"Sonhámos um país" de Camilo de Sousa e Isabel Noronha

No início dos anos 70, Camilo de Sousa saiu de Lourenço Marques, Moçambique, atravessou a Europa e juntou-se aos guerrilheiros da Frelimo. Primeiro na base de treino de Nachingwea e depois na luta de libertação nacional. Tinha na altura vinte anos.Hoje, a viver em Portugal, regressa a Moçambique para reencontrar dois camaradas de armas, que conheceu na guerrilha e com quem depois partilhou a direcção do partido em Cabo Delgado, até descer de novo à agora Maputo e integrar o novel Instituto de Cinema, tornando-se realizador. Com Aleixo Caindi e Julião Papalo ele rememora tempos antigos, quando a alegria da libertação deu lugar aos tempos negros em que a procura do ‘homem novo’ veio destruir os sonhos de um país para todos os moçambicanos…

co-produção Midas Filmes e Mocik, Cineastas Moçambicanos Associados, com o apoio do ICA, da RTP e do Centro de Estudos Sociais da Universidade Coimbra

Sábado,19 Outubro, 15:30, no DocLisboa, Culturgest Grande Auditório


14.10.2019 | por martalanca | Cinema Moçambicano, Moçambique

Dossier: As feridas abertas da Guerra Colonial - no Esquerda.net

A Guerra Colonial durou mais do dobro da Segunda Guerra Mundial e fez milhares de mortos portugueses e africanos. Urge quebrar o silêncio e desconstruir os mitos em torno deste conflito e do passado colonialista de Portugal. Assim como é imperativo dar visibilidade e garantir direitos às suas vítimas. Dossier organizado por Mariana Carneiro.

(1964), (1964),

O Dossier “As feridas abertas da Guerra Colonial” reúne contributos/testemunhos de Carlos Matos GomesMiguel Cardina e Bruno Sena MartinsInês Nascimento RodriguesSílvia RoqueMichel CahenCarmo VicenteAmílcar Cabral,  Manuel BoalAdolfo MariaDiana AndringaHelena CabeçadasLuísa MarinhoFernando Mariano CardeiraElsa PeraltaSofia Palma RodriguesCatarina GomesAntónio CalvinhoMariana CarneiroCarlos de Matos Gomes, António-Pedro Vasconcelos e João de MeloBeatriz Dias e André Natálio. Para que alguns dos temas abordados neste dossier possam ser aprofundados, disponibilizamos ainda uma seleção de filmes, documentários, séries, livros e artigos sobre a Guerra Colonial ou relacionados com esta temática.

13.10.2019 | por martalanca | guerra colonial

Artistas e educação radical na América Latina

Feminismo, Mulheres e Escolas de Arte

22 de outubro 2019 | 18h

com Hilary Robinson, Professor of Feminism, Art and Theory, Director of the Centre for Doctoral Training: Feminism, Sexual Politics, and Visual Culture, Loughborough University (U.K.) | Seminário em inglês

A relação entre mulheres, feminismo e escolas de arte é complexa e com especificidades geográficas. Enquanto o desenvolvimento do American women ́s art movement na década de 1970 é muitas vezes associado a programas particulares (i.e. o Feminist Art Program [Fresno State College 1970-1993; CalArts 1971-1975]) e à definição de instituições alternativas (i.e. o Feminist Studio Workshop [LA, 1973-1981]; New York Feminist Art Institute [1979-1990]), no Reino Unido a experiência foi muito diferente. Aí, as mulheres tenderam a organizar-se em grupos auto-didactas fora das escolas de arte, e com a excepção do MAFEM de Griselda Pollock em Leeds (1993-2003), a influência do feminismo na educação artística em escolas de arte restringiu-se a programas ad-hoc, seminários ou à influência de alguns professores. Contudo, os números e as percentages de alunas de arte cresceram exponencialmente desde os anos 1970 até à actualidade. Ancorando a discussão na história específica da experiência no Reino Unido, e partindo da minha experiência prévia enquanto Directora, esta comunicação irá analisar a situação de artistas mulheres em escolas de arte no Reino Unido na actualidade. Cinco décadas após a aplicação das primeiras pedagogias informadas pelo Movimento de Libertação das Mulheres, que pedagogias estão a ser utilizadas para formar grupos predominantemente femininos? O que podem ser estratégias feministas?

Local: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Auditório 3, torre B | Avenida de Berna 26, 1069-061 Lisboa

13.10.2019 | por martalanca | educação, feminismo, género, Hilary Robinson, Movimento de Libertação das Mulheres

Harmonia e contraste, exposição do artista Mumpasi

na Galeria MOVART, Luanda, de 10 de outubro a 2 de dezembro de 2019.

Amor maternoAmor materno«Bebendo do estilo impressionista da arte francesa do século XIX, o artista MUMPASI nos oferece belíssimas composições poéticas policromáticas, porém não esquece o compromisso com a anatomia e a proporção. A sua arte é preenchida de cores puras que nos recorda também “As Feras” ou “Le Fauves”. Mas tanto os impressionistas como os fauvistas europeus do século XIX nada mais fizeram do que uma tradução da chamada “pintura primitiva africana” para o seu quotidiano. Pois a crise burguesa e social europeia a todos os níveis obrigou com que os artistas “menos vistos” deixassem na margem as velhas formas de representar o belo corporal anatómico e a arte de estúdio. Na verdade o que MUMPASI nos quer recordar é este compromisso e visão do artista africano em captar e retratar a essência (alma) em vez de simplesmente substância que esta em constante e profunda transformação.

Encontramos nas obras criadas para essa exposição, repouso, conforto e harmonia, sendo que o artista exclui-se da agressividade e mais do que impor ele propõe de maneira suave o seu estilo explorando, sobretudo a Forma (mensagem plástica), mais do que o tema.» Excertos do texto curatorial de Filipe A. Vidal, Professor de História das Artes.

Pôr-do-solPôr-do-sol

MUMPASI Natural do Zaire, o artista aprendeu o oficio de pintar mosaico de pedra com o pai, o pintor Mumpasi Zameso. Licenciado em Pintura pela Academia de Belas Artes de Kinshasa, na República Democrática do Congo, em 2009, Mumpasi realizou a sua primeira exposição individual “Mosaico Impressionista” cinco anos depois de terminar a formação na Galeria Tamar Golan, em Luanda. Em 2015 participou do livro “A Face da Arte Angolana Contemporânea” – projecto da Fundação Arte e Cultura, que juntou 40 obras de 20 artistas nacionais, e em 2016, foi um dos artistas selecionados para a 5a Edição da residência artística JAANGO – Jovens Artistas Angolanos.

02.10.2019 | por martalanca | arte, Mumpasi

Companhia de Dança Contemporânea de Angola em digressão pela Europa

Mysterium Coniunctionis | Foto Rui Tavares © CDC AngolaMysterium Coniunctionis | Foto Rui Tavares © CDC AngolaA Companhia de Dança Contemporânea de Angola realiza entre 05 e 31 de Outubro a maior digressão do seu tempo de existência.

Durante um mês realizará 10 espectáculos em diversas cidades entre a Holanda e Portugal. O início terá lugar em Amsterdão no Afro-Vibes Art Festival, no dia 05 com a peça O monstro está em cena de Ana Clara Guerra Marques e Nuno Guimarães, ao que se seguirá a participação na Quinzena Internacional de Dança em Almada.

Até final de Outubro a CDC Angola apresentará espectáculos em Faro (dias 11 e 12), Montemor-o-Novo (dia 16), Ponte de Lima (dia 25) e Coimbra (dia 31). Nos dias 22 e 23 de Outubro a CDC Angola fará uma apresentação especial no Porto com a peça Mysterium Coniunctionis, de Joana Von Mayer Trindade e Hugo Cristóvão.

O programa será complementado com master classes e conferências. No dia 08 será apresentado o documentário sobre a CDC Angola “Outros Rituais mais ou menos”, de Jorge António, na Cinemateca Portuguesa em Lisboa e, no dia 28, o livro “Máscaras Cokwe: A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo” de Ana Clara Guerra Marques, na Universidade de Coimbra.

Recordamos que esta companhia, à qual se deve a grande transformação do panorama da dança em Angola, foi fundada em 1991, é membro do Conselho Internacional da Dança da UNESCO, possui um historial de centenas de espectáculos apresentados em Angola e em todos os continentes, sendo hoje a principal referência da dança cénica angolana no estrangeiro.

A CDC Angola é suportada pelo Banco BAI, cuja sensibilidade e respeito pelo nosso trabalho são demonstrados pelo apoio continuado que tem ajudado a manter o funcionamento deste colectivo.

O monstro está em cena | Foto Rui Tavares © CDC AngolaO monstro está em cena | Foto Rui Tavares © CDC AngolaDVD | Outros Rituais mais ou menos (Jorge António)DVD | Outros Rituais mais ou menos (Jorge António)Livro | Máscaras Cokwe A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo (Ana Clara Guerra Marques)Livro | Máscaras Cokwe A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo (Ana Clara Guerra Marques)

 

02.10.2019 | por martalanca | Companhia de Dança Contemporânea de Angol