Muzila toca saxofone alto e canta para o seu projeto Muzilation, que mistura vários géneros musicais, desde o Jazz, passando pelo hip hop recorrendo à marrabenta. Muzila explica esta mistura dizendo que é o resultado das influências que foi acumulando ao longo da sua vida.
26.05.2012 | por Carla Fernandes
Paulo Cibanga, produtor e músico da Banda 340 mililitros. Fez parte da organização da segunda edição do Festival Internacional de música Azgo (18 a 20 de Maio). Ao é uma forma mocambicanizada de se dizer “Lets go”. Assim como na primeira edição do festival, em 2011, um dos principais objectivos do evento é o intercâmbio entre músicos moçambicanos e artistas de outros várias partes do mundo, diz Paulo Chibanga, ao apresentar o festival.
26.05.2012 | por Carla Fernandes
Patrick-Jude Oteh foi meu colega no ano passado no Fellowship do Kennedy Center. Lembro-me de ter ficado sem palavras depois da sua apresentação sobre o trabalho desenvolvido pelo Jos Repertory Theatre, que ele fundou numa pequena e agora dividida cidade nigeriana chamada Jos. Como é que uma companhia de teatro pode cumprir a sua missão num sítio onde a segurança das pessoas é uma das primeiras prioridades? E qual o papel dessa companhia num ambiente definido pelo terrorismo, a corrupção, divisões étnicas e religiosas? mv
23.05.2012 | por Maria Vlachou
O baixo eléctrico, sem a relevância que viria a adquirir na música angolana nas décadas seguintes, ainda serve aqui fundamentalmente de âncora a todo o grupo, com linhas frequentemente repetitivas, mas hipnotizantes e que prendem o ouvido e convidam o ouvinte a uma dança.
14.05.2012 | por Sachondel Joffre
O Festival Babel Med Music de Marselha que, durante três dias, de 24 a 31 de março, ofereceu trinta concertos de músicas do mundo a 15 mil espetadores aproximadamente, mais uma vez pôs em destaque África e o mundo afrocaribenho, com cerca de metade dos artistas e dos grupos do programa. Homenagem às estrelas consagradas como Mory Kanté (Guiné) e Bonga (Angola), esta 8ª edição permitiu ainda a descoberta de uma plêiade de talentos emergentes, vindos de norte a sul do continente e das ilhas. Marselha confirma, mais uma vez, a sua vocação de porta de África...musical!
11.05.2012 | por Nadia Khouri-Dagher
"Proibido ouvir isto" começa muito bem para quem esperou 5 anos por ele. Com uma sessão rimada de explicações e esclarecimentos, afinal meia década de ausência é suficiente para alimentar boatos, rumores, e mal-entendidos, McK leva-nos aos assuntos proibidos de Angola, de África e do mundo, mostrando-nos que, embora afastado, esteve sempre atento.
24.04.2012 | por Azagaia
Não é exactamente Luanda e não é propriamente Lisboa. Batida é uma ponte, e o mundo vai aprender a atravessá-la.
05.04.2012 | por Mário Lopes
Simha Arom consagrou a sua vida ao estudo da música dos povos da África central. Estudou, em particular, a música dos pigmeus que ele considera «absolutamente extraordinária». Depois de ter vivido muito tempo na África central, instalou-se em Paris onde prosseguiu uma carreira de etnomusicólogo.
28.03.2012 | por Nadia Khouri-Dagher
Manu Dibango festeja em 2007 os seus cinquenta anos de carreira. No entanto, conserva o mesmo entusiasmo e a mesma alegria dos seus 20 anos!
28.03.2012 | por Nadia Khouri-Dagher
É difícil imaginar que se Bach, Mozart, Vivaldi ou Monteverdi são conhecidos há séculos, nenhum músico africano se tenha tornado célebre antes do século XX! Miles Davis, Louis Armstrong, Youssou N’Dour, James Brown, Compay Segundo, Miriam Makeba, Aretha Franklin, Cesaria Evora, Gilberto Gil, Nina Simone, são hoje celebridades mundiais, e é difícil imaginar que ainda nos anos 30 do século XX, na época em que Billie Holiday e Ella Fitzgerald cantavam, a segregação racial era uma realidade nos Estados Unidos, proibindo aos Negros a entrada em certos clubes de jazz, restaurantes, lojas, autocarros, etc...
28.03.2012 | por Nadia Khouri-Dagher
Nova Geração. Masta Tito, os Baloberos, FBMJ, Best Friends, Cientistas Realistas, entre outros, continuam a cantar principalmente em crioulo e, juntando o francês e as “línguas maternas”, conectam o rap/hip hop com as raízes e o mundo. Cantados pelos palcos do país, desde o Lenox de Bissau até às várias discotecas onde as pistas de dança se transformam em “palcos”, em concertos play-back com momentos de free style (se os microfones permitirem), a performance tenta preencher o que a falta generalizada de meios técnicos castiga. Ainda assim, o corpo e a boca no microfone mudo comunicam.
23.03.2012 | por Joana Sousa
o brasileiro Spirito Santo não aceita as verdades estabelecidas sem questioná-las, doa a quem doer: "O ritmo seminal do samba teria tido como origem remota entre ritmos da área da Angola atual. (...) "Ironicamente, se não houvesse racismo no Brasil talvez não existisse samba. (...)
Tento colocar em debate a proposta de que a história do negro no Brasil e todo o resto neste campo precisa ser total e urgentemente revisto."
15.03.2012 | por João Belisário
O tema nkisi, aplica-se a diferentes categorias de objectos que se inscrevem num sistema global de representações, exprimindo as relações entre os humanos e o sobrenatural e os homens entre si.
15.03.2012 | por Eglantina Monteiro
Sete anos sem um lançamento oficial mas com muita aprendizagem, muita luta e muita música com várias pessoas que me enriqueceram. Lanço novo disco motivado por aqueles que, encontrando-me nos bairros, ruas, transportes públicos, redes sociais, pediram mais música. Motivado pela minha fome de MC. Acima de tudo motivado pelo actual estado de coisas e falta de Estado nas coisas. Motivado pela resistência e pressão que temos que pôr nas ruas, nas colunas, nos ecrãs através da música, as artes visuais e guerrilha.
13.03.2012 | por Luca Fazzini
Têm aversão à política porque, sem uma sociedade civil forte, vêem-na associada ao Partido no poder. O seu primeiro gesto, portanto, é artístico.
04.03.2012 | por Ana Dias Cordeiro
O rapper MCK lançou em Janeiro "Proibido Ouvir Isto" e, em quatro horas, de norte a sul de Angola, voaram 10 mil cópias. Fala com eloquência do país que existe para além do Eldorado de petróleo e diamantes. MCK de volta: "Eu avisei que era proibido ouvir isto, mas vocês carregaram play. Estou di volta na caminho di luta, em busca de justiça, paz e liberdade".
01.03.2012 | por Mário Lopes
A entrada do samba-reggae no mercado fonográfico e a absorção da estética mestiça transformam o perfil dos grupos negros.
21.02.2012 | por Goli Guerreiro
Reflexão a partir de duas pesquisas, ainda em curso, sobre as sociabilidades e estilos de vida juvenis na cidade da Praia, em Cabo Verde. Uma, teórica e empiricamente mais madura, iniciada em 2006, junto de grupos de jovens associados a comportamentos delinquentes, auto e hetero-denominados thugs e, outra, mais recente, no seio dos rappers.
16.02.2012 | por Redy Wilson Lima
Hernani Almeida, um dos jovens guitarristas cabo-verdianos mais conceituados, fala-nos da sua relação com a música e com São Vicente, sua ilha natal. Considerado o melhor instrumentista da actualidade, já produziu álbuns de artistas como Bau, Nácia Gomi, Boy Gé Mendes e Vadú entre outros, conta-nos da timidez em palco e da sua necessidade de fazer música.
12.02.2012 | por Odair Varela
O debate sobre a abolição da escravatura que se instaura em Portugal, na segunda metade do século XVIII até o princípio do século XIX, teve no teatro um palco privilegiado para a propaganda oficial ao mesmo tempo que promoveu a personagem do Negro - até lá figura cómica herdada do teatro vicentino - a verdadeiro protagonista ou pelo menos objeto da acção teatral
12.02.2012 | por Anne-Marie Pascal