Decolonising the City

A participação no programa está condicionada a inscrição através do e-mail: miraforum@miragalerias.net
A entrada no debate está limitada à lotação máxima, tendo prioridade os participantes no percurso pedonal.

PROGRAMA:

14h00/ Percurso pedonal tem ponto de encontro na entrada dos Jardins do Palácio de Cristal. Termina no MIRA FORUM onde se realiza o debate “Decolonising the City”. 

Este evento é composto por um percurso pedonal organizado pelo colectivo InterStruct, com duração aproximada de duas horas e meia. O percurso será guiado e animado por Desirée Desmarattes e Natasha Vijay. O percurso antecede o debate no MIRA FORUM. 

Debate organizado e moderado por Ana Jara e Miguel Cardina, com a participação de Desirée Desmarattes, Dori Nigro, Marta Lança e Paulo Moreira.

PERCURSO:

O percurso é da responsabilidade do colletivo InterStruct. Visa unir experiências pessoais, memórias coletivas e relíquias do colonialismo, oferecendo uma nova visão que nos permite examinar as raízes do preconceito individual e dos sistemas de opressão.

Propõe-se uma caminhada performativa como forma de ativismo que aborda a falta de atenção, reconhecimento e revisão das narrativas e ideologias colonialistas que circulam na sociedade portuguesa.

DEBATE:

O debate “DESCOLONIZAR A CIDADE” tem por objetivo problematizar a persistência de estruturas e imaginários coloniais no espaço público em Portugal. Partindo do lugar social e político da arquitetura, o debate pretende analisar de que forma o corpo da(s) cidade(s) mantém lógicas de (re)produção de representações coloniais, modos de segregação socio-espacial e hierarquias - ora vincadas, ora subtis - nas quais ainda reverberam dicotomias como as de centro e periferia, metrópole e colónias, norte e sul.

Essa perspetiva diacrónica sobre a cidade e os desafios de a descolonizar irrompe a partir de um presente onde se torna fundamental aprofundar as discussões sobre o racismo, a violência policial e as desigualdades, ou sobre as pertenças, migrações e diásporas, e que aponta necessariamente para um futuro no qual o Direito à Cidade se assume como um emergente horizonte de cidadania.

Evento integrado na 17ª Representação Oficial Portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza. Comissariado pela Direção-Geral das Artes.

EN
Participation is subject to prior registration by e-mail: miraforum@galerias.net 
Entrance to the debate is limited to a maximum capacity and participants of the walking tour will have priority.

14h00 / Walking tour beginning at the main entrance of Jardins do Palácio de Cristal finishing at MIRA FORUM, for the debate part.

This event consists of a walking tour organised by the InterStruct collective, lasting approximately two and a half hours. The walk will be guided by Desirée Desmarattes and Natasha Vijay. The tour is followed by a debate taking place at MIRA FORUM. 

Debate organised and moderated by Ana Jara and Miguel Cardina, with the participation of Desirée Desmarattes, Dori Nigro, Marta Lança and Paulo Moreira.

Walking tour:
Joining personal contemporaneous experiences, collective memories and relics of colonialism to its wider historical context can offer new insight and enable us to examine the root causes of individual prejudice and systems of oppression. We propose a performative walking tour as a form of activism that addresses the lack of attention, acknowledgement and revision of colonialist narratives and ideologies that circulate Portuguese society.

The ‘Decolonising the City’ debate aims to question the persistence of colonial structures and mentalities in the public sphere in Portugal. Starting from architecture’s social and political place, the debate is intended to analyse how the form of cities continues to (re)produce colonial representations, modes of social and spatial segregation and hierarchies - both clear and subtle - which are still abuzz with dichotomies such as centre and periphery, metropolis and colonies, north and south.

This diachronic view of the city and the challenges of decolonising it arises at a time when it is essential to discuss racism, policy violence and inequality on a deeper level, as well as to consider issues of belonging, migration and diasporas, and which also points to a future in which the Right to the City is an emerging horizon for citizenship.

Event part of the 17th Portuguese Official Representation at the Venice Architecture Biennale. Commissioned by Direção-Geral das Artes.

13.09.2021 | by Alícia Gaspar | Art, cidade, decolonising the city, descolonizar, event, Lisbon, política

Festival do Conhecimento UFRJ - Futuros Possíveis

Bate papo com Michelle Sales, Elisa de Magalhães, Marta Lança e Mariah Rafaela Silva que tem como interesse refletir sobre a descolonização como agenda política no campo da arte. Iremos debater o tema a partir do questionamento da função social do museu como imaginário do aparato colonial e seus desdobramentos no campo simbólico e de formação de memórias coletivas e individuais. Além disso, abordaremos a questão das coleções e dos arquivos nas instituições de arte, pensando os modos de circulação, legitimação e preservação das obras, bem como a problemática em torno das restituições. Ademais, no caso do Brasil, discutiremos as curadorias, editais, espaços de visibilidade e circulação para a arte contemporânea, abordando as relações étnico-raciais e de gênero e de sexualidade.

dia 12 de julho 11h30 - 13h30 

+ infos 

08.07.2021 | by martalanca | campo da arte, descolonizar, Festival do Conhecimento

Demythologize That History and Put it to Rest

Performances:
26 de Maio, 2018 às 16h
Kiluanji Kia Henda (Angola)
Lavoisier (Portugal) 
LOCAL: Palácio da Ajuda, Lisboa na Estátua D. Carlos I
2 de Junho, 2018 às 16h
Ângela Ferreira (Moçambique/Portugal) 
Marcio Carvalho (Portugal/Alemanha) 
LOCAL: Palácio da Ajuda, Lisboa na Estátua D. Carlos I
Conversa:
3 de Junho, 2018 às 18h
com Marcio Carvalho e Elsa Peralta
LOCAL: Hangar Centro de Investigação Artística, Lisboa

O projecto ‘Demythologize That History and Put It to Rest’ desafia as memórias criadas por estátuas, monumentos, memoriais, nomes de ruas e outros sistemas mnemónicos eurocéntricos implementados nas cidades de Lisboa e Berlim.
A inexistência de uma contextualização histórica e contemporânea destes objectos faz com que os mesmos comemorem uma história colonial portuguesa e alemã romântica – à custa da repressão de diversas perspectivas e histórias de comunidades africanas e seus sistemas epistemológicos. Com a produção e apresentação de intervenções artísticas nos espaços públicos em Lisboa e Berlim o projecto propõe desmitologizar as narrativas em torno destes objectos, que formam o pensamento, experiência e imaginação actuais, e suas influências no recordar e esquecer público.
Inspirado pela afirmação de Edouard Glissant de que a história e sua formação não devem ser deixadas apenas para os historiadores, o artista Marcio Carvalho convidou artistas de Angola, Camarões, Gabão, Iraque, Moçambique e Portugal para apresentarem performances e discussões públicas para contra-monumentalizar estes objectos cristalizados, para desmitologizar suas narrativas hegemónicas ocidentais e projectar outras memórias e narrativas nos mesmos.
Os artistas irão dar especial foco a dois monumentos de duas personalidades históricas que exerceram enorme influência na colonização e partilha do continente Africano durante a Conferência de Berlim (1884/85): Otto von Bismarck (Tiergarten, Berlim) e Rei Carlos I (Palácio da Ajuda, Lisboa).

Demythologize That History and Put It to Rest é um projeto do artista Marcio Carvalho em colaboração com o Hangar - Centro de Investigação Artística, com o SAVVY Contemporary e seu projeto de arquivo ‘Colonial Neighbours’ e o Gabinete de Estudos Olisiponenses. 

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25.05.2018 | by martalanca | descolonizar, monumentos, políticas de memória