Tarrafal book - 9 days left

Dear friends and colleagues,

The last three weeks since I last wrote you, have been incredible. Tarrafal went on a pre-sale campaign, and in only 14 days, we have reached 100% of the requested funds that will allow the book to go to print. I was both humbled and thrilled that so many people responded and decided to buy advanced signed copies among other exclusive Kickstarter rewards, such as prints and special editions of my previous books Condor and 46750. 


You still have 9 days left to buy advanced copies of Tarrafal in both the English or Portuguese editions, published by GOST and Tinta-da-China respectively. Even if we have already reached the funding goal, your contribution will still be extremely helpful to cover extra costs (including test prints and translation costs to name a few) but also it will provide extra resources to increase the print-run and make the book more accessible to a wider audience, like public libraries and universities. You can find out more about this project by clicking here to see all the details of the Kickstarter campaign. 


Thank you to the more than 160 people who have supported the book. You have already made the past 4 and half years that I have dedicated to Tarrafal, completely worth it! 
Bellow I am sharing with you some of the book spreads:

The Book

284 pages 
76 photographs printed in tritone
86 photographs printed in color
4 fold-outs
2 gate-folds
100 pages of documents and written correspondence
All books and other rewards will be shipped in May 2024. To learn more about this project check out this short video

05.02.2024 | por Nélida Brito | Books, tarrafal

Tenho trinta anos, estou na cadeia há quatro

A peça de teatro, Tenho trinta anos, estou na cadeia há quatro, baseada em alguns Papéis da Prisão de Luandino Vieira, entra em cena a 7 de julho de 2017, pelas 19h, na Zona de Congressos do Edifício Sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Com: António Simão, Daniel Martinho, João Meireles, João Pedro Mamede, Jorge Silva Melo e Pedro Carraca
Assistência de encenação: Andreia Bento
Encenação: Jorge Silva Melo

“Deve ser este o famoso Tarrafal, que reabriu quando mandaram para cá os angolanos”, escreve Luandino Vieira em 13 de Agosto de 1964, quando é enfiado no campo de concentração, vindo da Luanda onde desafiara a ditadura. “Parece um sonho vir cá parar.”

São notas, emoções, reflexões, factos, apontamentos, “bocados de nós próprios”, uma voz que teima em reter o tempo.

 

22.06.2017 | por martalanca | Luandino Vieira, Papeis da Prisão, Silva Melo, tarrafal

Cadernos de Prisão de Luandino Vieira

20.11.2015 | por martalanca | Luandino Vieira, tarrafal

Exposição sobre o Tarrafal e a Guerra Colonial na SPA, LISBOA

O António Valdemar e o Fernando Filipe assinalam os 50 anos do início da Guerra Colonial na sala Carlos Paredes da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) com uma exposição documental, que inclui mapas, fotografias e livros, que ajudam a traçar o caminho deste conflito e a identificar os seus protagonistas principais.

Cartaz da exposição, da autoria de Fernando Filipe.Cartaz da exposição, da autoria de Fernando Filipe.A exposição abre com dois painéis sobre o Campo do Tarrafal, um sobre a sua criação, em abril de 1936, como colónia penal, e que encerrou em 1946, e, o outro, sobre a sua reabertura,como campo de reclusão dos independentistas africanos, em 1961. O “Campo da Morte Lenta”, como ficou conhecido, foi criado na sequência da guerra civil espanhola e como prevenção para evitar o seu alastramento a Portugal.

O dispositivo legal, de 23 de abril de 1936, [Decreto-Lei n.º 26 539] determina que se trata de uma colónia penal destinada a cidadãos «desafetos do regime», que pelos seus antecedentes eram considerados perigosos e, por isso, devendo ser isolados em campos de concentração. O Campo do Tarrafal abriu as suas portas em 29 de outubro de 1936, para lá encerrar os sindicalistas do “18 de Janeiro” de 1934, os marinheiros da Organização Revolucionária da Armada (ORA), que tentaram a sublevação em 8 de setembro de 1936, assim como os anarco-sindicalistas da CGT e republicanos que conspiravam contra a Ditadura. Nesta primeira leva foram 152 pessoas.

Em 1946, vivia-se ainda a euforia do fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazi-fascismo, Salazar foi pressionado pelos aliados a realizar eleições, que anunciou «tão livres com as da livre Inglaterra», e a encerrar o campo de concentração do Tarrafal, o derradeiro a permanecer aberto. As eleições terminaram em farsa e o Tarrafal só encerrou em janeiro de 1954.

Em 1961, com a eclosão da luta armada em Luanda, por determinação do então ministro do Ultramar, Adriano Moreira, a prisão foi reaberta, passando a designar-se de “Campo de Trabalho do Chão Bom”, e ficou destinada a receber os que em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique lideravam os movimentos de libertação anticoloniais e independentistas. O Tarrafal fechou definitivamente no 1 de Maio de 1974, e os detidos enviados para os seus países, onde tiveram papel destacado na criação dos respetivos Estados. António Valdemar assinala em três dos painéis o papel de Adriano Moreira na manutenção do regime colonial, recordando o seu papel como subsecretário de Estado da Administração Ultramarina, entre 1960 e 1961, passando nesse ano a ministro do Ultramar, onde permaneceu em funções até 1963.

A.Melo

Exposição sobre o Tarrafal e a Guerra Colonial. Desde 8 de março na SPA _ Sociedade Portuguesa de Autores. Av. Duque de Loulé, 31. 1069 - 153   Lisboa

 

 

 

17.03.2012 | por franciscabagulho | guerra colonial, tarrafal

Tarrafal - Memórias do Campo da Morte Lenta

Diana Andringa, 2010

Com: Edmundo Pedro, Eulalia Fernandes de Andrade, Joaquim Lopes, Morgan Rusler 
Produção: Diana Andringa

vai passar na RTP1, dia 27, às 23h

 

Filmado durante o Simpósio Internacional sobre o Campo de Concentração do Tarrafal, que reuniu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, muitos dos que por ali passaram – antifascistas portugueses (1936-1954) e nacionalistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde (1962- 1974) – o documentário recolhe as memórias do português Edmundo Pedro, um dos dois únicos sobreviventes do primeiro período do campo, e de angolanos, guineenses e cabo-verdianos que ali foram encarcerados na sequência do desencadear da luta de libertação nas colónias. Os relatos, na primeira pessoa, revelam-nos a extrema dureza desse “campo da morte lenta”, criado à imagem dos campos de concentração nazis, mas também o modo como os prisioneiros conseguiram organizar-se para resistir e para, apoiados apenas na força dos seus ideais, ali reinventar a vida, até à Libertação.

21.04.2011 | por martalanca | documentário, tarrafal

CABO VERDE quer candidatar Tarrafal a património da humanidade

O primeiro-ministro de Cabo Verde disse hoje, em Lisboa, que conta com o apoio de Portugal e de outros países lusófonos para elevar o antigo campo de concentração do Tarrafal a património mundial da humanidade.

“Queremos contar com o contributo de Portugal, de todas as ex-colónias africanas [lusófonas] e do Brasil para podermos transformar este património de Cabo Verde, da Lusofonia, em património da humanidade. Nada melhor do que os próprios protagonistas do 25 de Abril poderem contribuir desta forma para a vivificação do espírito de abril”, afirmou José Maria Neves.

Tarrafal, arquivo BUALATarrafal, arquivo BUALA

O primeiro-ministro cabo-verdiano falava aos jornalistas à margem de uma palestra que proferiu na Associação 25 de Abril, em Lisboa, subordinada ao tema “A revolução de Abril e o seu impacto no Processo Histórico de Cabo Verde”.

José Maria Neves aproveitou a ocasião para falar do objetivo de Cabo Verde de candidatar o ex-campo de concentração do Tarrafal, situado no norte da ilha de Santiago, a património mundial da humanidade.

“A preservação do Tarrafal, que é um espaço de dominação, é também um hino à liberdade. Para mantermos firme o espírito de abril é fundamental que o Tarrafal seja património da humanidade”, explicou.

O Tarrafal, também conhecido por “campo da morte lenta”, foi formalmente instituído pelo regime da ditadura portuguesa, a 23 de abril de 1936, sob a designação de colónia penal de Cabo Verde.

Este campo recebeu, numa primeira fase, até 1954, arbitrariamente e sem qualquer direito de defesa, 340 presos políticos que lutavam contra o Estado Novo.

O antigo campo de concentração foi definitivamente encerrado a 01 de Maio de 1974.

Destak/Lusa 

17.04.2011 | por martalanca | património, tarrafal

35º Aniversário da Independência de Cabo Verde

Cinema e debate em Junho, no cinema S. Jorge,  Av. da Liberdade, Lisboa

Dia 23 – 19.30 horas: “S. Tomé – Os Últimos Contratados”, de Leão Lopes, retoma o tema doloroso da emigração para S. Tomé e do drama histórico que lhe está associado. Questão crucial da identidade crioula no Séc. XX, confrontada com o retorno à servidão e a espoliação da sua condição humana, os contratados de S. Tomé fogem da morte pela fome em Cabo Verde para enfrentar uma escravatura encapotada, condição que havia desaparecido do arquipélago desde há muito tempo. O fundamento da luta pela independência de Cabo Verde estriba-se na aspiração colectiva dos cabo-verdianos de “não ter que voltar a enfrentar o caminho de S. Tomée o trabalho escravo que lhe está associado. Não é possível compreender os últimos cem anos de história de Cabo Verde, sem ver este documentário.

 

Dia 24 – 19.30 horasTarrafal – Memórias do Campo da Morte Lenta”, da realizadora Diana Andringa, aborda um tema mais conhecido e divulgado em Portugal, e tem a seu favor o registo de memórias dos sobreviventes do Tarrafal. Hoje, os jornais e as revistas de turismo de todo o mundo falam de Cabo Verde, por boas razões como sejam o seu clima, o seu mar, a música, a literatura, mas já houve tempo em que a única menção de Cabo Verde nos jornais do mundo era a terrível e mal-afamada prisão do Tarrafal.

A recordar agora como são diferentes os tempos.

 

19.06.2010 | por martalanca | Leão Lopes, S.Tomé e Príncipe, tarrafal

The Khatàrsis Project in Cape Verde

 

A good example is The Khatàrsis Project, a multidisciplinary art installation that was displayed at the Casa da Imprensa in Praia in December 2009. The project was born out of the desire to explore debates about the former Tarrafal prison camp and the lives of the political prisoners incarcerated there during Portuguese colonial rule. The prison camp was set up by the Salazar regime near the beautiful Tarrafal beach, on the island of Santiago.

A memorial conference, organised by the Amílcar Cabral Foundation, was held last year. The main aim of this institution is to promote the memory of this famous Guinean-Cape Verdean hero. Recently, under the direction of Samira Pereira, it has also been involved in organising cultural activities aimed at young people. This foundation provided the means to allow the artists César Schofield Cardoso and João Paredela to carry out the Khatàrsis Project.

Female victims

The installation is based on a video by Cardoso, where the human rights violations that took place at Tarrafal are represented in a universal and symbolic way by showing a woman being subjected to violence, her small frame defenceless in her white dress. While men were locked up and tortured in the camp, those who were left behind – their wives and children – were just as much victims of the totalitarian regime.

The victim is played by the artist Soizic Larcher, who at the end of the video engages in action painting, where the physical action of painting represents a catharsis – the only solution to counter the eternal, inevitable violence of man.

 

Sandra Federici in: http://www.acp-eucourier.info/The-Khatarsis-Projec.1129.0.html?&L=ksednrwhpmbprx

05.06.2010 | por samirapereira | audiovisual, cabo verde, fundação amílcar cabral, instalação, praia, tarrafal