A realidade em estado de palavra: notas a partir d’os Papéis do Inglês, de Ruy Duarte de Carvalho, e de fragmentos conradianos

Tratarei, neste estudo, de algo que considero decisivo em Ruy Duarte de Carvalho: a frequente encenação de situações de escrita, leitura, fala e escuta, produzindo-se, como efeito, o que podemos chamar de evidenciação da palavra, traço que se mostra particularmente nítido na trilogia Os filhos de Próspero, mas que é reconhecível em outras obras do autor, como Desmedida e Vou lá visitar pastores. Ruy Duarte de Carvalho insiste na representação de situações de diálogo (pela fala ou pela escrita), sendo que, ao se tornar, ele próprio, narrador-personagem, encena a construção dos seus livros como elaboração (e reelaboração) de um material discursivo prévio, feito de leituras e conversas.

Já n’Os Papéis do Inglês, primeiro volume da trilogia, surge a estratégia de interlocução com uma destinatária, o livro sendo apresentado pelo autor (ele próprio ficcionalizado, feito narrador-personagem) como se fosse composto, em grande parte, de e-mails a ela enviados. Notei que essa interlocução convivia com outra interlocução, que seria retomada em toda a trilogia (e em livros que em torno dela gravitam, como Desmedida): a permanente interlocução com Paulino, o amigo assistente. Além da representação de situações de diálogo há, n’Os Papéis do Inglês, fragmentos datados que sugerem anotações do autor, uma espécie de diário. São fragmentos em itálico que se mostram ao leitor de modo intrigante, pois sua relação com os supostos e-mails não é evidente. O livro surge, então, como uma espécie de colagem de materiais discursivos, de modo que o leitor é levado a perceber o objeto que tem em mãos, a percebê-lo como artefato. Não é possível seguir a leitura sem notar os diferentes tipos de discurso que se amalgamam no livro – assim, a palavra, como palavra, faz-se percebida. 

Tal evidenciação da palavra reforça-se com as inúmeras citações que atravessam Os Papéis do Inglês. A presença ostensiva de textos alheios boicota a ilusão da representação, de modo que o leitor, antes de experimentar a ilusão de acesso a certa realidade, é levado, repetidamente, a conviver com discursos. Penso que, na trilogia como um todo, mas de modo mais radical no primeiro livro, a representação se faz tão insistentemente mediada que a natureza discursiva do que experimentamos como realidade se evidencia. Explico: a trilogia boicota efeitos de realidade, pois quando esperamos que algo se mostre, o que encontramos é discurso, ou seja, algo que se conta. 

No caso d’Os Papéis do Inglês ao invés de uma narrativa direta, temos o relato da composição de uma narrativa. Aos poucos, o autor nos apresenta sua reescrita da crônica “O branco que odiava as brancas”, de Henrique Galvão. Recorrendo, além da mencionada crônica, a outros materiais (como Manyama, de Luiz Simões, e a uma série de citações de obras literárias que teriam alguma contribuição para a narrativa a ser construída), a própria narrativa surge como colcha de retalhos, costura de fragmentos de textos alheios, de Conrad especialmente. Ao partilhar a composição da história de Perkings, que se torna, então, Archibald Perkings, o autor apresenta suas leituras, força seu leitor a experimentar a história inventada como arranjo de discursos prévios, ou seja, também como artefato. Assim, tanto o livro surge como amálgama de discursos diversos como a narrativa que nele se constrói surge como arranjo de materiais discursivos disponíveis. De outra maneira: sempre, interpondo-se a uma cena, há palavra perceptível. 

Já no início d’Os Papéis do Inglês somos advertidos dessa estratégia. Recuperando Forster, seu livro Aspectos do romance, nosso autor afirma: “e um autor que exponha e se exponha demasiado acerca do seu próprio método não pode senão, quando muito, revelar-se meramente interessante. Embora!…” (2007, 37). Será justamente apostando na exposição autoral – e do próprio processo de escrita – que o livro se fará. O perigo, o autor nos conta, seria de quebra do envolvimento do leitor com as personagens. Esse autor que ocupa espaço, que se faz demasiadamente presente, atrapalharia um processo de identificação que, podemos pensar, seria próprio da mimesis. No caso, trata-se de um autor que repetidamente chama a atenção do leitor para o próprio processo de escrita e para os materiais discursivos de que se faz. Como em pinturas em que uma cena deve conviver com a percepção da tinta e da tela, o leitor tem em Archibald uma personagem que se mostra como construção, evidenciando-se os materiais de que é feito. Instala-se uma espécie de leitura instável, que deve lidar com sobreposições entre cena e palavra. Destaca-se, nesse sentido, o recurso ao conto “The return”, de Conrad. 

Gostaria de abordar mais detidamente a interferência do conto de Conrad na composição da mencionada personagem d’Os papéis do inglês. Vejamos mais de perto. Archibald é apresentado da seguinte maneira:

O Archibald Perkings que naquele fim de tarde londrino saiu do trem para o tráfego intenso da Strand, não era ainda um homem morto mas era já um homem profundamente abatido, à beira de remeter-se ao silêncio, à austeridade e ao azedume a que haveria de condenar-se até o resto da vida. À sua volta “canalizados pelas paredes nuas da escadaria, os homens subiam rapidamente; as costas eram todas iguais – quase como se eles envergassem um uniforme; as caras de indiferença eram diferentes mas sugerindo um parentesco entre si, como as caras de um grupo de irmãos que, por prudência, aversão ou cálculo, quisessem ignorar-se; e os olhos, vivos ou parados; their eyes gazing up, the dusty steps; their eyes brown, black, grey, blue, tinham todos a mesma expressão concentrada e ausente, satisfeita e vazia.” Saiu dali não para casa mas para a ponte Waterloo, sobre o Tamisa (2007, 52).

A colagem de passagens de “The return” continua, repetindo-se a estratégia de uso de tradução mesclada ao original. Importa notar que o autor explica como Archibald se inscreve na cena conradiana, sugerindo que sua narrativa não coincide completamente com a de Conrad:

Quando o que tenho vindo a contar se insinuou na minha divagação daquele ano, a figura do Inglês e as interrogações sucessivas sobre o que poderia tê-lo levado ao Kwando e ao fim a que se iria destinar ali, foi no décor e nas situações dessa estória que passei a colocá-las. Via-o sem esforço, numa tarde londrina, chuvosa assim, a misturar-se com a multidão da Strand no momento exacto que antecedia a decisão de remeter-se ao fim do mundo e de si mesmo. É aí que o situo ainda, não para caracterizá-lo, mas para enquadrar a ação. Mas a cruel, porque demolidora embora complacente, e despeitada sem dúvida mas só cortesmente azeda, ironia com que Conrad constrói o perfil burguês, conformista, formal snob e calculista de Alvan, não pode caber ao Perkings que eu próprio tenho vindo a trabalhar (2007, 53). 

Ao longo do capítulo, intitulado “Uma imensa fadiga”, a estratégia de colagem e comentário do conto de Conrad é retomada várias vezes. O autor se faz notado ao comentar e alterar momentos de “The return” para compor a própria narrativa. O leitor é, então, levado a imaginar uma cena a partir de fragmentos conradianos, lidando, assim, como tenho dito, a um só tempo, com cena e palavra. 

Partilhando o processo (ficcional) de construção da história de Archibald Perkings, o autor reúne uma vasta, vertiginosa, gama de referências. Conrad, por sua insistente presença, destaca-se. Entendo tal insistência como convite para uma leitura cruzada d’Os Papéis do Inglês com “The return” e outros dois textos de Conrad, o “Entreposto do progresso” e O coração das trevas, também mencionados pelo autor (2007, 62). Explorarei, a seguir, algumas relações entre Os Papéis do Inglês e o famoso romance de Conrad. 

N’O coração das trevas temos uma cena de conversa, em que um primeiro narrador-personagem (anónimo) nos conta de uma situação de diálogo entre marinheiros atracados no Tâmisa. Marlow passa, em seguida, a narrar suas experiências na África, adentrando o rio Congo como funcionário de uma empresa colonial dedicada ao comércio de marfim. Temos um narrador relatando o que uma personagem, que se torna narrador na quase totalidade do romance, contara ao grupo. Há, assim, uma situação de diálogo em que o leitor deve construir uma cena de fala e escuta. Contudo, iniciado o relato de Marlow, o leitor tende a se imaginar em contato com a “realidade africana”, obscura e terrível. 

Penso que o que é dito no romance sobre a África e os africanos, diz, na verdade, de Marlow. Trata-se, não podemos esquecer, do ponto de vista dessa personagem. Mas, de fato, tende-se a esquecer. Uma das possíveis razões de tal esquecimento é a aderência do retrato que Marlow faz do africano a preconceitos amplamente difundidos. Esta é uma das proposições de Chinua Achebe (2012, 82-99): Conrad teria dado status de grande literatura a discursos estereotipados pouco prestigiados e de ampla circulação, como os relatos de viagens. Tais representações depreciativas da África e dos africanos, na perspectiva do escritor nigeriano, foram construídas ao longo dos séculos de escravidão. O romance de Conrad reporia (e reforçaria) essas representações estereotipadas. Em minha perspectiva, trata-se do ponto de vista de uma personagem, ela sim certamente carregada de preconceitos. Mas é certo que a exclusividade de tal ponto de vista, que encontra eco em preconceitos disseminados, fez do romance um fator de reforço desses preconceitos. Nesse mesmo sentido, Costa Lima sugere, em Redemunho do horror (2011, 185-227), que Conrad é demolidor no que se refere a certos discursos legitimadores da prática colonial, representando o colonialismo belga como brutal e predatório, denunciando a falácia de sua missão civilizadora; contudo, já no que se refere à representação do africano, o olhar de Marlow repõe os estereótipos de ferocidade, estupidez e selvageria que participavam desses mesmos discursos coloniais. 

Gostaria de retomar uma sugestão anterior, a de que a estratégia de Ruy Duarte de Carvalho evidencia os discursos implicados na configuração do que entendemos como realidade. Chinua Achebe destaca justamente os materiais discursivos reconhecíveis em Conrad – em sua perspectiva, subliteratura de viagem legitimadora da escravidão. O grave problema que Achebe aponta é que o leitor de Conrad supõe estar diante de uma realidade tal qual, e não diante da reposição de discursos prévios e deformantes. Como se Marlow fosse Conrad, o leitor teria diante de si um testemunho, a palavra teria lastro com uma realidade vista e vivida (afinal, o escritor, marinheiro como Marlow, estivera lá, no Congo Belga). Mas o que Marlow pôde ver (e talvez o que o próprio Conrad pôde ver), o que se apresentou como a “realidade mesma”, não passava de reposição e projeção das representações prévias de que dispunha. 

Chamam-me a atenção, no romance de Conrad, as recorrentes associações feitas por Marlow de sua viagem pelo rio Congo com uma viagem aos primórdios ou, até mesmo, ao centro da terra. Recorrendo ao “como se”, essa viagem ganha sentidos múltiplos, de encontro com uma espécie de origem ou estado original. Para além do verniz da civilização, a condição humana surge como terrível, a verdade do homem seria sua selvageria. A estratégia do “como se”, das múltiplas associações que abrem (e também obscurecem) os sentidos do romance (uma viagem geográfica, que é também temporal, que é também interior, etc.), retoma estereótipos sobre o africano – de primitivismo e selvageria, por exemplo. Mas o que de fato me interessa sugerir é que quando Ruy Duarte de Carvalho se vale da estratégia do “como se”, ou seja, quando estabelece associações, envolve, geralmente, outros discursos. Assim, imagino que, caso fosse sugerir associações com uma viagem ao centro da terra ou uma viagem no tempo, sua estratégia seria citar, por exemplo, Júlio Verne e H. G. Wells. Como efeito, seu leitor não embarcaria sem mais na tal viagem, pois teria que conviver com viagens citadas, em estado de palavra. Ou seja, a cena seria abalada pela inscrição de uma leitura, a palavra, como tenho proposto, surgiria em estado perceptível. 

Recorrendo a uma breve comparação entre as estratégias de composição de Conrad e Ruy Duarte de Carvalho, tentei sugerir que o escritor angolano boicota a “ilusão de realidade” na sua ficção. A todo o momento o leitor deve reconhecer que aquilo que se apresenta é feito de discurso, é necessariamente seleção e combinação de discursos prévios, ou seja, do repertório daquele que vê e diz sobre o que vê. Aquilo que se diz sobre certa realidade surge como evidente resultado das possibilidades de ver de um sujeito específico, de suas leituras, conversas e capacidade de entendimento. Assim, a África (ou, mais modestamente, o sul de Angola) surge já como trama discursiva. Daí, talvez, a presença tão ostensiva do autor, de uma voz autoral que se esparrama ao longo da trilogia: falar do outro é necessariamente falar de si. 

Gostaria de tratar, mesmo que brevemente, dessa presença autoral na trilogia. Como já disse, trata-se de um autor sempre em relação, ou seja, em situações de interlocução. Surge, assim, inscrito no mesmo plano das personagens, ou seja, o autor, ele próprio, surge como personagem, é ficcionalizado. No caso d’Os Papéis do Inglês, o autor surge como personagem-narrador de um plano narrativo que envolve a busca pelos papéis do inglês; é, também, uma espécie de personagem-autor que partilha seu processo de escrita. A narrativa que se faz aos poucos tem dois principais modos: 1) nos Livros Primeiro e Segundo, o modo do relato (os supostos e-mails); 2) no Intermezzo, o modo da cena. Talvez seja produtivo lidar, aqui, com as noções de diegesis e mimesis nos termos de Norman Friedman, ou seja, como “contar” e “mostrar”, respectivamente. Poderíamos, então, considerar o Intermezzo (parte central do livro), como momento do “mostrar”. É interessante notar que tal momento é apresentado como cinematográfico: “Como num filme” (2007, 77). Contudo, mesmo aqui, no momento da visão, da câmera, o que temos é o projeto de um filme, ainda uma espécie de relato (ainda o “contar”) de como seria o possível filme – temos sugestões de luz, foco, etc. Assim, o momento mais propício de embarque do leitor na ilusão de contato direto com certa realidade evidencia-se também como construção.

Há ainda outro procedimento que merece atenção por seus efeitos de boicote da ilusão de realidade: as relações de espelhamento entre o escritor (que surge como personagem que corresponderia ao autor) e outras personagens. O caso mais evidente é o de Severo, certamente (vale lembrar que à personagem são atribuídas, n’A terceira metade, ideias reunidas no texto-conferência “Tempo de ouvir o ‘outro’ enquanto o “outro” existe, antes que haja só o outro… Ou pré-manifesto neo-animista” [2008], de Ruy Duarte de Carvalho). Penso, porém, que Archibald Perkings também seja um duplo de seu autor (aliás, como Marlow pode ser entendido como um duplo de Conrad; no caso d’Os Papéis do Inglês, contudo, sendo o processo de escrita encenado, a questão do duplo se torna interna, inscrita no próprio livro). Há vários dados no romance que podemos reunir para defender a tese do duplo e o mais óbvio, evidentemente, é notar que também Archibald é antropólogo. Gostaria de propor que o recurso a duplos parece sugerir que perceber a si envolve fazer-se outro. Ou seja, se ao falar do outro digo de mim, apenas tomo contato com minha própria existência na relação de alteridade e configurando “outros”. Estas seriam, em minha opinião, algumas das proposições que surgem da trilogia: 1) ao dizer do outro, digo de mim; 2) para me conhecer, necessito me dizer ao outro; 3) para me perceber no mundo, preciso tornar-me, também, uma alteridade. 

Essas proposições evidenciam, parece-me, a decisiva costura entre literatura e antropologia em Ruy Duarte de Carvalho. Nota-se que a palavra é, para tanto, a matéria fundamental. Talvez por isso ela surja tão insistentemente evidente, palpável, como tentei sugerir nestas notas.

Bibliografia

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in Diálogos com Ruy Duarte de Carvalho (2019), Marta Lança et all (org), Lisboa: BUALA - Associação Cultural I Centro de Estudos Comparatistas (FL-UL). ISBN: 978-989-20-8194-6  

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por Anita Martins de Moraes
Ruy Duarte de Carvalho | 8 Outubro 2019 | duplo, Joseph Conrad, lieratura, romance