Rei Amador, história e mito do líder da revolta de escravos em São Tomé (1595)

Introdução [1]

Amador, o líder da grande revolta de escravos de 1595, é uma figura emblemática da história de São Tomé e Príncipe. Desde 1976, quando o escudo português foi substituído pela nova moeda dobra, as notas bancárias do país retratam a efígie de Amador, concebida pelo artista são-tomense Protásio Pina (1960-1999). Em O Manual do Pioneiro da Organização dos Pioneiros de São Tomé e Príncipe (OPSTEP), produzido em Cuba para o então regime socialista são-tomense, Amador foi apresentado como um percursor da luta pela libertação que “libertou uma grande parte do território nacional…. Era um nacionalista que desafiou o sistema colonial.”[2] Em 2003, a nacionalista e poetisa Alda Espírito Santo (1926-2010) escreveu em poema dedicado a Amador.[3] No ano seguinte, treze anos após a transição democrática do país, a Assembleia Nacional declarou 4 de Janeiro como feríado nacional em homenagem a Amador.[4]  Este artigo aborda as fontes primárias e a literatura secundária sobre Amador e a sua insurreição que, em termos da dimensão, duração e impacto, foi uma das maiores revoltas de escravos de toda a história atlântica. Em seguida, discute um conhecido mito colonial, segundo o qual Amador teria sido rei dos angolares.

História da revolta

Sobre a revolta dos escravos em 1595 existem apenas dois documentos históricos considerados fontes primárias. Ambos os relatórios foram escritos por contemporâneos dos acontecimentos, na perspectiva dos colonos brancos de São Tomé. O primeiro documento, em italiano, cujo original está no Arquivo do Vaticano, é anónimo e sem data [5] e intitula-se ‘Relatione uenuta dall’ Isola di S.Tomé’.[6] Segundo Caldeira (2006:277) “O original era certamente o relato de um religioso italiano que esteve em São Tomé”. Foi publicado pela primeira vez por António Brásio, na Monumenta Missionária Africana (MMA), em 1953.[7] (ler pdf 1)

O segundo é um relatório da revolta integrado no famoso manuscrito do são-tomense padre Manuel do Rosário Pinto (1669-1738?) cujo original se encontra na Biblioteca de Ajuda em Lisboa.[8] Rosário Pinto foi deão da Sé e uma figura proeminente da sua época em São Tomé. O seu manuscrito cobre o período de 1471 a 1734, ano da sua conclusão, e integra um relatório anónimo contemporâneo da revolta do Amador ao qual Rosário Pinto aparentemente teve acesso.[9] Este manuscrito foi publicado integralmente pela primeira vez por António Ambrósio, em 1970, por ocasião do quinto centenário do descobrimento de São Tomé.[10] Em 2006, o historiador Arlindo Caldeira publicou uma reedição intitulado Relação do Descobrimento da Ilha de São Tomé. Manuel do Rosário Pinto (Lisboa: Universidade Nova de Lisboa – Centro da História do Além-Mar) com uma introdução sobre a vida de Rosário Pinto e a lógica do conteúdo do manuscrito, com muitas notas explicativas no texto. (ler pdf 2) A descrição da revolta é mais pormenorizada no manuscrito de Rosário Pinto do que no documento do Vaticano, porém, as duas fontes não diferem significativamente na narrativa dos acontecimentos.

 

Os dois relatos dizem que Amador era um escravo nascido em São Tomé (‘cativo crioulo’) e que a revolta começou em 9 de Julho com a matança de alguns brancos durante a missa na igreja da Trindade e terminou a 29 desse mês com a derrota e rendição dos escravos. Os documentos não revelam qual o motivo imediato da revolta, contudo, Rosário Pinto relata que ocorreu numa altura em que a sociedade colonial estava enfraquecida devido a um dos recorrentes conflitos entre o governador e o bispo. Além disso, o relato diz que a hostilidade de Amador era dirigida contra “todos os brancos e procedidos deles [mestiços]”.[11] Durante as três semanas da insurreição os escravos destruíram muitas plantações e engenhos de açúcar e houve três combates entre a tropa do governador e escravos na cidade que os escravos perderam com baixas significativas. Também ao lado dos colonos brancos combateram escravos armados. No segundo combate entre os revoltosos e os moradores, em 14 de Julho, os escravos revoltosos atacaram a cidade de quatro lados. Um destes grupos de atacantes foi comandado pelo “negro Cristóvão, por capitão dos negros Angola”[12], provavelmente uma alusão aos escravos fujões no interior da ilha, onde se organizaram em macambos (comunidades), que mais tarde seriam conhecidos por angolares.

A última batalha ocorreu a 28 de Julho quando Amador atacou a cidade com um exército de 5 000 escravos, maior do que o dos colonos, mas muito inferiormente armado. Este número de escravos revoltosos correspondia a cerca da metade da população escrava em São Tomé naquela altura.[13] Depois da derrota dos amotinados, os principais comandantes de Amador foram presos e enforcados. Durante a insurreição foram destruídos mais de setenta engenhos de açúcar, enquanto apenas 25 ficaram intactos.[14] A produção do açúcar em São Tomé e Príncipe nunca mais chegaria ao seu nível de antes da revolta. A revolta acelerou o declínio da indústria açucareira do arquipélago que tinha começado por volta de 1580.
Sobre a pessoa de Amador os dois documentos dizem muito pouco. Não se sabe nada sobre o seu passado nem sobre a sua vida pessoal. Não existe nenhuma gravura ou pintura de Amador. O manuscrito de Rosário Pinto diz apenas que era escravo de Bernardo Vieira, enquanto o documento do Vaticano afirma que o nome do seu dono era Dom Fernando. Segundo Caldeira (2006:73) este nome pode ser uma confusão com o nome do então governador Fernando de Meneses. No início da revolta, Amador auto-proclamou-se “Capitão General de Guerra e Rei nomeado absoluto, com poder de dar liberdades a todos os cativos.”[15] O manuscrito de Rosário Pinto não refere a nenhuma data sobre a morte de Amador, enquanto o documento do Vaticano relata que, depois de ter sido traído e preso, foi executado e esquartejado em 14 de Agosto de 1595.[16]

Literatura secundária sobre a rebelião

Além das únicas duas fontes primárias existe, desde o século XIX, alguma literatura secundária sobre a revolta de Amador. Relevantes neste contexto são dois livros do militar Raimundo José de Cunha Matos (1776-1839) que se baseiam numa cópia mal conservada do manuscrito de Rosário Pinto. Cunha Matos tinha recebido esta cópia de um padre em São Tomé.[17] Ele não cita expressamente o manuscrito de Rosário Pinto como fonte nas suas obras, mas menciona o seu nome algumas vezes no texto.[18] Nascido em Faro, Portugal, aos 14 anos Cunha Matos integrou a tropa portuguesa, participando nas campanhas contra a França Revolucionária na Península Ibérica. De 1797 a 1814 esteve em São Tomé e a seguir dois anos no Rio de Janeiro. Dali regressou a São Tomé onde foi governador interino de 1816 a 1817. Em 1817 fixou-se definitivamente no Brasil onde posteriormente foi deputado da Assembleia Nacional e director da Academia Militar.[19]

No seu livro Corografia Histórica das Ilhas de S.Thomé e Príncipe, Anno Bom e Fernando Pó, publicado pela primeira vez no Porto, em 1842, Cunha Matos faz referência, ao “sempre lamentável motim e rebelião do negro Amador…que levantou o estandarte da revolta em 9 de Julho de 1595 e foi preso e justiçado em 1596.”[20] Na sua segunda obra intitulada Compêndio Histórico das Possessões de Portugal em África, publicada no Rio de Janeiro em 1963, Cunha Matos afirma que “Ele [o governador Meneses] pôs a preço a cabeça do Amador; e o Capitão Domingos que não cumprira o seu dever no ataque da Rua de S. João, e por isso ficara fora da graça do General rebelde, urdiu uma conspiração, surpreendeu o Amador, foi levá-lo a D. Fernando de Meneses que em um alto cadafalso o mandou fazer em quartos no dia 4 de Janeiro de 1596.”

Nos dois livros Cunha Matos não indica nenhuma origem para as suas datas que diferem da sua própria fonte da revolta, o manuscrito de Rosário Pinto que não refere à nenhuma data da morte de Amador. Não se sabe donde vem a data nas obras de Cunha Matos. É o segundo livro de Cunha Matos, onde, em 2004, a Assembleia Nacional encontrou a data para o feriado em homenagem a Amador. Pelos vistos, os deputados desconheciam o documento do Vaticano, a fonte primária, publicado em 1953. Contudo, em São Tomé e Príncipe existe consenso que o mais importante é a homenagem ao Rei Amador, enquanto a origem da data do feriado é considerada secundária.

O mito de Amador, rei dos angolares

Além da história do Rei Amador, o líder da revolta dos escravos, existe em São Tomé também um conhecido mito, segundo o qual Amador teria sido o rei dos angolares, na altura da insurreição escravos fujões no interior da ilha. O principal autor que afirma que Amador teria sido chefe angolar foi o geógrafo e poeta Francisco Tenreiro (1921-1963) que escreve na sua monografia A Ilha de São Tomé (1961): “De 1595 e 1596 esta [a ilha de São Tomé] chega mesmo de cair nas mãos dos angolares, chefiados pela figura, já lendária, de Amador.”[21] Tenreiro não indica nenhuma fonte para a sua asserção. Contudo, como se pode verificar, não corresponde nem a fontes históricas disponíveis sobre a rebelião, nem ao conteúdo dos livros do século XIX que Tenreiro conhecia e utilizava para o seu livro. Como já referido, segundo Rosário Pinto, os angolares que, desde o início do século XVI, frequentemente assaltaram as plantações de açúcar, possivelmente participaram ao lado dos escravos revoltosos numa das três batalhas na cidade, mas Amador não era o rei deles.

Nenhum dos autores do século XIX, que estão integrados na bibliografia de Tenreiro, relaciona Amador com os assaltos dos angolares, mas o apresenta correctamente como escravo e líder da maior revolta de escravos de São Tomé. Uma das fontes de Tenreiro era o livro de Cunha Matos de 1842. Contudo, o militar que se refere à “rebelião do negro Amador”, não liga Amador aos angolares. Em 1844, Lopes de Lima refere-se no seu livro à “revolta do negro Amador que … consternou toda a ilha com os inumeráveis estragos por tão horrenda sedição ocasionados.” [22] O administrador de concelho António de Almada Negreiros diz na sua obra História Etnographica da Ilha de S.Thomé (1895): “No meio d’este espectáculo tumultuoso, surgiu, no anno seguinte, o negro Amador, que se intitulou Rei de S.Thomé, arvorado em Atila furibundo, à frente dos da sua cor, revolucionando a ilha inteira, matando e saqueando furiosamente.”[23]

Encenação do mito, um grupo do quiná, dança tradicional dos angolares, em volta do busto do Rei AmadorEncenação do mito, um grupo do quiná, dança tradicional dos angolares, em volta do busto do Rei Amador

De facto, Tenreiro não era o primeiro autor que associou Amador aos angolares, mas foi o seu influente livro que mais contribuiu para a divulgação deste mito. O primeiro autor que relacionou Amador com os angolares foi Ernesto Vasconcellos que, em 1918, escreve no seu livro S.Tomé e Príncipe. Estudo elementar de geografia física, economia e política sobre “atrocidades dos angolares revoltados, sob o mando do negro Amador…” [24] Curiosamente, esta obra não se encontra na bibliografia da monografia de Tenreiro. Contudo, não se pode excluir completamente que a tradição oral de Amador, rei dos angolares, já existia em São Tomé.

Seja como for, desde muito cedo, todos os historiadores de São Tomé e Príncipe estão de acordo que Amador nunca era o chefe dos angolares. Em 1972 o historiador norte-americano Robert Garfield escreve na sua tese de doutoramento A Históry of São Tomé Island 1470-1655 (publicada em 1992) que “Amador and his followers were certainly not Angolars, as has sometimes been asserted”.[25] No seu livro São Tomé e Príncipe. A Invenção de Uma Sociedade, Isabel Castro Henriques (2000: 117) opina: “Não podemos deixar de verificar que esta tradição [Amador, rei dos angolares] limita a função majestática de Amador, designado nos documentos quinhentistas como rei da ilha de São Tomé…Esta amputação da dimensão do poder de Amador – de Rei da Ilha a Rei dos Angolares -, consagrada na tradição santomense, constitui um dos fenómenos mais perturbadores da História de São Tomé e Príncipe.” Caldeira (2006:73) conclui que “a tantas vezes repetida lenda de Amador como chefe angolar não tem, portanto, qualquer fundamento”. Também autores são-tomenses partilham esta conclusão. Carlos Neves e Nazaré Ceita (2004:17) não duvidam que Amador fosse o líder dos escravos: “O estado de conflitualidade entre estas autoridades manteve-se por longo tempo, até que em Julho de 1595, Amador, um dos escravos afectos ao partido do bispo, tirando proveito da agitação social reinante, decide liderar uma revolta de escravos.” Izequiel Batista de Sousa (2008:167) concorda que “Contrairement à ce qu’affirme l’historiagraphie de São Tomé, Amador n’est pas issu de la communauté dês macambos ni angolar d’origine”.

De facto, Tenreiro não nega apenas a revolta dos escravos de 1595, mas nega completamente a fuga dos escravos em São Tomé. Para explicar a existência dos angolares, Tenreiro recorre a uma tradição oral conhecida desde o século XVIII e divulgada por autores portugueses desde o século XIX, segundo a qual teriam sido descendentes de sobreviventes de um navio de escravos que havia naufragado na costa oriental da ilha em meados do século XVI.[26] Quanto à escravatura em São Tomé, Tenreiro vai ainda mais longe quando conclui que, naquela altura, os africanos não teriam sido submetidos à escravidão pura, mas antes a um regime de servidão.[27] Contudo, em inúmeros documentos históricos sobre São Tomé abundam os relatos sobre escravos fugidos das plantações e insurreições de escravos, contrariando a tese do regime brando de servidão alegado por Tenreiro.[28]

A negação das revoltas e fugas dos escravos em São Tomé por Tenreiro tem a ver com o contexto político e ideológico da época em que a sua monografia foi escrita. Foi a teoria do luso-tropicalismo do sociólogo brasileiro Gilberto Freyre (1900-1987) que orientou os trabalhos no seu livro. Freyre reclamou que os portugueses tinham uma aptidão única para a mestiçagem racial e cultural com os povos nos trópicos. Desde a década de 1950 o luso-tropicalismo foi muito aplaudido pelo regime do Estado Novo (1933-1974) que o utilizou para legitimar cientificamente a sua política colonial que recusou categoricamente a descolonização dos territórios ultramarinos de Portugal. Na altura, o então Instituto Superior de Estudos Ultramarinos (ISEU) em Lisboa, onde Tenreiro trabalhou desde 1959, era um bastião do luso-tropicalismo e de académicos fiéis ao regime salazarista. Como estudante, Tenreiro fora poeta da Negritude e amigo de nacionalistas africanos como Amílcar Cabral (1924-1973), Mário Pinto de Andrade (1928-1990) e Alda Espírito Santo.[29] Mais tarde porém, por volta de 1953, Tenreiro afastou-se dos antigos amigos e comprometeu-se com o regime salazarista para não arriscar a sua vida familiar e a sua carreira académica em Lisboa. Neste contexto, é óbvio que certas afirmações em A Ilha de São Tomé se fundam mais no contexto político-ideológico dos anos 1960 em Portugal do que em factos históricos. O mito do rei dos angolares tem diminuído e obscurecido a verdadeira dimensão histórica de Amador, como comandante de uma das maiores revoltas escravas da história da escravatura. Contudo, a homenagem a Amador pelo Estado são-tomense através da emissão das notas bancárias e do feriado nacional nunca se baseou no mito divulgado por Tenreiro, mas no livro de Cunha Matos, onde é apresentado, fiel à história, como líder da grande revolta dos escravos de 1595.

Bibliografia

Ambrósio, António, Manuel Rosário Pinto (A Sua Vida), Lisboa: Centro de Estudos Históricos Ultramarinos 1970.

Caldeira, Arlindo Manuel. Relação do Descobrimento da ilha de São Tomé. Manuel Rosário Pinto. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. Centro de História de Além-Mar 2006.

Henriques, Isabel Castro, São Tomé e Príncipe. A Invenção de Uma Sociedade, Lisboa: Vega 2000.

Lima, José Joaquim Lopes de Lima, Ensaios sobre a statística das possessões portuguezas na África occidental e oriental. Livro II. – Parte I. Lisboa: Imprensa Nacional 1844.

Matos, Raimundo José de Cunha, Ilhas de S,Tomé e Príncipe, Ano Bom e Fernando Pó. 4ª edição, São Tomé: Imprensa Nacional 1916 [1842].

Matos, Raimundo José da Cunha, Compêndio Histórico das Possessões de Portugal em África. Rio de Janeiro: Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Arquivo Nacional 1963.

Negreiros, António Lobo de Almada, História Etnographica da Ilha de S.Tomé, Lisboa: Antiga Casa Bertrand, 1895.

Neves, Carlos Agostinho das Neves & Ceita, Maria Nazaré, História de S.Tomé e Príncipe. Breve Síntese. São Tomé 2004.

Sousa, Izequiel Batista de, São Tomé et Príncipe de 1485 à 1755: Une Société Coloniale. Du blanc au Noir. Paris: L’Harmattan 2008. 

Tenreiro, Francisco, A Ilha de São Tomé, Lisboa: Memórias da Junta de Investigações do Ultramar, 1961.

Vasconcellos, Ernesto J. de C., S.Tomé e Príncipe. Estudo Elementar de Geografia física, económica e política, Lisboa, 1918.

 

 

 

 

 

 

 

 


[1] Artigo baseado na conferência “Rei Amador” proferida na CACAU –  Casa das Artes Criação Ambiente Utopias, São Tomé, 17 de Janeiro de 2011.

[2] O Manual do Pioneiro, Ministério de Informação e Cultura de São Tomé e Príncipe, p.20, s.a.

[3] “Amador” em Alda Espírito Santo, O Coral das Ilhas, São Tomé: UNEAS 2006.

[4] Lei nº 6/2004, promulgada em 14 de Junho.

[5] Caldeira 2006:277.

[6] Fondo Confalonieri, vol. 33, fls. 372-372 v.

[7] Brásio 1953:521-523. Brásio datou o documento de 1595, contudo o original não é datado (Caldeira 2006:277).

[8] Códice 51-IX-24, fls. 1-71.

[9] Caldeira 2006:72.

[10] Ambrósio 1970.

[11] Brásio 1953: 521; Caldeira 2006:75.

[12] Caldeira 2006:75. O documento do Vaticano não se refere a negros Angola.

[13] Garfield 1992:80.

[14] Caldeira 2006:78. Brásio 1953:523.

[15] Rosário Pinto in Caldeira 2006:75.

[16] Brásio 1953:523,

[17] Caldeira 2006:34.

[18] Ambrósio 1970:15-19.

[19] Cunha Matos 1963:7-16.

[20] Cunha Matos 1916:16.

[21] Tenreiro 1961:73.

[22] Lima 1844:XI.

[23] Negreiros 1895:61.

[24] Vasconcellos 1918:9.

[25] Garfield 1992:138.

[26]  Tenreiro 1961:63. Sobre as teorias relativamente à origem dos angolares ver os artigos Gerhard Seibert, Os angolares da ilha de São Tomé: Náufragos, Autóctones ou Quilombolas? Textos de História. Revista da Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília. Vol. 12, N.º 1/2, 2004, págs. 43-64 e Gerhard Seibert, A Questão da Origem dos Angolares de São Tomé. CEsA Brief Papers no. 5, Lisboa: 1998. http://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/2112

[27] Tenreiro 1961.70.

[28] Castro Henriques refuta esta afirmação no seu artigo “Ser escravo em São Tomé no século XVI”, Revista Internacional de Estudos Africanos, n.ºs 6-7, 1987, pp. 167-178.

[29] Sobre a vida e carreira profissional de Tenreiro ver o artigo Gerhard Seibert, Francisco José Tenreiro: o homem além do poeta, págs. 117 a 144 in Inocência Mata (org.), Francisco José Tenreiro. As Múltiplas Faces de um intelectual, Lisboa: Edições Colibri 2010.

por Gerhard Seibert
A ler | 8 Fevereiro 2011 | Amador, angolares, Gilberto Freyre, revolta de escravos, s.tomé e príncipe