Espaços mentais / Espaços reais – O arquivo digital sobre o Bairro do Alto dos Barronhos e os modos de o habitar

No próximo dia 4 de março às 16:00 vai acontecer na sala Manuela Porto, pertencente ao Teatro do Bairro Alto (TBA), a exposição “Espaços mentais / Espaços reais – O arquivo digital sobre o Bairro do Alto dos Barronhos e os modos de o habitar” com participações de Carlos Alvarenga, Esmael Graça, Ivone Rodrigues, Lucinda Correia, Luísa Sol, Paula Cardoso e Sara Goulart.

Tudo começa com o corpo no espaço: 910 fogos, 2730 moradores estimados. O que é habitar um bairro social? Como é que a arquitetura delineia a apropriação emocional que humaniza o espaço? E como potencia dificuldades, resistências, esforços e lutas? Como fomenta o conforto e a felicidade? E como estigmatiza? Contando com o apoio do programa governamental Bairros Saudáveis, lançado durante a pandemia, 910 Fogos envolveu a comunidade local do bairro do Alto dos Barronhos, o maior bairro social do concelho de Oeiras, num conjunto de ações participativas em torno da ligação entre Arquitetura e Saúde Mental – abordando criticamente a relação casa-bairro-cidade – e realizou um ciclo de debates. Questionou-se o que é habitar um bairro social e transformar o espaço público – quatro praças – num espaço de redefinições críticas sobre aqui- lo que é considerado bem-estar e qualidade de vida.

A apresentação pública do arquivo digital Espaços Mentais / Espaços Reais serve de mote a uma conversa aberta entre moradores, arquitetas, psicólogas, antropólogas, dinamizadoras comunitárias, sociólogas, artistas, investigadoras e quem quiser aparecer. Entrada livre (sujeita à lotação).

19.02.2023 | by mariadias | arte, bairro social, Carlos Alvarenga, Esmael Graça, fotografia, Ivone Rodrigues, Lucinda Correia, Luísa Sol, paula Cardoso, sara Goulart, tba

Exposição "Arquivos Permanentes em Papel"

 

 O “ELA-Espaço Luanda Arte” tem o prazer de o(a) convidar para as exposições dos Artistas Angolanos Francisco Vidal e Nelo Teixeira de nome “Arquivos Permanentes em Papel” nos dias 16 de Fevereiro a 5 de Abril de 2023,entre terça e domingo, das 12h às 20h.  A entrada é livre.

Segundo Dominick A Maia Tanner, Director Geral do “ELA-Espaço Luanda Arte”: “obras de arte em Angola (como em todo o mundo) servem como arquivo da sociedade, espelhando a sua memória e a sua identidade”. Nesse sentido: “o ciclo de vida dos documentos é o elemento que forma o pano de fundo para as intervenções arquivísticas e divide os arquivos de acordo com as fases ativa, semi-activa e inactiva dos documentos denominando-os, respectivamente: corrente, intermediário e permanente ou de 1ª idade, 2ª idade e 3ª idade, respectivamente”.

O Francisco Vidal: “é mais conhecido por suas pinturas e desenhos, que reúnem cores e padrões ousados em papel ou tela feitos à mão, muitas vezes lado a lado para criar instalações. O trabalho do artista combina várias influências estéticas, incluindo cubismo, tecidos africanos com impressão de cera e cultura hip-hop dos anos 1980, bem como grafite contemporâneo e arte de rua”. A obra de Francisco Vidal faz parte de coleções portuguesas como as da Fundação EDP, Fundação PLMJ, Fundação Calouste Gulbenkian e MAAT, bem como da Robert Devereux Collection no Reino Unido, da Africana Art Collection na Suíça, da Scheryn Art Collection na África do Sul, e da Colecção Banco Millennium Atlântico e da MATA Art Collection, ambas em Angola. 

 

O Nelo Teixeira: “cria pinturas e instalações únicas a partir de diversos materiais, como papel, madeira, tecido e outros objetos encontrados que constituem o lixo da cultura de consumo da sociedade contemporânea. A reutilização destes materiais funciona como uma referência direta à cultura e tradição do seu próprio país – onde é comum ver a incorporação de objetos encontrados em locais incertos – mas também a novos ritmos culturais e vozes sociais dissonantes. Neste contexto, sucatas, praias e ruas são entendidas como ambientes a serem pesquisados e explorados e, simultaneamente, como fonte de matérias-primas, onde os artistas fomentam e desenvolvem um conceito de “moldura” que “dessacraliza” o objeto de arte. Partindo desta compreensão da paisagem urbana como enquadramento visual e conceptual, Nelo Teixeira explora criticamente o conceito de fronteiras - físicas e psicológicas - entre a Chicala (gueto urbano) e a cidade em construção, questionando o seu desenvolvimento”. A obra de Nelo Teixeira faz parte da Africana Art Collection na Suíça, e da Colecção Banco Millennium Atlântico e da MATA Art Collection, ambas em Angola. 

Os dois Artistas representaram o país e expuseram no Pavilhão de Angola na 56ª Bienal de Veneza em 2015.

O ´ELA´ é um espaço de arte contemporânea com mais de 8 anos de existência e após 2 anos de fecho devido à pandemia por COVID-19, re-abriu as suas portas ao grande público em 2022 no armazém Cunha & Irmão SARL / ex-Escola Portuguesa, situado na Rua Alfredo Troni 51/57, na baixa de Luanda ao lado do Ministério das Relações Exteriores. 

 

 

18.02.2023 | by mariadias | Arquivos Permanentes em Papel, ELA-Espaço Luanda Arte, Francisco Vidal, Nelo Teixeira

Lançamento da open call dos ‘Laboratórios de Verão CIAJG / gnration’

a 25 de fevereiro na livraria do CIAJG

O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e o gnration, duas estruturas culturais de Guimarães e Braga com ligações às artes visuais, respetivamente, associam-se como parceiros no projeto “Laboratórios de Verão” e anunciam a open call deste ano destinada a apoiar o trabalho de criadores emergentes em linguagens artísticas inovadoras, de carácter híbrido e experimental, residentes ou naturais do distrito de Braga. Com entrada livre, a apresentação desta edição de 2023 dos “Laboratórios de Verão” acontece a 25 de fevereiro, às 16h, na Livraria do CIAJG e contempla o lançamento da open call e ainda uma conversa sobre “Criação emergente no território”.

Fruto de uma parceria entre o CIAJG (Guimarães) e o gnration (Braga), apresentam-se assim os “Laboratórios de Verão 2023” e a respetiva open call, num momento a decorrer no próximo dia 25 de fevereiro que contará com a presença de Paulo Lopes Silva (Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães e Presidente d’A Oficina), Maria Lourdes Rufino (Conselho de Administração do Theatro Circo), Marta Mestre (Direção Artística do CIAJG), Luís Fernandes (Direção Artística do gnration) e Luís Ribeiro (vencedor da edição de 2022 dos Laboratórios de Verão).

Nesta ocasião, realizar-se-á uma conversa sobre “Criação emergente no território” e será disponibilizado o formulário online de candidatura para os “Laboratórios de Verão 2023”, que poderá ser acedido em www.ciajg.pt e em www.gnration.pt, onde será possível concorrer e consultar todas as condições necessárias para o efeito.

Estes “Laboratórios de Verão” são dirigidos a artistas e coletivos de várias áreas da criação (imagem, som, interatividade, dança, performance ou cruzamentos disciplinares) que vivem e trabalham no território que abrange as cidades de Guimarães e de Braga ou cujos elementos são naturais deste distrito, promovendo assim o desenvolvimento de trabalho artístico original em formato de residência artística no CIAJG e no gnration e possibilitando desta forma o suporte para vários artistas efetivarem as suas produções.  
Desde 2015 que os “Laboratórios de Verão” têm firmado um lugar de destaque no apoio à criação artística no distrito de Braga, tendo apoiado mais de três dezenas de projetos e meia centena de artistas ao longo de oito edições, assumindo um formato de residência artística com vista à experimentação de novas ideias e trabalhos e promovendo a apresentação pública subsequente.

17.02.2023 | by mariadias | ciajg, laboratório, território

Jornalismo Cultural Debate TERRITÓRIOS PÚBLICOS

16 de fevereiro 10h - 13h Laboratório Artes, Laboratório das Artes, Largo da Vista Alegre, Ílhavo

O que distingue o jornalismo cultural dos outros? Qual a responsabilidade do jornalismo perante o público, os artistas e as entidades promotoras de eventos? Como se relacionam os jornalistas com esta rede? Neste debate sobre jornalismo cultural ficamos a conhecer a perspetiva de pessoas que normalmente não opinam, porque desempenham um papel que deve ser imparcial. Catarina Ferreira (JN), Marta Lança (Portal Buala) e Mariana Duarte (Público/Ípsilon) – três mulheres com diferentes papéis no setor da cultura, inclusive na área do jornalismo cultural, deixam a imparcialidade de lado e mostram a sua perspetiva e missão neste contexto.

CONVIDADAS

Catarina Ferreira (Jornal de Notícias), Marta Lança (Portal Buala) e Mariana Duarte (Público/Ípsilon)

Moderação de Jorge Louraço mais infos 

15.02.2023 | by martalanca | 23 milhas, jornalismo cultural

O que temos a ver com isto? O papel político das organizações culturais. Uma conversa com Joana Manuel e Maria Vlachou

Quinta-feira, 23 de Fevereiro, às 18h30 na Tigre de Papel 
O livro de Maria Vlachou ‘O que temos a ver com isto? O papel político das organizações culturais’ inclui no final dois textos sobre a guerra na Ucrânia. Esta conversa realiza-se quando se completa um ano da invasão russa, um gesto de amor da autora para os seus amigos e colegas ucranianos. No entanto, não propomos reflectir apenas sobre os desafios que esta invasão trouxe para os profissionais da Cultura, mas também sobre outras questões políticas, sempre actuais – como a emergência climática ou o recente protesto de pessoas trans no Teatro São Luiz –, que colocam as organizações culturais perante as suas responsabilidades políticas, mesmo quando não as querem assumir.O livro foi publicado em Maio de 2022, uma edição da Tigre de Papel e do Buala, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Face ao posicionamento apolítico e distanciado de muitas organizações culturais, os textos reunidos neste livro reflectem sobre missão, liderança, valores, diversidade e inclusão no sector cultural. Analisam diversos casos, em diferentes países, e defendem que os espaços culturais podem e devem ser espaços onde a política acontece, sem oportunismos e populismos, com respeito e amor pela vida, com curiosidade e sabendo assumir algum risco.Tiago Rodrigues, antigo director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, escreve no prefácio: «Talvez a mais ajustada tradução do verbo musing seja, afinal, a de sonhar acordada. Nesta colecção de crónicas, a autora sonha acordada. Fá-lo de forma lúcida e, ainda assim, empenhada em utopias. Com os seus textos, permite-nos, aliás, reconciliar a lucidez e a utopia, reivindicando a possibilidade de que estas duas noções sejam compatíveis. Desta forma, Maria Vlachou devolve sentido político às instituições culturais, relembrando-nos do modo como os lugares da Cultura e das Artes podem ser alicerces de novas comunidades, ferramentas para reinventar os significados, possíveis alavancas de mudança. Acima de tudo, este livro tem a coragem de acordar as organizações culturais do torpor da neutralidade na qual muitas vezes se escudam, como se quisessem esconder-se do mundo.»

15.02.2023 | by martalanca | cultura, instituições, Maria Vlachou

Lançamento do Projeto Afrolis

No próximo dia 26 de janeiro, o projeto conhecido como Rádio Afrolis vai relançar a sua atividade após uma pausa de quase 3 anos. O evento vai realizar-se no espaço Fábrica Braço de Prata, na sala Foucault, das 19h30 às 22h. O programa envolve convidadas como Paula Cardoso(projeto Afrolink), Neusa Sousa (Chá de Beleza Afro) e Ana Naomi (jornalista e realizadora de documentários), vão discutir a trajetória de mulheres racializadas nos media numa “Sister Talk ”e um momento cultural com o coletivo Wako Kungo, uma plataforma de artistas independentes e alternativos.

 

A Afrolis regressa enquanto um projeto de informação digital que visa mudar a perceção da realidade sobre as mulheres negras e racializadas em Portugal e no mundo. Com uma redação liderada por jornalistas negras e outras mulheres historicamente racializadas, propõe-se a construir uma rede social global que investigue narrativas estereotipadas sobre estas comunidades, contrastando-as com as histórias por elas mesmas produzidas.Procura contar histórias de forma transparente e precisa, para dar palco às pessoas que frequentemente são silenciadas na sociedade.

O seu objetivo é fornecer diferentes narrativas e perspetivas sobre mulheres negras, ciganas, imigrantes e grupos marginalizados, para que se possam ver representados nos media e as suas histórias sejam contadas, evitando discursos sensacionalistas e opressivos. O projeto promove equidade, justiça racial e igualdade de género.Para isso utiliza diferentes formatos como artigos, podcast, videocast e audiodramas.

Linkshttps://www.facebook.com/radioafrolishttps://www.instagram.com/radioafro...

01.02.2023 | by catarinasanto | afrolis, ana naomi, mulheres racializadas, neuza sousa, paula Cardoso

As Tramas da Memória: Datas para Contar

Seminário #2

3 de fevereiro de 2023, 16H

Massacre de Batepá

Inês Nascismento Rodrigues (CES)

Gerhard Seibert (UFBA/CEI/ISCTE-IUL)


O ciclo As Tramas de Memória: datas para contar é organizado pela coordenação da linha de investigação Europa e o Sul Global: patrimónios e diálogos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O ciclo visa assinalar e refletir sobre datas menos sonoras, mas igualmente determinantes para a construção do 25 de Abril de 1974 e das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste. Os seminários decorrem online, sempre que possivel na data a assinalar, todos os meses, pelas 16 horas, ao longo de 2023. Esta atividade está integrada na iniciativa do CES, «50 anos de Abril»

 

01.02.2023 | by catarinasanto | as trmas da memoria, ines nascimento rodrigues, massacre de batepa

Digital African Memory por Batoto Yetu Portugal

No seguimento do trabalho de partilha da cultura, artes e história africana aos jovens portugueses de origens africanas, e à restante sociedade portuguesa, a Batoto Yetu está a agregar informação para um arquivo digital associado à presença africana em Portugal.

Estamos interessados em recolher informações sobre o passado e presente de portugueses negros espalhados no mundo e sobre migrações humanas de povos africanos para a região ibérica, até aos dias de hoje.

Esta plataforma irá permitir concentrar informações, livros, trabalhos acadêmicos, vídeos, ou outros testemunhos pessoais sobre temas que já são públicos, mas estão dispersos, ou não sendo públicos torna-los de maior acesso às escolas, academia e ao publico em geral.


 
Um dos principais objetivos da plataforma MEMÓRIA DIGITAL AFRICANA 
é dar a conhecer a presença e influência dos vários povos africanos na cultura portuguesa ou lusófona. Esta poderá assim servir para estudos académicos, peças artísticas, acompanhamento histórico, consciencialização da importância científica, artística, humana e social das culturas africanas nos dias de hoje.

Parte desta informação sustenta as visitas guiadas e caminhadas pelos espaços de memória da presença africana em Portugal.

Outro dos objetivos desta plataforma é evidenciar momentos históricos relevantes que possam ser celebrados, e readaptados noutros formatos úteis a toda a sociedade aos dias de hoje.

A plataforma irá ser atualizada ao longo do tempo, e solicitamos o vosso apoio na indicação de informação, outras plataformas similares, ou pessoas com testemunhos que possam ser relevantes agregar.

 

01.02.2023 | by catarinasanto | batoto yetu portugal, Digital African Memory

Loose Ties - de Yara Nakahanda Monteiro

Autor: Yara Nakahanda Monteiro

Traduzido do português original por Sandra Tamele

2023 Longlist: Algumas semanas antes do seu casamento, Vitoria, angolana e portuguesa, é uma noiva fugitiva para uma Angola de que não tem memória. Desesperada por se ligar à mãe que nunca conheceu, estabelece a sua base de busca na casa de uma amiga da família que, com as suas filhas gémeas, a apresenta aos três Luandas. Uma Luanda para os ricos e poderosos que estão acima das regras. Outra Luanda para a classe média aspiracional, que se sente lisonjeada por qualquer proximidade com os ricos e poderosos. E ainda outra para o povo que faz o que pode para ganhar a vida numa cidade que os vê, mas que opta por ignorá-los. E o que sabe o General Zacarias Vindu, comandante, excessivamente condescendente, que recita poesia sobre a sua mãe, um antigo quadro independentista angolano? Um anúncio radiofónico na presença de uma nova amiga leva-a de Luanda para Huambo, onde a sua viagem fará turnos inesperados e onde as suas perguntas serão respondidas. Será que as respostas serão para sua satisfação?

 

31.01.2023 | by catarinasanto | livro, Loose ties, sandra tamele, Yara Nakahanda Monteiro

Negga Lizzy apresenta Metamorfose

NEGGA LIZZY APRESENTA “METAMORFOSE”, UM TEMA QUE FALA DE MUDANÇA E TRANSFORMÇÃO 

A cantora cabo-verdiana Negga Lizzy regressa para apresentar o seu novo single, intitulado “Metamorfose”. Este é um tema repleto de musicalidade e groove, com toques de rap e hip-hop e que nos fala de uma história de transformação, mudança, superação e sobretudo na força de acreditarmos que podemos ser quem quisermos. Metamorfose fala-nos do crescimento, da mudança para algo ou para quem sonhamos ser, de todo um processo de poder e transformação.
 O single “Metamorfose” é parte do álbum “Conexão”, composto por dez temas e que se trata de uma viagem pela vida de Negga Lizzy, onde cada tema relata uma experiência pessoal e onde cada experiência se conecta como um todo. Com artistas de referência como a Rihanna ou a Beyoncé, Negga Lizzy procura através das suas músicas abordar temas como a igualdade entres as mulheres, o empoderamento feminino e a igualdade de género

Para ver o videoclipe do single “Metamorfose” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=FhVTdQAXI9w 

Para aceder à página da artista no site da Leegend:https://www.leegend.pt/artistas-negga-lizzy/

Para visitar a página de Instagram da artista: https://www.instagram.com/neggalizzyoficial/ 

Para visitar a página da artista no Spotify: https://open.spotify.com/artist/3eadXdxDUCEAO2bcl2tg43 

31.01.2023 | by catarinasanto | Cabo-verde, Metamorfose, música, Negga Lizzy

Memórias de um caçador de lixo. A Mafalala e os bairros suburbanos de Maputo sob domínio colonial português.

As memórias de Celso Mussane sobre o último período da presença portuguesa na capital de Moçambique oferecem um relato cru da vida quotidana nos bairros suburbanos da cidade, nomeadamente da icónica Mafalala, onde viveu. Da periferia, Mussane conta uma experiência, em muitos aspetos comum à da maioria da população africana local, marcada pela violência, a exploração laboral, a discriminação racial e por carências económicas básicas.
A sua narrativa dialoga criticamente com representações contemporâneas deste passado, tanto as que em Moçambique submetem a história do subúrbio, e em especial da Mafalala, onde viveram Samora, Craveirinha e Eusébio, a uma narrativa centrada na resistência política e cultural, como as que a partir de Portugal insistem em retratar Maputo colonial como um paraíso moderno e harmonioso criado pelos europeus, e entretanto perdido.

Autor: Celso Mussane

Organização e apresentação: Mário Cumbe e Nuno Domingos

Edição: Outro Modo, Le Monde diplomatique – edição portuguesa

2022 | Preço: 10€

25.01.2023 | by catarinasanto | celso mussane, memorias de um caçador de lixo, Moçambique

O Livro da Patrícia: 28Janeiro, 17h30 - Lisboa

O Livro da Patrícia - 2ª Edição

28 Janeiro 2023, 17h30 - Livraria STET, R. Actor António Cardoso 12A, 1900-011 Lisboa, Metro ARROIOS ou ALAMEDA

Entrada Livre


Com Djaimilia Pereira de Almeida, Humberto Brito, David-Alexandre Guéniot

“O Livro da Patrícia” foi elaborado a partir de um projecto inacabado da fotógrafa e artista visual Patrícia Almeida, que faleceu há cinco anos. Reúne e faz dialogar textos e imagens sobre fotografia, memória, ausência.

Para a apresentação da 2ª edição, o autor convidou a escritora Djaimilia Pereira de Almeida e o fotógrafo e investigador Humberto Brito para partilharem as suas impressões de leituras. O público está calorosamente convidado a juntar-se à conversa.

24.01.2023 | by catarinasanto | apresentação, lisboa, livro

Arts and Humanities in Digital Transition

AH-DT 2023 – Arts and Humanities in Digital Transition - Lisboa, Portugal

ICNOVA - Instituto de Comunicação,  NOVA FCSH, Lisboa


Está aberta até 6 de março a submissão de comunicações à conferência Arts and Humanities in Digital Transition. Esta chamada de trabalhos visa suscitar a reflexão sobre a ecologia cognitiva e criativa das humanidades e das artes no contexto da transição digital.

O programa acolhe propostas sobre epistemologia, cognição e criatividade na era da IA e da automação, literacias e técnicas culturais, indústrias cognitivas e criativas, humanidades digitais, pós-humanidades e o pós-digital, entre outros tópicos sobre cultura, tecnologia e artes, nomeadamente explorações da obra de Bernard Stiegler (1952-2020) cujo legado intelectual esta conferência pretende também homenagear.

Oradores principais:

Yuk Hui (City University of Hong Kong)

Claire Bishop (City University of New York)     
Website: ah-digitaltransition.fcsh.unl.pt                                                                                                     

12.01.2023 | by catarinasanto | arts and humanities, claire bishop, conferência, ICNOVA, yuk hui

Somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos - Roberto Merino

20 de janeiro, 18h00 | Roberto Merino | ESAP

O Professor Jubilado Roberto Merino irá ministrar no auditório da ESAP uma aula magistral sobre o tema “Somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos”.

Roberto Merino Mercado nasceu no ano de 1952, em Concepción, província do Chile. Estudou Matemática na universidade local, mas dedicou-se ao teatro, desde a infância. Depois do Golpe Militar no Chile, exilou-se no estrangeiro, inicialmente, na então República Federal Alemã (RFA) e, a partir de 1975, na cidade do Porto (Portugal). Dirigiu artisticamente o Teatro Experimental do Porto (TEP) até 1978, voltando em mais duas ocasiões a essa companhia profissional. Posteriormente, trabalhou nos Serviços Culturais da Câmara Municipal do Funchal e com o Grupo de Teatro Experimental desta mesma cidade. Desde 1982, dirigiu o Curso Superior de Teatro da Escola Superior Artística do Porto. Colabora também como docente na Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, desde 1991. Foi  professor do Balleteatro Escola Profissional durante três décadas. Como dramaturgo e encenador profissional, trabalhou no TEP, no Seiva Trupe, no Teatro Art´Imagem, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (UP) e na Faculdade de Direito da UP, entre outros palcos.

11.01.2023 | by catarinasanto | aula magistral, ESAP, Roberto Merino, Sonhos

Arquivo BUALA: vários narradores de uma história interminável

19 de janeiro, 11h30 (Sala A6) - Porto | Marta Lança | ESAP

 Através deste Seminário, Marta Lança desconstruirá o Arquivo africano Buala que “atua nos domínios do pensamento, arte e memória” acompanhando “o debate pós-colonial e as diversas vozes críticas que o têm construído, nos domínios da história, ciências sociais em geral, literatura, cinema, arte, e jornalismo.”

Marta Lança, nasceu em 1976 em Lisboa. Trabalhadora independente no sector cultural, jornalístico, cinematográfico e da programação, está envolvida em projetos com ligação ao Brasil e a países africanos onde a língua portuguesa marca presença. Criou as publicações V-ludo, Dá Fala e o portal BUALA (dinamizado desde 2010). Faz traduções de francês para português, nomeadamente de Achille Mbembe e Felwine Saar.

 

Organização: Mestrado em Artes Visuais (MAV) e Licenciatura em Artes Visuais - Fotografia (AVF).

11.01.2023 | by catarinasanto | arquivo, buala, Marta Lança, seminário

Tacita Dean: o acaso da história - João Oliveira Duarte

12 de janeiro, 11h30 (Sala A6) |ESAP
A história e o percurso da artista visual britânico/germânica Tacita Dean serão analisadas por João Oliveira Duarte que será o timoneiro desta viagem. 

João Oliveira Duarte é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre em Estética pela Universidade Nova de Lisboa, instituição na qual se encontra a concluir um doutoramento em História da Arte. É também bolseiro FCT e publicou diversos artigos em revistas científicas. Faz ainda crítica literária, destacando-se, neste âmbito, os trabalhos publicados pelo Colóquio-Letras e pelo Jornal i.

Organização: Mestrado em Artes Visuais (MAV) e Licenciatura em Artes Visuais - Fotografia (AVF).

11.01.2023 | by catarinasanto | arte, artes visuais, João Oliveira Duarte, Tacita Dean

Scúru Fitchádu - Novo Álbum

Nez txada skúru dentu skina na braku fundu“ estreia a 13 de Janeiro em streaming, download e com disponibilização de edição física vinil LP nas seguintes semanas.

O segundo longa duração e sucessor de “Un Kuza runhu“ [Uma coisa ruim] de 2020, é composto por 11 temas, conta com as participações de Cachupa PsicadélicaHenrique Silva (Acácia Maior), O GAJO e tem o artwork assinado pelo artista visual mindelense Alan Alan

Nez txada skúru dentu skina na braku fundu“ [Nesta achada escura na esquina num buraco fundo] é um trabalho conceptual, que assenta toda uma base de inspiração nas dinâmicas sociais do espetro urbano, estabelecendo um paralelismo direto entre as conjunturas do ambiente contemporâneo e os fraturantes movimentos revolucionários panafricanistas.
Este disco é pontuado por sonoridades experimentais, batidas pujantes, baixos distorcidos e samples que contam histórias sempre sob uma omnipresente tutela afro.
Do Griot ao Riot! 

09.01.2023 | by catarinasanto | lançamento disco, música, novo albúm, Scúru Fitchádu

Silvestre, de Bruno Caracol

Em Walking, Henry David Thoreau descreve o desafio que os pântanos apresentam para a tarefa topográfica, apresentando-os como territórios exemplarmente “selvagens”, que resistem à dominação humana. No clima mediterrânico, esse lugar é dos matos impenetráveis geralmente dominados pela amora silvestre, a silva.Tudo se tornará um silvado, basta que nos ausentemos. Nesses matos espinhosos encontram refúgio os animais sem lugar na gestão humana do território, habitando as suas periferias e alimentando-se dos seus excedentes. Os roedores e os seus predadores, os javalis e os saca-rabos, uma série de animais não propriamente selvagens, nem certamente domésticos. É pelos espinhos, pelas unhas, pelos dentes, que nos aproximamos deles. Silvestre recolhe vestígios, observa-os, digitaliza-os. Imprime-os em cerâmica e estuda as propriedades sonoras destas novas configurações, habitando-as com frequências e paisagens sonoras recolhidas nos lugares onde foram recolhidos.

 

De 20 de janeiro a 4 de fevereiro de 2023, no Atelier Concorde.

Atelier Concorde
Inauguração: 19 de janeiro 2023, 19h
Encerramento: 4 de fevereiro 2023
Visitas por marcação: info@efabula.pt [assunto do email: SILVESTRE]
Dias 21 e 22 de janeiro 2023: das 16H00 às 20H00 sem marcação

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Criação / Creation: Bruno Caracol
Apoio técnico / Technical support: Maurício Martins, Tiago Fróis
Comunicação / Communication: Marta Rema
Parcerias / Partnerships: Oficinas do Convento, MILL, Artéria Lab, Atelier Concorde, Um Coletivo
Parceiros media / Media partners: Antena 2, Buala, Coffeepaste
Apoio / Support: Direção-Geral das Artes / República Portuguesa

Entrada gratuita. Mais infos. 

09.01.2023 | by martalanca | bruno caracol, instalação, Silvestre

O apetrechar do tempo, de Gonçalo Mabunda e Francisco Vidal I Maputo

05.01.2023 | by martalanca | Francisco Vidal, Gonçalo Mabunda, Maputo

COLÓQUIO Amílcar Cabral e a História do Futuro

13 e 14 de janeiro de 2023

Auditório António de Almeida Santos, Assembleia da República (Lisboa)

Programa

Sexta-feira, 13 de janeiro

9h00-9h45: Sessão de Abertura
Com Augusto Santos Silva, António Sousa Ribeiro, Fernando Rosas, Joana Dias Pereira, Bruno Sena Martins, Marga Ferré

Intervalo

Mesas de Trabalho
10h00-11h30 - A guerra colonial e as lutas de libertação: memórias e silenciamentos
Miguel Cardina, Carlos Cardoso, Patrícia Godinho Gomes, Cláudia Castelo
Moderação: Inês Nascimento Rodrigues

11h30-13h00: Amílcar Cabral: trajetos de vida e memória viva
Iva Cabral, José Neves, Leonor Pires Martins, Julião Soares Sousa, José Pedro Castanheira
Moderação: Victor Barros

Almoço

14h30-16h00h: Conferência
Pedro Pires

Intervalo

16h30-18h30: Amílcar Cabral: imagem em movimento (com projeção do filme O Regresso de Cabral)
Filipa César, Sana na N’Hada, Diana Andringa
Moderação: Sumaila Jaló

Sábado, 14 de janeiro

Mesas de Trabalho
9h30-11h00: Amílcar Cabral: textos
Ângela Coutinho, Mustafah Dhada, Roberto Vecchi
Moderação: Rita Lucas Narra

Intervalo 

11h30-13h00: Amílcar Cabral: dimensões internacionais da luta
Rui Lopes, Aurora Almada Santos, Teresa Almeida Cravo, Vincenzo Russo
Moderação: Pedro Aires Oliveira

Almoço

14h30-16h00: Amílcar Cabral: política, cultura e utopia
Miguel de Barros, Rui Cidra, Sílvia Roque, Redy Wilson Lima
Moderação: João Mineiro

Intervalo

16h30-18h00: Descolonização: significados e desafios
Beatriz Gomes Dias, Bruno Sena Martins
Moderação: Marta Lança

Festa de Encerramento no B.Leza
22h00 Concerto Prétu
23h00 Abel Djassi DJ Set

Acesso livre, mas de inscrição obrigatória

Mais infos 

Organização: Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (através do projeto CROME, Memórias Cruzadas; Políticas do Silêncio, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação, e no âmbito da iniciativa “50 anos de Abril”); Instituto de História Contemporânea (NOVA-FCSH) e laboratório associado in2past; Cultra (associada à rede Transform e no âmbito da iniciativa “Abril é Agora”).

03.01.2023 | by martalanca | Colóquio Amílcar Cabral