Kinshasa é para os ouvidos

Você deve ouvir Kinshasa. Kinshasa é para os ouvidos, não para os olhos

É desse jeito singelo que o músico congolense Jupiter Bokondji descreve a capital da República Democrática do Congo, uma das cidades mais musicais do continente africano.

É difícil dizer o que é mais inspirador: a música de Jupiter ou sua história de vida. Segundo o texto do site Groovalizacion, adaptado pelo tás a ver?, ”quando ninguém se atrevia a redimensionar os sons da música congolesa, por medo de transformar sua frutífera tradição, Jupiter, que tinha acabado de chegar a Kinshasa, depois de ter vivido na Alemanha do Leste e na Bélgica como filho de um diplomata, trouxe na mala os ritmos que lhe tinham quebrado a cabeça. Com os pés na cidade, a realidade tomou-o de surpresa e na rua, a música manteve-o no caminho da dignidade. Vivendo para e pela sua música, entendeu, viajando pelo seu país, a força que cada uma das 450 etnias existentes no Congo traz em seus ritmos, de onde surgem uma gama inimaginável de sons, muitos dos quais chegaram até outros continentes. No documentário “Jupiter’s Dance” (2006 – trailer acima), que passeia pela vanguarda do movimento underground da capital, Bokondji conta-nos: “Uma pessoa não vê a Kinshasa, ouve-a. Em cada casa há um músico”. A banda que o acompanha, The Okwess Internacional, mistura os ritmos do Kassai, Baixo Congo, Ecuador e outras regiões do Congo, com a pimenta do Afro-Beat, do Reggae, do Rock e do Funk… este ritmo alucinante Jupiter cunhou de Bofenia Rock.”

Depois de 20 anos estudando e produzindo música, Jupiter finalmente começou a ficar conhecido fora do Congo. Gravou pela Virgin o excelente álbum “Man Don’t Cry” (2007), fez um tours pela Europa e esteveno Brasil no ano passado durante o festival Back2Black. Mas mesmo com essa ascensão recente, suas musicas mantêm a sonoridade dos guettos que o revelaram, muitas vezes nascendo de encontros, instrumentos e situações improvisadas, como é possível ver nesse vídeo.

 Ju Borges, no Tás a Ver 

08.02.2013 | por martalanca | Jupiter Bokondji, Kinshasa, República Democrática do Congo

Conferência de Filip De Boeck, no ISCTE, LISBOA

URBAN FUTURES IN CENTRAL AFRICA: THE CASE OF KINSHASA

Conferência de Filip De Boeck (Universidade Católica de Lovaina) integrada no Ciclo Internacional de Conferências DoutoraisPrograma de Doutoramento em Estudos Africanos
6 de Maio de 2011, 18h00 Aud. Afonso de BarrosAla Autónoma, ISCTE-IUL

02.05.2011 | por franciscabagulho | Filip De Boeck, Kinshasa, RDC

Envisaging New Urban Futures for Kinshasa

Thursday, 24 February 2011 – 2 pm

7 pm 
Lecture by Prof. Dr. Filip de Boeck, Leuven
Organized in co-operation with the Cologne African Studies Centre (CASC) at the University of Cologne

(Event in English)
This lecture addresses the tensions between life as lived on the ground by millions of urban residents in Kinshasa and the official attempts which are currently being launched by the Congolese government to create a new -but exclusionist- urban environment. In order to illustrate this tension two concrete cases are introduced: a first case focuses on current modes of ‘informal’ urban expansion and random occupation of space in the city. The second case deals with the development of a new urban project, the ‘Cité du Fleuve’, which fully illustrates the official vision of Kinshasa’s urban future.Mapping Kinshasa, 2010 Department of Architecture and Urban Planing UGentMapping Kinshasa, 2010 Department of Architecture and Urban Planing UGent

Afropolis/Stadt Medien Kunst

Rautenstrauch-Joest-Museum Kulturen der Welt
Cäcilienstrasse 29–33
50667 Cologne /Germany
www.museenkoeln.de/rautenstrauch-joest-museum

 

 

20.02.2011 | por nadinesiegert | Future, Kinshasa, Kongo, Urbanity