Open Call / Novos fotográfos

Prazo para candidaturas alargado até dia 10 de Abril.

Catchupa Factory – Novos Fotógrafos 2017
3 a 17 de Maio
Mindelo, São Vicente
Cabo Verde

https://www.facebook.com/ notes/aoje/ prazo-alargado-convocatória -catchupa-factory-novos-fo tógrafos-2017/ 1277984815649129

Documento PDF: https://www.dropbox.com/s/ xh190r23ec749kl/ CatchupaFactory2017-Convoca toria.pdf?dl=0

mais informações aqui

10.04.2017 | by marianapinho | criação artística, fotografia, John Fleetwood

B.leza Doc's em Abril

Em Abril, o cinema documental voltará a ocupar a sala de concertos do B.leza
B.leza Doc’s é uma iniciativa da associação B.leza, em colaboração com a cooperativa cultural Zebra (responsável pela organização da Mostra de Cinema e Culturas Africanas - África Mostra-se), que conjuga, no mesmo espaço, música e cinema.
A programação do ciclo foi pensada de forma integrada, tendo como foco central temáticas sociais, culturais e históricas relevantes sobre os países africanos representados bem como as suas comunidades.
Pretendemos, assim, reeditar a experiência anterior de exibição de filmes no B.leza, ainda na sua anterior morada, e que nos anos 90 foi marcante para os/as lisboetas. Mais tarde voltou a repetir-se mas desta vez através do África Mostra-se, já no atual espaço do B.leza.
Todas as quartas-feiras, pelas 19h00, ao pôr-do-sol, iremos mostrar ao público novas imagens e sons, num ambiente intimista e privilegiado pela paisagem sobre o Tejo. Acreditamos que o encontro de artistas e o intercâmbio de experiências saem favorecidos com a criação de um ciclo com estas características.


Organização e programação B.leza e Zebra – cooperativa cultural
Apoios RTP África, Apordoc – Associação pelo Documentário, Atera Filmes, Geração 80, Rádio AfroLis, Taluma Filmes

10.04.2017 | by marianapinho | B.Leza, cinema, Mostra de Cinema e Culturas Africanas - África Mostra-se

Call residências projeto A SUL no Lavadouro Público de Carnide

O Teatro do Silêncio realiza em 2017 um ciclo de duas residências de criação para artistas que habitam ou cruzam o espaço Ibero-americano e que tenham um projecto embrionário de investigação e de pesquisa artística.
Períodos de residência:1 Maio – 15 Julho 2017 – 1ª residência15 Julho – 30 de Setembro 2017 – 2ª residência
As residências são abertas a todas as áreas, privilegiando-se os trabalhos site specific, performance, instalação e arte urbana.
Para além da realização de dois dias de apresentação pública do seu trabalho, os artistas são ainda convidados a criarem uma actividade de serviço educativo aberta à comunidade local.
As residências incluem: Apoio de 1000€ (mil euros);Cedência de espaço de trabalho (Lavadouro Público de Carnide);Realização de tutorias artísticas durante o processo de trabalho (a definir com a equipa Teatro do Silêncio);Apoio à produção executiva durante a residência;Articulação entre artista e comunidade local.
CANDIDATURAS: Enviar uma nota biográfica e uma breve descrição do projecto a desenvolver para durante o período da residência para: teatrodosilencio@gmail.com
DATA LIMITE PARA O ENVIO DE PROPOSTAS: 15 Abril de 2017 (1º Período - Prorrogação) e 31 de Maio (2º Período)
As residências inserem-se em A SUL – Plataforma de criação para artistas que habitam ou cruzam o espaço Ibero-americano, direccionada para a pesquisa, a investigação e a experimentação artísticas. A Sul pretende ser ainda um lugar de encontro e de reflexão entre artistas, e entre artistas e a cidade de Lisboa.
Coordenação: Maria Gil | Tutorias: Maria Gil, Marta Lança e Sara Anjo | Produção: Teatro do Silêncio 2017 | Parceria: Projecto Pulsar da Junta de Freguesia de Carnide
+INFO: teatrodosilencio@gmail.com | + 351 91 463 26 75 – Teatro do Silêncio (Maria Gil)
Projecto apoiado pela Câmara Municipal de Lisboa e inserido na Passado e Presente - Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura 2017.

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10.04.2017 | by martalanca | A Sul, Carnide, Maria Gil, Teatro do silencio

“Resistência Civil | Acordo com a Natureza: Bicentenário de H. D. Thoreau

Organizado pelo Grupo de Estudos Americanos (GI3) do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL/ULICES) em parceria com a Biblioteca Nacional de Portugal, o evento “Resistência Civil | Acordo com a Natureza: Bicentenário de H. D. Thoreau” conta com uma exposição biblio-iconográfica e actividades explorando a obra e as repercussões deste autor.

10 de Abril, a exposição abre com uma visita comentada, duas palestras e um debate que encadeará os elos do libertarismo, da ecologia, da objecção de consciência e do estilo e influência do poeta ensaísta.

No dia 26 de Abril, haverá um colóquio com comunicações académicas, incluindo uma palestra por Antonio Casado da Rocha, da Universidade do País Basco, sobre a necessidade de “Humanizar a Ciência”. Para finalizar, faremos leituras da obra do autor, havendo ainda o lançamento de um catálogo e do livro Nada Natural, do poeta Gary Snyder, o grande herdeiro vivo de Thoreau, pela primeira vez editado em Portugal. (BNP)

Para mais informações, consultar o website.

09.04.2017 | by martalanca | H. D. Thoreau, Resistência Civil

Um homem chamado Romeu Correia -

Exposição comemorativa do centenário do nascimento (1917-2017)

A assinalar o centenário do nascimento de Romeu Correia, o Museu da Cidade, na Cova da Piedade, recebe uma exposição que celebra e divulga a sua obra enquanto escritor, desportista, cidadão, cinéfilo e dramaturgo. Inauguração: 8 de abril às 16h.«A exposição organiza-se numa linha de continuidade entre o espaço exterior do jardim e os dois pisos de exposições temporárias, numa abordagem biográfica referenciada ao seu universo literário: objetos, documentos, imagens, citações, que remetem os visitantes para as paisagens, quotidianos, espaços de trabalho, movimento associativo, prática desportiva, festa, resistência e ativismo cívico, organizando narrativas, contando, não “a História” de Romeu Correia, mas as suas “histórias”, que se cruzam com as de outros, em Almada, Portugal, ao longo de quase todo o século XX.
No primeiro piso evoca-se a obra literária, destacando oito títulos (romance, teatro e contos) e no segundo piso desenvolve-se a sua biografia, contextos de intervenção, redes de cumplicidades e afinidades em abordagens temáticas. O design museográfico é de José Manuel Castanheira, sublinhando a importância da experiência do teatro na obra de Romeu Correia e a cenografia como contexto narrativo.»

8 de abril a 31 de dezembro 2017  / Terça a sábado: 10h às 13h e das 14h às 18h / Museu da Cidade, Cova da Piedade

Sobre Romeu Correia
Com cerca de 41 títulos publicados – contos, novelas, romance, teatro, biografias e divulgação da história local –, colaborador regular de revistas como a Vértice, jornais como a República Jornal do Comércio, Diário Popular, Jornal de Almada, Jornal Record, entre outros.A obra de Romeu Correia é indissociável do imaginário de gerações de almadenses, reconstruindo e fixando paisagens, lugares, personagens e histórias quotidianas que marcam a identidade da cidade, afirmam valores e causas comuns.
Sobre José Manuel Castanheira
Pintor e cenógrafo, é autor de mais de 200 cenografias. Trabalhou com directores como Rogério de Carvalho, Serge Belbel, Jorge ListopadJoão Mota, Aderbal Freire-Filho, Artur Ramos,António FeioJoão Lourenço, Rui Mendes, Graziella Galvanni, Carlos Fernando, Juan Carlos Perez Fuente, João César MonteiroJoão Brites, José Luiz Gomez, Maria Ruiz, Rosário Ruiz Rodgers, Joaquim BeniteFernanda Lapa, Paulo Matos, José Sanchis Sinisterra, Gastão Cruz, Robert Quintana, Carlos Avilez, Rui Sena, Fernanda Lapa, Ricard Salvat, Yannis Kokkos, Paulo Filipe, Eugeni Amaya e Christiane Jatahy.

É autor de 6 livros: 2013 / Castanheira-Cenografia (edição quadrilingue com prefácios de Georges Banu, Marcel Freydefont e João Carneiro), 2014 / Desenhar Nuvens (Manual de sobrevivência de um cenógrafo I), Viriato Rey (edição bilingue), 2016 / O Tempo das Cerejas (Manual de sobrevivência de um cenógrafo II), Frei Luís de Sousa (prefácio de Alberto Pimenta) e 2015 - co-autor com Pedro Castanheira de Viagem a Itália (Edições Caleidoscópio).

09.04.2017 | by martalanca | Almada, José Manuel Castanheira, Rome Correia, teatro

Questões indígenas: ecologia, terra e saberes ameríndios

PORTUGAL, EQUADOR, BRASIL, CHILE, PERU, VENEZUELA

De 5 a 7 e de 26 a 27 de Maio
MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL I LISBOA 

Pensar em solidariedade com os indígenas na América do Sul, enquanto conhecemos as suas culturas ou lutas políticas, é o grande desafio que propomos neste programa. Éticas ou estéticas indígenas, a terra como ser sensível e expressão de potencialidades múltiplas de interação, a Amazónia e a Patagónia, como espaços de resistência e confronto, mas também de proposição de formas de viver em conjunto que diferem do modo que ali tem sido imposto pelo projeto colonial, serão parte deste diálogo. Ao pensarmos com os indígenas, veremos que a ideia antiga de que culturas, línguas ou sociedades minoritárias indígenas estão ou estiveram em vias de extinção é, afinal, expressão de ameaça, uma vez que, ao tocarmos num povo indígena, tocamos um projeto de mundo - sobre o qual iremos debater - no qual nós, europeus, também estamos implicados.

O programa conta com formatos diversificados de diálogos: mesas redondas, conversas com antropólogos americanistas e lideranças indígenas, oficinas e reflexões sobre como os olhares indígenas interpelam a nossa forma de estar no mundo.                 

Programação Liliana Coutinho
Consultadoria Susana Viegas

 

DIA 5 DE MAIO, SEXTA-FEIRA

CONFERÊNCIA
OS INVOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA — SOBRE O CONCEITO E A CONDIÇÃO DE “INDÍGENA” NO MUNDO ATUAL, COM ESPECIAL ATENÇÃO PARA O CASO BRASILEIRO 
EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO (BRASIL)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 18H30

Esta conferência versará sobre a natureza ‘colonial’ da constituição da forma-Estado, em particular do Estado-nação moderno — natureza que se torna muito evidente no caso das antigas possessões coloniais europeias, tornadas Estados-nação soberanos por este mundo fora —, e da contradição irresolúvel desta forma com a condição indígena, ou a ’forma-povo‘. Examinaremos de seguida os projetos-em-ato de criação de formas de constituição de coletivos não-estatais (o caso dos Chiapas, no México, e do Curdistão) baseadas em princípios de confederalismo democrático, municipalismo libertário, ocupações comunais e de outros modos de conjuração do estado de espírito que subjaz ao Estado como forma propriamente ’espiritual‘de captura transcendente dos povos.

Moderação de Susana Matos Viegas (Portugal)

 

FILMES COMENTADOS
O ESPÍRITO DA TV + BICICLETAS DE NHANDERÚ
RODRIGO LACERDA (PORTUGAL), Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 21H30

O cinema indígena faz parte do movimento transnacional de luta indígena que eclode nos anos 50, mas que se intensifica, em particular no Brasil, a partir dos anos 80. O cinema, o vídeo e os média em geral, são utilizados pelos índios enquanto ferramentas de revitalização e reflexão sobre as suas culturas e território, sendo também meios de autorrepresentação e autodeterminação. 

Nesta sessão teremos o visionamento de dois filmes: Espírito da TV é uma reflexão sobre a imagem e Bicicletas de Nhanderú trata das diversas apropriações da imagem - e da atividade de filmar - pelas diferentes comunidades indígenas. O que fazer com esta tenologia mágica?

Os filmes selecionados para a mostra foram produzidos no âmbito daONG Vídeo nas Aldeias, um projeto precursor no Brasil que, desde os anos oitenta, desenvolve um trabalho colaborativo com povos indígenas na área do audiovisual, tendo, a partir de 1997, organizando oficinas de formação de cineastas em aldeias indígenas.

No início da sessão Rodrigo Lacerda irá falar-nos da forma como os olhares cinematográficos dos índios espelham conhecimentos do mundo através das faculdades sensíveis da visão. Após o visionamento dos filmes abrimos o debate ao público. 

Espírito da TV (1990, 17’) Começando com a chegada de canoa da televisão e VCR à sua aldeia, o Espírito da TV documenta as emoções e o pensamento dos Waiãpi, quando pela primeira vez viram a sua própria imagem e a dos outros na televisão, numa gravação da primeira viagem do seu chefe a Brasília para falar com o governo, a difusão de notícias e vídeos sobre outros povos nativos do Brasil.
Realizadores: Vincent Carelli e Dominique Gallois

Bicicletas de Nhanderú (2011, 45’) é um filme sobre a espiritualidade Mbya-Guarani e sobre a exiguidade das terras indígenas no sul do Brasil, o cerco da soja e do homem branco. A aldeia filmada situa-se a poucos quilómetros das ruínas das antigas missões jesuítas de São Miguel Arcanjo, no Rio Grande do Sul.
Realizadores indígenas: Ariel Duarte Ortega e Patrícia Ferreira (Keretxu)

 

DIA 6 DE MAIO, SÁBADO

MESA REDONDA
DA RELAÇÃO COM A TERRA
ALEJANDRO REIG (VENEZUELA), ELISA LOCON ANTILEO (chile) e LUISA ELVIRA BELAUNDE (peru)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 15H30

Entre as sociedades ameríndias, a terra é sujeito de múltiplas vivências. Iremos aqui focar principalmente duas dimensões dessas vivências: as ligadas à configuração do espaço/território/ambiente e as que associam a vivência da terra à língua que viabiliza a comunicação entre as múltiplas entidades que a formam. Assim, veremos que entre os Yanomami ‘fazer paisagem’, ‘fazer sítio’ e ‘fazer gente’ são dinâmicas interligadas que implicam uma coincidência entre o modelo cultural do ambiente e a convivência próxima, afetiva e quotidiana entre pessoas. Se esse é o questionamento que os Yanomami nos deixam e será trazido a debate por Alejandro Reig, já entre muitos dos povos ameríndios que vivem nas margens do rio Ucayali, no Peru, o rio ganha proeminência na reflexão sobre a terra. Como nos mostrará Luisa Elvira Belaunde, se na história colonial violenta, o rio transportou os toros de madeira e a borracha, ele foi também o espaço de criação dos seres humanos.

Diferentemente da vivência-terra criadora de gente, a vivência-língua criadora de terra será aqui discutida por Elisa Antileo a propósito dos Mapuche, do Chile. Sustentando-se numa cosmogonia geocêntrica em que a terra é vista como mãe e aqueles que a habitam como seus irmãos, o papel da língua Mapuche – a ’língua da terra‘ - como comunicante da diversidade de elementos será aqui sublinhado. Se a fala com os ventos, os rios e as montanhas ocorre por meio de uma língua, perder a língua significa não só perder a comunicação entre os seres humanos, mas também perder as mensagens do canto dos pássaros, do amanhecer, do mar, do vento, das estrelas.

Moderação de Susana Matos Viegas (Portugal)

CONFERÊNCIA E FILME
DO SONHO E DA TERRA (título em confirmação)
AILTON KRENAK (BRASIL)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 18H30 E ÀS 21H30

 

DIA 7 DE MAIO, DOMINGO

WORKSHOP
ÉTICA DO VIVER
LUISA ELVIRA BELAUNDE (PERU)
SALA DE ENSAIOS
DAS 10H ÀS 17H

Que outras formas existem de criar um coletivo e o que podemos aprender através do contacto com as culturas ameríndias?
Nesta oficina Luisa Elvira Belaunde apresenta-nos formas de conhecer e de sentir em algumas sociedades das terras baixas da Amazónia peruana sustentadas em dois tipos de relações. Primeiro, na relação de subjetividade com plantas e bebidas extraídas dessas plantas. Em segundo lugar com práticas criativas associadas à arte da cerâmica que enfatizam as relações entre escuta, pensamento e ação e estão na base da formação da autonomia pessoal.

Cada sessão incorpora uma exposição de Luisa Elvira Belaunde, seguida do visionamento de excertos de documentários e imagens e de um debate com os participantes.

 

DIA 26 DE MAIO, SEXTA

CONFERÊNCIA
A HUMANIDADE E A ANIMALIDADE NO UNIVERSO INDÍGENA AMAZÓNICO
APARECIDA VILAÇA (BRASIL)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 18H30

Como pensar um mundo em que a humanidade não é uma condição, mas uma posição?  Em que o parentesco não está relacionado à reprodução, mas é produzido por atos quotidianos de cuidado e alimentação? Em que os animais se vêem a si próprios como humanos e tomam as pessoas por presas? Nesta conferência vamos entrar no mundo amazónico, particularmente no dos Wari’, povo que vive na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, com o objetivo de questionar as nossas atuais noções de humanidade, animalidade e parentesco. 

 

DIA 27 DE MAIO, SÁBADO

CONFERÊNCIA
RESISTÊNCIA POLÍTICA AMERÍNDIA
FELIPE MILANEZ (BRASIL), JOSÉ BENGOA (CHILE) e RAÚL LLASAG FERNANDEZ (EQUADOR)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 17H

A história do colonialismo na América Central e do Sul mostra que os processos políticos e religiosos que foram aí instalados provocaram o desaparecimento de milhões de pessoas, seja por doença, seja por violências várias. A mobilização em defesa de um sistema que, legalmente e na prática, seja capaz de assegurar o direito dos povos indígenas continua a ser necessário.
Décadas depois da implementação da Carta dos Direitos Humanos e de um extenso debate na área dos estudos pós-coloniais de consciencialização acerca do que foi essa época da história, continua a ser necessário estar e ser vigilante para que a descolonização dos gestos e do pensamento e, acima de tudo, da nossa relação com outras formas de fazer e de estar no mundo, tenha lugar. Exemplos concretos de movimentos políticos indígenas em prol do reconhecimento dos seus direitos, assim como o trabalho que ao nível constitucional se tem feito em prol dos direitos indígenas, irão estar presentes neste debate.
Poderão os movimentos políticos que se organizam em torno destas comunidades permitir-nos um olhar renovado sobre as políticas e práticas sociais, económicas e ambientais que têm dominado as culturas europeias? Existindo em territórios geográficos cuja definição é alheia a processos de organização do estado territorial moderno, que desafios colocam a este tipo de organização? Considerando que uma das questões transversais às culturas indígenas é a relação viva com a Mãe-Terra – e a mãe não se divide, não se vende, não se explora, não se destrói – que interrogações trazem a uma economia e a uma gestão do território baseada na exploração dos recursos naturais?

Moderação de Liliana Coutinho (Portugal)

06.04.2017 | by martalanca | ameríndios, ecologia, índigenas, terra

Theatre and Migration: Creative Encounters

Monday,17 April 2017 ¦ 19h• workshop ¦ 21h• public debate

This event explores emerging theatrical responses to migration in light of recent migration and shifts in global politics and economics. We aim to survey new theatrical forms of migrant representation and to talk about possible impacts on national theatre cultures in shaping the perception of non-European migrants and migrant cultures. The event will bring together academic and practitioners’ perspectives and is designed to look at migrant perspectives on the grounds of theatre making, creating a platform where creative practices as well as cultural, theoretical and policy perspectives can meet and be debated.

[workshop] 

Led by Fadi Skeiker, Syrian theatre practitioner and scholar (Visiting Associate Professor of Theatre, University of Minho), this practice-led, participatory workshop will use applied theatre techniques to approach topics of exile, refugedom and asylum in performance. The workshop will use textual and physical elements in an experimental way.

Participants are asked to read the following two articles in advance and to bring a printed copy to the workshop:

¦ Important information¦

Registration via email: ruadasgaivotas@teatropraga.com

Tickets: €10

Duration: 2 hrs

[public debate]

This panel discussion will focus on modalities of migrant representation in current theatre productions, cultural initiatives, multi-arts projects and editorial practices. The discussion will be opened up to the public in an extended Q&A session as part of the debate.

Speakers:

Fadi Skeiker (University of Minho)

André Amálio (Hotel Europa Theatre)

Ana Bigotte Vieira (IFILNOVA/ IHC /CET, Buala.org)

Szabolcs Musca (University of Lisbon/ New Tides Platform, UK)

[organisers and partners]

The event is jointly organised by New Tides PlatformRua das Gaivotas 6 and CET- Centro de Estudos de Teatro (University of Lisbon)

PartnersBUALA Cultural Association/ Buala.org and Hotel Europa Theatre

04.04.2017 | by martalanca | migration, Theatre

Colóquio Internacional: "Império e Arte Colonial"

Oradores: Eduardo Lourenço, Geoffrey Quilley, Guilherme d’Oliveira Martins, Nuno Júdice, Pedro Lapa, Rui Zink

No âmbito do projeto ArTravel, o Centro de História d´Aquém e d´Além Mar (CHAM) organiza o Colóquio Internacional Império e Arte Colonial, evento que conta com a vinda de conferencistas dos quatro cantos do mundo e que parte da necessidade de refletir sobre o modo como a deslocação entre as ex-colónias europeias e a metrópole inspirou a criação de uma arte que se implantou não só no território nacional mas igualmente se estruturou a partir das antigas províncias ultramarinas.

Partindo da crescente visibilidade do tema a nível internacional, e enquadrando-se o programa numa matriz sedimentada na História da Arte Contemporânea que tem em conta as especificidades da cultura nacional, propõe-se refletir sobre a triangulação Viagem – Criação Artística Colonial – Cultura Contemporânea, feita não só a partir do contexto geopolítico europeu mas igualmente de perspetivas de uma mundivência autoral que permite a mudança de paradigma.

Entrada livre.

VER PROGRAMA

03.04.2017 | by marianapinho | arte colonial, império

Seminário: "Memória da guerra colonial em Angola"

3 Abril, 18:00 - 20:00

“Memória da guerra colonial em Angola”
Maria José Lobo Antunes (ICS-UL)

3 de abril de 2017, 18h-20h
Multiusos 2, Ed. ID, FCSH/NOVA


Resumo
Esta sessão centrar-se-á na apresentação de uma pesquisa de doutoramento, concluída em 2015, que teve como objetivo construir uma etnografia da memória da guerra colonial em Angola. Partindo da comissão de serviço de uma companhia de artilharia em Angola (1971-1973), a investigação articulou diferentes lugares e momentos do tempo. As memórias pessoais dos antigos militares desta unidade foram confrontadas com outras narrativas sobre o mesmo fragmento da guerra colonial (o relato institucional militar, a narrativa literária de António Lobo Antunes, antigo alferes médico da unidade) e com as retóricas públicas que, durante o Estado Novo e no Portugal contemporâneo, forneceram as ideias e as palavras com as quais o país e o mundo eram pensados. A apresentação do caminho percorrido pela investigação permitirá abordar questões teóricas e metodológicas que rodeiam o estudo da memória e, em particular, das ambiguidades e contradições geradas pela revisitação narrativa da guerra e do passado colonial português.


Nota biográfica
Doutorada em Antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2015), é autora do livro Regressos quase perfeitos. Memórias da guerra em Angola. Atualmente é investigadora de pós-doutoramento no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, com o projeto “Imagem, guerra e memória: fotografia da guerra colonial nas coleções pessoais e nos arquivos institucionais”.


03.04.2017 | by marianapinho | angola, Estado Novo, guerra colonial, memória, Portugal