Ler Noémia de Sousa hoje

Ler Noémia de Sousa hoje No seu poema “Moças das Docas”, Noémia de Sousa lança o seu olhar sobre as mulheres moçambicanas, em particular as que trabalham nas docas nos negócios do prazer, i.e., as prostitutas. Todavia, essa centragem é também sobre a sua própria condição de mulher, dado que a poeta se inclui na categoria das fugitivas do poema. Com efeito, Noémia abre o poema da seguinte maneira “Somos fugitivas de todos os bairros de zinco e caniço/Fugitivas das Munuanas e dos Xipamanines”, o que nos oferece duas pistas de leitura. A primeira é que Noémia se inclui nas mulheres de que o poema fala e se solidariza com as mulheres nele contidas. A segunda é que estas mulheres são provenientes de bairros de lata onde a pobreza grassa. Arrastadas pelas suas próprias circunstâncias de vida (são pobres e estão desesperadas), são forçadas a prostituir-se.

A ler

04.01.2021 | por Ana Sofia Souto

O Erro de Cam: o Tráfico de Seres Humanos da origem aos dias que correm

O Erro de Cam: o Tráfico de Seres Humanos da origem aos dias que correm A escravatura tem acompanhado a história da humanidade desde os primórdios, se aceitarmos como verdade testemunhos da Ilíada de Homero ou a própria Bíblia. A escravatura indígena é inegável. Basta lembrar os relatos do trabalho escravo colonial. A escravatura acompanha-nos há demasiado tempo, foi absorvida pelo nosso código genético imaginário e moral.

Corpo

20.01.2015 | por Filipa Alvim