve, fevereiro de 2020], https://giestas.weebly.com)
Em 2020, a GCE divulgou o termo MAPA para designar as comunidades que mais sofrem com os efeitos das alterações climáticas – incluindo todos os territórios do Sul Global, bem como comunidades marginalizadas – e para colocar a questão da intersecionalidade no centro do debate político sobre as crises climáticas: «se calhar os nossos líderes políticos não estão no mesmo barco que nós. Estamos todos na mesma tempestade, mas não no mesmo barco.» («Não estamos todos no mesmo barco» [Entrevista a Maisie R., da GCE Algarve, em março de 2021], https://giestas.weebly.com). «Embora se trate de uma emergência global, ela afeta diferentes grupos sociais em diferentes escalas», pode ler-se num comunicado publicado nas redes sociais da GCE a 14 de outubro de 2021. Durante as entrevistas, as jovens afirmavam não ser possível destrinçar as questões ecológicas das questões sociais, e abordavam sempre esta questão com a expressão «justiça social e climática».
«Quando falamos de justiça climática estamos a falar de justiça social, estamos a falar desta ideia de desigualdade entre norte global e sul global, entre ricos e pobres. (…) Foram os países ocidentais – Europa e Estados Unidos – que mais contribuíram para esta crise climática. São as potências que mais gastam recursos, que mais exploram sobretudo recursos energéticos em países menos desenvolvidos, e que mais estamos protegidos. (…) Temos países menos desenvolvidos, que são menos desenvolvidos por uma razão: porque são continuamente explorados; mesmo após o colonialismo, são continuamente explorados pelos países mais desenvolvidos. Não é que não existam lá estruturas, ou não é que não existam lá indústrias: há, só que elas estão a ser ali exploradas para abastecer e para continuar a suportar o nosso estilo de vida ocidental.»
(«Justiça social» [Entrevista a Mourana M. da GCE Algarve, outubro de 2019], https://giestas.weebly.com)
Esta reflexão parece retomar o conceito de «Justiça Ambiental», desenvolvido no seio dos movimentos civis dos Estados Unidos na década de 1980. O economista e cientista político catalão Joan Martinez-Alier (2002), a historiadora ambiental e feminista Stefania Barca (2012) e o físico e ecologista Luís Fazendeiro (2023) reconstituíram a história do uso do termo e da sua importância política. O termo nasceu nos Estados Unidos, na década de 1980, no contexto de injustiças persistentes em relação a comunidades racializadas: começou a ser usado nos protestos contra o despejo de resíduos tóxicos em áreas afroamericanas urbanas ou periurbanas na Carolina do Norte. Militantes e académicos aliados desta causa, como o sociólogo afroamericano Robert Bullard, teorizaram sobre este termo, utilizando-o para designar uma luta que surge da consciência de que os custos sociais implicados numa história de «desenvolvimento desigual» atingem diferentes grupos de forma desigual. Por outras palavras, a «Justiça Ambiental» reflete sobre a forma como a degradação social e ambiental afeta de maneira desigual diferentes grupos humanos, de acordo com distinções de classe, etnia, género e localização espacial (urbano/rural, centro/periferia, norte/sul).
«Se Abril já passou, a luta é agora».
Esta visão estrutural da política e da ecologia constitui a lente a partir da qual estas jovens olham e agem sobre as causas locais. Como exemplos, entre os repetidos protestos contra a exploração de combustíveis fósseis, em maio de 2023, as jovens da GCE, em conjunto com outros coletivos, juntaram-se a uma ação de desobediência civil para impedir a chegada de um novo carregamento de gás ao Terminal de Gás Liquefeito do Porto de Sines. Divididas em quatro grupos, as manifestantes conseguiram bloquear, durante sete horas, diversos pontos de acesso ao Terminal e adiar a chegada de gás para a madrugada do dia seguinte. As pessoas que participavam no protesto denunciaram que o Terminal de Sines representa o principal ponto de entrada de gás em Portugal e que existem planos para aumentar a sua infraestrutura para ir buscar gás a países cujas comunidades estão a ser expropriadas. De acordo com a informação fornecida no site da plataforma Climáximo (https://www.climaximo.pt/), o gás atualmente utilizado em Portugal provém sobretudo da Nigéria, dos Estados Unidos, do Qatar e da Rússia. As empresas que exploram o gás em Portugal – Galp, EDP, REN e Trustenergy – querem expandir a produção e aumentar a importação de gás vindo do Brasil, de Angola e de Moçambique, reiterando novas formas de relação e de exploração coloniais. Por outro lado, considerando que o fecho do Terminal de Sines afetará centenas de trabalhadores, as manifestantes propõem uma realocação destes trabalhadores em novas indústrias não-poluentes, controladas pelo Estado, fazendo eco das propostas elaboradas pela Campanha «Empregos pelo Clima» (https://www.empregos-clima.pt/).
As jovens da GCE estiveram também presentes nos protestos contra a exploração de fracking na Bajouca, em 2019 – uma luta vitoriosa – e, presentemente, apoiam a luta dos Movimentos Contra as Minas. Estes movimentos organizam-se contra a construção de minas para exploração de lítio, projetadas pelo governo, de norte a sul do país, incluindo zonas como Portalegre, Guarda, Felgueiras, Montalegre e Boticas: «estas minas terão efeitos devastadores ao nível da poluição da água, dos solos, do ar e da poluição sonora. Estes efeitos irão inviabilizar totalmente a agricultura e a habitação das zonas circundantes.», pode ler-se numa publicação da GCE de 25 de julho de 2022, que apela à participação na segunda edição do acampamento em defesa do Barroso, umas das zonas que apresenta maior resistência a estes empreendimentos.
A GCE apresenta-se como aliada nas inúmeras lutas das comunidades locais contra a construção de novos empreendimentos. Em causa está a defesa de territórios e de estilos de vida, contra a lógica generalizada e opressiva de um «desenvolvimento» que não serve as populações. A maioria destes projetos implica uma profunda transformação do território, contaminando recursos vitais como a água, os solos, o ar, os seres vivos, um impacto destrutivo que afeta também formas de trabalho preexistentes, como a pesca, a agricultura ou o turismo local. Estas são, muitas vezes, substituídas por outro tipo de trabalhos, relacionados com os novos empreendimentos extrativistas. As condições de trabalho, já antes precárias, podem piorar: maus salários, casas de trabalhadores sobrelotadas, confisco de documentação, insalubridade, risco de vida. As monoculturas intensivas do Alentejo são um caso paradigmático deste tipo de empreendimentos, em que trabalhadores migrantes são submetidos a condições de quase-escravatura.
Todos estes conflitos são, ou podem vir a ser, lutas por «Justiça Ambiental» ou por «Justiça social e climática»:
«Primeiro que tudo podemos falar de “Justiça Social”, isto é, as pessoas não estão a ser pagas para o trabalho que elas estão a fazer. E pode ser aqui ou noutro país. Aqui, se as pessoas trabalham tanto ou mais horas do que trabalhavam antes e consegue produzir para a entidade patronal mil vezes mais lucro, por dia, do que faziam antes, então há aqui qualquer coisa que não está bem. Nós vamos ter de mexer com muita gente importante. E muita gente que tem muito a perder e cujo seu estilo de vida altíssimo e jatos privados se sustenta à base disto: à base da exploração de combustíveis fósseis, à base da exploração do povo e dos campos em locais menos “desenvolvidos”. (…) São pessoas, e são uma pequena fração de pessoas, este 1% da população, que têm acesso ou que recebem o lucro desta exploração toda. (…) Esta ideia de justiça, esta ideia de responsabilização dos reais culpados, esta ideia de solidariedade para com aqueles que mais estão a sofrer e que menos são culpados, precisa de ser transversal.»
(«Justiça social» [Entrevista a Mourana M. da GCE Algarve, outubro de 2019], https://giestas.weebly.com)
Atualmente, o grupo da GCE do Algarve tem estado menos ativo. Muitas das suas militantes saíram daquela zona e o grupo foi-se fragmentando. Algumas continuam a participar ativamente no movimento, mas sobretudo em ações nacionais ou centradas em Lisboa. Por outro lado, a GCE Lisboa parece ter radicalizado ainda mais as suas formas de ação. Um artigo publicado no Jornal MAPA (Leal 2023) dá conta de diversas ações dinamizadas por aquele grupo, decorridas em setembro e outubro daquele ano, que incluíram atirar ovos com tinta ao então ministro do ambiente Duarte Cordeiro, ocupar escolas e universidades, bloquear entradas de instituições com os próprios corpos, com recurso a tubos de metal e colando-se às portas. A GCE considera necessário escalar a onda de protestos para se fazer ouvir, para conseguir operar as mudanças que querem ver no mundo. De acordo com Catarina, da GCE Lisboa: «Somos jovens sem futuro e, por isso, fomos obrigados a fazer isto. (…) Nós não vamos dar paz ao governo, até que eles se comprometam que este é o último inverno em que é usado gás fóssil para produzir eletricidade em Portugal.». Nesta ocasião, a reivindicação de base relacionava-se com o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e apelava à distribuição de eletricidade 100% renovável e acessível a todos até 2025. As ações, de acordo com militantes da GCE, têm como intuito quebrar a normalidade para passar a mensagem: «Sem futuro não há paz».
Bibliografia
- Barca, Stefania, 2012, «On Working-class Environmentalism. An Historical and Transnational Overview», In Interface, a Journal for and about Social Movements 4(2): 61–80.
- Fazendeiro, Luís, 2023, Sobre a mudança – justiça climática e transição ecológica no século XXI, Outro Modo Cooperativa Cultural, Lisboa.
- Guimarães, Paulo Eduardo, 2018, «Através da Natureza Campestre e Mansa»: Agrarismo e Lutas pela Justiça Ambiental em Portugal (Séculos XIX e XX)», in Roque, Ana Cristina, Melo, Cristina Joanaz de, Amorim, Inês, Freitas, Joana Gaspar de, Torrão, Maria Manuel, Alterações Ambientais em Perspectiva Histórica, CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, Porto.
- Juris, Jeffrey S., Pereira, Inês e Feixa, Carles, 2012, «La globalización alternativa y los “novísimos” movimientos sociales», in Revista Del Centro De Investigación, 10 (37): 23-39.
- Leal, Catarina, 2023, «Sem Futuro não há paz», in MAPA, Jornal de Informação Crítica, 39 (Outubro-Dezembro 2023): 2.
- MacGregor, Sherilyn, 2017, Routledge Handbook of Gender and Environment, Routledge, London.
- Mansinho, Maria Inês e Schmidt, Luísa, 1994, «A Emergência do Ambiente nas Ciências Sociais: análise de um inventário bibliográfico», in Análise Social, vol. xxix (125-126): 441-481.
- Martinez-Alier, Joan, 2002, The Environmentalism of the Poor: A Study of Ecological Conflicts and Valuation, Edward Elgar Publishing, Cheltenham.
- Martinez-Alier, Joan, Temper, J. L., Del Bene, D., & Scheidel, A., 2016, «Is there a global environmental justice movement?», in The Journal of Peasant Studies, 43(3): 731-755.
Webgrafia
Climáximo: climaximo.pt (consultado em 30 de julho de 2024)
Empregos para o Clima: empregos-clima.pt/ (consultado em 30 de julho de 2024)
Fridays for Future Portugal: Instagram (consultado em 30 de julho de 2024)
Jornal MAPA: jornalmapa.pt (consultado em 30 de julho de 2024)
Entrevistas disponíveis em:
giestas.weebly.com/ (consultado em 30 de julho de 2024)