À volta da Chama: uma conversa para celebrar o lançamento da revista Chama Rubra — Issue 01 Twinkle Twinkle

Revista Chama Rubra, Issue 01 Twinkle Twinkle

Uma nova revista de arte e cultura nasce para dar voz a quem raramente o tem: a Chama Rubra lança o primeiro número impresso e celebra-o com uma conversa na Greta Livraria.

Informações do Evento

Data: 12 de dezembro de 2025
Hora: 19h
Local: Livraria Greta — R. Palmira 66 C, Lisboa
Entrada: Livre
Atividades: Conversa, convívio e venda de revistas 

A conversa “À volta da Chama” assinala o lançamento da Chama Rubra, uma revista independente de arte e cultura contemporânea que nasce da necessidade de criar um espaço de criação acessível, inclusivo e sem portas fechadas. Reunimos Camis , Inês Faráh Gomes, Lune Rodas e Marta Costa, artistas e autores desta edição, para uma conversa aberta sobre os trabalhos que nela apresentam. Falaremos sobre a Luz, processos criativos, comunidade e tudo aquilo para onde a Chama nos levar. A conversa será mediada pelas duas editoras e fundadoras da revista, Laurinda Branquinho e Maria Miguel Café.

A Chama Rubra nasce como um projeto editorial dedicado a expandir a forma como a arte e a cultura visual são pensadas, vividas e sentidas hoje, repensando o papel tradicional da revista no presente. Explora formatos híbridos que cruzam texto, imagem e pensamento crítico com práticas artísticas emergentes. O projeto assume um compromisso claro com a diversidade e a inclusão, dando visibilidade a artistas sub-representados no contexto português.

A revista reúne ensaios, poemas, prosa poética, editoriais de moda, contos, projetos visuais, fotografia, ilustração, pintura e vídeo. Parte da ideia das revistas populares dos anos 2000 — como a Bravo ou a Super Pop — que marcaram o imaginário das crianças e adolescente dessa geração. Recupera essa estética como gesto político e cultural, com o objetivo de criar um sentido de pertença, reinstalar o prazer de folhear, colecionar e reconhecer-se numa publicação. A Chama Rubra defende que a arte e a cultura contemporânea devem ser acessíveis a todas as pessoas, e que essa acessibilidade é urgente.

A primeira edição, Twinkle Twinkle, parte do tema Luz — enquanto fenómeno físico, metáfora pessoal e signo cultural. Organizada em sete capítulos, a revista atravessa dimensões mitológicas, tecnológicas, afetivas e sensoriais, explorando como a luz molda a perceção, a memória, o desejo e a relação que criamos com o mundo. A Luz foi escolhida para esta estreia pela sua pluralidade, acessibilidade e por ser uma experiência comum a todos.

Na sua multiplicidade, a luz torna-se espelho das nossas tensões mais profundas: entre o que mostramos e o que escondemos, entre o que nos aproxima e o que nos consome. Por vezes, chega até nós a ferro e fogo, forçando-nos a confrontar aquilo que permanece oculto nas sombras. Esta edição da Chama Rubra é, por isso, uma tentativa de mapear este percurso com a consciência de que onde há luz, há sempre escuridão, e isso não é necessariamente algo mau, mas parte do equilíbrio e da experiência de ser humano.

A capa da primeira edição é protagonizada por Mariela, jovem cantora em ascensão no panorama musical português, simbolizando o espírito de novas vozes que a Chama Rubra procura dar visibilidade. A escolha de Mariela reflete o compromisso da revista com artistas emergentes e a celebração de talentos que ainda não ocupam os espaços centrais da cultura contemporânea.

Este evento celebra o trabalho coletivo de mais de 30 criativos de diferentes áreas que tornaram a revista possível. 

 

Sobre:
A Chama Rubra é um projeto editorial da Associação Chama Rubra, que nasce com a missão de criar um espaço alternativo, inclusivo e interseccional para a produção cultural e artística. A revista nasce da urgência em dar visibilidade e apoio a artistas emergentes marginalizados em Portugal. Mulheres, pessoas LGBTQIA+, racializadas, neurodivergentes e com deficiência enfrentam barreiras estruturais que limitam a sua expressão e acesso ao mercado artístico. O projeto surge como um manifesto pela inclusão e democratização da arte, propondo-se a ser mais que uma revista: uma plataforma híbrida, dinâmica e acessível. 

O nome Chama Rubra carrega o simbolismo do fogo, significando transformação, resistência e paixão. E traduz a essência do nosso projeto: um espaço de expressão radical, livre e profundamente necessário.

 

 

Biografias:

 

Camis (Lisboa, 1995) é estrategista independente, pesquisadora em políticas sociais (ISCSP -UL), escritora e curadora cultural. Atua entre o Brasil e Portugal, desenvolvendo projetos interseccionais sobre migração, cultura, gênero e justiça social. A sua prática combina pesquisa, escrita e criação coletiva. Atravessada pela escuta, pelo afeto e pela insistência em imaginar futuros possíveis. Gosta de criar mapas, playlists e narrativas em trânsito.

 

Inês Faráh Gomes (Caldas da Rainha, 1999) licenciou-se em Artes Visuais e Multimédia pela Universidade de Évora (2020) e tornou-se mestre em Design e Cultura Visual no IADE (2022). Fárah colaborou como designer gráfica com várias entidades culturais: Museu José Malhoa (2023) e Doclisboa (2023). Participou em várias feiras de publicações independentes enquanto ilustradora. Recentemente Inês Faráh apresentou o seu trabalho artístico a solo na Stolen Books (2025) e participou em exposições coletivas no Buraco (2025) e na Irmã Feia (2023).

 

Lune Rodas (Lisboa, 1999) é artista multidisciplinar e escritore. Estudou na ESAD nas Caldas da Rainha. Debruça-se principalmente sobre a investigação de género, a infância, e a visceralidade da experiência feminina, contos, poesia e refazer o tecido subconsciente coletivo através do poder do ritual e dos símbolos.

 

Marta Costa (Lisboa, 1995) é artista visual e fotógrafa. Estudou na António Arroio, formando-se em Realização Plástica do Espetáculo, Som e Imagem nas ESAD.CR e Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Desenvolve vários projetos relacionados com a identidade, o conceito de diário e como este se contrapõe com a experiência feminina; assim como photoshoots conceptuais e a procura de representar a beleza no mundano.

 

Laurinda Branquinho (Alvor, 1996) e Maria Miguel Café (Portimão, 1997) são as fundadoras da Chama Rubra. Com percursos complementares no meio artístico e cultural, ambas trazem uma sólida experiência em criação, curadoria, design e investigação.  Laurinda Branquinho é artista, curadora e investigadora de arte contemporânea, com prática centrada na curadoria digital e na mediação cultural. Maria Miguel Café é artista multidisciplinar e web designer, explorando temas de memória, arquivo e identidade em suportes como performance, instalação e vídeo. Em conjunto, têm desenvolvido um trabalho de investigação sobre o panorama artístico em Portugal, com base em metodologias de Design Thinking, que sustenta a visão crítica e colaborativa da Chama Rubra.

 

 

 

Colaboram nesta edição:

Ana Cláudia Santos

Anita Pimenta

Aphrodiet

Bela Andrade

Braids by K

Camis

Carolina Lemos

Catarina Magalhães

Cirçe

Claud Bita

Dear Vains

EchoEcho

Ethelia Mohr

Filipa Carmona

GandaTreta

Helena Bulcão (SAGA)

Inés Hernández

Inês Faráh Gomes

Inês Serrano

Lune Rodas

Maria das Espadas

Maria Karolina

Mariana Moura

Mariela

Marta Costa (Arielle)

Mel

Mohr Studios

Musa

Natacha Vieira

Rita Carvalho

Rita Santa Marta

Sara Marques de Oliveira

Simbioticaa

Sof

Tomás Chambel

Vitória Coutinho

 

 

Ficha Técnica

Organização: Associação Chama Rubra

Direção Criativa: Laurinda Branquinho e Maria Miguel Café

 

 

Redes sociais: @chamarubra

Contacto: chamarubra@gmail.com

 

10.12.2025 | by martalanca | Chama Rubra, revista