"Virá que eu vi, Amazónia no Cinema", de Anabela Roque
Primeiro livro da coleção Buala /Tigre de Papel:
PREFÁCIO Ellen Lima Wassu IMAGEM João Salaviza CAPA Ágata Ventura.
Virá que eu vi, a Amazónia no Cinema, de Anabela Roque
“Procurei escrever sobre filmes cuja temática permitisse uma reflexão sobre a Amazónia e, entre estes, aqueles que dedicam especial atenção às cosmologias indígenas. O meu objetivo é evidenciar a diversidade de modos de fazer cinema na região, traduzidos em narrativas enraizadas nas realidades locais, capazes de resgatar ou expor fatos históricos, culturais e ambientais dos diferentes territórios do bioma.”
Virá que eu vi, Amazónia no Cinema centra-se na análise de filmes - documentários e ficções - realizados na última década, entre os quais se destacam A Queda do Céu (2024), de Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha; A Última Floresta (2021), de Luiz Bolognesi; A Flor do Buriti (2024), de Renée Nader Messora e João Salaviza; O Avesso do Céu (2023), de Maurício Dias e Walter Riedweg; Segredos do Putumayo (2020), de Aurélio Michiles; Amazônia, a nova Minamata? (2022), de Jorge Bodanzky; À Margem do Ouro (2022) de Sandro Kakabadze; Escute: A Terra Foi Rasgada (2023), de Cassandra Mello e Fred Rahal; A Invenção do Outro (2022), de Bruno Jorge; Somos Guardiões (2023), de Chelsea Greene, Rob Grobman e Edivan Guajajara; O Território (2022) de Alex Pritz; Empate (2024), de Sérgio de Carvalho; Antônio & Piti (2019), de Vincent Carelli e Wewito Piyãko; Noites Alienígenas (2022), de Sérgio de Carvalho; Uýra - A Retomada da Floresta (2022), de Juliana Curi e A Febre (2020), de Maya Da-Rin; entre outros.
O livro destaca também alguns clássicos do cinema brasileiro, entre os quais Iracema, Uma Transa Amazônica (1974), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna; Terceiro Milênio (1980), de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer e Corumbiara (2009), de Vincent Carelli. No total, o livro faz referência a mais de cinquenta filmes, na sua maioria produções brasileiras, que revelam a complexidade da Amazónia através de diferentes territórios e comunidades.
LER A INTRODUÇÃO NO BUALA. À VENDA NAS LIVRARIAS E NA TIGRE DE PAPEL
Lançamento 16 de outubro, às 18h na Livraria Tigre de Papel
com a presença da autora, apresentação da jornalista Cristina Serra (remoto) e participação do biólogo Fernando Ascensão, moderação de Marta Lança.
Conversa em torno da Amazónia, a partir do livro de Anabela Roque, que reúne reflexões sobre o Cinema Amazónico, fruto da colaboração entre cineastas e povos da floresta. Os filmes retratam devastação ambiental, deslocamentos e resistência social, colocando a Amazónia como tema central e urgente. O debate sublinha o papel do cinema como aliado nas lutas ambientais e culturais e a força dos povos da floresta como vozes ativas na defesa do planeta.
Anabela Roque - Realizadora, jornalista e investigadora de cinema brasileiro. Colabora com o portal Buala.org e a revista digital Amazônia Latitude Humanidades Ambientais. Formada em Realização Cinematográfica pela Academia Internacional de Cinema (Rio de Janeiro). Estreou-se em realização, em 2017, com a curta Piano Forte; em 2018 lançou Sempre Verei Cores no Seu Cinza. Viveu no Brasil, onde colaborou com produtoras independentes do Rio e de São Paulo.
Cristina Serra - Jornalista e escritora amazônida, nascida em Belém do Pará, é jornalista e escritora. Trabalhou nos principais veículos de imprensa do Brasil e foi correspondente nos Estados Unidos pela Rede Globo. Tem quatro livros publicados, dois deles dedicados a questões ambientais, autora do livro Tragédia em Mariana.
Fernando Ascensão - Biólogo e investigador em ecologia da paisagem, especializado em road ecology (os impactos de estradas e infraestruturas lineares sobre a fauna) bem como na avaliação da fragmentação do habitat e conectividade ecológica. Trabalha com infraestruturas de energia (como linhas de transporte e parques solares) num estudo que procura quantificar os efeitos dessas infraestruturas sobre populações e ecossistemas da Amazónia.