‘Efeito Estufa’ de Rita Nunes, na SIC Radical

Estreia Sábados, 22h45. Repetição Domingos seguintes às 12h15 e Sextas às 21h55.

Mais de 15 mil imigrantes do sudeste asiático instalaram-se nos últimos anos em São Teotónio, até então uma pacata freguesia alentejana de apenas 6 mil habitantes. 

E continuam a chegar, dia após dia, para trabalhar na colheita de frutos vermelhos em estufas que proliferam dentro de um parque natural.

Efeito Estufa é uma série documental sobre as consequências desse fenómeno . E é, ao mesmo tempo, um olhar sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, como a globalização, as migrações, os conflitos políticos, a escassez de água e um futuro que parece mais incerto do que nunca.

RITA NUNES 

Em 1996 concluiu o curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema, uma aprendizagem académica que a levaria a trabalhar várias linguagens e formatos ao longo dos anos. 

“Menos Nove”, a curta-metragem que realizou em 1997, veio confirmar a vontade de seguir um trajeto profissional na área do cinema e audiovisual. É uma das curtas metragens portuguesas mais premiadas, estreou numa dezena de salas, arrecadou vários prémios nacionais e internacionais e foi exibida em canais de televisão de vários países. 

Desde sempre, curtas-metragens, documentários, vídeos, (nas mais variadas áreas – música, moda, responsabilidade social) têm servido para construir um estilo próprio e atingir um equilíbrio entre a técnica e a intuição do seu olhar. 

Durante duas décadas dedicou-se ainda à realização de filmes publicitários. Realizou os telefilmes “As Contas do Morto” e “Só Por Acaso”, este último vencedor do prémio Prix Europa em 2004 e a série de ficção  “Madre Paula”, vencedora do Prémio de Melhor Série – Prémios Sophia 2018.

Em 2019 estreou nos cinemas a longa-metragem – “Linhas Tortas”, um filme sobre o amor na era da comunicação digital, agora disponível na HBO Portugal e Filmin, lançado em DVD em Novembro de 2020. 

Em 2021 realizou o telefilme “Na Porta ao Lado – Amor”, disponível na OPTO

Em 2022 concluiu a série documental “Efeito Estufa” a estrear brevemente na SIC Radical e encontra-se neste momento em pré-produção do seu próximo filme, “O Melhor dos Mundos”.

04.10.2022 | por martalanca | agricultura monointensiva, Alentejo, Efeito Estufa, Odemira, Rite Nunes

‘Efeito Estufa’ de Rita Nunes, na SIC Radical

Estreia Sábados, 22h45. Repetição Domingos seguintes às 12h15 e Sextas às 21h55.

Mais de 15 mil imigrantes do sudeste asiático instalaram-se nos últimos anos em São Teotónio, até então uma pacata freguesia alentejana de apenas 6 mil habitantes. 

E continuam a chegar, dia após dia, para trabalhar na colheita de frutos vermelhos em estufas que proliferam dentro de um parque natural.

Efeito Estufa é uma série documental sobre as consequências desse fenómeno . E é, ao mesmo tempo, um olhar sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, como a globalização, as migrações, os conflitos políticos, a escassez de água e um futuro que parece mais incerto do que nunca.

RITA NUNES 

Em 1996 concluiu o curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema, uma aprendizagem académica que a levaria a trabalhar várias linguagens e formatos ao longo dos anos. 

“Menos Nove”, a curta-metragem que realizou em 1997, veio confirmar a vontade de seguir um trajeto profissional na área do cinema e audiovisual. É uma das curtas metragens portuguesas mais premiadas, estreou numa dezena de salas, arrecadou vários prémios nacionais e internacionais e foi exibida em canais de televisão de vários países. 

Desde sempre, curtas-metragens, documentários, vídeos, (nas mais variadas áreas – música, moda, responsabilidade social) têm servido para construir um estilo próprio e atingir um equilíbrio entre a técnica e a intuição do seu olhar. 

Durante duas décadas dedicou-se ainda à realização de filmes publicitários. Realizou os telefilmes “As Contas do Morto” e “Só Por Acaso”, este último vencedor do prémio Prix Europa em 2004 e a série de ficção  “Madre Paula”, vencedora do Prémio de Melhor Série – Prémios Sophia 2018.

Em 2019 estreou nos cinemas a longa-metragem – “Linhas Tortas”, um filme sobre o amor na era da comunicação digital, agora disponível na HBO Portugal e Filmin, lançado em DVD em Novembro de 2020. 

Em 2021 realizou o telefilme “Na Porta ao Lado – Amor”, disponível na OPTO

Em 2022 concluiu a série documental “Efeito Estufa” a estrear brevemente na SIC Radical e encontra-se neste momento em pré-produção do seu próximo filme, “O Melhor dos Mundos”.

 

04.10.2022 | por martalanca | agricultura monointensiva, Alentejo, Efeito Estufa, Odemira, Rite Nunes

"Samotracias" de Carolina Santos

Estreia Mundial

21 de Outubro

Cineteatro Louletano, Loulé

23 de Outubro
Auditório Carlos do Carmo, Lagoa

28 e 29 de Outubro
IPDJ, Faro

12 e 13 Novembro
Lisboa, Teatro Ibérico

Nova criação da Mákina de Cena, a partir da obra Les Samothraces, de Nicole Caligaris, explora a difícil e obscura relação entre género e migração.

Integrando testemunhos de mulheres migrantes residentes na região algarvia, “Samotracias” compõe um mosaico íntimo dos sonhos partidos entre fronteiras.

Em 1863, na ilha de Samotrácia, encontrou-se uma escultura em mármore branco devotada à deusa da Vitória, aquela que, segundo a mitologia grega, é enviada por Zeus para anunciar o triunfo e a glória aos vencedores nos campos de batalha. A estátua, descoberta em pedaços e sem cabeça, está hoje exposta no Museu do Louvre. Em 2022, quem encarna essa figura? Quem é — ou quem são — a representação de uma vitória fragmentada, rebentada, e sem rosto?

A 21 de Outubro, o espectáculo “Samotracias”, com direcção artística de Carolina Santos, em co-criação com Letícia Blanc e Ulima Ortiz, estreia-se no palco do Cineteatro Louletano (Loulé), às 21h00.

Na peça, que parte depois em digressão pelo Algarve - apresentações a 23 de Outubro, pelas 17h00, no Auditório Carlos do Carmo (Lagoa), e nos dias 28 e 29 de Outubro, às 21h00, no IPDJ (Faro), Pepita, Sandra e Sissi, três mulheres de diferentes gerações, nacionalidades e línguas — português, espanhol e francês —, manifestam o mesmo desejo: o de partir.

Pela ambição ou pela urgência da fuga, cruzam-se os destinos de uma jovem que procura a fama no estrangeiro, uma mãe viúva que se recusa a um casamento forçado e uma senhora que, passadas décadas de servidão, procura um fim diferente para a sua vida. Esmagadas pela esperança de um outro futuro, assistem, porém, ao desvanecimento dos seus sonhos numa viagem cruel.

Será que têm mesmo o direito de partir?

Atenta às desigualdades e às violências de género que nunca deixam de acompanhar as experiências das mulheres migrantes — muitas vezes, até, de forma ampliada —, “Samotracias” propõe um compromisso com estas reflexões tanto em cena como nos seus processos de criação artística. Fiel à lógica feminina de horizontalidade das decisões, privilegiando um modelo de trabalho colectivo e implicado socialmente, a peça incorpora a escuta e a partilha de histórias de mulheres migrantes residentes em vários concelhos do Algarve. A aproximação e o engajamento com a comunidade manifestam-se, ainda, no âmbito pedagógico, com apresentações para escolas nas cidades de Loulé, Lagoa e Faro.

Desde Les Samothraces, publicado em 2000 pela escritora francesa Nicole Caligaris, a tragédia daqueles que continuam a andar sem rumo, casa ou sorte multiplicou-se: “aconteceu Mória, aconteceu uma pandemia global, […] continuou Gaza, continuou o Irão, continua o género a ser tabu”, diz Carolina Santos. Aconteceu, também, o Afeganistão e, agora, a invasão da Ucrânia, que obrigou e obriga centenas de milhares de mulheres a abandonarem a sua terra, e parte das suas identidades, com as suas crianças e famílias. Num momento histórico em que se vive a maior vaga de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, “como não ser uma Samotrácia?”, desafia-nos a diretora.

Sem se esquivar dos dilemas da actual geopolítica portuguesa e europeia, numa história fictícia, mas não por isso menos real, “Samotracias” segue, de perto, os itinerários de mulheres desenraizadas e, por isso mesmo, sempre em movimento.

Em Outubro no Algarve, e nos dias 12 e 13 de Novembro no Teatro Ibérico em Lisboa, “Samotracias” é uma coprodução da Mákina de Cena e da Fondación Teatro Libre De Bogotá (Portugal, Colômbia e Chile), com financiamento da Câmara Municipal De Loulé e da estrutura Iberescena - Fundo de ajudas para as artes cénicas Ibero-Americanas, e apoio de First Round — Int. Creative Platform, Auditório Carlos Do Carmo — Município De Lagoa, Fundación Santiago Off, IPDJ Faro, ACM – Alto Comissariado para as Migrações, CNAIM Faro, Fundação António Aleixo, Casulo — Laboratório De Inovação Social De Loulé e Vamus – Transportes do Algarve, Loulecópia.

Bilhetes à venda!

***“Samotracias” é uma coprodução da Mákina de Cena e da Fondación Teatro Libre De Bogotá (Portugal, Colômbia e Chile), com financiamento da Câmara Municipal De Loulé e da estrutura Iberescena - Fundo de ajudas para as artes cénicas Ibero-Americanas, e apoio de First Round — Int. Creative Platform, Auditório Carlos Do Carmo — Município De Lagoa, Fundación Santiago Off, IPDJ Faro, ACM – Alto Comissariado para as Migrações, CNAIM Faro, Fundação António Aleixo, Casulo — Laboratório De Inovação Social De Loulé e Vamus – Transportes do Algarve, Loulecópia.***

***Carolina Santos e Marco Martins são os co-fundadores da Mákina de Cena, associação cultural sediada em Loulé que, desde 2018, desenvolve projetos no campo das artes performativas, nomeadamente na área da música jazz e do teatro contemporâneo. Potenciando um diálogo intergeracional e pluridisciplinar, que visa o encontro e o cruzamento entre diversos saberes criativos, a instituição promove a transversalidade artística e o estabelecimento de parcerias com outras entidades culturais, locais, nacionais e internacionais.***

04.10.2022 | por Alícia Gaspar | EGEAC, espetáculo, les samothraces, mákina de cena, nicole caligaris, samotracias, teatro

Arquiteturas Film Festival anuncia os filmes vencedores deste ano

Já são conhecidos os vencedores da secção de competição. No próximo ano, o festival decorrerá no Batalha Centro de Cinema, entre outros espaços da cidade.

©Ivo Tavares Studio©Ivo Tavares Studio

De 27 de Setembro a 1 de Outubro, o Arquiteturas Film Festival decorreu pela primeira vez no Porto, e reafirmou-se como uma relevante plataforma para a disseminação da cultura arquitetónica. Celebrou práticas espaciais que abordam a ideia de “abrandamento” na arquitetura contemporânea. O festival, organizado pelo INSTITUTO, decorreu em vários espaços da cidade, como a Casa Comum, a FAUP, a Fundação Marques da Silva, o INSTITUTO e o Cinema Passos Manuel, sob quatro eixos: Programa Oficial, Programa da Instituição Convidada, Programa Experimental e Programa de Competição. 

Para além da apresentação de filmes, o festival potenciou conversas, masterclasses e uma exposição, que possibilitaram debates mais aprofundados sobre as temáticas e as pesquisas inerentes à produção dos filmes. Pela primeira vez, o festival contou com uma Instituição convidada, o Centre for Documentary Architecture, que apresentou um ciclo de filmes, debates e uma exposição na Fundação Marques da Silva, patente até ao dia 22 de outubro.  

Já são conhecidos os vencedores da secção de Competição do festival, em cinco categorias: a nova categoria Consciência Social, bem como Documentário, Experimental, Ficção, Talento Emergente e Prémio do Público. 

Entre os filmes premiados, destacam-se duas produções portuguesas: “Luz de Presença” (Ficção), de Diogo Costa Amarante, com uma protagonista da vida noturna da cidade do Porto, e “Lugares de Ausência” (Talento Emergente), de Melanie Pereira, um filme biográfico sobre a questão da emigração entre Portugal e Luxemburgo. De destacar também a nova categoria de prémio de Consciência Social, que premiou o filme “Neighbors in my backyard”, que apresenta um dispositivo de segregação entre dois bairros da cidade de Montreal, no Canadá, construído em 1960 e ainda presente nos dias de hoje. O público do festival votou como melhor filme “What Shall We Do With These Buildings?”, de Jonathan Ben-Shaul, filmado em Kharkiv pouco tempo antes do conflito que viria a marcar a vida e a paisagem urbana da Ucrânia. Desde que o filme foi filmado, a cidade foi bombardeada, tornando-se este um retrato de uma Ucrânia esperançosa em lidar com os seus conflitos latentes. O ator-bailarino do filme, Igor Klyuchnik, é um dos fundadores do grupo de voluntários Evacuate Kharkiv, que já evacuou da cidade mais de 5000 civis. 

O Arquiteturas Film Festival destaca assim filmes que abordam questões de justiça e igualdade social e espacial. Afirma-se, assim, como plataforma para promover causas relevantes que afetam as cidades, o ambiente construído, e a sociedade atual.

©Ivo Tavares Studio©Ivo Tavares Studio

©Renato Cruz Santos©Renato Cruz Santos©Ivo Tavares Studio©Ivo Tavares Studio

Eis os filmes galardoados:

Categoria Consciência Social — “Neighbors in my backyard”

Realizador: Eli Jean Tahchi

País: Canada

 

Categoria Ficção — “Luz de Presença” 

Realizador: Diogo Costa Amarante

País: Portugal 

 

Categoria Novo Talento — “Lugares de Ausência” 

Realizador: Melanie Pereira

País: Portugal

 

Categoria Documental — “Concrete Forms of Resistance”

Realizador: Nick Jordan

País: United Kingdom / Lebanon

 

Categoria Experimental —Terrain Vague

Director: Edward Kihn

País: United States

 

Prémio do Público —  What Shall We Do With These Buildings?

Realizador: Jonathan Ben-Shaul

País: Ucrânia

 

Menção Honrosa — Per voi oggi la luce del sole non splenderà

Realizador: Andrea Bordoli

País: Switzerland

No próximo ano, o festival decorrerá mais cedo e em co-produção entre o INSTITUTO e o renovado Batalha Centro de Cinema, sob um tema a anunciar em breve, envolvendo novamente uma rede de espaços da cidade. As datas já estão definidas: 27 de junho a 1 de julho de 2023.

©Renato Cruz Santos©Renato Cruz Santos

04.10.2022 | por Alícia Gaspar | arquitecturas film festival, batalha centro de cinema, cinema, documentários, filmes vencedores, instituto, Paulo Moreira, slow down

Descoloniza Chat 2022

The next Contemporary and Historical Archaeology in Theory meeting will be held in Lisbon on November 10-12, 2022. But why Lisbon?


Many archaeologists have been engaging with current debates on the decolonization of the discipline. However, very little has been said about the impact of these discussions in the field of historical and contemporary archaeology.

Is the decolonial movement changing the kinds of questions we ask? Our methods? There’s a lot to talk about and some of us will certainly bring it up in Lisbon.

Lisbon is one of the largest open-air museums of colonialism in Europe. Every corner will remind you of a past that is not past yet in the shape of a statue, a tropical tree, a pastry shop, a street name honoring some conqueror.

Like in many other towns across the continent, coloniality lingers on the streets, is embedded in our things, and shapes everyone’s lives. Many of us are questioning this state of affairs. No surprises here. Can we archaeologists do anything about this?

The event’s image was inspired by a story that tells a lot about contemporary discussions on the legacies of colonialism. In 2017, the city got a new statue honoring Jesuit António Vieira, known for his missionary work in Brazil and his eloquent sermons. Vieira was also known for standing up against the enslavement of Brazil’s indigenous communities while supporting the enslavement of Africans.

Statue of António Vieira. Photo by Rui Gaudêncio (Municipality of Lisbon)Statue of António Vieira. Photo by Rui Gaudêncio (Municipality of Lisbon)

Do you wonder why would anyone think of doing a statue like this in the 21st century? Many people asked the same. The statue became a focus point for decolonial demonstrations as soon as it was built. Right-wing extremists responded by occupying the plaza and threatening protesters.

More recently, an anonymous artist graffitied the statue with the word “Descoloniza” (Decolonize), painted hearts on the indigenous kids, and sprayed the priest’s body as if he was stained with blood.

The statue of António Vieira in 2020. Photo by Paulo Lourenço (Jornal de Notícias)The statue of António Vieira in 2020. Photo by Paulo Lourenço (Jornal de Notícias)

The graffiti were quickly cleaned. Yet, the artist’s powerful message stayed with us and inspired Nikola Krizanac to create this image for the CHAT conference.

Hope you’ll feel inspired too, and join us in Lisbon in November!

More informations here.

04.10.2022 | por Alícia Gaspar | Africa, Conference, contemporary Archaeology, descoloniza chat, europe, historical Archaeology, Lisbon, padre antónio vieira

Minela Reis e Ivone Gaipi trazem Angola a Lisboa

A pintora Minela Reis e a escultora Ivone Gaipi apresentam os seus mais recentes trabalhos na exposição “No Desaguar dos Corpos” na Galeria Artistas de Angola, em lisboa. A mostra tem curadoria e mentoria de Olga Maria e Sousa. A inauguração será no dia 7 de outubro, sexta-feira, a partir das 17h, na Rua Sousa Lopes N.º 12A em Lisboa e ficará patente até 14 de novembro.

Para a exposição Minela Reis, pintora angolana, traz um combinado de trabalhos feitos a pastel seco, a óleo e aguarela, nos suportes de papel e tela, onde a figura humana é predominante. A presença e diversidade das cores fortes é a força que origina um conjunto de contrastes entre o claro e o escuro, e o quente e o frio. O corpo pintado e desenhado parece estar em movimento, tem textura, curvas, brilho e cheiro, os rostos e os olhares são profundos e vivos, sorriem e têm emoções.

Minela ReisMinela Reis

Na arte de Minela a presença da figura humana é uma constante, através da pintura consegue regressar a Angola, às cores, cheiros e aos céus africanos. Pinta com a emoção do que sente no momento.

Já a escultora Ivone Gaipi vai explorar o Alginato, o Gesso e as Resinas, onde a técnica de body casting é transposta para a escultura. Ivone viveu quatro anos em Angola, onde foi profundamente tocada pelo país. O calor, as cores, os ritmos, as gentes sorridentes e alegres, e a mistura ardente do cheiro a terra, formam a sua grande fonte de inspiração para as esculturas que integram esta exposição.  A nostalgia destas emoções, resultaram no reviver Angola materializada em expressões de Arte. É essa transmutação que transporta para o trabalho de escultura, numa linguagem que expressa a exploração do corpo através da sua desconstrução, conexão e simbiose com o que o rodeia.

Ivone GaipiIvone Gaipi

03.10.2022 | por Alícia Gaspar | angola, escultura, exposição, ivone gaipi, lisboa, minela reis, pintura

Manifesto a Crioulização, uma Poética de Partilha para Multiplicar

Manifesto por Mário Lúcio Sousa.

3 de Outubro de 2022 às 18h no Teatro Garcia de Resende. 

03.10.2022 | por Alícia Gaspar | Crioulização, cultura, literatura, manifesto, Mário Lúcio Sousa, poética

Festival Imaterial | Património pensado e vivido

1 — 9 OUT 2022
Évora, Portugal

Em época de globalização, é comum pensar-se que o mundo cabe no ecrã de qualquer telemóvel. Mas a imensa riqueza das culturas e dos povos que se espalham pelo planeta, e as suas formas de expressão só são verdadeiramente partilhadas quando público e artistas se olham e estabelecem um diálogo real.

O Imaterial acredita que é nessa presença que a escuta se apura, que as barreiras se destroem, que as diferenças e as afinidades se tornam uma ponte capaz de ligar duas margens. Uma ponte entre lugares e visões da vida, mas também entre passado e presente, entre os legados recebidos de gerações anteriores e reinventados para o agora.

No Imaterial, o “outro” só existe enquanto espelho de cada um. Só existe na descoberta de que o muito que nos separa é, afinal, aquilo que mais nos aproxima.

Programa


Mais informações.

03.10.2022 | por Alícia Gaspar | artes, ciclos de cinema, cinema, conferências, cultura, évora, festival imaterial

"nem meu nem teu... é nosso", nacionalização das roças em STP

Documentário de Magdalena Bialoborska e Nilton Medeiros sobre o acontecimento de 30 de setembro de 1975, que é recordado até aos dias de hoje. O documentário, que apresenta vários pontos de vista sobre a nacionalização das roças, está disponível online, também com legendas em inglês.


EN https://youtu.be/SxfhuqKSnBo“nem meu nem teu… é nosso” Portugal, 201625 minutosRealização: Nilton Medeiros e Magdalena BialoborskaLocução:David João JochuaImagem e montagem: Nilton MedeirosFotos: Arquivo histórico de STPProdução: Magdalena BialoborskaMúsica: Filipe SantoBlue Dot Sessions: album Migration | available under Public License in freemusicarchive.org.A moment of reflection by Enrico Altavilla | provided by freesoundtrackmusic.comMonkoto by Kevin MacLeod | licensed under Creative Commons by Attribution 3.0 License, provided by incompetech.comhttps://www.facebook.com/nemmeunemteu.nosso

30.09.2022 | por martalanca | roças, São Tomé e Príncipe

Margot, filme de Catarina Alves Costa

2022/Portugal/72’


Entre 1958 e 1961, Margot Dias integrou quatro missões etnográficas ao extremo Norte de Moçambique. Filmou e gravou centenas de minutos, registos visuais e sonoros únicos da cultura makonde. Essa viagem mudou a sua vida. Procura-se retratar a mulher por detrás dos registos destas viagens, da sua juventude na Alemanha dos anos 1920 ao encontro e casamento com o etnólogo português Jorge Dias e às missões que fizeram juntos à então colónia portuguesa. No reencontro com os makondes de hoje, devolvendo-lhes estas imagens, a realizadora procura o olhar da outra realizadora, que conheceu no fim da sua vida.

DocLisboa, 11 Out — 19:00 / 72’Culturgest Auditório Emílio Rui Vilar, Q&A, 16 Out — 22:00 / 72 Culturgest Pequeno Auditório

mais info 

29.09.2022 | por martalanca | etnografia, Jorge Dias, maconde, Margot Dias, Moçambiquem Alemanha

Discriminating Data, uma conversa com Wendy Hui Kyong Chun

Terça, 11 de Outubro 2022, 18.30

Wendy Hui Kyong Chun, Cátedra Canadá 150 em Novos Media, Diretora do Digital Democracies Institute

Entrada livre, mediante registo

Em Discriminating Data, Wendy Hui Kyong Chun mostra como a polarização é um objetivo – não um erro – do big data e do machine learning. Os métodos usados, defende, codificam a segregação, a eugenia e as políticas de identidade através das suas assunções e condições por defeito. A correlação, que fundamenta o potencial de previsão do big data, deriva das tentativas eugénicas do século XX para “procriar” um futuro melhor. Os sistemas de recomendação promovem grupos zangados de semelhança através da homofilia. Através de uma política e tecnologia de reconhecimento, os utilizadores são “treinados” para se tornarem autenticamente previsíveis. Deste modo, a análise de dados e o machine learning tentam perturbar o futuro tornando a perturbação impossível.

Nesta conversa, Chun discutirá os temas do livro com Andrea Pavoni, investigador auxiliar no Centro de Investigação DINAMIA’CET do ISCTE, e com a audiência.

Wendy Hui Kyong Chun

Wendy Hui Kyong Chun é investigadora e professora, tendo recebido a Cátedra Canadá 150 em Novos Media na Universidade Simon Fraser, onde dirige o Digital Democracies Institute. Estudou Engenharia de Sistemas e Literatura Inglesa, que combina no seu trabalho atual em media digitais, e é autora dos livros Control and Freedom: Power and Paranoia in the Age of Fiber Optics (2006), Programmed Visions: Software and Memory (2011), Updating to Remain the Same: Habitual New Media (2016) e, mais recentemente, Discriminating Data (2021).

https://www.sfu.ca/communication/team/faculty/wendy-chun.html
https://mitpress.mit.edu/books/discriminating-data
https://twitter.com/whkchun

A conversa será em língua inglesa e seguida de uma sessão de Q&A.

Local: Faculdade de Belas Artes Universidade de Lisboa, Grande Auditório, Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 4, 1249-058 Lisboa.

Data: Terça, 11 de Outubro 2022, 18.30

Integrado no evento Human Entities 2022: a cultura na era da inteligência artificial - 6ª edição

29.09.2022 | por Alícia Gaspar | andrea pavoni, big data, digital democracies, discriminating data, machine learning, novos media, wendy hui kyong chun

Antropocenica 2022

Entre 6 a 7 de Outubro a Fundação Calouste Gulbenkian acolhe a 1ª edição da ANTROPOCENICA, reunindo pensadores, artistas, arquitetos, investigadores e demais especialistas que abordam o Antropoceno, o colonialismo e questões relacionadas à floresta amazónica.

Autoria - Lalo de Almeida, um dos vencedores World Press Photo 2022.Autoria - Lalo de Almeida, um dos vencedores World Press Photo 2022.

A ANTROPOCENICA é uma trienal de Debates que acontece em 2022 em Portugal, em 2023 no Brasil e em 2024 em Cabo Verde.  

Destaca-se a presença de convidados especiais como o foto-repórter Lalo de Almeida (um dos vencedores World Press Photo 2022), o sertanista Sydney Possuelo (ex-presidente da FUNAI, BR) e o cineasta Jorge Bodanzky (pioneiro no cinema sobre a degradação ambiental na Amazónia), três grandes conhecedores da Amazónia e dos problemas ambientais e humanos a ela associados.

Esta primeira edição contempla ainda a Mostra artística “TransAmazónias: Zonas Imaginárias” com a exibição da premiada série fotográfica Distopia Amazónica do foto-repórter Lalo de Almeida, no dia 7, no Teatro Romano em Lisboa. A Mostra divide-se ainda pela cidade de Évora e pelas ruínas romanas de São Cucufate na Vidigueira com a exibição de filmes e a presença de Lalo de Almeida, Sydney Possuelo e Jorge Bodanzky.

Pensada e organizada por Dirk Michael Hennrich (Alemanha/Univ. Lisboa/filósofo), Maria da Conceição Lopes (PT/Univ. Coimbra/arqueóloga) e Silvio Cordeiro (BR/arquiteto e editor) – com apoio conjunto do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e do CEAACP da Univ. de Coimbra (entidades financiadas pela FCT) -  a ANTROPOCENICA tem na sua Comissão Científica o pensador indígena Ailton Krenak, a Professora Inocência Mata, a cineasta Filipa César, o filósofo Viriato Soromenho-Marques, o cientista político Odair Barros-Varela, a arqueóloga Anne Rapp Py-Daniel, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, entre outra/os, que constituirão as mesas de debate e o programa.

Os debates na Fundação C. Gulbenkian, a 6 e 7 de Outubro, terão transmissão em streaming no canal Youtube da Antropocenica.

Participação presencial nos debates sujeita a inscrição até 30 de Setembro.

Mais informações.

Autoria - Nicolas Reynard. Sobre uma expedição amazónica de Sydney Possuelo.Autoria - Nicolas Reynard. Sobre uma expedição amazónica de Sydney Possuelo.

27.09.2022 | por Alícia Gaspar | antropocenica 2022, Brasil, cabo verde, colonialismo, floresta amazónica, Portugal, trienal de debates

Concerto Tabanka Djaz, celebrar 30 anos de carreira

Coliseu dos Recreios | 18 de Novembro 

O Coliseu dos Recreios de Lisboa acolhe, a 18 de Novembro, o concerto de celebração dos 30 anos de carreira de Tabanka Djaz. Embaixadores do gumbé – estilo musical da região de Bissau - os Tabanka Djaz são uma banda ícone da world music e da música lusófona que cruza as geografias da Guiné-Bissau e de Portugal.

Formados na Guiné-Bissau, os Tabanka Djaz rapidamente ganham projeção internacional ainda sem discos gravados. Depois de uma tour informal pelos EUA, a banda lança o primeiro álbum, em 1990, intitulado Tabanka. A este seguem-se mais quatro álbuns até à data de hoje. O disco Sperança, de 1996, consagra definitivamente a banda ao alcançar a venda de quarenta mil exemplares. Com ele, recebem da Associação Fonográfica Portuguesa os discos de Prata, de Ouro e de Platina. Em 1997 este álbum é nomeado para os Prémios Ngwomo África (os Grammy do continente africano).

Apesar da instabilidade da anterior crise económica mundial, o último disco dos Tabanka Djaz, Depois do silêncio, de 2013, coloca de novo a banda nos grandes palcos internacionais. Até 2019 seguem uma rotina de digressões para públicos apreciadores da world music e música africana, posteriormente interrompida pela pandemia. Fazem atuações no Festival Zouk em Luanda, no Rock in Rio Lisboa, no The Strand Theatre, em Providence, nos EUA, com sala esgotada. Já este ano, 2022, ainda sob as restrições impostas pela COVID19, a banda regressa ao The Strand Theatre para de novo esgotar a bilheteira.

Produzindo singles atemporais, os Tabanka Djaz têm uma carreira longa que assenta em grandes sucessos musicais. Este ano a banda comemora 30 anos de carreira. Com novo EP a ser lançado em Outubro, os Tabanka Djaz levam, ao Coliseu de Lisboa, novas músicas, clássicos inesquecíveis e convidados de luxo (brevemente a anunciar).

Os bilhetes já estão à venda!

Micas Cabral, cantor e porta-voz da banda, comenta:

Passaram-se 30 anos desde que iniciámos esta aventura, mas para nós parece que tudo começou ontem. São 30 anos em que levámos a música da Guiné-Bissau aos 4 cantos do mundo. Vamos celebrar com uma grande festa africana na mais emblemática sala de espetáculos de Lisboa, o Coliseu dos Recreios. Contamos contigo!”

Os Tabanka Djaz vivem na região de Lisboa. A banda é composta pelo cantor e guitarrista Micas Cabral, pelo baixista Juvenal Cabral e pelo teclista Jânio Barbosa. Ao vivo junta-se a secção de metais composta por Lars Arens no trombone, Rodrigo Bento no sax e Cláudio Silva no trompete. E ainda Paulinho Barbosa (teclas), o baterista Cau Paris, o percussionista Kabum e a corista e dançarina Sheila Semedo.

27.09.2022 | por Alícia Gaspar | coliseu dos recreios, Guiné-Bissau, gumbé, música, música lusófona, Portugal, prémios ngwomo áfrica, tabanka djaz, world music

Lançamento: arquivo digital do jornal Nô Pintcha

O Centro de História da Universidade de Lisboa, lança dia 29 de setembro, às 18h00, o arquivo digital do jornal Nô Pintcha, o principal título de imprensa da Guiné-Bissau, reunindo, pela primeira vez, a quase totalidade dos números publicados entre 1975 e 2000.

Nô Pintcha, fundado em 1975, é um dos títulos de maior longevidade da África lusófona. Do fulgor revolucionário dos primeiros anos, em que saía três vezes por semana, às dificuldades das décadas seguintes, nunca deixou de noticiar a vida guineense. A caminho da sua quinta década de vida, acumulou um espólio incontornável para a história do país.

As vicissitudes históricas dispersaram o arquivo dos números publicados, tornando praticamente impossível a sua consulta. Agora, com a colaboração do Estado da República da Guiné Bissau, o Centro de História da Universidade de Lisboa disponibiliza a quase totalidade da coleção do Nô Pintcha, em acesso aberto e sem barreiras. Um arquivo único no mundo, de mais de 1500 números, totalizando para cima de 12 mil páginas.

A digitalização do Nô Pintcha integra-se numa linha mais vasta de publicação de fontes para a história de África, estando já em processo de tratamento o jornal Ecos da Guiné, um dos primeiros títulos publicados na Guiné-Bissau, dos anos 20 do século XX.

O tratamento arquivístico do Nô Pintcha foi coordenado pelo Prof. Augusto Nascimento, docente e investigador da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A coleção foi generosamente cedida pelo Eng. Daniel Nunes, profissional com vasta experiência no setor agrícola em África e um bibliófilo singular e de reconhecido mérito, protagonista do recente documentário Daniel e Daniela, realizado por Sofia Pinto Coelho.

A sessão de lançamento, com a presença dos embaixadores da Guiné-Bissau, Dr. Hélder Vaz Lopes, e de Cabo Verde, Dr. Eurico Correia Monteiro, decorre no Anfiteatro II da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dia 29 de setembro às 18h00.

O endereço da página será anunciado brevemente.

27.09.2022 | por Alícia Gaspar | Africa, arquivo, arquivo digital, augusto nascimento, daniel nunes, faculdade de letras, história, jornal, nô pintcha, universidade de lisboa

Teatro GRIOT apresenta "No meio do caminho"

No Meio do Caminho, o próximo espectáculo do Teatro GRIOT — que parte de Dante Alighieri e da sua A Divina Comédia e tem encenação de Miguel Loureiro — estreia em Loulé, no Cineteatro Louletano dia 7 de outubro (onde também se apresenta dia 8, sempre às 21h00).

Depois disso, continua carreira em Odivelas, no Centro Cultural Malaposta, nos dias 22 e 23 de outubro

No Meio do Caminho tem como base A Divina Comédia, epopeia medieval que narra a viagem de Dante pelos três lugares do Além — Inferno, Purgatório e Paraíso. Três actores estão num lugar impreciso, uma sala, um gabinete, um estúdio ou nada disto, em que vão tentando reproduzir o texto, as personagens, os mitos e os vícios de raciocínio ligados a esta obra-prima, que não foi originalmente pensada para ser drama, para ser cena. Uma certeza, atravessar três projecções metafísicas: Inferno, lugar de condenação e de dor; Purgatório, onde o humano se penitencia e purifica; e Paraíso, pináculo de redenção e meta da aventura. Sustentam-se as coordenadas desta empreitada nos seguintes pontos: o ponto da fábula, a peregrinação de Dante ao Centro do Mundo, com os diálogos, as acções, as passagens de um círculo ao outro, etc., que poderia bem configurar um drama medieval em estações, à semelhança de obras sacras do teatro litúrgico da época; o ponto moral, questão central na obra. Como dialogar com a moral cristã nos nossos tempos fortemente seculares?; o ponto da alegoria, em si, as questões das personagens, o que representam de nós, como nos aproximamos desta escrita alegórica e a reclamamos para nós, nem que seja por uns momentos?; por fim, o ponto simbólico, tornar em matéria teatral tudo o que na obra se joga no oculto, a começar desde logo pelo número 3: Santíssima Trindade, os 33 cantos, as tercenas… as espirais, os vórtices, os estreitos, as bifurcações e os passos em falso deste lugar, a meio do nosso caminho de criadores.

Ficha Técnica e Artística 

Texto: Dante Alighieri

Dramaturgia: Miguel Graça, Miguel Loureiro

Interpretação: Daniel Martinho, Tiago Barbosa, Zia Soares

Cenografia: André Guedes

Iluminação: Daniel Worm

Figurinos e Adereços: Neusa Trovoada

Sonoplastia: Mestre André

Movimento: Miguel Pereira

Fotografia: Joana Linda

Vídeo promocional: António Castelo

Produção Executiva: Aoaní d’Alva

Produção: Teatro GRIOT

Coprodução: Cineteatro Louletano

Apoios: Batoto Yetu, Câmara Municipal de Loulé, Centro Cultural da Malaposta, DeVIR/CAPa - Centro de Artes Performativas do Algarve, Junta de Freguesia da Misericórdia, Khapaz, Polo Cultural Gaivotas Boavista

O Teatro GRIOT é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa

22.09.2022 | por Alícia Gaspar | a divina comédia, arte, cultura, miguel loureiro, no meio do caminho, teatro, teatro griot

"Quem tem medo das emoções?", novo livro de Ana Pais

No próximo dia 25 de Setembro, o livro será o foco de uma caminhada que integra o programa Caminhadas com Arte, organizado por Lavrar o Mar, em Monchique.

O livro é disponibilizado gratuitamente em todos os eventos promocionais.

As próximas acções de divulgação em que Ana Pais estará presente são:

Teatro Viriato, em Viseu

1 de Outubro 17h

Long Table: conversa aberta com o público a propósito do tema pandemia e afectos.

Teatro Garcia de Resende, em Évora

8 de Outubro 18h

Conversa aberta com o público sobre teatro e afectos.

Festival Temps D’Image, em Lisboa (quiosque da Praça José Fontana) 

15 de Outubro 18h30

Conversa com Eunice Gonçalves Duarte (performer), Graça P. Corrêa (encenadora e investigadora CFCUL) e Jorge Martins Rosa (investigador ICNOVA) sobre emoções e a sua circulação no espaço público (nomeadamente, nos media digitais) e sobre como a arte pode contribuir para uma consciência colectiva dessa circulação.

Materiais Diversos, no Centro Cultural do Cartaxo

22 Outubro 16h

Conversa com Beatriz Cantinho, Túlio Rosa e convidado a confirmar integrada n’O Tempo das Cerejas / Quem tem medo das emoções?

Teatro Municipal do Porto, no Foyer do Teatro Campo Alegre

29 de Outubro, 15h30

Lançamento no Porto Acção integrada no festival Double Trouble #05.

Convidados: Né Barros (coreógrafa) e Gustavo Carona (médico)

*Ana Pais é investigadora em artes performativas, dramaturgista e curadora. Nos últimos anos, tem vindo a trabalhar, no contexto das artes performativas, as atmosferas afectivas geradas no espaço público que condicionam a nossa experiência íntima. Nesse âmbito, destacam-se o seu livro Ritmos Afectivos nas Artes Performativas (Colibri, 2018) e os encontros Em Fluxo: sentimentos públicos e práticas de reconhecimento (2019) que comissariou.*

Mais informações.

21.09.2022 | por Alícia Gaspar | afectos, Ana Pais, corpo, emoções, literatura, pandemia, quem tem medo das emoções?

Resistência Visual Generalizada. Livros de Fotografia e Movimentos de Libertação: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo-Verde

28 setembro a 27 novembro 2022

Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional

Curadoria: Catarina Boieiro e Raquel Schefer

Entre 1961 e 1974, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) e a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) travam guerras de Libertação contra o sistema fascista e colonial português, após quase cinco séculos de dominação colonial e de resistência. Nesta conjuntura histórica, a descolonização política é considerada como indissociável da descolonização da cultura e das formas visuais. A cultura e a arte são entendidas como um campo produtor de efeitos de transformação na sociedade. As Revoluções africanas são um período de libertação da palavra, da imagem e das formas de representação. Para Amílcar Cabral, a resistência política é uma forma de resistência cultural, do mesmo modo que a resistência cultural é uma forma de resistência política.

No contexto da solidariedade internacionalista das décadas de 1960 e 1970, as lutas de libertação despertam o interesse de fotógrafos e cineastas. A revista, o livro, a fotografia e o cinema são percebidos como instrumentos fundamentais para mobilizar o apoio popular e difundir a luta pela descolonização a nível internacional. Fotógrafos como Augusta Conchiglia e Tadahiro Ogawa, entre outros, documentam a luta armada e a vida nas zonas libertadas, onde se experimentavam diferentes formas de organização social e se implementavam projectos de pedagogia radical. Depois das independências, outros livros de fotografia documentam o processo de construção dos Estados-nação. Entre o militantismo e a experimentação formal, estes livros restituem a dimensão sensível dos primeiros anos de independência, período marcado pela adopção de modelos políticos marxistas-leninistas e pela busca de uma imagem descolonizada.

Reunindo um conjunto inédito de livros, fotografias e documentos produzidos entre as décadas de sessenta e oitenta, esta exposição desenha uma constelação espacial e temporal da estética de Libertação. Além de um vasto conjunto de livros, revistas, cartazes e documentos, a mostra inclui obras fotográficas e cinematográficas das décadas de sessenta e setenta de Augusta Conchiglia, Moira Forjaz, Silvestre Pestana e da cooperativa Grupo Zero. Integra também peças recentes de Daniel Barroca, Welket Bungué, Filipa César e Sónia Vaz Borges que interrogam a história e a memória, reelaboram as formas visuais da estética de Libertação e examinam a persistência de estruturas coloniais no presente.

*Exposição organizada no âmbito da programação da Saison France – Portugal 2022.*

Mais informações.

20.09.2022 | por Alícia Gaspar | angola, Cabo-verde, Catarina Boieiro, cultura visual, fotografia, Guiné-Bissau, livro de fotografia, Moçambique, movimentos de libertação, Raquel Schefer

Nunde nô indipendência?

Nô Salva Baluris De Boé (SBB) - é uma iniciativa de jovens guineenses, voluntários, residentes na diáspora, sob o lema: Celebrar os 49 anos de gloriosa conquista e memórias do passado com presente espinhoso.

Nesta primeira edição de Djumbai “Nô pensa Independência”, pretendemos promover espaços de debates, conferências, eventos culturais, a realizar-se online e presencialmente, com o objetivo de resgatar as memórias de luta e de despertar a consciência dos jovens e adolescentes sobre espírito de guineendade.

O espírito de guineendade foi primado e/ou alicerçado na unidade e luta para o resgate daquilo que é mais preciosa da vida humana: a Liberdade e Dignidade. Também é nossa ambição acordar a consciência dos mais jovens sobre valores de diversidade cultural no “Cabaz de Guineendade.” Serve ainda para divulgar informações, conhecimentos e partilha de opiniões sobre as questões desafiantes da Guiné-Bissau, e estimular a consciência sobre: que tipo de Independência temos? Que caminhos a trilhar? Que responsabilidades a Guiné-Bissau exige?

Noutra fase do projecto, será apresentada uma “Caderneta de luta” que pretende, para além de registar, desenvolver e reproduzir a voz de testemunhas de Luta Armada, recolher depoimentos sobre os sonhos e perspetivas de geração do pós-Independência face ao Programa Maior. O projecto traz consigo uma parte de “Mandjuandade Cultural” e o papel da educação na zona libertada, literatura, músicas/humor.

Nunde Nô INDEPENDÊNCIA?

16.09.2022 | por martalanca | diásporta, djambai, Guiné Bissau, independência, juventude

Lubumbashi Biennale | 7th edition

Picha is pleased to announce the 7th edition of the Lubumbashi Biennale, Democratic Republic of Congo, to be held from October 6 to November 6, 2022 under the artistic direction of Picha. Picha, “image” in Swahili, which was founded as an association in 2008, will be joined by five associate curators - Paula Nascimento, Lucrezia Cipitelli, Bruno Leitão, René Francisco Rodríguez and Mpho Matsipa - and a curatorial advisor - Ugochukwu- Smooth C. Nzewi.


The Biennale explores the contemporary creation of the artistic scene in the Democratic Republic of Congo and in the world. It is today one of the most dynamic and experimental artistic events on the African continent. For its upcoming edition, the biennale will interrogate toxicity as a condition of existence that has inextricably affected social worlds under the title ’ToxiCité’ or ’ToxiCity’. As a starting point, the theme will open the collective elaboration of a critical and transformative take on the social and cultural environment, in Lubumbashi and in the world.

Composed of two concepts, that of the ‘toxic’ and that of the ‘city’, the next Lubumbashi Biennale envisages to question and reflect upon the link between contemporary life in the postcolonial urban setting of Lubumbashi and more widely in the urban Global South, and the impact of a number of industrial, economic, ecological, social and cultural processes that have historically contributed, for better and for worse, to the shape and dynamics of urban life in this and other parts of the world today.

The theme of toxicity, then, offers a starting point for a critical elaboration and consciousness of oneself and one’s natural, social and cultural environment, ‘as a product of the historical processes to date, which has deposited in you an infinity of traces, without leaving an inventory.’ (Gramsci 1971:324). By focusing on the theme of toxicity, the curatorial committee of this Edition endeavours to open up a critical space of artistic engagement and reflection to start exploring the possible shapes such ‘an inventory of traces’ might take, in the hope that such a compilation will also tell us something more about the possible futures to envision from here on.

Lubumbashi

Lubumbashi is the second largest city in Democratic Republic of the Congo. The main industrial centre of the mining district of southeastern Congo, it lies 110 miles (180 km) northwest of Ndola, Zambia. Lubumbashi is the name of a small local river. The town was established by Belgian colonists in 1910 as a copper-mining settlement and was designated an urban district in 1942. Most regional mining companies are headquartered in Lubumbashi, which is the transportation centre for mineral products (copper, cobalt, zinc, cadmium, germanium, tin, manganese, and coal) from the towns of Likasi, Kolwezi, Kipushi, and others. Mineral exploitation has been dominated by a governmentowned organisation, but foreign mining companies are also in evidence. The city’s other industries include printing, brewing, flour milling, and the production of confectionery, cigarettes, brick, and soap. Lubumbashi has a civic auditorium, a national museum, a Roman Catholic cathedral, and the Society of Congo Historians, as well as the University of Lubumbashi founded in 1955.

Picha

Picha is an initiative of artists operating independently from Lubumbashi that supports and promotes artistic creation in the Democratic Republic of Congo. Picha provides visibility for contemporary art in Lubumbashi by providing a venue for exhibitions, meetings, artist residencies, training workshops and artistic accompaniment. Picha intends to promote artistic creation by taking the urban space as a stage and the image as a medium. Picha wants to bring an artistic reflection, both endogenous and speaking to the world, on the city of Lubumbashi, its history and its environment today. In addition to the organization of the Biennale de Lubumbashi, the association has to its credit the realization of several exhibitions, video and photo workshops, training programs and artist residencies, conducted with the aim of offering national and international exposure to local artists and arts initiatives. To fulfill its mission, Picha has created the following platforms:

The Biennale de Lubumbashi, founded in 2008 under the name of “Rencontres Picha”, has become one of the most experimental and dynamic artistic events on the African continent, offering a platform for presentation and meeting to local and international artists and cultural actors local.

Atelier Picha is a permanent training program dedicated to the production and dissemination of participatory artistic and cultural projects. Atelier Picha allows the networking of a new generation of Congolese artists and cultural producers with other national and international cultural actors. The program offers a period of research and production and professional accompaniment to young people in the conceptualization of their project. Since 2017, Picha has allowed a dozen emerging artists from across the country to participate in the workshops. In 2019 and 2020, Atelier Picha collaborates with Picha’s partner institutions, such as Sharjah Art Foundation (Sharjah), Market Photo Workshop (Johannesburg), Gasworks (London), Art Hub Asia (Shanghai), Universidad Distrital de Colombia (Bogota), Raw Material Company (Dakar). The artistic direction is led by Lucrezia Cippitelli.

The Picha Residence Program, initiated in 2014, invites artists from the African continent and abroad for a research and production period in Lubumbashi. In 2021 Picha had the pleasure to welcome/host the artists Francis Alÿs and Nicole Rafiki.

MAKWAChA, The project of setting up a screen-printing workshop in Lubumbashi and Makwacha initiated by Picha aims to revisit and enhance, through textile screen-printing, the traditional practice of mural painting existing in different regions of the Congo and the various textile creations local handicrafts (such as velvet Kuba), while integrating them into a thoughtful artistic and community approach. The period of the last Lubumbashi Biennale, from October 24 to November 24, 2019, gave visibility to the Makwacha project through numerous visits by participants and speakers from all over the world. The end of the construction work allowed the arrival and installation of artists to work and interact with the women of the community.

More informations.

16.09.2022 | por Alícia Gaspar | Art, Bienal de Lubumbashi, biennal, Bruno Leitão, culture, democratic republic of congo, Lucrezia Cipitelli, mpho matsipa, paula nascimento, René Francisco Rodríguez, Ugochukwu- Smooth C. Nzewi

Céline Sciamma abre ciclo de cinema no Porto, a 24 de setembro

Entre setembro de 2022 e janeiro de 2023, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, em parceria com o Cinema Trindade, vão promover sessões de cinema seguidas de debate com nomes fundamentais do cinema contemporâneo. Os realizadores Céline Sciamma, Lucrecia Martel, Atom Egoyan, Marco Martins e João Canijo integram o programa.

No dia 24 de setembro, às 21h30, será exibido o filme Retrato da Rapariga em Chamas (2019), com a presença de uma das mais promissoras realizadoras francesas Céline Sciamma. No final da sessão, a realizadora participará numa conversa com o público. Um filme de 2019, que conta a história de Marianne, uma pintora encarregue de fazer o retrato de casamento de Héloïse, uma jovem que acaba de sair do convento. Com este filme, a cineasta surpreendeu o mundo cinéfilo, fazendo um drama queer no universo do filme de época (final do século XVIII), que estreou na competição oficial de Cannes. Outras obras que demonstram uma vontade de olhar para o universo feminino e para a fluidez das suas identidades são os filmes Bando de Raparigas (2014) ou Petite Maman (2021).

“Mais uma vez, a Escola das Artes, agora em parceria com a Fundação Gulbenkian, proporciona, ao público do Porto, o contacto direto com obras e autores tão relevantes como Lucrecia Martel, Céline Sciamma ou Atom Egoyan. É um verdadeiro privilégio tê-los connosco e partilhar com eles as suas visões do cinema,” salienta Daniel Ribas, coordenador do Mestrado em Cinema da Escola das Artes.

Esta iniciativa da Escola das Artes e da Fundação Calouste Gulbenkian, com o Cinema Trindade, tem início a 24 de setembro, às 21h30, no Cinema Trindade, no Porto. Em outubro será a vez de Lucrecia Martel, em novembro de Atom Egoyan, em dezembro de Marco Martins e em janeiro de 2023 o ciclo de cinema termina com João Canijo (janeiro 2023).

Mais informações.

16.09.2022 | por Alícia Gaspar | céline sciamma, cinema, cultura, escola das artes, universidade católica do porto