O inconsciente colonial

O inconsciente colonial É um lugar-comum dizer-se que a produção de memória arrasta consigo, inevitável e concomitantemente, a produção de esquecimento. Há muitas formas de esquecimento, a mais insidiosa das quais é, sem dúvida, a rasura da memória, a reescrita do passado como parte de uma estratégia deliberada de intervenção no presente.

Jogos Sem Fronteiras

28.02.2021 | por António Sousa Ribeiro

A quem pertence...?

A quem pertence...? No seu ensaio, Kertész deixa clara a grande distância crítica que o separa de muitas formas de apropriação e mesmo instrumentalização da memória do Holocausto por uma segunda ou terceira geração, mas isso não turva a lucidez com que analisa o processo nos termos que referi e, particularmente, a consciência clara de que, sendo a memória um legado, a forma que a apropriação desse legado poderá assumir não é legislável pelo seu detentor original. Esta lucidez não é universalmente partilhada.

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29.11.2020 | por António Sousa Ribeiro

As culpas da história

As culpas da história Mas depois do século XX, a estrutura da culpa muda profundamente: o abismo sem retorno de Auschwitz, o horror criado por uma racionalidade iluminada como foi o colonialismo moderno, impedem a reprodução da culpa trágica, mudando de fato as relações de força da ética contemporânea, no conflito abissal entre a inocência subjetiva e a culpa objetiva.

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05.09.2020 | por Roberto Vecchi

Pós-colonialismo e pós-holocausto: o “caso” Mbembe

Pós-colonialismo e pós-holocausto: o “caso” Mbembe Do ponto de vista de uma condenação intransigente do colonialismo, a denúncia das actuais práticas do Estado de Israel relativamente ao povo palestiniano é uma consequência lógica. E condenar todas as formas de colonialismo não corresponde ao assumir de uma posição ideológica, é, pura e simplesmente, um imperativo moral.

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04.07.2020 | por António Sousa Ribeiro

Sanz-Briz: o “Anjo de Budapeste” que salvou milhares de judeus do Holocausto

Sanz-Briz: o “Anjo de Budapeste” que salvou milhares de judeus do Holocausto Com apenas 33 anos, Ángel Sanz Briz, encarregado de negócios da delegação espanhola de Budapeste, enganou as autoridades nazis e húngaras ao permitir que 5.200 judeus escapassem da morte. Sete décadas após o fim da II Guerra, o diplomata tem agora o seu nome numa das principais avenidas da capital.

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01.11.2015 | por Catarina Andresen Bouça