MOVICA III - Mostra de Vídeo e Cinema Africano

ATACA

A ataca - Associação de Tutores e Amigos da Criança Africana é uma associação de solidariedade social sem fins lucrativos, com sede na cidade do Porto, que visa o desenvolvimento humano nas regiões do mundo mais desfavorecidas, nomeadamente em África, onde está, actualmente, a operar com voluntários em várias regiões de Moçambique. A ataca foi fundada em Agosto de 2006, sendo que desde Março de 2009 é reconhecida e registada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal como Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento (ONGD).

Sem qualquer filiação política ou religiosa, tem nos seus elementos indivíduos de diferentes crenças e de diferentes quadrantes políticos com um objectivo comum, um melhor e mais responsável desenvolvimento humano, sustentado nos Direitos Humanos e da Criança.
Actualmente, a ataca conta com uma equipa constituída por cerca de 30 voluntários em Portugal, os quais são responsáveis por todo o trabalho administrativo, logístico e de suporte aos Projectos desenvolvidos em África, assim como conta permanentemente com equipas de voluntários no terreno que monitorizam, controlam e gerem os referidos Projectos.

MOVICA
Grande parte do financiamento da ataca provém dos fundos angariados em eventos promovidos pela mesma, tal como é o caso da MOVICA – Mostra de Vídeo e Cinema Africano – que pretende ser um motor de divulgação da cultura africana através cinema/documentário, preferencialmente de produção local. Durante as duas edições anteriores a MOVICA mostrou mais de 16 filmes/documentários, com predominância dos filmes dirigidos ou codirigidos por realizadores naturais dos PALOP, e pode contar com a presença de vários realizadores para comentar as próprias obras.


A MOVICA 2011 acontecerá no Cinema Passos Manuel de 5 a 8 de Outubro. Esta edição, para além exibir 7 filmes/documentários, conta com a presença de convidados especiais que transmitirão ao público presente diferentes perspectivas culturais dos seus países africanos de origem!

Programa
Dia 5 – Quarta-feira
Filme: É Dreda Ser Angolano
Filme: Li Ké Terra
Participações especiais: Paulo Seco e Adalberto Macieira
Dia 6 – Quinta-feira
Filme: Viagem a Cabo Verde
Filme: Terra Longe
Participação Especial: Tia Iva
Dia 7 – Sexta-feira
Filme: Ilha da Cova da Moura
Actuação Especial: Allatantou Dance Company
Dia 8 - Sábado
Filme: O Último Voo do Flamingo
Filme: Mahla
Participação Especial: Alberto Magassela
Nota: As sessões terão início às 22h00.

Convidados
Paulo Seco

Paulo Seco de Oliveira, nasceu em Luanda, Angola, a 20 de Junho de 1974. Em Portugal conclui o Ensino secundário na Escola profissional de Ofícios Artísticos em Vila Nova de Cerveira. Em 1995 entra para a Faculdade de Belas Artes da UP no curso de Design de Comunicação. Em 1997 muda de curso para ingressar na Escola Superior Artística do Porto (ESAP) a fim de concluir um projecto de fotocomposição. Não conseguindo conciliar o trabalho com os estudos, dedica-se então ao mundo do trabalho onde acumula experiências transversais em quase tudo o (e tantas) que fez para viver.
A escrita e a contemplação sempre incrustadas na alma são sinais inexplicáveis da sua travessia na existência.
Este novo trabalho A Nudez Cristalina de Susana é o quarto da sua bibliografia que convém destacar: Laços Verticais (poesia/2007); Sermão da Noite Desconhecida (poesia/2003) e Uma Gota de Água Repousada na Pétala da Flor da Esperança (poesia/2001).
Actualmente é aluno de Filosofia na Faculdade de Letras da UP e trabalha numa esplanada na Zona História do Porto.
Adalberto Macieira
Adalberto Macieira Gomes nasceu na província do Uíge em Angola em 1985. Veio para Portugal em 2007 para completar os seus estudos. Estudou na FEUP e é actualmente Mestre em Engenharia de Minas e do Ambiente.
Tia Iva
Imigrante em Portugal há mais de 40 anos, está actualmente no Porto onde é dona de um restaurante Cabo-Verdiano na baixa portuense. A Tia Iva vai contar-nos como foi a experiência da imigração: partida, integração, as dificuldades, etc.
Alberto Magassela
Actor moçambicano, participou em diversos filmes do cinema português, como “O crime do Padre Amaro”. Colaborou ainda em co-produções de cariz lusófono, como o “Um rio chamado tempo Tempo, uma Casa chamada Terra”. No dia 8 virá apresentar-nos a sua última participação num filme também baseado num romance do escritor moçambicano Mia Couto “O Último Voo do Flamingo”.
Allatantou Dance Company
A Allatantou é uma companhia de dança e percussão que nasceu na Gâmbia na década de 70 fundada por Abdoulaye Camara (Guiné Conakry/Suécia). Chegou á Europa nos anos 80, onde se estabilizou e criou raízes em países como: Suécia, Escócia, Irlanda, Escandinávia, Noruega, E.U.A, Portugal.
Esta Companhia é representada em Portugal por Joana Peres e João Marques (Dir. Musical).
Desde 2006 que a Allatantou se dedica a divulgar as tradições e culturas da costa Ocidental de África, através de espectáculos e animações em diversos espaços como: Teatro Campo Alegre, Teatro S.Jorge, Exponor, Casa das Artes de Valongo, Teatro Sá da Bandeira, Fundação José Rodrigues; Participando em Programas de televisão como: “Portugal sem Fronteiras” na RTP, “Zona Interdita” e Porto Alive no Porto Canal; Realizando inúmeros workshops para adultos e crianças espalhados por todo o País e mantendo aulas regulares de percussão e dança no Ginásio do Académico F.C., no Aqui Há Gato e no Palácio das Artes; http://allatantou.blogspot.com/

Fichas Técnicas
“É Dreda Ser Angolano”
Realização: Pedro Pires
Tipo: Documentário
Duração: 65 minutos
Formato de exibição: DVD
Produtora: Fazuma
Ano: 2005
Sinopse: Um dia passado na Luanda no pós guerra, viajando de Kandongueiro e sintonizados numa nova rádio: “Feita por gente, com gente e para toda a gente.” Com participações de Conjunto Ngonguenha, Mck, Shunoz, Sbem, Fridolim, Turbantu, Afro e Laranja, entre muitos. Tudo começou com o disco “Ngonguenhação” do Conjunto Ngonguenha. Um CD recebido pelo correio vindo da Matarroa. Ao som do disco começa a ver-se Luanda a abanar as ancas com os ritmos, as gargalhadas, as histórias. Tocou duas vezes seguidas no leitor e hoje em dia já nem toca. Está gasto. Sente-se que era um dos melhores discos que já se tinha ouvido e que, mais do que boa música, era um documento que retratava Angola. E Angola precisa de ser retratada e mostrada ao mundo.
“Li Ké Terra”
Realização: Filipa Reis, João Miller Guerra e Nuno Baptista
Tipo: Documentário
Duração: 65 minutos
Formato de exibição: DVD
Produtora: Vende-se Filmes, Portugal
Ano: 2010
Sinopse: O documentário “LI KÉ TERRA” conta a história de Miguel Moreira e Ruben Furtado, jovens descendentes de emigrantes Cabo-verdianos em Portugal. Eles têm um orgulho estóico e sonham com o futuro, mas o dia-a-dia é tomado por contradições. Ambos não se vêem mais como Cabo-verdianos. Ao mesmo tempo, têm dificuldades de inserção na sociedade portuguesa.
“Viagem a Cabo Verde”
Realização: José Miguel Ribeiro
Tipo: Curta-metragem (Animação)
Duração: 17 minutos
Formato de exibição: DVD
Produtora: Sardinha em Lata
Ano: 2010
Sinopse: História de uma viagem de 60 dias a andar em Cabo Verde. Sem telemóvel ou relógio, sem programar antecipadamente e com o essencial às costas, o viajante descobre as montanhas, povoações, o mar, uma tartaruga que fala, as cabras, a música, a bruma seca, os Cabo-verdianos e uma parte essencial de si mesmo.
“Terra Longe”
Realização: Daniel E. Thorbecke
Tipo: Documentário (“Etnoficção”)
Duração: 76 minutos
Formato de exibição: DVD
Produtora: David & Golias
Ano: 1997/2003 – Antestreia ocorreu em 2006
Sinopse: A história e a vida das gentes de Chá das Caldeiras, em Cabo Verde, localidade no sopé do Pico do Fogo, vulcão activo da Ilha do Fogo, a trezentos quilómetros da costa ocidental de África. A última irrupção do vulcão ocorreu em 1995. Perante o perigo, o governo de Cabo Verde mandou construir nova povoação para abrigar as gentes. Acreditam os insulares que o vulcão lhes dá força e que torna a terra fértil.
A condição humana na sua expressão mais seca, simbolizada pela árida grandeza da paisagem, traduzida a preto e branco.
“Ilha da Cova da Moura”
Realização: Rui Simões
Tipo: Documentário
Duração: 81 minutos
Formato de exibição: DVD
Produtora: Rui Simões
Ano: 2010
Sinopse: Cova da Moura é sinónimo de problema, de violência, de degradação social. No ano de 2005, dois acontecimentos tornaram este bairro dos arredores de Lisboa num caso de interesse mediático: o homicídio de um polícia que patrulhava as ruas locais, em Março, e o célebre arrastão que nunca existiu, no dia 10 de Junho, cuja autoria foi desde logo imputada a jovens daquele lugar. O bairro da Cova da Moura tornou-se tema de debate público, passando de bairro problemático a lugar de interesse sociológico. Descobriu-se então a verdadeira Cova da Moura, habitada por uma maioria Cabo-verdiana, que ali repete os modos e costumes das ilhas de que são oriundos como forma de combater o desenraizamento e estigma social. Vislumbrou-se um bairro em luta contra a violência e o tráfico de droga nele implantados e contra o preconceito sociocultural que os rodeia. Uma ilha de Cabo Verde naufragada em terras portuguesas, a braços com o pesado conceito de exclusão. ILHA DA COVA DA MOURA segue o quotidiano deste bairro, descobrindo nele, reflexos de Cabo Verde e procurando os modos como a exclusão social se combate ou perpetua nas vidas dos seus moradores.
“O Último Voo do Flamingo”
Realização: João Ribeiro
Tipo: Ficção (Longa metragem)
Duração: 86 minutos
Formato de exibição: DVD
Produtora: Fado Filmes (Portugal), Slate One Produções (Moçambique), Potenza Producciones (Espanha), Neon
Productions (França), Video Filmes (Brasil), Carlo D’Ursi Produzioni (Itália), TIM (Moçambique)
Ano: 2010
Sinopse: Logo após o fim da guerra civil em Moçambique, estranhas explosões fazem desaparecer 5 soldados das forças de paz das Nações Unidas sobrando deles apenas o pénis e os seus capacetes.
Estes estranhos acontecimentos provocam uma série de fantásticas explicações que originam uma investigação a ser conduzida pelo Major Massimo Risi (Carlo D’Ursi) que mergulha num mundo diferente que precisa das explicações do tradutor Joaquim (Elliote Alex) que rapidamente lhe ensinará que na vida não se pode compreender tudo.
Só seguindo o flamingo teremos a luz de volta, diz a tradição.
“Mahla”
Realização: Mickey Fonseca
Tipo: Ficção (curta-metragem)
Duração: 30 minutos
Formato de exibição: DVD
Produtora: Antonio Forjaz & Mickey Fonseca (Mahla Filmes)
Ano: 2009
Sinopse: Ermelinda, uma enfermeira que trabalha no Hospital Central de Maputo, descobre que está grávida e decide deixar o marido, de quem sofre abusos, Jerry (um agente imobiliário). No entanto, no autocarro a caminho de casa para ir buscar o seu filho, Nelito, acontece algo que vai colocar a sua decisão e humanismo em causa.

28.09.2011 | by joanapires | ataca, cinema, mostra de vídeo e cinema africano, movica