LULA a vida é Luta e a Luta é LIVRE

Exposição Fotográfica de Lutacom fotografias de Ricardo StuckertInaugurou a 27 de outubro, às 18h, no dia do aniversário de 74 anos de Luís Inácio Lula da Silva, na Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário (R. da Voz do Operário, 13, Graça) em Lisboa. Até 3 de novembro. A série de 18 fotografias de Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do ex-presidente, apresenta imagens sensíveis sob uma perspectiva otimista dos períodos da presidência de Lula (2003-2010) até as caravanas recentes em sua última campanha eleitoral para a presidência do Brasil em 2018. Os momentos escolhidos pelo toque, pelo olhar, pelo respeito, pelos abraços endereçados àqueles e àquelas que interagiram com o presidente revelam a grandeza do líder popular que Lula foi e ainda é.


Lula está preso político. Mas suas ideias, como o próprio disse em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista em São Bernardo do Campo - São Paulo antes de sua prisão arbitrária, já estão pairando no ar e não tem como prendê-las. Estão difundidas pelo Brasil e pelo mundo, espalhadas por aqueles que acreditam em sociedades mais justas e inclusivas.

Lula está preso político. Mas não por muito tempo. Num processo viciado pelo desejo de ascensão política assentado na promessa rasteira de cargos, convicções — ao  invés de provas — levaram o ex-presidente a uma condenação injusta. Condenação esta que já foi revelada em seu caráter parcial e eleitoreiro através dos vazamentos de mensagens e áudios dos procuradores do processo em conluio com o Juiz do caso, hoje Ministro do seu principal oponente na corrida para a eleição presidencial. Importante se faz lembrar que o presidente em exercício no Brasil só foi eleito pelo impedimento de Lula de ser candidato, já que o ex-presidente era favorito em todas as pesquisas de intenções de voto.

Em meio ao desastre político, ao empoderamento do mal, à amplitude da depressão cívica, ao desespero e ao desamparo que assolam o Brasil, o aniversário de Lula, que passeia entre a data oficial da certidão de nascimento no dia 6 de outubro e a data real confirmada pelo próprio, 27 de outubro, pode surgir como um momento de reconcentração das forças da luta e da resistência dos brasileiros e brasileiras que enfrentam cotidianamente as mazelas que se abatem cruelmente em todos os setores da sociedade naquele país. 

“Os poderosos podem matar uma, duas ou cem rosas.
Mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera.”

(Che Guevara citado por Lula em 7 de abril de 2018.)

Agradecimentos: Cidolli, Igor Sardinha, Luiza Beloti Abi Saab, Lurian da Silva, Magnum Amado, Ricardo Stuckert, Rita Morais e a todos os brasileiros e brasileiras que se mantém em estado de constante denúncia, mesmo morando fora do Brasil | Arte: Mauricio Moura | Curadoria: Samara Azevedo | Fotografia: Ricardo Stuckert | Montagem: Kuka C. Clifford | Produção: Fátima de Carvalho e Miriam Andrade Guimarães | Apoio: Instituto Lula, Diálogo e Ação Petista - Lisboa, Partido dos Trabalhadores - Núcleo Lisboa, Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário e Vozes no Mundo - Frente Pela Democracia no Brasil - Coimbra | Organização: Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa+ INFO: +351 926 637 752 Fátima de Carvalho +351 932 081 104 Samara Azevedo https://www.facebook.com/events/742767532817178/  

28.10.2019 | by martalanca | Brasil, fotografia, Lula

"Taxidermy of the Future" na 6ª Bienal de Lubumbashi, com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento

6ª Bienal de Lubumbashi 24 de outubro a 24 de Novembro República Democrática do Congo

Bruno Leitão, co-fundador e diretor curatorial do HANGAR em Lisboa, e Paula Nascimento, co-fundadora do estúdio Beyond Entropy Africa em Luanda, iniciam hoje, dia 24 de outubro, o programa de vídeo Taxidermy of the Future, que acontece no âmbito da 6ª Bienal de Lubumbashi, na República Democrática do Congo.

Taxidermy of the Future reúne trabalhos de Grada Kilomba, Kiluanji Kia Henda e Mónica de Miranda, cujas práticas investigam o Passado e as suas diferentes temporalidades, para refletir sobre o Futuro. Os trabalhos selecionados - Illusions Vol. I, Narcissus and Echo, Grada Kilomba (2017), Havemos de Voltar, Kiluanji Kia Henda (2017) e Beauty, Mónica de Miranda (2018) - têm em comum a dissecação de fantasmas persistentes nas sociedades Europeias e Africanas, desde os mitos Greco-Latinos ao período colonial. Nascidos em Angola ou em Portugal, os três artistas trabalham em múltiplos media e privilegiam o vídeo como narrativa de expressão. Entre história e não-ficção, os trabalhos que compõem este programa são testemunhos vivos da atual vitalidade da criação angolana e suas diásporas.

'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda

'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda 'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda

A 6ª edição da Bienal de Lubumbashi realiza-se entre 24 de outubro e 24 de Novembro, intitula-se Future Genealogies, Tales From The Equatorial Line (“Futuras Genealogias, Contos da Linha do Equador”) e conta com direção artística da curadora e investigadora Sandrine Colard. Filipa César, com o Coletivo Cadjigue (Filipa César, Milena Iocha e Marinho Pina) e Délio Jasse, estão entre os artistas participantes no programa geral da Bienal, que nesta edição pretende testar possibilidades de redefinição da cartografia do mundo, explorando o paradoxo de acontecer numa região cuja história continua afundada nos recursos do seu solo, mas que, paralelamente, beneficia de uma posição geográfica ímpar - localiza-se no coração de África e na linha de bissecção do globo, onde se intersetam os hemisférios sul e norte.

Esta será a primeira vez que a Bienal de Lubumbashi apresenta um programa de vídeo, e Taxidermy of the Future com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento é exibido diariamente no Institut Français / Halle de l’Etoile.

Sobre os curadores:

Bruno Leitão (Lisboa, 1979) vive entre Madrid e Sintra. Co-fundou e dirige o programa curatorial do Hangar - Centro de Pesquisa Artística em Lisboa, onde realizou exposições, palestras e seminários com artistas como Luis Camnitzer, Coco Fusco, Carlos Amorales, The Otolith Group, John Akomfrah, Rosa Barba, João Onofre, Lawrence Abu Hamdan, Elena Bajo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Alfredo Jaar, Fernanda Fragateiro e Zineb Sedira. Como curador independente, destacam-se entre os seus projetos mais recentes Pouco a Pouco de Ângela Ferreira no CGAC (Santiago de Compostela, 2019) e a co-curadoria com Mónica de Miranda de Affective Utopia na Kadist Foundation (Paris, 2019). Edita e contribui para catálogos, revistas e outras publicações de arte.

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora independente. Co-fundou Beyond Entropy Africa, um estúdio de pesquisa que se concentra nos campos da arquitetura, artes visuais e geopolítica. Como curadora independente desenvolveu projetos para o Pavilhão de Angola na Bienal de Arte de Veneza em 2013 (Premiado com o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional), e exposições em Angola, África do Sul, Portugal, Itália, entre outros. É membro fundadora do coletivo cultural Pés Descalços em Luanda e colabora regularmente com várias revistas internacionais.

 

24.10.2019 | by martalanca | Bienal de Lubumbashi, Grada kilomba, kiluanji kia henda, Monica de Miranda

COSMO/POLÍTICA #5: COMUNIDADES PROVISÓRIAS

 Inauguração > MUSEU do NEO-REALISMO > Sábado _ 26 de outubro _ 16h00
_ inauguração da quinta exposição colectiva do ciclo de arte contemporânea COSMO/POLÍTICA com curadoria de > Sandra Vieira Jürgens e Paula Loura Batista
_ Apresento uma nova instalação
[ Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo. ]

Instalação site-specific no Museu do Neo-Realismo, tendo como referência as casas dos avieiros, utilizando para a construção materiais do acervo do Museu do Neo-Realismo e de outros museus municipais, das oficinas da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, de pescadores locais, de depósitos de material de construção civil, de filmes através de imagens e sons, de material de arquivo fotográfico, vídeo e sonoro do autor, de livros através das suas palavras e equipamentos de reprodução de som e de imagem.

COSMO/POLÍTICA #5: COMUNIDADES PROVISÓRIAS, apresenta trabalhos originais de PAULO MENDES, TIAGO BAPTISTA e SUSANA MOUZINHO que, a partir do pensamento neorrealista e do romance “Gaibéus” de Alves Redol, abordam a criação de comunidades e de coletividades, aproximando o seu entendimento desde a origem do movimento até à atualidade.”

imagem da instalação 'Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo.' em montagemimagem da instalação 'Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo.' em montagem

Museu do Neo-Realismo 
Rua Alves Redol 44
Vila Franca de Xira

+ info > https://www.facebook.com/events/573930969814431/

24.10.2019 | by martalanca | COMUNIDADES PROVISÓRIAS

CICLO MUNDOS Galandum Galundaina

GALANDUM GALUNDAINA (Portugal) faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único, que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 20 anos o grupo contribuiu para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano.
O seu trabalho de investigação e recolha, junto de pessoas mais velhas com conhecimentos rigorosos do legado musical da região, a par da formação académica na área da música, concretizou-se num sentido renovado no modo de entender as sonoridades que desde sempre conheceram. Com a sua música não procuram criar novos significados, mas antes descrever os lugares e a vida; encontrar as raízes que permitem que a cultura se desenvolva.
Em palco os quatro elementos apresentam um repertório vocal e instrumental na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos. Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se.
Os álbuns editados têm tido uma excelente apreciação pela crítica especializada. Em 2010 para além da atribuição do Prémio Megafone, o álbum Senhor Galandum foi reconhecido pelos jornais Público e Blitz como um dos dez melhores álbuns nacionais.


MELINGO (Argentina)
Ao vivo, Melingo, voz marcada pela vida, é um portento de alma e emoção, que consegue incorporar o lado maldito do rock de Nick Cave e da chanson de Serge Gainsbourg na criação elevada por Gardel até à condição de banda sonora por excelência das vielas de Buenos Aires. Em Paris, Melingo ainda aprendeu algo do cabaret que faz com que a sua música soe melhor com luzes baixas e um copo na mesa em frente a nós. As suas canções pegam no tango e retorcem-no, sem nunca o descaracterizar. Melingo soa perfeito por cima de bandoneon e baixo, por cima de trombone ou guitarra. Ao vivo, é um actor possuído que vive as histórias negras de que falam as canções. No britânico Guardian afirmou-se que «a extravagante teatralidade dos seus concertos irá conduzir Melingo ao sucesso internacional.» Sem dúvida. Melingo regressa a Portugal para apresentar o disco novo que sairá em outubro.
CICLO MUNDOS – Fundação INATEL | Teatro da Trindade INATEL – Lisboa
Uma proposta musical intercultural, intergeracional e universalista
Programação 2019
26 FEV. MARI BOINE (Noruega) | RECANTO (Portugal)
19 MAR. LE TRIO JOUBRAN (Palestina) | O GAJO (Portugal)
23 ABR. LADYSMITH BLACK MAMBAZO (África do Sul) | MARTA PEREIRA DA COSTA (Portugal)
30 ABR. SOFIANE SAIDI & MAZALDA (Argélia) | REALEJO (Portugal)
14 MAI. BEATRIZ NUNES (Portugal) | MAGANO (Portugal)
28 MAI. REFUGEES FOR REFUGEES BAND (Síria/Tibete/Paquistão/Iraque/Afeganistão/Bélgica) | URZE DE LUME (Portugal)
11 JUN. BLICK BASSY Camarões (Camarões) | NIÑO DE ELCHE (Espanha)
12 JUN. AMADOU E MARIAM (Mali) | TOQUES DO CARAMULO (Portugal)
16 JUL. ANTONIO CHAINHO (Portugal) convida RÃO KYAO (Portugal) | UXÍA (Galiza)
15 OUT. LEYLA MCCALLA (EUA/Haiti) | TÓ TRIPS (Portugal)
29 OUT. MELINGO (Argentina) | GALANDUM GALUNDAINA (Portugal)
19 NOV. MUZSIKÁS (Hungria) | LULA PENA (Portugal)
17 DEZ. CAPICUA (Portugal)

24.10.2019 | by martalanca | música

Third World Historical: Rethinking Revolution

November 5-7, 2020 - Columbia University

“Third World Historical: Rethinking Revolution from Iran to Ethiopia” is a scholarly conference organized at Columbia University that seeks to rethink the historiography of revolutionary movements and the heterogeneity of anti-colonial legacies. It is sponsored by the Department of Middle East, South Asian, and African Studies, and convened by Elleni Centime Zeleke (MESAAS, Columbia University) and Arash Davari (Politics, Whitman College).

This conference stages a conversation between the 1979 revolution in Iran and the 1974 revolution in Ethiopia to ask broader questions about the concept of world historical events, the significance of anti-colonialism, and the relationship between archives and theory. We seek to pose these questions through comparisons with revolutions across the Third World from Haiti to Algeria, Vietnam, and Grenada.

More often than not, the 1979 revolution in Iran is taken as a harbinger of all that is wrong with revolutionary politics today. Where the 1776 American Revolution and the 1789 French Revolution mark the affirmative possibility of revolutionary change, the 1979 Iranian Revolution marks its limits, where the Third World failed to replicate the spirit of the Enlightenment. Thinking against this historiography affords a point of departure for a reconceptualization of not only revolutionary movements but also the heterogeneity of anti-colonial legacies.

If Iran signifies all that is wrong with revolutionary politics, Ethiopia signals the final arrival of the last peripheral nation-state into modernity, setting the conditions for capitalism to exist. Let us listen to the sociologists: The 1789 revolution in France sets forth a model of revolutionary politics. The ensuing centuries of revolutionary politics bring about reiterations of the exemplar. After Ethiopia, the only revolution possible has to break from the Enlightenment altogether. And there is nothing to desire in that kind of social change.

Recent historiographical revision rooted in global history rightly challenges the exceptionalism shaping histories of revolutionary Ethiopia and Iran alike. Yet insofar as it replicates paradigmatic texts recounting European and American experiences, global histories too position Third World revolutionary experiences as derivative. How might we instead take these “peripheral” archives as central to rethinking the very concepts of history?

The conference is scheduled to comprise two panels for each theme listed below. It features a mix of junior and senior scholars, academics, artists, and activists. Each panel features a discussant. Comparative Studies of South Asia, Africa, and the Middle East has expressed interest in publishing a special issue featuring papers that arise from the workshop.

We welcome paper proposals on any of the following core themes:

  1. “Anti-Colonialism”

What is the anti-colonial? And what is its relationship to revolution? Why do we tend to think the anti-colonial—or, for that matter, revolutions—as a unified and homogenous experience?

The assumption that anti-colonialism and revolution are not to be thought together may perpetuate a tutelary model—the notion that the “periphery” must first arrive before it can engage in revolutionary action, or the formation of genuinely new political institutions, structures, ideas. To think against this grain is to ask, how do we think anti-colonialism in its heterogeneity?

Revolutions from Ethiopia and Iran provide apt sites to do so. Neither readily signifies a case of anti-colonialism. And yet, they did pose questions and answers about a world structured by European colonialism. How are we to read these revolutionaries’ characterization of their efforts as anti-colonial?

These cases afford possibilities to think anti-colonialism and revolution together and in novel ways. What other cases are there? How, in other words, does South-South comparison afford new resources for thinking the anti-colonial?

2.              The Periphery as World Historical and The Archive as Theory

Can the periphery be a world historical agent? Whether through Hegel or Marx, revolutions are understood as the essential world historical event—as, in fact, productive of the world historical. Is a world historical imaginary only possible in a European register? Does a turn away from that register entail a celebration of localism? To be precise, how has the Third World constituted the international? Can we think the international from it? And if so, how? What can we learn, for instance, from revolutionary experiences in Haiti (1794-1801) and Algeria (1954-1962)?

These questions beget an alternate approach to the history of political thought—one grounded not only in historical specificity, but also in a revised understanding of the world historical. They equally beget a different relationship to the archive—one that reads the vernacular as philosophy, the archive as theoretical text. How are we to think theory as history and history as theory at once from the Third World?

3.              What is Revolution?

In the 1960s and 1970s, Third World activists engaged revolutionary talk to pose questions about the particularities of their immediate contexts. In the process, they posed new conceptions of revolution. Congealed manifestations of the term revolution can preclude our effort to think the event as experience. If revolution signals the disruption of existing categories, can we in turn disrupt congealed categories to think revolution? If sociologists are preoccupied with mapping revolutions as a set of patterns and stages, what would it mean to reposition the question of revolution in the specificity of the Third World?

Abstracts (300-500 words) should be sent before March 1, 2020 to Elleni Centime Zeleke at ecz2109@columbia.edu and Arash Davari at davaria@whitman.edu

 

 

23.10.2019 | by martalanca | Irão, Revolution

FÓRUM DO FUTURO 2019 Crossings/ Travessias I PORTO

Ocupação, apropriação, extração em debate a partir dos 500 anos da primeira circum-navegação de Fernão de Magalhães 3 a 9 de novembro | Porto

Todo o programa em: www.forumofthefuture.com

Com: Chimamanda Ngozi Adichie / Danny Glover / Vandana Shiva / Arthur Jafa / David Adjaye / Wu Tsang / Ralph Lemon / Kevin Beasley / Sônia Guajajara / Ernesto Neto / Coco Fusco / Eszter Salamon / Elizabeth A. Povinelli / Christina Sharpe / Naeem Mohaiemen / Fiesta Warinwa / Clémentine Deliss / Vivian Caccuri / Calixto Neto / Lafawndah / Crystallmess / Fred Moten

Curadoria de: Filipa Ramos, editora da art-agenda (e-flux) e curadora da secção de Filme da Art Basel Gareth Evans, programador cultural e curador de cinema da Whitechapel Gallery Guilherme Blanc, diretor para a Arte Contemporânea e Cinema da Ágora E.M. e diretor artístico do Fórum do Futuro John Akomfrah, escritor, cineasta e artista.

Locais: Rivoli · Galeria Municipal do Porto · Casa Da Música · Serralves · Cinema Trindade

As sessões do Fórum do Futuro irão refletir sobre os sistemas de domínio e de libertação de indivíduos bem como de outros seres do planeta cuja existência se encontra condicionada e ameaçada por forças e pressões externas.

Aberto a todos os públicos, o programa do Fórum do Futuro 2019 foi desenvolvido a partir dos conceitos de alteridade, apropriação e extração. Reunindo um grande número de figuras-chave da cultura e do pensamento dos nossos dias, nacionais e estrangeiras, a edição deste ano foi concebida por uma equipa de curadores com distintas práticas de investigação e produção cultural. 

Violência imposta a pessoas e à natureza, processos de subjugação e subalternidade, amor a causas e oposição a preconceitos, solidariedade entre povos e reposição de valores de justiça e dignidade: estas são algumas das questões centrais do Fórum do Futuro 2019, cujo programa nos coloca no centro de uma das lutas mais urgentes e vitais que o mundo, incluindo Portugal, trava no presente momento – ou deve travar. 

Sobre o Fórum do Futuro:

O Fórum do Futuro é um projeto anual de palestras e performance que convida pensadores de diferentes disciplinas e origens a refletirem sobre questões prementes às sociedades de hoje. Desde a primeira edição do projeto, que se realizou em 2014, o Porto tem promovido encontros dedicados à partilha e reflexão, que visam proporcionar entendimentos plurais sobre o mundo e as culturas contemporâneas, ajudando a perspetivar novos caminhos para o futuro. O Fórum do Futuro foi criado e é organizado pela Câmara Municipal do Porto, tem como curador principal Guilherme Blanc, Adjunto do Pelouro da Cultura, e conta com a Casa da Música, a Fundação de Serralves e o Teatro Nacional São João, como parceiros estratégicos.

17.10.2019 | by martalanca | Forum do Futuro

Arquivo de identidade angolano - site

Novo Site

Somos um grupo de mulheres feministas LBTIQ (Lésbicas, Bissexuais, Transgénero, Intersexo e Queer) angolanas, criado em 2017, que cria conteúdos sobre sexualidade e género. 

MISSÃO Mudar mentalidades com relação ao género e sexualidade para que as comunidades LGBTIQ participem de processos políticos e para que o público em geral respeite seus direitos.

OBJECTIVOS Criar conteúdos educativos sobre género e sexualidade para adolescentes e jovens; pessoas das comunidades LGBTIQ e públicos estratégicos como políticos, educadores, profissionais da media, profissionais de saúde; Empoderar jovens mulheres LBTIQ para que se tornem líderes, com participação em assuntos cívicos e políticos, por meio de rodas de conversas, leitura de documentos, formações; Oferecer um seguro de acolhimento para as comunidades LGBTIQ; Sensibilizar adolescentes e jovens em escolas e comunidades para que desenvolvam atitudes de tolerância diante de comunidades LGBTIQ ; Sensibilizar públicos estratégicos como políticos, educadores, profissionais da media, profissionais de saúde para que incorporem conteúdos educativos sobre género e sexualidade nas suas agendas e áreas de actuação.

17.10.2019 | by martalanca | angola, LGBTIQ, queer

“Melhor Há-de Vir”, exposição de Marianne Keating na Rampa I PORTO

A RAMPA, em colaboração com o Cork Printmakers, Irlanda, apresenta “Melhor Há-de Vir”, uma exposição da artista Marianne Keating. “Melhor Há-de Vir” reúne um conjunto de filmes realizados nos últimos anos, exibidos pela primeira vez em Portugal. A exposição é comissariada por Miguel Amado, diretor do Cork Printmakers.


Marianne Keating é uma artista irlandesa residente em Londres. Obteve um mestrado no Royal College of Art e é aluna de doutoramento na Kingston University, também em Londres. A sua exposição individual mais recente, “The Ocean Between”, realizou-se na Crawford Art Gallery, em Cork, Irlanda, em 2019. Recentemente, também participou em exposições coletivas como a Bloomberg New Contemporaries, South London Gallery, Londres (2018); “Arrivants: Art and Migration in the Anglophone Caribbean World”, Barbados Museum and Historical Society, Bridgetown, Barbados (2018); e “Between Us And”, EMBASSY, Edimburgo, Escócia (2018).

Marianne Keating aborda a relação entre a Irlanda e as Caraíbas no contexto do Império Britânico e da atualidade. Na exposição “Melhor Há-de Vir”, a artista explora a história amplamente desconhecida da diáspora irlandesa na Jamaica, iniciada no âmbito da economia de plantação da país.

Marianne Keating, Landlessness  2017 Fotografia de Jed NiezgodaMarianne Keating, Landlessness 2017 Fotografia de Jed Niezgoda
Keating analisa a vaga de emigração da Irlanda para a Jamaica, então colónias britâncias, que ocorreu entre 1835 e 1842, após a abolição da escravatura. As dificuldades económicas sentidas pela maioria dos irlandeses sob domínio britânico propiciaram um terreno fértil ao recrutamento de uma nova força de trabalho para as herdades das Caraíbas, que sofriam com a falta de força de trabalho provocada pela libertação das pessoas Africanas escravizadas.
Os colonos britânicos sujeitaram os irlandeses a um regime de indentura, um contrato que vinculava um trabalhador a um empregador durante um determinado período, pressupondo a ausência de salário em troca de viagem, abrigo e alimentação. Keating também examina o legado contemporâneo do estabelecimento dos irlandeses na Jamaica, considerando temas como a crioulização e o sistema político pós-independência.
Os filmes de Keating agregam uma variedade de materiais de arquivo (incluindo documentos governamentais e fotografias), imagens “encontradas” e extratos de fontes escritas (de ensaios sociológicos a artigos de jornal) com os seus próprios registos em vídeo, entrevistas e notas de investigação. A artista utiliza o texto como legenda ou voz-off para complementar a imagem e o som, sobrepondo camadas de informação para ampliar os pontos de vista apresentados.Marianne Keating, Better Must Come A New Jamaica, 2019, Crawford Art Gallery, 2019 Fotografia Jed NiezgodaMarianne Keating, Better Must Come A New Jamaica, 2019, Crawford Art Gallery, 2019 Fotografia Jed Niezgoda

16.10.2019 | by martalanca | Irlanda, Marianne Keating, Rampa

A cada passo, uma constelação - performance

“Tenho vindo a atentar aos gestos quotidianos de caminhar e permanecer, procurando activá-los como práticas para repensar as relações que estabelecemos com os espaços e tempos da cidade. Como pode a atenção às qualidades dos espaços desprovidos de função confrontar-nos com o que reduz tudo ao seu valor de troca? Como pode a dilatação do tempo na deambulação constituir-se como forma de resistência à lógica da produtividade?

Depois de Partituras para ir, que − das Amoreiras ao Poço dos Negros − integrou o programa (Quase) Teatro do Bairro Alto, A cada passo, uma constelação propõe uma caminhada pela zona oriental de Lisboa, invisibilizada durante décadas e agora percebida como livre e pronta a ser reconvertida. Escavando uma rota por entre fragmentos deste território expectante, o percurso-performativo tenta ver neste pedaço de cidade uma máquina de reflexos que ilumina as presenças imprevistas que o habita(ra)m e as narrativas reais e imaginárias que incorpora.
Os participantes são guiados por uma voz que fala ao seu ouvido, presença sem corpo que será a sua companhia ao longo deste percurso. Abre-se assim um espaço de reflexão sonora.”

Joana Braga


Direção artística: Joana Braga

Criação: Andresa Soares, Fernando Ramalho, Flora Paim, Joana Braga, Tânia Moreira David

Vídeo: Tânia Moreira David

Som: Fernando Ramalho

Texto: Joana Braga com Andresa Soares

Voz: Isadora Alves

Design gráfico: Ana Teresa Ascensão

Produção executiva: Sara Goulart

Coprodução: Artéria | Humanizing Architecture, Teatro do Bairro Alto

A cada passo, uma constelação faz parte de Matéria para Escavação Futura, com curadoria de Joana Braga e Ana Jara, projecto que explora a caminhada como forma de pesquisa e prática artística, financiado pela República Portuguesa / Direção-Geral das Artes

19 Outubro Sábado Partidas entre as 15h e as 17h           

Duração: 135’

Ponto de encontro: Praça Eduardo Mondlane, no jardim central perto do coreto (Bairro do Condado, Zona J). Percurso individual com levantamento de mapa no ponto de encontro.

Entrada livre mediante inscrição para bilheteira@teatrodobairroalto.pt (máximo 80 pessoas) NOVO PRAZO DE INSCRIÇÕES: 17 outubro

16.10.2019 | by martalanca | caminhada, lisboa, performance

A Ilusão do Desenvolvimento. Cahora Bassa e a História de Moçambique

Seminário e lançamento do livro

A construção da barragem de Cahora Bassa marcou o último período da administração portuguesa em Moçambique, já durante a guerra colonial. Tratando da edificação deste grande projeto hidrográfico, este livro examina a história do Rio Zambeze, das suas populações envolventes e condições ecológicas, a experiência do colonialismo português em Moçambique no século XX e o impacto das grandes barragens sobre a vida social e ecológica. Este livro debate também as ideias de progresso e desenvolvimento e dos planos concretos que as tentaram colocar em prática, demonstrando como são noções disputadas, inúmeras vezes cooptadas pelos interesses de estados, empresas ou grupos sociais privilegiados.

Uma história social e ambiental, esta obra ganhou em 2014 o prémio da Associação Americana de História e da Associação de Estudos Africanos dos Estados Unidos (respectivamente os prémios Martin A. Kelin e Melville J. Herskovits.

18 Outubro 2019 – 17.30 – 19 horas Auditório – ICS–Lisboa Organização: GI Impérios, colonialismo e sociedades pós-coloniais & GI Identidades, Culturas, Vulnerabilidades

15.10.2019 | by martalanca | Cahora Bassa, Moçambique