“Alice na cidade: Ciências Sociais, Rap e Mais”

O espetáculo “Alice na cidade: Ciências Sociais, Rap e Mais” dia 17 de junho, pelas 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra. Este evento nasce da vontade de combinar arte e ciência, cruzando linguagens e razões/emoções que costumam andar desencontradas. Músicos, contadores de histórias, poetas, cientistas sociais ocuparão um palco que desafiará as fronteiras entre a cultura popular e a cultura erudita, as narrativas da universidade e da rua, as expressões da periferia e do centro. Rap, funk, kuduro, música cigana, histórias orais, slam poetry e outras poesias têm encontro marcado para uma ecologia de saberes imprevisível.  
“Alice na Cidade” surge no contexto do projeto Alice: Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas, que tem como objetivo renovar o pensamento científico-social, desafiando a ciência a dialogar horizontalmente com outros conhecimentos e, nesse exercício de ecologia de saberes, contribuir para uma melhor compreensão do mundo e uma maior eficácia das lutas contra a exploração, a discriminação e a opressão. 

15.06.2016 | par martalanca | Boaventura Sousa Santos, CES, funk, histórias orais, kuduro, música cigana, rap, slam poetry

Apresentação de “Hello, my name is..." ...and... "Yes, I am fine”, de Gernot Wieland

“Seguramo-nos nos objetos da memória – ou serão os objetos que se seguram em nós?”  

Na sua primeira exposição individual em Portugal, de 11 de junho a 24 de julho, desenvolvida para o espaço Lumiar Cité, Gernot Wieland apresenta, entre outros trabalhos, o seu mais recente filme “Hello, my name is…” …and… “Yes, I am fine”. Nesta obra, o artista entrelaça narrativas pessoais, relatos históricos e factos científicos, elementos ficcionais e reais, de ironia e do absurdo, com acontecimentos trágicos e cómicos, incluindo “elementos ameaçadoramente estranhos”. Por outro lado, são evocados papagaios, a história dos drones, cenários psicoterapêuticos, análises de impotências e a infância católica do artista, complexificando as noções de interpretação da memória.  

No dia da inauguração, pelas 18h00, o artista apresenta a “Lecture Performance” intitulada “Speaking of Places”. Através da performance do artista e da projeção de imagens, a apresentação assume componentes relacionadas com o filme, alargando-o para especulações sobre cristais e Karl Farkas, ator e artista de cabaret austríaco.  

Gernot Wieland (Áustria) vive e trabalha em Berlim (Alemanha) e Brantevik (Suécia). Entre os seus eventos individuais e coletivos mais recentes destacam-se: “Objects Do Things“, CCA - Center for Contemporary Art, Varsóvia (2016); “Therapy for Drones“, Kunstverein am Rosa-Luxemburg Platz, Berlim (2016); “Midsummer Night Scream“, De Appel arts centre, Amsterdão (2015); “Grammatik“, Nationalmuseum, Berlim (2015); “Figures of Conjunction“, Kunstverein Nürnberg, Nuremberga (2014); “Videonale.14 - Festival for Contemporary Video Art“, Kunstmuseum Bonn (2013), entre outros. Desde 2011, Gernot Wieland  dirige atividades de docência na Berlin University of the Arts.  

Para mais informações, contactar:  

Carlos Alberto Carrilho | Tel + 351 21 352 11 55 | carlos.carrilho@maumaus.org | www.maumaus.org 

08.06.2016 | par claudiar | apresentação de filme, exposição

Quem vai poder morar em Lisboa?

Da gentrificação e do turismo à subida no preço da habitação: causas, consequências e propostas.
Um grupo informal de Lisboetas juntou-se à volta de uma preocupação comum: a percepção de uma abrupta alteração das dinâmicas da cidade de Lisboa e sobretudo da grande subida do preço da habitação. Começaram por conversar casualmente sobre o que os preocupava. Essas conversas tornaram-se mais regulares. As inquietações comuns tornaram-se mote para a organização de um debate à volta do tema. Convidaram-se alguns especialistas para discutir connosco este tema a partir de um texto de trabalho redigido colectivamente e de algumas questões-chave. O texto realizado pelo grupo organizador que aqui publicamos é um texto de trabalho, aberto e em formulação. Para mais informações consulte a página do evento no facebook.
Debate: Manuel Graça Dias, José Manuel Henriques, Pedro Bingre do Amaral, João Seixas, Joana Gorjão Henriques I Trienal de Arquitectura Campo Santa Clara, 145,Segunda-feira, 6 de Junho, às 18h30.
Ler texto de apoio à discussão na revista PUNKTO.

06.06.2016 | par martalanca | cidade, gentrificação, habitação, lisboa, turismo

Les Amazones d’Afrique em Sines

Les Amazones d’Afrique, o primeiro grande grupo unicamente feminino da África Ocidental, realiza uma residência artística em Sines, entre os dias 18 e 21 de junho, no âmbito da sua tournée internacional, “I Play the Kora”.

Este projeto, formado este ano, mobiliza-se contra a violência sobre as mulheres em África e em todo o mundo. Junta algumas das figuras maiores da música africana: Oumou Sangaré, Mariam Doumbia (de Amadou et Mariam), Nneka, Inna Modja, Imany, Mamani Keita, Rokia Koné, Kandia Kouyaté, Pamela Badjogo e Mariam Koné.

Em simultâneo com o lançamento do EP “I Play the Kora”, Les Amazones d’Afrique lançam uma campanha de “crowdfunding” no dia 15 de junho. Esta campanha e as receitas do EP contribuirão para financiar cirurgias reparativas e integrar socialmente vítimas de violência sexual. Estas ações terão lugar no Panzi Hospital and Foundation, sedeado em Bukavu, na República Democrática do Congo.

O fio condutor da tournée “I Play the Kora” é um manifesto político e ao mesmo tempo uma carta de amor das mulheres endereçada aos seus homólogos masculinos para uma proclamação conjunta da igualdade.

É com esta composição e estas temáticas que serão realizados, em toda a Europa, ateliês de ensaios e reflexões com os coros locais e o público.

A residência artística em Sines será composta por um ateliê de guitarra, um ateliê de coro, uma mesa-redonda e um concerto.

Os ateliês de guitarra e coro realizam-se no sábado, dia 18 de junho, nos períodos 14h00-16h00 e 16h30-18h30, nas instalações da Escola das Artes do Alentejo Litoral (Largo Poeta Bocage).

A mesa-redonda “Os Direitos das Mulheres: Mulher Africana vs Mulher Europeia” tem lugar no domingo, 19 de junho, na cafetaria do Castelo de Sines, das 14h30 às 16h00 e das 16h30 às 18h30.

Os ateliês e a mesa-redonda são gratuitos, mas requerem inscrição na Escola das Artes do Alentejo Litoral (Tel. 269 182 523).

No dia 21 de junho, terça-feira, as 21h00, o projeto apresenta-se ao público, no auditório do Centro de Artes de Sines, com entrada gratuita. Este espetáculo terá a participação de um coro composto por alunos da Escola das Artes do Alentejo Litoral, que no dia 23 de junho se apresentará com o grupo num concerto a realizar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

A residência artística de Les Amazones d’Afrique em Sines é uma organização da Escola das Artes do Alentejo Litoral, com o apoio da Câmara Municipal de Sines e a parceria da agência 3D Family e da Panzi Foundation.

03.06.2016 | par martalanca | cantoras, direitos da mulher, FMM, Les Amazones d’Afrique, Sines

Sessão de leitura | A Estação da Sombra

Léonora Miano e A Estação da Sombra

Leitura de excertos da obra pelo actor Ricardo Silva

O PURISTA - Barbière R. Nova da Trindade, 16 C Lisboa 19:00 - 00:00
As sessões têm a duração de 10 a 15 minutos e repetem-se de meia em meia hora.

A entrada é livre e a saída também.

Léonora Miano e A Estação da Sombra

A Estação da Sombra (Prix Femina, 2013) passa-se no coração de África, nas terras do clã mulongo, onde durante um incêndio desaparecem misteriosamente doze homens da tribo. Uma mulher, uma das mães banidas da comunidade, empreende então um longo périplo que a conduzirá à atroz verdade. Odisseia dos vencidos, daqueles cuja sociedade é destruída pela aparição de um odioso comércio instaurado pelos europeus, expõe com crueza as relações entre África e a Europa.
Léonora Miano nasceu nos Camarões em 1973, vive em França e é uma das vozes francófonas mais intensas da sua geração. Autora de vários romances, entre os quais O Interior da Noite e Contornos do Dia que Nasce, debruça-se persistentemente sobre a penetração do mundo ocidental numa África ancestral, as vivências subsarianas e os testemunhos dos afro-descendentes.

02.06.2016 | par martalanca | A Estação da Sombra, Léonora Miano