A hora da micro-política

A hora da micro-política O poder do inconsciente colonial-capitalístico abarca a subjetividade da própria esquerda, já que ela nasce no interior da mesma cultura e dela forma parte ainda hoje. Sendo assim, esta tende a funcionar segundo uma micropolítica reativa e a estar desconectada da experiência do fora-do-sujeito, reduzindo-se assim à do sujeito. Com esta limitação, seu único recurso disponível para interpretar e avaliar o que acontece é o consumo e a mimetização de visões pré-estabelecidas (neste caso, visões de esquerda).

Cara a cara

07.01.2018 | por Antonio Pradel e Aurora Fernández Polancos

Notas estratégicas quanto aos usos políticos do conceito de lugar de fala

Notas estratégicas quanto aos usos políticos do conceito de lugar de fala Se o conceito de lugar de fala se converte numa ferramenta de interrupção de vozes hegemônicas, é porque ele está sendo operado em favor da possibilidade de emergências de vozes historicamente interrompidas. Assim, quando os ativismos do lugar de fala desautorizam, eles estão, em última instância, desautorizando a matriz de autoridade que construiu o mundo como evento epistemicida; e estão também desautorizando a ficção segundo a qual partimos todas de uma posição comum de acesso à fala e à escuta.

Corpo

19.07.2017 | por Jota Mombaça

Artistas ready-made e greve humana: algumas clarificações

Artistas ready-made e greve humana: algumas clarificações Este tipo de greve que interrompe a mobilização total a que todos estamos submetidos e que permite que nos transformemos pode ser chamado de greve humana, pois é a mais geral das greves gerais e o seu fim é a transformação das relações sociais informais que constituem a base da dominação. O carácter radical deste tipo de revolta reside no seu desconhecimento de qualquer tipo de resultado reformista com que pudesse ficar satisfeita.

A ler

18.01.2017 | por Claire Fontaine