Participação de Evan Claver na 1ª Edição Bienal MoAC BISS de Guiné Bissau

Na última quinta-feira dia 1 de Maio, a Fundação Bienal MoAC Biss inaugurou a 1ª Bienal de Arte e Cultura da Guiné-Bissau, sob o lema “Mandjuandadi: Identidades Culturais” e irá decorrer até 31 de maio de 2025, na cidade de Bissau. Como refere a organização a Bienal: “celebra a riqueza, a diversidade e a força da identidade cultural guineense, promovendo o diálogo entre tradições locais e expressões contemporâneas. (A Bienal) Propõe-se como um espaço de afirmação internacional das pessoas, do património colectivo, das referências e da expressão artística da Guiné-Bissau, inspirado nas “Mandjuandadis” (que traduz para “Identidades em Liberdade) e que são espaços tradicionais de criação colectiva e resistência sociocultural”. 

A programação integra mais de 50 actividades em áreas como: música, literatura, artes plásticas e visuais, cinema, artes performativas e conferências. Entre os artistas plásticos internacionais convidados destacam-se: Mónica de Miranda (Portugal), Vhils (Portugal), Sónia Gomes (Brasil) e o nosso Evan Claver (Angola) - todos sob a curadoria do artista renomado guineense Nú Barreto.

Nascido em 1987 em Luanda, Evan Claver é um artista autodidacta. Começou a desenhar desde cedo. Estudou cinema e cinematografia. Peculiar por usar desenhos (rabiscos / ´doodles´) para retratar a dinâmica, o caos e o movimento da vida urbana, ele adopta uma perspectiva de desapego que lhe permite, através das linhas, representar a realidade frenética do quotidiano que observa. 

Como refere o próprio Evan: “recorro principalmente à sátira social e política, questionando a veracidade dos media e a passividade dos observadores.” O Artista cria um reino teatral no qual as imagens servem como armas sedutoras de expressão.

A obra apresentada tem o titulo “Big Kaombo” - numa clara e irónica referência à ´big apple´ da cidade de nova iorque - e trata-se de uma instalação com 24 bidões amarelos - usados no dia-a-dia em Angola para transportar óleo de cozinha, gasolina/gasóleo e água, ou como assento - produzidos pela empresa de direito nacional Topack. Os bidões totalizam um volume de 160 cm de altura por 210 cm de largura, e tem intervenção à frente e atrás a tinta preta de óleo. Enquanto instalação convidam o público a circular em torno e interagir com a mesma.

Em Angola, Evan Claver é um artista em ascensão, tendo participado em inúmeras exposições, nomeadamente: a 1ª Trienal de Luanda - “Dipanda Forever” da Fundação Sindika Dokolo em 2004; Fuckin’ Globo em Luanda em 2016; AMREF HEALTH AFRICA ARTBALL em Nova Iorque em 2017; Sede das Nações Unidas no Brasil em 2017; Beyond Borders da Sotheby’s na Africell Galeria 10A em Luanda em 2024; “Kuduro - a força que não depende da sorte” em Luanda em 2024; a FNB Joburg Art Fair em 2024; a Investec Cape Town Art Fair em 2025; entre outras.

Big Kaombo (de frente), de Evan ClaverBig Kaombo (de frente), de Evan Claver

Big Kaombo (atrás), de Evan ClaverBig Kaombo (atrás), de Evan Claver

Evan Claver trabalha em Angola com as galerias TheArtAffair e a Afrikanizm, e com a produtora MAIA TANNER. As suas obras de arte fazem parte de diversas colecções particulares nacionais e internacionais.

Toda a programação da Bienal é de acesso livre e visa democratizar o direito à cultura, envolvendo activamente o público e as comunidades locais. 

Com o objectivo de partilhar em primeira mão os detalhes da Bienal, convidamos todos os órgãos de comunicação social a contactar: o artista Evan Claver (956 08 95 56) e/ou o responsável de produção Dominick A Maia Tanner (921 58 33 17) para mais detalhes.

 

06.05.2025 | par martalanca | Bienal MoAC, Evan Claver, Guiné Bissau