"África fantasma", de João Samões

18 Abril I 21h30 no Teatro Municial de Almada

Nesta peça de teatro são criadas e manipuladas realidades e turbulências do domínio do exótico e do erótico, interpenetram-se memórias e reflexões sobre o colonialismo e o racismo. África transforma-se num lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projectam todas as fantasias e fantasmas.

In this play, realities and turbulences from the realm of the exotic and the erotic are created and manipulated, memories and reflections about colonialism and racism are mixed together. Africa is transformed into a place of imaginary representations, a huge territory in which all fantasies and ghosts can be projected.

Criação e encenação João Samões

Dramaturgia e espaço cénico João Samões Texto montagem e adaptação de João Samões a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha, Louis-Ferdinand Céline, Langston Hughes Interpretação Joana Bárcia Produção João Samões Produção executiva Mónia Mota Registo fotografia Tatiana Macedo Registo vídeo João Dias Apoios DuplaCena, Instituto Franco-Português, Teatro Municipal São Luiz Ano 2010-2013 Duração 50’

Co-produção Fundação Calouste Gulbenkian/Próximo Futuro

02.04.2015 | por martalanca | África Fantasma, João Samões, teatro

África fantasma de João Samões no Temps d'Images 2010

A dramaturgia desta nova criação de João Samões foi guiada e assombrada pela África Fantasma de Michel Leiris, um texto etnográfico saturado de sombras de um passado colonial familiar à nossa história colectiva. O texto foi utilizado e manipulado como um mapa a percorrer (trilhar e triturar) e uma superfície de projecção (tela e ecrã) para os meus próprios fantasmas.

Leiris parte na primeira expedição etnográfica francesa a África, como um homem que perdeu a sua sombra, já não oficialmente um membro do grupo surrealista de Paris, mas ainda imbuído dessa histórica experiência revolucionária e libertária. Os sonhos, o acaso, a arte primitiva, o sexo e aventura, a loucura e a morte - contrapontos a um cada vez mais vincado e feroz racionalismo científico e capitalista - abrindo as possibilidades da experiência humana. África torna-se um imenso território onde ele projecta as suas fantasias e fantasmas.

Criação, dramaturgia, espaço cénico e sonoro João Samões Textos a partir de Michel Leiris, Frantz Fanon Interpretação Laurinda Chiungue Interpretação musical Jan Wierzba Figurantes Tiago Gandra, Cátia Leitão Colaboração artística Cláudia Dias, Mónia Mota Direcção técnica Carlos Gonçalves Técnico de cena José Pedro Sousa Registo e edição vídeo João Dias, João Samões Registo fotográfico Ricardo Mendes Produção Os Três Caracóis Co-produção DuplaCena/Temps d`Images 2010

João Samões nasceu em Lisboa, em 1970. Estudou Antropologia, técnicas de improvisação e composição coreográfica em Lisboa e Nova Iorque. Entre 1991 e 1996 colaborou como actor, performer e dramaturgo com a companhia de teatro Olho. Intérprete de dança contemporânea em criações de Francisco Camacho (1997 e 1998) e Vera Mantero (2001 e 2002). Em 1998 foi convidado para o Crashlanding@Lisboa, um projecto internacional de improvisação concebido por Meg Stuart. Criou as peças: 18 Minutos (2000), Zonas de Ruidosa Influência (2004), O Labirinto a Morte e o Público  (2007), Blackout (2008), África Fantasma (2010). O seu trabalho como criador e intérprete de artes performativas tem sido apresentado em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Áustria e México.

5 e 6 Novembro, 21h30, INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS, LISBOA Avenida Luís Bivar, 91, Metro Saldanha, São Sebastião, €5

Informações e Reservas: ostrescaracois@gmail.com / 918 086 407

www.joaosamoes.blogspot.com    www.ifp-lisboa.com    www.tempsdimages-portugal.com

01.11.2010 | por franciscabagulho | África Fantasma, João Samões, Michel Leiris, Temps d'Images