CCB - Ciclo de conferências «Outros Espaços» Tema 2024: «As margens da liberdade»

https://www.ccb.pt/evento/ciclo-de-conferencias-outros-espacos/2024-03-0...

 

DATAS / HORÁRIOS

24 fevereiro, 9 março, 13 abril, 11 maio, 22 junho de 202415:00

Auditório do MAC/CCBA participação será gratuita, mediante aquisição do bilhete de entrada no museu.

O ciclo de conferências «Outros Espaços» é uma parceria entre o Centro Cultural de Belém, a Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) e o Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT) da Universidade Lusófona — Centro Universitário de Lisboa.

 

Apresentando-se como um espaço de diálogo plural, esta parceria procura ligar a produção académica e científica à comunidade e proporcionar a transmissão de conhecimento. A ação que cada instituição leva a cabo contempla a ativação de sinergias temáticas entre áreas como as artes visuais, o cinema, as artes cénicas e as artes sonoras, a comunicação e a cultura, a arquitetura e os novos dispositivos digitais.

«As margens da liberdade», 2024

 O tema para a programação do ano de 2024 centra-se no pensamento das margens da liberdade em todas as suas vertentes — das artes visuais, passando pelo cinema, à arquitetura, ao conceito do político e à cultura em geral. Num ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, sem nos querermos sobrepor a programações atinentes às celebrações, propomos pensar como, em momentos de cerceamento da liberdade, em espaços de movimento direcionado, o ser humano foi, tanto individualmente como em comunidades constituídas para o efeito, reagindo aos limites que lhe eram impostos. Dessa forma, criaram-se momentos e espaços em que a experiência individual e coletiva, de forma mais explícita ou mais sub-reptícia, soube alargar as imposições que cada instante histórico e os seus lugares iam condicionando.

 

24 de fevereiro | 15:00

Margens da Igreja durante o Estado Novo: D. António Ferreira Gomes e D. Sebastião Soares de Resende

Conferência por Moisés Lemos Martins

 

Quando das eleições para Presidente da República, em 1958, D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, escreveu uma carta a Salazar que lhe valeu dez anos de exílio, entre 1958 e 1968. O bispo reprovava a situação interna do país: o país «do pé descalço, do maltrapilho, do farrapão» era, além disso, um país sem liberdade.

Por outro lado, D. Sebastião Soares de Resende, que foi o primeiro bispo da Beira, entre 1943 e 1967, em Moçambique, logo em 1944 denunciou «a escravatura» que imperava na Beira. E depois, no Concílio Vaticano II (1962–1965), foi o único bispo português a denunciar as ditaduras e o colonialismo. Os dois bispos representavam, todavia, uma Igreja das margens durante o Estado Novo.

 

Em 1949, Salazar escreveu o seguinte: «Portugal nasceu à sombra da Igreja, e a religião católica foi desde o começo elemento formativo da alma da Nação e traço dominante do carácter do povo português. Nas suas andanças pelo Mundo — a descobrir, a mercadejar, a propagar a fé — impôs-se sem hesitações a conclusão: português, logo católico.»

 

Agradecido a Salazar, o episcopado português sempre demonstrou obediência e reverência ao Estado Novo, uma situação a que apenas o 25 de Abril de 1974 veio pôr cobro.

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9 de março | 15:00

Como defender os direitos humanos na era digital?

Conferência por Maria Eduarda Gonçalves

 

A Internet converteu-se no espaço público do século XXI. Inicialmente apresentada como promessa de maior liberdade de expressão e comunicação, a Internet, na era das plataformas digitais, tem visto crescer uma apreensão generalizada não só quanto aos seus impactos potencialmente adversos na saúde pública, na polarização social e na difusão de fake news e discursos de ódio, mas também quanto ao poder excessivo das big tech que a dominam.

Na União Europeia, a resposta a estes desafios encontrou expressão num corpus legislativo inovador no contexto global em domínios como a proteção de dados pessoais e a regulação dos serviços digitais e da inteligência artificial. Naquilo que se revela uma característica assinalável desta legislação, foram delegadas importantes responsabilidades regulatórias aos próprios operadores tecnológicos em detrimento da autoridade pública — uma opção, todavia, controversa.

 

A este respeito, será legítimo falar de uma mudança do paradigma público convencional do direito e da regulação em virtude de um paradigma de natureza privada? E fará sentido imaginar um novo momento constituinte que permita adaptar às realidades da era digital tanto o regime das liberdades e direitos fundamentais como o controlo dos poderes?

 

https://ciencia.iscte-iul.pt/authors/maria-eduarda-goncalves/cv

https://www.researchgate.net/profile/Maria-Eduarda-Goncalves-2

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13 de abril | 15:00

Novilínguas e Liberdade de Expressão: Novas Margens

Conferência por Teresa Maia e Carmo

 

O logro em que se vem transformando a própria designação da liberdade de expressão — direito constitucionalmente garantido, mas hoje atravessado por diferentes apropriações societais moldadas por algoritmos opacos — convoca um revisitar das novas tessituras entre discurso e poder(es) na contemporaneidade mediática.

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11 de maio | 15:00

Pedagogia da memória, lembrar para desaprender:

Notas a partir do projeto Sala Colonial (Lamego, 2021–2024)

Conferência por Catarina Simão

Em 1980, a direção do antigo Liceu de Lamego entregou ao museu da cidade cerca de 300 artefactos africanos que faziam parte do espólio da Sala Colonial existente naquela escola desde 1938. A Sala Colonial foi um modelo escolar de exaltação nacional que, durante o Estado Novo, serviu a propaganda do «Império Português em África». No pós-25 de abril, a desativação dessa sala constituiu um primeiro gesto para se desembaraçar das marcas desse episódio singular de pedagogia fascista e racista. Mas os problemas profundos ligados à descolonização permaneceram no modelo pedagógico de conhecimento «sobre África», estendendo-se transversalmente às práticas museográficas e de arquivo, absorvidas pela inércia geral do modo pensante cristalizado nos instrumentos de classificação e de acesso. Em 2022, a convite do Museu de Lamego e da Escola Secundária de Latino Coelho — o antigo Liceu de Lamego —, este episódio foi problematizado por via de um projeto iniciado pela artista portuguesa Catarina Simão. 50 anos passados sobre o 25 de Abril de 1974, muito tem falhado no exercício de reconhecer e exorcizar o nosso legado colonial. É no aspeto confessional do seu arquivo, no confronto da sua exposição, que deveria, por fim, residir a força para colocar a nossa história ao serviço das exigências antirracistas de hoje.

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22 de junho | 15:00

Margens de certa maneira: revolução no cinema

Conferência por Maria do Carmo Piçarra

Esta conferência aborda imagens cinematográficas revolucionárias invisibilizadas por um certo modo de «governar a memória». Através da análise de imagens, resgatadas da sua «não-inscrição», proponho considerar persistências e ruturas na projeção — nacional e dos países e territórios da CPLP — através do cinema.

16.02.2024 | por Nélida Brito | arte, cinema, internet, liberdade, memória

Dante pushing towards world’s first 100G transatlantic network for research and education

Call for collaborative partners in ground-breaking transatlantic trials

6 March, 2013, Cambridge UK
: DANTE, representing the pan-European GÉANT network, and the America Connects to Europe project (ACE), managed by Indiana University, have launched a Prior Information Notice (PIN) to progress the implementation of the first ever 100G (gigabits per second) transatlantic links for the research and education community.

Whereas big research projects are already benefiting from the superfast 100G speeds presently being rolled out across the GÉANT network, it is DANTE’s view that data flows may suffer in the near future once they reach the Atlantic. Between them GÉANT and ACE already offer over 80Gbps of transatlantic connectivity, however this is comprised of multiple 10G links and will lead to bottlenecks in the future for those 100G users. For that reason, DANTE aims to replace these over time with multiple 100G links, ensuring that partners in large research projects in areas such as radio astronomy, global earth observation, medical research and particle physics continue to benefit from the best available connectivity.

Click here to read the full story.

Potential suppliers 
can view the full PIN here or by copying and pasting this link in to your browser: http://ted.europa.eu/udl?uri=TED:NOTICE:67221-2013:TEXT:EN:HTML
Further press info: Paul Maurice
Email | paul.maurice@dante.net
Tel. | +44 1223 371 300

07.03.2013 | por herminiobovino | data sharing, internet, networking technology

Music from Saharan Cellphones. Vol 1 and Vol 2

Em 2010, depois de longas viagens no Mali e na Mauritânia, Chris Kirkley apresentou “Music from Saharan Cellphones. Vol 1”. Uma gravação em K7 rapidamente se tornou viral. Depois disso, Christopher Kirkley lançou o volume 2 da mesma colecção e ainda um album remix Music for Saharan cell phones.

«Ce qui m’a passionné c’est la métaphore d’un Internet à pied. Les échanges de téléphone à téléphone ont créé un peer-to-peer physique, un réseau d’échanges libres qui fait réfléchir sur la façon dont, en Occident, la course au copyright a verrouillé la culture. Nos idées sur la circulation de la culture dématérialisée sont les mêmes qu’à l’époque du phonographe, alors qu’ici, tout est très différent. Au Sahel, l’échange est roi.» 

ver +: http://sahelsounds.com/

http://atelier.rfi.fr/profiles/blogs/christopher-kirkley

http://www.ecrans.fr/Le-Sahel-en-musicolor,16032.html

uma dica de RFC

04.03.2013 | por franciscabagulho | internet, mali, mauritania, música

workshop de Wordpress e as plataformas livres na cultura

O Workshop de Wordpress e as plataformas livres na cultura realiza-se em Faro nos próximos dias 10 e 11 de Setembro na sede da AGECAL.
A comunicação cultural na actualidade passa pela utilização do espaço virtual na difusão de conteúdos. O acto de projectar a informação, inicia-se no momento em que escolhemos as plataformas de trabalho. Com orçamentos reduzidos e fraca capacidade de conhecimentos técnicos nesta área, como poderão os agentes culturais responder a um mundo virtual em constante actualização?. A resposta passa por trabalhar em rede, utilizando plataformas livres que permitam a partilha de saber e a interacção com diversas comunidades. 
Pensado para dar uma introdução sobre algumas das mais dinâmicas plataformas de uso web, este workshop  pretende partilhar conhecimentos na óptica do utilizador básico, tendo como ponto de partida a criação de um site na plataforma colaborativa Wordpress. Seguir-se-ão exercícios de conhecimento e ligação a diversas plataformas web, como redes sociais e outras aplicações úteis para o trabalho em rede.
- O mundo web e partilha de informação.
- Construção de um site em wordpress e trabalho em rede
- Interacção com aplicativos web
Formador: Jorge Rochas (www.jorgerocha.org)
Público alvo: Agentes culturais, artistas e outros criativos, público em geral com interesse na matéria.  
Pré-requisitos: Estar familiarizado com o uso de internet na lógica do utilizador.
Requisitos adicionais: trazer computador que permita ligação wifi.
Para mais informações e inscrições consulte o site da www.agecal.pt 

28.08.2011 | por martalanca | comunicação, internet, Jorge Rocha, mundo virtual