Prémio Nacional de Cultura - Angola

O escritor Ruy Duarte de Carvalho, falecido em Agosto na Namíbia, foi distinguido a título póstumo ontem, em Luanda, com o Prémio Nacional de Cultura e Artes, na categoria de literatura.
Os vencedores do prémio foram anunciados em conferência de imprensa promovida pelo Ministério da Cultura. O júri, presidido por Zavoni Ntondo, distinguiu igualmente Virgílio Coelho, Mestre Makiesse, Núcleo de Artes Pitabel, Zeze Gambôa, Bonga e Grupo Ntunga Nzola.
Na categoria de Literatura, o júri decidiu atribuir o prémio, a título póstumo, a Ruy Duarte de Carvalho, falecido em Agosto na Namíbia aos 69 anos. O presidente do júri, Zavoni Ntondo, disse que o prémio foi atribuído pela dimensão antropológica da sua produção literária, onde se destaca, com especial relevo, o traço pastoril dos Cuvale. “Trata-se de um escritor que pela sua dimensão artística merece este reconhecimento”, frisou Zavoni Ntondo, acrescentando que Ruy Duarte de Carvalho produziu de forma esmerada poesia e ficção.
Com as obras “Em busca de Kabasa: Estudos e reflexão sobre o Reino do Ndongo” e “Os Túmúndóngó, os génios da natureza e o Kilamba”, o antropólogo Virgílio Coelho venceu na categoria de Investigação em Ciências Humanas e Sociais. O presidente do júri, Zavoni Ntondo, referiu que a escolha de Virgílio Coelho se deve à pertinência e ao interesse dos trabalhos para o estudo científico da organização político administrativa do Reino do Ndongo e socioeconómica e religiosa dos túmúndóngó. “Estes dois estudos contribuem para o conhecimento profundo da história do Reino do Ndongo”, disse.

Continuar a ler "Prémio Nacional de Cultura - Angola "

02.11.2010 | por martalanca | Prémio nacional de cultura, Ruy Duarte de Carvalho

filmes de Jorge António na Trienal de Luanda

02.11.2010 | por martalanca | jorge antónio

Namibe Vasto de Jorge Coelho Ferreira

02.11.2010 | por martalanca | Namibe

Nneka - Africans

U keep pushing the blame on our colonial fathers
U say they came and they took all we had processed
They have to take the abuse that they have caused our present state with their intruding history
Use our goodness and nourishment in the Name of missionary
Lied to us, blinded slaved us, misplaced us, strengthen us, hardened us then
They replaced us now we got to learn from pain
Now it is up to us to gain some recognition
If we stop blaming we could get a better condition

Chorus
Wake up world!!
Wake up and stop sleeping
Wake up Africa!!
Wake up and stop blaming
Open ur eyes!!
Stand up and rise
Road block oh life penalty

Why do we want to remain where we started
And how long do we want to stop ourselves from thinking
We should learn from experience that what we are here for this existence
But now we decide to use the same hatred to oppress our own brothers
It is so comfortable to say racism is the cause
But this time it is the same colour chasing and biting us
Knowledge and selfishness that they gave to us, this is what we use to abuse us

 Chorus

Those who have ears let them hear
Brothers who are not brainwashed take ruins and rest
Pick them up and stick them back together
This is the only way we can change this African weather
Lied to us, blinded slaved us, misplaced us, strengthen us, hardened us then
They replaced us now we got to learn from pain

 Chorus

You got to wake up please
You got too
(Wake up Africa, wake up and stop blaming)
Blaming ha, ha, ha
Open yours eyes your eyes
Stand up and rise
Road block oh life penalty
Wake up…

02.11.2010 | por martalanca | Africans, Nneka

Bruno Beltrão, um coreógrafo no futuro

Quando Bruno Beltrão começou a apresentar os seus espectáculos fora do Brasil, a grande surpresa para o público e a crítica, que imediatamente o coroou como um dos expoentes de uma nova forma de interpretar o corpo contemporâneo, não estava somente na relação entre as danças urbanas e os códigos formais da coreografia. O que lhe era apontado era um discurso capaz de suplantar modelos deterministas de relação entre corpo e objecto, entre acção e entre representação e presença.


Aos 31 anos, o coreógrafo brasileiro, rosto principal do Grupo de Dança de Rua de Niterói, do outro lado da baía de Guanabara, tornou-se não tanto um coreógrafo brasileiro mas um dos principais elementos de uma nova filosofia sobre a dança. O cruzamento que propõe entre o hip-hop e os cânones clássicos, sugerindo uma nova geografia territorial e disciplinar, levaram-no aos palcos dos principais teatros e festivais europeus, que, fascinados pela descoberta, não apenas o distinguem – foi considerado coreógrafo do ano em 2006 pelo conjunto de críticos internacionais da revista alemã Ballettanz – como o co-produzem com regularidade. A qualidade maior do seu trabalho está no modo como, combinando um trabalho centrado no corpo enquanto elemento activo no interior de uma coreografia, consegue expor um movimento que nunca se encerra em si mesmo, antes o amplia e o torna, efectivamente, o centro da acção.
Em Portugal vimos Eu e o meu coreógrafo no 63 e Do popping ao pop ou vice-versa (ambos Danças na Cidade, 2005), Too legit to quit (Serralves, 2006), H2 (Alkantara Festival/CCB, 2006) e H3 (Alkantara Festival/Teatros São João e São Luiz, 2010), exemplos de pesquisa que tem evoluído em direcção a uma aproximação não apenas entre a forma e o conteúdo mas, sobretudo, entre o olhar de quem assiste e o reconhecimento da dança como uma disciplina múltipla e mutante.
Tiago Bartolomeu Costa Público

02.11.2010 | por martalanca | dança

Be My Man da cantora nigeriana Asa

por sugestão de Juliana, do Tás a Ver

02.11.2010 | por martalanca | Asa

3 Pontes, Baía - Luanda, na Trienal de Luanda

Depois da exposição Fotografia Angola, a II Trienal de Luanda recebe desde segunda-feira a mostra 3 Pontes, que reflecte a relação multidisciplinar entre o Estado da Baía e Angola.
Vídeos, telas, música, performances, cinema, conferência, apresentação de livros e grafiti marcam a presença nesta programação cultural e artística da Bahia em Angola.
A mostra, que decorre até ao dia 6 de Novembro, é resultado de um trabalho de 23 artistas baianos, no âmbito do acordo de cooperação rubricado este ano, entre a Fundação Sindika Dokolo e o Governo do Estado da Baía.
Daniel Rangel, curador da exposição, disse que a exposição denomina-se 3 Pontes porque a “relação entre a Baia e a África deu-se em três momentos fundamentais, nomeadamente com o tráfico de escravos, o segundo nos finais dos anos 40 até começo dos anos 50 e terceiro continua com o diálogo actual e o intercâmbio entre os povos dos dois países”.

Para ele, este é um momento importante, tendo em conta a dimensão da exposição e a simbologia da mesma porque “a arte baiana é muito influenciada por uma estética e cultura que vem de África”, daí a escolha primeiro de artistas baianos.

O também director da Directoria de Museus da Bahia (DIMUS), Daniel Rangel, frisou que esta é uma retribuição da promoção da arte e da cultura angolana na Baia.“A Fundação Sindika Dokolo tem promovido a cerca de um ano eventos na Bahia, nomeadamente concertos, exposições, performances, palestras e outros factos.”
Deste acordo de duração de três anos, o interlocutor revelou também que constam residências artísticas no Brasil e de uma provável abertura de um espaço cultural da fundação na Bahia, e um daquele Estado em Luanda. Recordou também que há um angolano com uma galeria em São Paulo, onde se promovem artistas do seu país e baianos.

Continuar a ler "3 Pontes, Baía - Luanda, na Trienal de Luanda"

02.11.2010 | por martalanca | África-Brasil, Três pontes

Falas / Buala na bienal de S.Paulo


Para ampliar o debate - parte 01
29ª Bienal   Terreiros   eu sou a rua   

No primeiro momento da fala acerca do website BUALA, no dia 04/10/2010, Marta Lança apresentou a natureza editorial dessa publicação virtual e disponibilizou sua fala, assim como Marta Mestre, para publicação no website da 29a Bienal.

BUALA - CULTURA AFRICANA CONTEMPÔRANEA, UMA CASA EM CONSTRUÇÃO
POR MARTA LANÇA
É uma interface digital colaborativa de reflexão e documentação sobre culturas africanas contemporâneas e sua relação com o Brasil e Portugal. Cinema, ensaios e reportagens, manifestos, textos políticos e literários, dança, teatro e música, pensar a cidade e a urbanização, materiais de processos de trabalho, criação e difusão cultural em curso. E ainda um blog de divulgação cultural, uma galeria com exposições virtuais e biografias de autores e artistas africanos são algumas das coisas que podem encontrar.
A idéia do BUALA partiu de uma constatação de que faltava documentar e divulgar  aspectos culturais interessantes que se passam em África ou na diáspora africana, numa perspectiva actual, contra as visões saudosistas ou unilaterais que foram as dominantes por muito tempo. Além disso, sentíamos que muito do conhecimento produzido sobre África não chega aos países africanos, nem circula suficientemente entre os mais interessados. Achámos que a internet seria a ferramenta com maior alcance, e sobretudo entre jovens, para estreitar e expandir todas estas potencialidades, por dia temos 500 leitores de todo o mundo e sem grandes custos.
Sou portuguesa mas com muitos anos de experiência nas áreas culturais em África. Era a altura certa para criar uma plataforma que reunisse uma série de gente com quem tenho convivido, trabalhado ou que são referências importantes para nós – e descobrir muitos outros. O facto de termos uma visão geral e particular destes países - dos seus rancores e irritações, das tendências, dependências e vontades, das práticas culturais e figuras que compõem o panorama cultural de cada um, e por acreditarmos que há uma nova geração que consegue viver estas realidades trazendo outros elementos e ter um olhar descolonizado, fez com que achássemos proveitoso pôr em diálogo as várias perspectivas no interesse da partilha.
É com estas novas visões e novos topos que nos interessa trabalhar, de forma descomplexada, integrando a abordagem pós-colonial na análise das relações do passado para entender as do presente e as ligações e relações de poder actuais. Tentamos reverter a tendência deste “espaço de língua portuguesa” como uma espécie de bolha alienada do resto mundo, interessa-nos contribuir para que os países lusófonos observem e participem do que se passa no resto de África - o que por vezes não acontece, por exemplo Angola e Cabo Verde comunicam muito mais com o Brasil e Portugal do que com os restantes países africanos - o mesmo podíamos dizer sobre a falta de atenção de África e do mundo para estes países como intervenientes culturais fortes.

Continuar a ler "Falas / Buala na bienal de S.Paulo "

01.11.2010 | por martalanca | Bienal de S.Paulo, buala, Terreiros

África fantasma de João Samões no Temps d'Images 2010

A dramaturgia desta nova criação de João Samões foi guiada e assombrada pela África Fantasma de Michel Leiris, um texto etnográfico saturado de sombras de um passado colonial familiar à nossa história colectiva. O texto foi utilizado e manipulado como um mapa a percorrer (trilhar e triturar) e uma superfície de projecção (tela e ecrã) para os meus próprios fantasmas.

Leiris parte na primeira expedição etnográfica francesa a África, como um homem que perdeu a sua sombra, já não oficialmente um membro do grupo surrealista de Paris, mas ainda imbuído dessa histórica experiência revolucionária e libertária. Os sonhos, o acaso, a arte primitiva, o sexo e aventura, a loucura e a morte - contrapontos a um cada vez mais vincado e feroz racionalismo científico e capitalista - abrindo as possibilidades da experiência humana. África torna-se um imenso território onde ele projecta as suas fantasias e fantasmas.

Criação, dramaturgia, espaço cénico e sonoro João Samões Textos a partir de Michel Leiris, Frantz Fanon Interpretação Laurinda Chiungue Interpretação musical Jan Wierzba Figurantes Tiago Gandra, Cátia Leitão Colaboração artística Cláudia Dias, Mónia Mota Direcção técnica Carlos Gonçalves Técnico de cena José Pedro Sousa Registo e edição vídeo João Dias, João Samões Registo fotográfico Ricardo Mendes Produção Os Três Caracóis Co-produção DuplaCena/Temps d`Images 2010

João Samões nasceu em Lisboa, em 1970. Estudou Antropologia, técnicas de improvisação e composição coreográfica em Lisboa e Nova Iorque. Entre 1991 e 1996 colaborou como actor, performer e dramaturgo com a companhia de teatro Olho. Intérprete de dança contemporânea em criações de Francisco Camacho (1997 e 1998) e Vera Mantero (2001 e 2002). Em 1998 foi convidado para o Crashlanding@Lisboa, um projecto internacional de improvisação concebido por Meg Stuart. Criou as peças: 18 Minutos (2000), Zonas de Ruidosa Influência (2004), O Labirinto a Morte e o Público  (2007), Blackout (2008), África Fantasma (2010). O seu trabalho como criador e intérprete de artes performativas tem sido apresentado em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Áustria e México.

5 e 6 Novembro, 21h30, INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS, LISBOA Avenida Luís Bivar, 91, Metro Saldanha, São Sebastião, €5

Informações e Reservas: ostrescaracois@gmail.com / 918 086 407

www.joaosamoes.blogspot.com    www.ifp-lisboa.com    www.tempsdimages-portugal.com

01.11.2010 | por franciscabagulho | África Fantasma, João Samões, Michel Leiris, Temps d'Images

Candidatura de Dilma é a mais notada em países africanos de língua portuguesa

A corrida eleitoral brasileira foi acompanhada de formas diferentes nos países africanos de língua portuguesa. Candidatura da governista Dilma Roussef tem maior projeção por causa da imagem de Lula.

 Durante os oito anos da gestão Lula, a política externa brasileira deu um novo impulso às relações diplomáticas e econômicas com o continente africano – onde a China é protagonista em investimentos e representa concorrência tanto para o Brasil quanto para países europeus e os Estados Unidos.

Em seus dois mandatos, Lula visitou a África 11 vezes – é o presidente brasileiro que mais viajou ao continente, onde o Brasil abriu ou reativou 16 embaixadas nos últimos oito anos. Por causa das afinidades históricas e linguísticas, a relação do Brasil pode ser considerada mais próxima com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, Palop, onde o país sul-americano passou a ter presença e imagem mais fortes durante a gestão Lula.

Esta semana, por exemplo, em entrevista à Deutsche Welle, o chanceler brasileiro Celso Amorim reiterou o apoio do Brasil, no âmbito da comunidade internacional, à estabilização da Guiné-Bissau, palco há anos de instabilidade política e considerada ponto intermediário do tráfico de drogas entre a América do Sul e a Europa.

Continuar a ler "Candidatura de Dilma é a mais notada em países africanos de língua portuguesa "

31.10.2010 | por martalanca | África-Brasil, Lula

Seu Jorge foi à Nação Zumbi e voltou feliz

Para Seu Jorge foi mais uma metamorfose: depois de se vestir de “executivo” em “América Brasil”, gravata e pasta na mão, agora mergulhou de jeans, ténis e camisola escura com capuz no universo “afrociberdélico” dos Nação Zumbi. O resultado, já se sabia pelo disco, é bastante compensador, embora no palco não vá além do prometido. Com uma alteração curiosa: o impedimento de António Pinto, compositor e baixista, de viajar nesta digressão, fez com que Seu Jorge surgisse em palco com quatro membros do grupo nordestino Nação Zumbi, em lugar de dois. Aos integrantes do provisório grupo Almaz, que serviu de base ao disco, Lúcio Maia (guitarra) e Pupillo (bateria), vieram juntar-se nos coliseus Gustavo da Lua (percussões) e Alexandre Dengue (baixo).

A entrada em palco de Lúcio Maia, sozinho, com a estridência planante da sua guitarra, marcou desde logo o tom. Que se percebia também pela remoção das cadeiras da plateia, como nos concertos de rock, deixando espaço aberto à dança. A batida forte e impressiva de “Errare humanum est” (Benjor revisitado por Almaz), com Seu Jorge a tocar flauta antes de cantar filtrado por amplo “reverb”, deu o concerto por começado, abraçando depois a calma em “Saudosa Bahia” e a festa em “Cirandar”. Mais festa? “Carolina”, um dos temas óbvios e mais antigos de Seu Jorge, com notas distorcidas e roupagens ácidas. Pretexto para ele pegar na máquina fotográfica, fazer sinal com as mãos para iluminarem a plateia, e fotografá-la. E foi ainda de máquina ao peito que se atirou a “Das model”, dos Kraftwerk, que cumpriu sem deslumbrar. “Everybody loves the sunshine” teve direito a sintetizador, que Seu Jorge manipulou, de pé, enquanto cantava. Já “Pai João” cresceu numa fúria de tambores e cordas, apelando à dança. “Tive razão” (do disco “Cru”, 2004), agora renascido reggae, abriu caminho ao michaeljacksoniano “Rock with you” e este a “Ziggy Stardust”, de Bowie, digno sobrevivente da delirante aventura fílmica de Seu Jorge com Wes Anderson.

Continuar a ler "Seu Jorge foi à Nação Zumbi e voltou feliz "

31.10.2010 | por martalanca

Danse L'Afrique Danse. 8e Édition au Festival Danse Bamako

Après Luanda, Antananarivo, Paris et Tunis, Bamako accueille la 8ème édition « Danse l’Afrique danse ! » initiée par CULTURESFRANCE et mise en œuvre avec Donko Seko, sous la direction artistique associée de Kettly Noël. Donko Seko est une structure qui opère sur la scène malienne comme un foyer vivant où se conjuguent formation, création et diffusion artistique. Du 29 octobre au 5 novembre 2010, Bamako reçoit 16 pays africains invités, plus de 200 artistes, un espace de diffusion international pour la création contemporaine, un rendez-vous gratuit, un festival pour toutes les danses, dans toute la ville. Un partenariat Nord-Sud qui consacre une stratégie de développement de la création chorégraphique sur le Continent.

+ info

www.creativeafricanetwork.com

Lebau Boumpoutou © Elise Fitte-DuvalLebau Boumpoutou © Elise Fitte-Duval

31.10.2010 | por franciscabagulho

15ª Mostra de Cinema Africà de Barcelona 2010

Durante estos quince años, las pantallas de la Mostra de Cinema Africà de Barcelona han sido el marco idóneo para presentar el pasado y el presente, historia y actualidad, de una cinematografía que inició tarde su andadura independiente. Los primeros pasos del cine realizado en los diferentes países del continente africano se caracterizaron por la gran vitalidad y entusiasmo de sus pioneros.

De Vieyra a Sembène, de Afrique sur Seine a La Noire de …, cineastas y películas que, en los años 50 y 60, abordaron el tema de la evolución del continente y la conquista de la independencia psicológica y política, a través de una reformulación fílmica de la historia africana tras la colonización, con el objetivo de recomponer un imaginario colectivo profundamente dañado.

En sucesivas ediciones, las pantallas de la Mostra y el público asistente, hemos sido espectadores privilegiados de la evolución seguida por el cine africano. Desde sus inicios en los años 60 y 70, con las obras de Ousmane Sembène que revindicaba el cine como un instrumento de transformación social; o con la mirada etnográfica de Moustapha Alassane sobre la sociedad nigerina. Visionamos también la prolífica década de los 80, con las obras de Souleymane Cissé, Idrissa Ouédraogo y Cheick Oumar Sissoko, que reafirmaban la identidad africana y se nutrían de la tradición para tratar temas universales. O Henri Duparc, cuyas comedias contituyen una critica virulenta de las sociedades africanas. Sin olvidar la irrupción en escena del inclasificable Djibril Diop Mambéty, con su revolución estética y formal y la consagración de la pionera del cine africano, Safi Faye.

En los 90 nace una nueva generación de realizadores que opina sobre África y el mundo desde la ficción y el documental, aportándonos una mejor comprensión de este continente: Jean Marie Teno, Moussa Touré, Ramadan Suleman, Mama Keita, Fanta Nacro y tantos otros que hemos acompañado en su trayectoria cinematográfica y que han encontrado en Barcelona su público.

Las diferentes secciones de la Mostra, nos han permitido presenciar este primer relevo generacional. Partícipes, también, pantallas y público, de la consolidación del cine Marroquí y del Magreb. De Mostafa Derkaoui a Mohamed Ismail. De Youssef Chahine a Taïeb Louhichi.

Con el siglo XXI, llegaron las graves dificultades económicas que han situado al cine realizado en África en una situación delicada y, a su vez, la aparición del formato digital, que se plantea como una posible solución al problema y que ha significado, en principio, un cambio de tendencia y una revitalización de la nueva generación de cineastas, los de la diáspora africana que viven en Europa. De Jean-Pierre Bekolo a Jawad Rhalib. De Mohammed Soudani a Alain Gomis. Las pantallas de la Mostra acompañan este proceso, siendo sensibles a la nueva realidad y adaptándose a los nuevos formatos de proyección.

Pasado y presente, historia y actualidad del cine africano, a través de la mirada de los cineastas arriba citados y de otros muchos. Durante todo este tiempo, el certamen ha sido, fundamentalmente, una o varias pantallas, pero también quiere ser cómplice de un futuro. Un futuro que pasa por una nueva generación de jóvenes realizadores, proceso que apoyamos activamente desde l’Ull Anònim con la creación de estructuras de formación en Senegal. Queremos afirmar, una vez más, que África también es cine.

Programación

contactes@ullanonim.org

31.10.2010 | por franciscabagulho | cinema africano

CPLP precisa de "efectiva ambição política global"

O antigo ministro da cultura e ex-embaixador de Portugal na Unesco, Manuel Maria Carrilho, defendeu na passada segunda-feira, na abertura do colóquio internacional “Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas num universo globalizado”, que os países da CPLP devem reencontrar-se “com as suas raízes históricas mundiais comuns” e “crescer em cosmopolitismo” para “se avançar na lusofonia”, dando à CPLP “uma efectiva ambição política global” e os meios para a concretizar.
Carrilho afirmou que tem faltado visão visão à política da língua portuguesa: esse reencontro e cosmopolitismo “em boa parte está por fazer” e “não deve ser adiado”, sendo necessário agir em função de “uma visão da lusofonia à altura dos desafios actuais”.

O ex-ministro referiu-se concretamente à necessidade de problematizar a base cultural que deve alicerçar uma política linguística internacional. “Tem-se valorizado, e bem, o chamado valor económico da língua, que em Portugal se aponta para 17 por cento do PIB [Produto Interno Bruto], [bem como] o valor da língua nas relações com o exterior, mas em matéria de língua não há valor económico sem uma robusta base cultural”.
A alavanca da estratégia de qualquer promoção da língua está na verdade fora dela: está na literatura, no cinema, no teatro, na música, no audiovisual, na produção dos conteúdos. Mas também está nos contactos, nas itinerâncias, nas parcerias que nestas áreas têm que ser “estruturais e exemplares”. Está na construção de um “espaço público comum”, sem o qual nenhuma comunidade comunica. “A política da língua faz-se em todos estes domínios, porque a língua não é uma essência, uma herança à margem do tempo, mas uma criação contínua que exprime a vida dos indivíduos e das comunidades”, defendeu Carrilho.

Continuar a ler "CPLP precisa de "efectiva ambição política global""

31.10.2010 | por martalanca | CPLP, língua portuguesa, lusofonia

Hernâni Almeida

Hernani Almeida, insere-se no contexto de músicos cabo-verdianos com educação musical formal. Faz um som de primeiríssima linha. Veja/ouça este brilhante guitarrista caboverdiano:

Hernani ALMEIDA was born on April 7th 1978 in São Vicente Island, Cape Verde Islands. He starts his musical activity at the age of 7 with a little keyboard that he replaces at the age of 14 by a guitar, instrument that remains his favourite till nowadays. In 1994, he formed his first rock band « WHAT », immediately catching the attention of the main capeverdean artists. After an invitation of Gerard MENDES (Boy G.), he starts playing traditional music, in a European tour. Since, he started playing with the big names of the capeverdean music, BAU, SARA TAVARES, TCHEKA, MAYRA ANDRADE In 1997 he joins the BAU formation (CESARIA EVORA’s guitarist) to record two albums, and sign a few compositions. Between 2000 and 2004, he learns classical music and jazz in the Conservatory of Music of Porto, in Portugal. In 2004, he works again with TCHEKA in the album NU MONDA, where he was the musical director. This album is REWARDED with the prize “DÉCOUVERTES RFI (International France Radio) musique du monde”. In 2005 he’s named “best guitarist” and, in 2006, “best artist” of the national prize NÔS MÚSICA, awards given annually to recognize the best capeverdean artists. Finally, at the age of 28, he decides to record his first solo album, called AFRONAMIM. Meanwhile he pursued with his career, namely being producer and [arrangeur musical]. . AFRONAMIM For his first solo cd, called AfronamiM, Hernani encircled itself with a private trio, constituted by the musicians who habitually play with Cesaria EVORA, to record ten instrumental songs, influenced by diferent musical currents, afro and jazz, nourished by a certain creole soul and by traditional rhythms as Morna, Coladeira and Funaná. A spellbinding album which proves us, the already big adulthood of this artist. Hernani Almeida, talented guitarist, instills a breath of fresh air in the capeverdean music. Dominique ROBELIN « (…) Hernani, is in my point of view the hope of the cape verdean music, because of his natural inspiration and his desire to raise the music by a certain discipline ». Paulino VIEIRA ARTIST BIOGRAPHY AS Musical Director, Studios, Concerts & Tours, • 1997 - Dany Mariano, Boy G. Mendes, Bau, Voginha e Herminia • 1999 * 2000 - Bau ( Blimundo, Harmonia); • 2001- MAYRA ANDRADE, SARA TAVARES; • 2002- Dulce Matias (Mel d’cana, Atlantic Production); BAU (Silencio, Harmonia) Dudu Araujo (Pidrinha, RB records); Tcheka (Argui, Lusafrica, Harmonia); • 2003 - Homero Fonseca; • 2004 - TCHEKA (Nu Monda, Lusafrica, Harmonia Mundi) Prémio Descobertas RFI; • 2005 - Swagato with Olinôs (Global Music); Gabriela Mendes (Tradição, Casa da Morna); • 2006 - Dudu Araujo (Nôs Cantador, RB Records); Tour with Tcheka (Europe e África); • 2007 - Tour with Tcheka (United States and Europe); Toon Switch; Banda sonora do DVD de WANDERLEY Silva (Boxe Pride); PRINCEZITO (Direcção musical); TCHEKA e LENINE, recording in Brazil for the album LONGI; VADU (Dixi Rubera) Musical director; • 2008 - ISA PEREIRA (Musical director); HABIB KOITÉ Concert (Alliance Française from Mindelo); recording with FRÉDÉRIC GALLIANO

30.10.2010 | por martalanca | Hernani Almeida, música caboverdiana

Ajudar o Zé Da Guiné. Porque ajudar não dói nada! 29 Outubro no Maxime

Ao calcorrear as ruas do movimentadíssimo Bairro Alto actual, muito poucos terão em mente, que uma das personagens que fez o “Bairro” começar a mexer, foi o ZÉ DA GUINÉ. 

Foi ele que, no fim dos anos 70, se atreveu a abrir um espaço “moderno” (o “Souk”) em pleno território de prostitutas, vinho verde, jornalistas, chulos, marialvas e fado. A partir daí nada foi como antes. O “Bairro”, tal como hoje o conhecemos, vibra - já sem prostituição, chularia e companhia - graças à ousadia do Zé.

Como alguns saberão, o Zé está doente há muito anos, e cada vez mais precisa de ajuda. Por isso, a 29 de Outubro o Maxime abre as suas portas com uma grande festa para o homenagear e conseguir algum apoio para a sua família. E porque «ajudar não dói nada», vamos encher o Maxime e viver uma noite que se quer memorável - como memoráveis foram as noites com que ele nos brindou, no “Souk”, na “Rock House” ou nas “Longas Noites”…

No palco, vai ser um desfilar de vedetas, entre as quais destacamos MANUEL JOÃO VIEIRA, MISS SUZIE, RUI REININHO, GIMBA, MICHEL, MIGUEL ANGELO, JP SIMÕES E ENA PÁ 2000. Para animar o baile até a madrugada doer, contamos com ZÉ PEDRO, RUI PREGAL DA CUNHA, TÓ RICCIARDI, E RENAS, entre muito outros!

Vamos todos - contemporâneos do Zé ou novas gerações de “Bairristas” - fazer uma grande noite e conseguir alguma ajuda financeira para um herói que (como tantos outros), está esquecido pelas entidades (in)competentes. Vamos dar uma mão ao Zé. Ajudar não dói nada. Pelo contrário, vai ser um prazer!

cabaret maxime . pç. alegria, 58 em lisboa 

abertura portas 22h00 . espectáculo 23h30 

reserva mesas: 213467090 . 916350427 . 967045836 

 

 

29.10.2010 | por franciscabagulho | Cabaré Maxime, Zé da Guiné

Festa no Regueirão dos Anos, amanhã!

29.10.2010 | por martalanca | Plataforma Gueto

Seu Jorge & Almaz


Seu Jorge has always put artistic freedom first. His extraordinary story spans theatre projects in Rio’s favelas, movie acting (as Knockout Ned in Fernando Meirelles’ City Of God, and with Bill Murray in Wes Anderson’s The Life Aquatic) and of course, becoming one of Brazil’s best known singers. The man happens to have samba’s most soulful voice. But as he proved with his celebrated album of David Bowie covers - the soundtrack to The Life Aquatic - he can pour that rich baritone into all kinds of music and utterly own it.

This brand new project is steeped in that smoky, soul-piercing voice, but it’s also about a band: Almaz. The other three members are hugely respected artists in their own right: Pupillo, one of the most sought-after drummers in Brazil, and Lucio Maia, voted seven times the best guitarist in the country, are both members of the legendary Nação Zumbi. And on bass, the award-winning film score composer Antonio Pinto (Central Station, City of God). They first met up to record a song for the Walter Salles film Linha de Passe and got such a buzz out of the chemistry in the studio they decided to record an entire album together.
That spontaneous, relaxed vibe flows throughout the record, and it also lives in the repertoire - each musician freely choosing songs which inspire them. “The only leader here is the music” says Jorge. The tracklist lays out twelve new versions of songs by twelve different songwriters, songs they love from Brazil, America and Europe. From Jorge Ben and Michael Jackson to Kraftwerk, Tim Maia and Roy Ayers, mixing samba, soul and rock, hits and obscurities, like spinning the dial on a dream radio.
“This project is a place for liberation” explains Antonio, and that freedom is something you feel at the heart of their spacey, psychedelic sound. As Lucio points out, there’s a great tradition of fabulous collaborations in Brazil, and it’s clear this is a band everyone deeply enjoys being part of. Pupillo: “Apart from being beautiful, the words of the song “Errare Humanum Est,” or ‘to err is human’, say everything about Almaz in the sense that taking risks is perfect, it’s good to have the freedom to play and create without being afraid to make a mistake.”
They may have been supremely relaxed but Seu Jorge and Almaz nail it every time. Tune in to their sublime version of “Everybody Loves The Sunshine,” rock out to their psych-samba “Pai João” and groove to a very laid-back “Rock With You.” With production by Mario C. (Beastie Boys, Jack Johnson), Seu Jorge and Almaz have made a record which has cinematic scale - an expansive free-flowing soundtrack to the movie in their minds.
(Biography supplied by artist management 2010)

Seu Jorge And Almaz (Nação Zumbi) 2010

veja mais em WOMAD

29.10.2010 | por martalanca | seu jorge

Investigar a felicidade

Próximo Futuro - 5 de novembro- Gulbenkian, Lisboa

29.10.2010 | por martalanca

The Liberation of Southern Africa _ ezine Africa Files, 2010

“Fifty years on from the beginnings of liberation in Africa, there is still much work to be done, especially in southern Africa where the final triumph over colonial and racial domination occurred. In each of the the five sites of the overt struggle against domination – Angola, Mozambique, Zimbabwe, Namibia and South Africa – there are clear signs of recolonization. This time by capital.” John S. Saul  

The Liberation of Southern Africa é o tema da ezine #12 da Africa Files.

29.10.2010 | por franciscabagulho | Southern Africa