Manual Trash I Prompt Engineering

Um software instalado por defeito num sistema computacional é aqui desviado para um suporte editor de imagens e deixa a sua tarefa primária na conceção de apresentações mais ou menos académicas, mais ou menos técnicas e comerciais. Quando se diz “por defeito”, trata-se de referir um conjunto de ferramentas digitais pensadas como imprescindíveis e de agilização do trabalho num computador pessoal, correspondente a um modelo de comunicação corporativo. São as melhores e talvez as mais rentáveis ferramentas incorporadas numa máquina de assistência. 

Este software instalado nos nossos computadores é obsoleto e decidimos explorar os seus limites na construção imagética que recolhe restos, ruínas e dados que permanecem das nossas operações artísticas, tão interrompidas. As imagens arquivadas são zombies de matéria elástica. Não são apenas colagens bordadas desses fragmentos, são antes fósseis, mais e outros corpos, que se constroem nesse suporte tão arcaico quanto mórfico. Um exercício de engenharia informacional disfarçada que imita as respostas de bots e prompt, na realização das colagens via morph, em vez do cut-up.

Na manualidade possível dos dígitos emerge um meta corpo com uma estranha narratividade. Será que a repetição dos signos desenha uma sequência? Talvez. Reactivar um arquivo será sempre repensar uma continuidade na acção e não somente uma activação de dados. Tal como crepúsculo, a edição é contínua.