O meu ponto é: deve ser dado um contexto um bocadinho mais livre e rico às pessoas. Se em Portugal não há música nas escolas, em Angola nem escolas há. E aqui a música acabou transformada num exercício de escapismo em relação à guerra, pois durante a guerra todos os músicos com um discurso minimamente interessante e relevante estavam fora do país. E é precisamente esse discurso critico e consciente que enriquece a terra porque faz com que ela circule e não fique estática. Algo que esteve na origem do kuduro, por exemplo. Foi uma espécie de reacção à realidade.
Palcos
25.11.2016 | por Hugo Jorge
Angola torna-se, nos últimos tempos, um actor importante na economia global devido à sua riqueza em petróleo e diamantes, depois de constar nas notícias sobretudo devido às atrocidades duma persistente guerra civil. A maioria da população do país vive em Luanda, uma metrópole de cerca de sete milhões de habitantes. Neste cenário urbano, tanto utópico quanto de pesadelo, nasceu uma das músicas mais intrigantes do continente africano: o kuduro. Neste artigo vamos explorar o papel dessa música popular electrónica e estilo de dança angolana no processo de actualização da identidade nacional angolana, a "angolanidade", nas condições do novo milénio.
Palcos
22.06.2012 | por Nadine Siegert e Stefanie Alisch
Não é exactamente Luanda e não é propriamente Lisboa. Batida é uma ponte, e o mundo vai aprender a atravessá-la.
Palcos
05.04.2012 | por Mário Lopes
Kalaf Angelo, um dos entusiastas do projeto Buraka Som Sistema, um dos responsáveis pela expansão além fronteiras do ritmo kuduro, lançou recentemente o seu primeiro livro, Estórias de Amor para Meninos de Cor. Com este ensaio, o músico angolano desafia a escrita em homenagem a Lisboa, cidade mulata que o fascinou desde que nela aterrou, depois de ter deixado Luanda nos anos 90. O autor prepara já o seu próximo título: um romance.
Cara a cara
29.02.2012 | por João Carlos
O percurso do músico e poeta angolano que cativou os europeus tem muita determinação. Soube evidenciar em Lisboa o que ainda não estava à vista: a riqueza cultural de origens africanas em forma de novos sons. Pegar naquilo que traz e lhe vem de Angola e sintonizar com os tempos que correm nas cidades europeias, falar das novas tendências e ser um cidadão do mundo, são alguns dos segredos da sua singularidade.
Cara a cara
22.07.2010 | por Marta Lança
O Kuduro é criado e produzido nos musseques de Luanda e rapidamente difundido nos Kandongueiros. Diariamente surgem novas músicas que alimentam o vocabulário de Luanda de novas dicas (expressões), novas batidas (ritmos / sons), e novos toques (movimentos). Esta criação frenética de linguagens urbanas tem uma expressão importante na sociedade angolana actual e sobretudo nos mais jovens.
Palcos
01.06.2010 | por Francisca Bagulho