Patche Di Rima dia 08 de Agosto no espaço B.leza na noite di MANDJUANDADI

A madjuandadi é, numa tradução nua e crua, a convivência. Convivência essa que se faz, atendendo a numerosos factores, nomeadamente idade, gênero, etnia etc… Mas tendo sempre como pano de fundo a música, o cantar guineense que exterioriza o sentimento humano em todos os seus estados, recorrendo muita das vezes aos  (proverbios) ditos para fazer passar as mensagens.

Destaca-se o crioulo como a língua por meio da qual as cantigas de dito são expressas; investiga-se a origem dos termos mandjua e mandjuandadi, este último visto como organização de mulheres com estrutura, regras de funcionamento e eventos dos quais participam. As mandjuandadi são vistas também como lugar de manifestação cultural no qual as cantigas de dito são criadas, ganham corpo, ritmo, performance. A análise dessa performance vale-se, dentre outros recursos, da construção de operadores de discursos dos quais a cabaça e o pano se mostram como elementos de um sistema de sentido, na sua relação e articulação com as cantigas de dito. Procura-se demonstrar que as cantigas de mandjuandadi constituem uma das matrizes da poesia guineense poesia, já que em ambas fazem-se presentes tanto os recursos poéticos quanto temas que remetem a lugares e sentimentos que o sujeito poético encena.Para concluir deve-se realçar  e, na Guiné-Bissau, a oralidade ocupa um lugar muito importante; o cantar é onipresente, pois acompanha o contar – a narrativa –, o riso e o pranto, a alegria e a dor. O nascimento, a iniciação, o casamento, a morte, os mortos e os ancestrais proporcionam momentos de exaltação coletiva e são motivos para se entoarem as mais diversas canções. Por isso, diante da reduzida fonte escrita sobre as tradições guineenses, julga-se que, mais do que lamentar essa falta, é preciso tomar iniciativas que possam inverter a situação, abrindo caminhos para estudos e pesquisas sobre esse volumoso e rico patrimônio cultural. Por isso trouxemos para aqui hoje a nossa mandjuandadi para juntos cantarmos a nossa guinendadi.
BY: LAGARTIXA ANDRE MENDES

27.07.2013 | por martalanca | Guiné Bissau, Patché di Rima

1 de abril, domingo, com o guineense Patché di Rima no BARTÔ

Patché di Rima despertou para o mundo da música em Bissau, no ano de 2000, incentivado pelo grupo Vatos Locos e Cicero Spencer Gomes. Com a sua boa música, empenho e dinamismo, tornou-se conhecido na sociedade guineense, já na banda musical Solo Crioulo, mais tarde como Mantambeza. Além de músico, animava campanhas de prevenção de doenças, defesa de mulheres e crianças, e conquistou um festival de música. Foi o mentor e o produtor da primeira coletânea de música moderna guineense “Guiné no Coração”. Depois de palcos internacionais e muitos prémios, criou o novo estilo musical, o sikó, que diz ser o renascimento da nova identidade africana. Rendez vous de Siko ultrapassa fronteiras e une gerações num forte apelo à reconciliação, formação de quadros e à verdadeira paz para o tão sofrido continente africano. Este será um concerto memorável com a sua garra que inebria multidões!

das 22h às 3h no Zona Franca no Bartô - Chapitô - LISBOA

ENTRADA LIVRE

01.04.2012 | por martalanca | Guiné Bissau, Patché di Rima

Patché di Rima - "Ingratessa" nas Festas do Vale da Amoreira

18.08.2011 | por martalanca | Patché di Rima