Refugiados em destaque em museu londrino

Os refugiados são o tema de várias exposições patentes no Imperial War Museum, em Londres.

“A Face to Open Doors” apresenta uma experiência que aborda a inteligência artificial, criada pelo premiado coletivo de artistas Anagram. Num futuro imaginário, os controlos fronteiriços serão guiados por inteligência artificial O rosto será o passaporte e as expressões faciais determinarão para onde a pessoa é enviada.

Exposição sobre os refugiados em Londres, Direitos de autor  AP PhotoExposição sobre os refugiados em Londres, Direitos de autor AP Photo

“Não achamos que seja inverosímil. Nós ficcionámos isto, mas a pesquisa baseou-se em acontecimentos reais. Sabemos que estão a ser feitas experiências em todo o mundo”, realça Susie Thornberry do Imperial War Museum (IWM).

A exposição “Refugees: Forced to Flee” olha para os refugiados ao longo do tempo, desde a Primeira Guerra Mundial até aos dias de hoje.

A exposição deveria ter sido inaugurada em abril, mas a pandemia adiou a abertura.

“De certa forma, a pandemia não mudou o conteúdo desta exposição, mas é muito claro que o coronavírus e uma pandemia global desta escala representam um risco real para as populações de refugiados atualmente”, afirma a curadora para a área de conflitos contemporâneos do IWM, Iris Versey.

As instalações e as exposições sobre os refugiados podem ser visitadas no Imperial War Museum, em Londres, até maio do próximo ano.

 

Artigo publicado originalmente em euronews a 25/09/2020

16.10.2020 | par martalanca | a face to open doors, guerra mundial, Imperial war museum, inteligência artificial, londres, refugiados

Refugees for refugees band

(Síria/Tibete/Paquistão/Iraque/Afeganistão/Bélgica)

Reúne músicos reconhecidos da Síria, do Tibete, do Paquistão, do Iraque, do Afeganistão e da Bélgica, unidos pelo desejo de tecer ligações entre a sua música. O grupo desenvolveu um repertório original na encruzilhada das suas diferentes tradições. Após dois anos de colaboração, este segundo álbum inicia um novo capítulo na história dos Refugees for Refugees. Representa a reconstrução, a energia nova necessária para mapear uma nova trajetória depois de ter sido desenraizada. Derrubando barreiras musicais, o grupo oferece um rico cardápio de sons, de canções populares afegãs ao refinamento da tradição clássica de Aleppo e Bagdad, através da força pura dos cânticos nómadas tibetanos, da leveza dos sons do Sarod paquistanês, das subtilezas do oud turco e da percussão oriental.

27.05.2019 | par martalanca | refugiados

Terça-feira: Tudo o que é sólido dissolve-se no ar

Quando era criança assistia fascinada, como muitas pessoas da minha geração, aos programas televisivos do Vasco Granja e ficava deliciada com aqueles desenhos animados que criavam mundos a partir de plasticina, cartolina ou de uma só linha. Cerca de trinta e tal anos depois convoco esse universo, nomeadamente o trabalho de Osvaldo Cavandoli, para esta segunda criação do projeto Sete Anos Sete Peças.Tendo em conta que uma linha reta é a linha mais curta que se pode traçar entre dois pontos,este é o ponto de partida escolhido por mim e pelo Luca Bellezze para a criação de uma espécie de cartoonao vivo urdido a partir de um fio. Numa lógica de frameaframe, vai sendo construída uma narrativa visual e sonora que retrata, de forma sintetizada, aspetos particulares da realidade contemporânea.Num tempo em que as linhas divisórias, as fronteiras, as barreiras, as linhas da frente e de mira dos conflitos bélicos, as fileiras e as linhas de identificação do drama dos refugiados, as linhas de respeito dos limites marítimos das nações, as linhas duras das fações radicais de organizações políticas e religiosas estão na ordem do dia, pretendemos trabalhar (n)uma linha unificadora, capaz de juntar o que se encontra separado.

Cláudia Dias

sexta, 31 março →  conversa após o espetáculo 
José Goulão (jornalista), Gustavo Carneiro (Conselho Português para a Paz e Cooperação) e Cláudia Dias, numa conversa moderada por Jorge Louraço (dramaturgo, professor na ESMAE), vão falar da crise dos refugiados puxando o fio à meada, procurando a origem dos factos, retrocedendo passo a passo pelos caminhos onde foram deixadas pegadas de refugiados políticos, económicos ou ambientais, até encontrar o desastre climático, a fome ou a guerra, e, na origem destes infernos, os pecados mortais cometidos a sul e a oriente da Europa por homens, europeus, brancos — quase todos, mas não só.

Ficha artística

conceito e direcção artística: Cláudia Dias Artista convidado: Luca Bellezze
texto: Cláudia Dias
intérpretes: Cláudia Dias e Luca Bellezze Olhar Crítico – Sete Anos Sete Peças: Jorge Louraço Figueira Cenografia e desenho de luz: Thomas Walgrave
assistência: Karas
animação: Bruno Canas
direção técnica: Nuno Borda De Água
produção: Alkantara
coprodução: Maria Matos Teatro Municipal; Teatro Municipal do Porto Residências Artísticas: Teatro Municipal do Porto/Teatro do Campo Alegre; O Espaço do Tempo; Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro – Casa Amarela
agradecimentos: Ângelo Alves, Anselmo Dias, Ilda Figueiredo, José Goulão, Jorge Cadima, Paulo Costa O projeto SETE ANOS SETE PEÇAS é apoiado pela Câmara Municipal de Almada

Alkantara – A.C. é uma estrutura financiada por: Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Lisboa

28.03.2017 | par marianapinho | barreiras, Cláudia Dias, conflitos bélicos, fronteiras, imigração, linhas divisórias, miras, refugiados