Mulheres e Escravatura em África e na América: Uma Abordagem Comparativa

 

Nos dias 4 e 5 de julho (2024), acontecerá uma conferência internacional na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Organizada pela Eugénia Rodrigues e por Robson Costa, esta conferência tem como objetivo discutir as múltiplas faces da escravidão de mulheres e meninas na América e na África, numa pespectiva comparativa, regional ou local.  O evento contará com a presença das oradoras Adriana Dantas Reis e Mariana P. Candido.  


Para mais informações consultar: Centro de História da Universidade de Lisboa (ulisboa.pt)

 

21.03.2024 | por Nélida Brito | África-América, discussão, escravatura, FLUL, mulheres

"O Vale da Amoreira das Primeiras Coisas. Conversa com o escritor Bruno Vieira Amaral" - 22 March 2024, 19h00-21h00, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

The organizers of the seminar cycle “Memory, Culture and Citizenship in Post-Colonial Nations” are pleased to invite you to a conversation with Portuguese writer Bruno Vieira Amaral, author of the awarded book on Vale da Amoreira “As Primeiras Coisas” (2013).

The conversation will be conducted by Susana Araújo (FLUC, CECOMP FLUL).

The session will take place on 22 March, from 7pm to 9pm, at the Library of the School of Arts and Humanities, University of Lisbon (room B112.B) and will be held in Portuguese.

Morgane Delaunay

Docteure en Histoire Moderne et Contemporaine - Doutora em História Moderna e Contemporânea

Post-doc “Constellations of Memory: a multidirectional study of postcolonial migration and remembering”

 

PTDC/SOC-ANT/4292/2021

Centro de Estudos Comparatistas, Faculdade de Letras

Universidade de Lisboa

 

Elsa Peralta 

elsa.peralta@campus.ul.pt

Investigadora Principal

Centro de Estudos Comparatistas

Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa

 

 

19.03.2024 | por Nélida Brito | cidadãos, cultura, FLUL, memórias, pós-colonial

NEEA CONTRA O RACISMO, Manifesto assinado

 

A proliferação do racismo quotidiano tem recebido pouca atenção em Portugal, sobretudo nas instituições de ensino e ciência. O mito do “luso-tropicalismo” e a ideia de um país de “brandos costumes”, infelizmente, contribui para (des)racializar as relações sociais. A sociedade portuguesa está, claramente, marcada pelas divisões raciais e étnicas, particularmente, em zonas mais densamente populosas. A negação do racismo sistêmico, institucional e estrutural parece ser uma regra não verbalizada em Portugal. Na academia, assim como na política ignoram-se, frequentemente, as experiências de pessoas negras, justificando as violências baseadas na “raça” como acontecimentos que se sucedem devido a diferenças ditas culturais. Esta abordagem resulta de uma leitura do racismo como resultado do confronto entre o “exotismo” do “imigrante” e a “modernidade” da sociedade que o acolhe. O racismo está presente em todas as esferas da vida quotidiana devido ao passado colonial de Portugal e das representações sociais e históricas que continuam na sociedade.

O racismo está estrategicamente camuflado pela ideia de uma pseudodemocracia racial, nos discursos políticos, académicos, históricos que organizam corpos e criam estruturas de poder. Porém, o racismo se manifesta de forma mais explicita no dia-a-dia, nos corredores e salas das universidades, nas redes sociais, muitas vezes sob a alegação de liberdade de expressão. A violência racista e o assédio racial presente nas instituições contribuem para desestabilizar a aprendizagem dos estudantes negros.

Apesar de estarmos cientes que o sistema de educação em Portugal é uma bolha política de manutenção, organização, modificação e propagação de um discurso legitimador das desigualdades sociais e das estruturas de poder, torna-se constrangedor e perturbador quando a discriminação racial e o ódio encontram palco durante uma aula.

O Núcleo de Estudos e Estudantes Africanos (NEEA), da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através desta carta, ergue a sua voz contra todo e qualquer tipo de discriminação, preconceito e ódio social. Enquanto membros da comunidade académica da FLUL vimos aqui:

Denunciar o caso de discriminação racial dirigido a um membro do núcleo durante uma aula

Mostrar o nosso descontentamento em relação à posição da faculdade quanto à denúncia realizada pelo estudante

No dia 25/10/2022, durante a aula de Multilinguismo e Política Linguística, um estudante do curso de Estudos Africanos da FLUL e membro do NEEA, sofreu insultos/ comentários de cariz racial. No contexto de sala de aula, o estudante foi insultado por três colegas, referindo-se a ele como “macaco”. Os comentários foram testemunhados por outros alunos que partilharam o sucedido com a vítima. Prontamente, foram tomadas diligências de forma a denunciar o caso. Foi reportado à coordenação do curso que, imediatamente, condenou o sucedido, fez chegar as informações ao professor da unidade curricular em questão e mostrou-se disponível para apoiar nessa demanda.

A 10 de novembro, o nosso colega apresentou uma queixa diante da direção da faculdade. No dia 14/11/2022, foi instaurado um processo de inquérito. O relatório final foi analisado e concluíram que “analisado o teor da queixa, verifica-se que, apesar dos testemunhos, que corroboram o facto alegado, não foi possível determinar a identidade dos autores dos comentários”. Consequentemente, determinaram o arquivamento do inquérito.

Sabe-se que as universidades são espaços elitizados e com pouca diversidade, em que os grupos marginalizados que conseguem ter acesso a estas instituições não têm medidas ou políticas eficazes de permanência. Os atos de racismo, assédio racial e de género têm sido recorrentes nas universidades portuguesas e a sensação que existe é de impunidade.

De acordo com o código de conduta, a Universidade de Lisboa rege-se pelo princípio da igualdade de oportunidades e respeito pelos direitos humanos. A UL considera violações de conduta discriminações baseadas na ascendência ou descendência familiar, género, etnia, língua e território de origem. Porém, não considera a discriminação racial como violação de conduta e a igualdade racial como um direito humano fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Diante disto, torna-se evidente que a Universidade não assegura o respeito pela liberdade d ume pessoas negras que fazem parte da comunidade académica. Neste sentido, vimos exigir:

O respeito pelos direitos e liberdades de estudantes negro/as, afrodescendentes e africano/as que fazem parte da comunidade académica da UL.

A abertura de canais para debate, sensibilização e consciencialização da comunidade académica sobre racismo e todos os tipos de discriminação.

Um posicionamento firme e público desta universidade contra casos de racismo que ocorram no contexto académico.

As reivindicações aqui apresentadas representam,   de alguma forma, os anseios por uma Universidade mais inclusiva, mais aberta e mais diversa. Acreditamos ser da responsabilidade das instituições de ensino e ciência capacitar seres humanos mais tolerantes, empáticos, com elevados padrões éticos e profissionais, dotados de um pensamento e um discurso crítico e empenhados no progresso social de todos.

Chamamos a atenção para o Plano para a Igualdade de Género, Oportunidades Iguais e Diversidade da FLUL (2021), condizentes com agendas internacionais, estando em “concordância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, nomeadamente o Objetivo 5 – Igualdade de Género, com a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030”. A agenda 2030 tem como 10º objetivo reduzir as desigualdades. Nesta meta/objetivo a UN recomenda que os países “capacitem e promovam a inclusão social, económica e política de todos, independentemente de idade, sexo, deficiência, raça, etnia, origem, religião ou condição econômica ou outra.” Se a própria Agenda 2030 reconhece a categoria social de raça, enquanto condição de desigualdades e discriminações de grupos socialmente marginalizados, por que razão a Universidade de Lisboa – instituição comprometida com progresso social - nega a sua existência e o seu impacto?

Finalmente, frisa-se que o incidente aqui denunciado não se trata de um caso isolado, uma vez que, em muitas outras instituições de educação e ciência do país tem havido outros casos de violência racial. O NEEA compromete-se a ser uma plataforma de debate antirracista no contexto académico. “É, portanto, fulcral assinalar que o antirracismo é um campo político atravessado por divergências fundamentais, tanto na produção de conhecimento sobre o próprio racismo como nas propostas de transformação política” (Araújo e Maeso, 2019).

Deste modo, convidamos a comunidade académica e a sociedade civil a estarem presentes na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no dia 6 de Dezembro, às 12h30, para nos mobilizarmos contra o racismo no contexto académico.

Queremos expressar o nosso apoio ao nosso colega, bem como apelar à responsabilização académica, institucional e, sobretudo, humana e a necessidade de criar políticas afirmativas que transformem a realidade do racismo institucional em Portugal.

A VIDA DOS ESTUDANTES NEGROS IMPORTAM!

Assinaturas ao manifesto

Tomásio Varela Mendes da Costa - FLUL

Beatriz Quaresma Verdinho-FLUL

Vanda M. A. Monteiro Marques da Silva - Operadora de Tráfego Marítimo

Ana Paula Ferreira da Silva-FLUL

Madalena Moreira de Sá - Tradutora, Facilitadora de Práticas Conectivas 

Etiandro Gomes Injai-FLUL

Nelma Andrade - FLUL

Pedro Ferreira - FLUL

Joel José Ginga - UAberta

Ana Bela Profeta Alves - Psicóloga

Célia Pires - Produtora Audiovisuais

Anizabela Amaral - jurista e ativista anti-racista

Pedro Schacht Pereira - Professor, The Ohio State University

Inês Beleza Barreiros - historiadora da arte

Jorge Fonseca de Almeida - Economista, MBA

Myriam Taylor de Carvalho - Empreendedora de Impacto Social/Estratega Social

Marisa Santos- FLUL

Anabela Simões Ferreira - escritora

Juliana Branco Dias - FLUL

Lúcia Furtado - Contabilista Certificada

Beatriz Tavares- FLUL

Fodé Sanhá- FLUL

Leah Serra Kelly - FLUL

Maria Beatriz Lourenço - FLUL

Pedro Sousa - FLUL

Joice Contente - ISCSP

Luís G. Rodrigues - FLUL

Afonso da Cunha Viola - FLUL

Ana Beatriz Oliveira- FLUL

Shelsia Q. D. A. Gourgel- ISCSP

Eunice Gomes - FCSH

Giovanna Borrelli - FLUL (Erasmus)

Leonor Cruz - FLUL

Márcia Lobo

Beatriz G. Pires - FLUL

Laudiana Correia - FLUL

Dara Gomes - FLUL

Áurea Sofia Silva- FCSH

Lismara G. Gomes - FCSH

Eugénio Nogueira

Neise Trigueiros - FCSH

Amadu Sabali - FCSH

Liliana Correia

Beatriz de Oliveira - FLUL

Kira Graça - FLUL

Sara Marques Nobre - FLUL

Kathia Pereira- FLUL

Tiago Pires Correia- FLUL

Ivânia Vera Cruz-FLUL

Beatriz F. Mestre - FLUL

Raquel Pires Saraiva - FLUL

Beatriz Carola - FLUL

Matilde Mala - FLUL

Fatumata Djabula - FCSH

Mário Jorge Matos - FLUL

Raquel Serdoura- Ativista

Inês Rondão - FLUL

Beatriz Alves - Leiden University

Melanie Delgado- FLUL

Sofia Patrão - IADE

Janaína Silva - FLUL

Aline Carvalho - FCT UNL

Beatriz Rodrigues - FLUL

Miriam Franco- FLUL

David Rendeiro - FLUL

Júlia Oliveira - FLUL

Inês Mateus - FLUL

Bruna Monteiro - FLUL

Renata Almeida Cabral - FLUL

Daniela Figueiredo - FLUL

Telma João Santos - Investigadora - CHAIA-UÉ

Elijah Alex de Gouveia Vilaça Barros - FLUL

Natacha Soraia Silva Ornatovskyy - FLUL

João Carlos Carvalho - FLUL

Bárbara Machado - FLUL

Shereen Lalgy - BAU Cyprus

Edson Lázaro - Empresário e Ex-Vice Presidente do NEEA-FLUL

Frederico José Monção de Brito - NOVA FCSH / Estagiário me

Francisco Maria Fragoso Cerol - FLUL

Guilherme Resende - ISCSP

Sofia Nunes - FLUL

Beatriz Grilo - FLUL

Francisco Freitas - ISEP

Alexandre Burity Baluga - Alumini FLUL

Tiago Gomes - FCUL

Beatriz Barbosa

Madalena Paulo - FLUL

Marta Barrigot - FLUL

Jussara Nagana Cabral

Marliato Jalo

Calido Buli sane- Contabilista

Aminata Nanqur

Cadija Mendonça

Amadu Djogo Djalo

Djuco Baba Sanhá- Hospital D. Estefânia

Rafael Sanhá- Futebolista

Jerssi Paulo

Abubacar M. Sanhá-

Larissa Kansler

Susana Gomes - FLUL

Patrícia Martins - Licenciada FLUL

Nicole Fernandes - FLUL

Abubacar Sanhá- Turismólogo

Iacuba Baba Sanhá

Bruno Fernandes- FLUL

Moro Sanhá

Ansel Silva - FCUL

Ariclene Chimbili - FCT-UNL

Gilson Manuel - FCT-UNL

João Melo- FLUL

Gabriela Pinto - FLUL

Aaliyah Gomes-Nova FCT

Maria Costa- FLUL

Clara Raposo-FLUL

Mariana Gomes- FLUL

Maria Ferreira- FLUL

Margarida Fernandes-FLUL

DeMaria Fernanda Santos Souza - ULHT

Etelvina Maria Ferreira

Pedro Lopes- FCSH

Anabela Henriques Esteves - FLUL

Ana Margarida - FCSH

Laura Batista - FCSH

Bruna Alexandra Frederico Jorge - FLUL

Aguineth Vicente Paquete Andrade

Maria Raposo

Carla Raquel Miranda - FCSH

Diogo Falcato- FCSH

Gabriel Costa - FCSH

Ilísio Oliveira - FCUL

Ana Castro - FLUL

Mª Beatriz Modesto - FLUL

Mariana Verdial- FLUL

Vânia Andrade

Daniela Cotovio - FLUL

 Mariana Branco - FCSH

Sofia Sequeira - FCSH

Lucas Veras - FCSH

Bruno Pires - FLUL

Duarte dos Santos Pais Bernardo Lopes - DLGR, FLUL

Rafael Monteiro - FDUL

Matilde Ho - UL

Fernando Lopes - FCSH

Liliana Nunes - Ualg

Maria Mafalda djafuno jalo - Educadora

Eva Torga - FLUL

João Sousa - FCUL

Zinky

Herman Ramos

Lara Grou, FCSH

Diana Machado - NMS

Alexandre Martins - ESTS

Diana Carrasco-Ualg

Joana Forte- associação Integrar Diligente

Ana Pereira - FCSH

Paulo Pereira Oliveira Matos - FLUL

Aliyah Bhikha - FDUNL

Catarina Rodrigues - Alumni ISCTE

Sofia Azevedo dos Santos- FDUL

Inês Beatriz Nunes - FCSH

Filipe Reis - FLUL

Duarte Ferreira - Lic. Ciência política e relações internacionais

Jasmim Bettencourt / FLUL

Raúl Matamba - FCT/NOVA

João cão Duarte - FCUL

Mariana Simas - FLUL

Rita Cavaco - Nova School of Law

Pedro Bazima - UMinho

Leandro Castanheira- UA

Winnie Lourenço- FLUL

Raquel Adónis - ISCSP

Carolina Batalha-FLUL

Marta Lopes - FLUL

Filipe Marçal - FLUL

Ana Ribeiro - FCSH

Márcia Costa - FLUL

Inês Santos - FLUL

Miguel Vilar-FLUL

Mariana Raminhos- FLUL

Dáldia Lopes - UBI

Henrique Costa- FLUL

Sara Amarante- FLUL

Victor Tomás - FDUL

Ramiro Afonso Morais - FDUL

Bruna Lebre Scultori - FDUL

Carla Delgado - Nova School of Law

Mancanaul Gomes - Estudante

Joel Semedo- FDUL

Kinga Kovács-FLUL

Igor Rodrigues da Silva - ENSP-UNL

Di

Nina Harvie-Clark -University of Cambridge

Alexandre Ferreira- FLUL

Ana Cordeiro - ISCTE

Helena Vicente

Joana Vieira - FCSH

Ana Marta dos Santos-FDUL

Ana Margarida Batista- Alumni FLUL, IEUL

Maria Beatriz Carreira Pedrosa - FLUL

Taísa Braga - ISCTE

António Tonga - Activista Antirracista

Saturnino de Oliveira-ISCTE

Bifa Nancanhá- ISCTE

Telma Fundões-ISCSP

Lara Menezes - FCSH

Pedro Oliveira - FLUL

Catarina Martins - UAlg

Carolina Teixeira - ISMAI

Dânnya Martins - UE

Weza Silva - Ue

Luena Cunha - UE

Marina Caboclo - Advogada e Mestranda FDUL

Érica Vieira - Ex Vice-Presidente do NEEA FLUL

Leonardo Botelho - Advogado Estagiário

Arimilde Sofia Soares - AlumniFLUL

Gabrieli Fernandes Fickelsherer Gaio - ULisboa

Carlos Viegas - AlumniISEL

Dadanine Jánuario Gomes - Estudante

Stefanie Cerqueira Salomão- ISCSP

Paulo Marchã - FLUL - Finalista Licenciatura Estudos Africanos - Secretário de Direção da Associação Caboverdeana de Lisboa - Activista e Gestor Cultural - Tchon di Mundus

Elisângela Pereira - FLUL

Catarina Santos - FCSH

Mafalda Santos - FLUL

Mariana Caeiro - UBI

Jonathas Luciano Suela do Nascimento

Ianira Vieira

Joana Pinto

Rodrigo Candeias

Carolina Ribeiro - FCSH

Rafaela Vilaça- UP

Clinton Gomes - UE

Matilde Pinto - FCSH

Francisca Baptista - FLUL

Anna Carolina Almeida da Cruz

Ana Luisa Sousa - FLUL

Catarina Pinheiro - FLUL

Marco Alexandre Ribeiro - FLUL

Marcelo Andrade - FLUL

Letícia Amado - FDUL

 ngela Afonso- FLUL

Ana Guedes - FDUL

Guilherme Sá - FLUL

John Quitaxi - Docente Universitário

Joana Guerreiro Mestre - ISCSP

Beatriz Pereira - FCSH

Raquel Figueiredo - FDUCP

Tomás Mourinha

Frederico Dias de Jesus - Jurista | Mestrando FCSH

Miguel Partidário - Professor Assistente Convidado, Instituto Politécnico de Setúbal

Letizia Pietrini - FLUL

Gonçalo Cerqueira Simões

Francisca Araújo - ESSEM

Leonor Góis - ESEL

Tomás Carmelino- UE

David Almeida

Sónia Braz - Alumni ISCSP

Beatriz Romeira - FLUL

Maria Santos - ISCSP

Tomás Antunes - FDUL

Dejanira Vidal - FDUL

Carolina Caldeira - FLUL/ ISCTE

Carla Oliveira - CML

José Caldeira - CML

Murilo Matias- FLUL

Claudia Greco - Psicanalista

Kiana Bila- Fct

Elisabete Lopes - FDUL

Rúben Rafael de Pina Traquino - FDUL

Rodrigo Dias - FLUL

Rúben Marques da Silva - Alumni da FLUL; Estudante do Iscte; Membro do Conselho Pedagógico do Iscte e da Comissão Pedagógica da Escola de Sociologia e Políticas Públicas; Antigo Presidente do Núcleo de Estudantes de História Moderna e Contemporânea do Iscte

Margarida Silva - Gestora de Comunicação

Augusto Neves Júnior - Empresário de Turismo

Maria M. A. Sousa Monteiro - Reformada

Ardjana Seidi- FDUL

José Rui Rosário - Funcionário Público, músico e poeta

Rayana Lopes Borges - FDUL

Sofia Embaló - FLUL

Gervagio Gomes- IGOT

Mamadou Ba, Investigador e Dirigente do SOS Racismo

Abel Tenera - Desenvolvedor de Software e Jogos; Estudante ISCTE; Voluntário da Associação dos Cavaleiros de São Brás; Activista colaborador do Partido Comunista Português

Dário Costa - Professor de Inglês, músico

Silvia Milonga - Jornalista

Danilo Cardoso - Arte-Educador, poeta e Investigador

Grupo EducAr | Educação Antirracista

 

(As assinaturas continuam em aberto)

07.12.2022 | por arimildesoares | ACADEMIA, FLUL, LUTA CONTRA O RACISMO, manifesto, NEEA

Mũkoma wa Ngũgĩ, The Rise of the African Novel in English and accompanying costs

«My lecture will center around the 1962 Makerere University “Conference of African Writers of English Expression” and how and why colonially educated African writers and critics privileged the English-language African novel. And how in the course of doing so created an African literary aesthetic that erased early writing in African languages while celebrating an English only consensus. This is therefore also a lecture on the accompanying costs to the African literary tradition as subsequent generations of writers and critics worked mostly from the African Novel in English Only consensus.

The African novel was also central in cementing a much-needed Pan-African identity in decolonization. As Simon Gikandi argued in his essay “Chinua Achebe and the Invention of African Culture” there was a “consensus that Things Fall Apart was important for the marking and making of that exciting first decade of decolonization” (4) and it gave symbol and substance to a Pan-African identity. While recognizing the importance of the Achebe generation in the African literary tradition, I will challenge that narrowing of the identities of both the African novel and writer in what I call the Makerere consensus. I will call for both an African literary criticism and tradition that embraces its history of writing in African languages and for a broader African identity that is historically diasporic and presently transnational.»

 

Conferência Internacional

20 de Maio de 2022

17h-19h

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

sala C250 

International Conference

May 20th, 2022

5-7pm

School of Arts and Humanities

University of Lisbon

room C250

Plataforma9

19.05.2022 | por arimildesoares | conferência, FLUL, he Rise of the African Novel in English and accompanying costs, Mukoma Wa Ngugi

Paulina Chiziane conversa com alunos da FLUL

No âmbito da sua deslocação a Portugal, a escritora moçambicana Paulina Chiziane, Prémio CAMÕES 2021, disponibilizou-se a ter uma conversa com os alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), onde a sua obra é muito estudada em diferentes unidades curriculares. Essa sessão é organizada em conformidade com a sua editora, a Editorial Caminho/Leya, no âmbito do GENORE – Género, Normatividade, Representações, um projecto sediado no CEComp que visa discutir género em diferentes campos do conhecimento, com especial ênfase nos países africanos.

13.05.2022 | por Alícia Gaspar | Africa, CEComp, FLUL, literatura, paulina chiziane, prémio Camões

Sant Jordi na FLUL

De 18 de abril a 13 de maio
EXPOSIÇÃO | “A literatura catalã, um miradouro para o mundo”
Entrada da Faculdade de Letras (FLUL - Universidade de Lisboa)

Sant Jordi é uma das celebrações mais originais da Catalunha e tem lugar durante a primavera, no dia 23 de abril. “Trata-se de uma festa popular, que une cultura e romantismo combinando a celebração do dia do livro e do dia dos apaixonados”.

segunda-feira, 18 de abril
APRESENTAÇÃO DE LIVRO | Conversa com Rita Custódio e Àlex Tarradellas, tradutores da antologia de poesia catalã ‘Resistir ao Tempo’
16h30 | Sala A201 Anfiteatro III (FLUL)

terça-feira, 19 de abril
TERTÚLIA COM TINA VALLÈS | Os alunos de Catalão B1 e B2 falarão com a autora do livro ‘La memòria de l’arbre’, Tina Vallès
18h30 | Sala C134.A (FLUL)

quarta-feira, 20 de abril
APRESENTAÇÃO DE LIVRO | ‘A Memória da Árvore’, com Tina Vallès (autora), Artur Guerra e Cristina Rodriguez (tradutores)
18h | Livraria LeYa na Buchholz (Rua Duque de Palmela, 4)

sexta-feira, 22 de abril
CONFERÊNCIA | “Uma ponte entre culturas. A tradução literária de português para catalão” com Gabriel de la S. T. Sampol (tradutor)
17h | Sala A202 Anfiteatro IV (FLUL)

sábado, 23 de abril
PASSEIO LITERÁRIO | “A vida é passear-se pela Baixa”. Itinerário literário baseado no livro de poemas ‘Lisbona’, com a presença de Gabriel de la S. T. Sampol (autor)

Inscrição: xmagrinya@edu.ulisboa.pt
10h | Jardim do Príncipe Real

07.04.2022 | por Alícia Gaspar | FLUL, leitura, literatura, poesia, poesia catalã, sant jordi

Novo livro: Marfins Africanos no Mundo Atlântico

Novo livro do Centro de História da Universidade de Lisboa reúne os maiores especialistas mundiais na história da produção e do comércio de marfins africanos


O Centro de História da Universidade de Lisboa publica African Ivories in the Atlantic World, 1400-1900. Marfins Africanos no Mundo Atlântico, 1400-1900, obra coletiva dedicada à história da produção e circulação de esculturas africanas em marfim e de tráfico de marfim em bruto. Reunindo contributos de autores da Europa, África e América, estes 21 estudos apresentam, entre outras, novas visões sobre o papel dos africanos na produção dos marfins, a sua relação com a escravatura ou o colonialismo. Os textos foram submetidos a um apertado crivo de avaliação científica por uma comissão de 40 especialistas independentes. A coordenação é dos professores José da Silva Horta, Carlos Almeida e Peter Mark, especialistas em história de África.

Embora fosse um dos produtos mais importantes no comércio atlântico, a historiografia tem relegado o estudo desta matéria-prima para um plano secundário. Esquecido tem sido também o papel dos artistas africanos na escultura dos objetos trabalhados em marfim. A obra agora dada à estampa demonstra a importância do comércio do marfim, em bruto e trabalhado, e dos artistas africanos que o esculpiram. Pensa-se os marfins afro-portugueses, um corpus de objetos artísticos com características híbridas, como produções africanas, e identificam-se obras antes negligenciadas.

A nova publicação surge no seguimento do projeto de investigação «Marfins Africanos no Mundo Atlântico: Uma Reavaliação dos Marfins Luso-Africanos», que decorreu entre 2016 e 2019, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e sediado no Centro de História da Universidade de Lisboa. O trabalho desenvolvido terá seguimento com a criação de uma rede internacional de investigação, que irá reunir historiadores e outros especialistas dedicados ao estudo dos marfins africanos e ficará sediada no Centro de História da Universidade de Lisboa.

O lançamento decorre hoje, dia 24 de fevereiro, na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sala B.112.B, às 17h00.

Terá transmissão em direto pela plataforma Zoom, com as seguintes credencicias: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/83317267779 | ID da reunião: 833 1726 7779 | Senha de acesso: 663110.

African Ivories in the Atlantic World, 1400-1900. Marfins Africanos no Mundo Atlântico, 1400-1900 encontra-se disponível para download gratuito em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/50982

24.02.2022 | por Alícia Gaspar | carlos almeida, FLUL, história de áfrica, josé da silva horta, lançamento, livro, Marfins Africanos no Mundo Atlântico, peter mark

A Viagem Atlântica da "Chicha" - Seminário

Ancorada no projeto da história atlântica, essa apresentação visa construir novas hipóteses a respeito da chegada à África de uma preparação indígena americana de milho chamada “chicha”, destacando o possível papel da diáspora africana na difusão desse conhecimento.

A chicha é um preparo usado na América Central e do Sul, feito a partir da fermentação dos grãos frescos de “maíz” americano. É uma bebida muito popular pelos benefícios nutricionais que possui e, em estados de alta fermentação, é usada para cerimónias como coroações ou funerais de reis.

De acordo com achados arqueológicos, o uso ritual da chicha na Bacia do Titicaca, Peru, data de 800-250 a.C. Dois mil anos depois, cronistas espanhóis do século XVI como Pedro Cieza de León, descreveram o uso vigoroso da chicha em rituais fúnebres em Nova Granada, Quito, Peru e Bolívia. Prontamente, os africanos, afrodescendentes e mestiços incorporaram essa bebida nas suas práticas cerimoniais, conforme demonstrado por vários julgamentos da Inquisição de Cartagena. Por exemplo, em 1647, a Inquisição acusou Anton Angola em Ocaña, Nova Granada (atual Colômbia), de adorar um crucifixo e oferecê-lo a uma chicha que bebia, enquanto dançava e cantava na sua língua angolana.

Curiosamente, do outro lado do Atlântico, na Ilha de São Tomé, uma narrativa de 1665 descreveu que os africanos produziam um vinho chamado chicha a partir do tipo de “milho” chegado das chamadas Índias Ocidentais. Mais intrigante é saber que a reconstrução genética do “maíz” de São Tomé, Togo, Benin e Angola feita em 2013, o ligou diretamente às variedades do norte da América do Sul e em particular a variedades colombianas.

Considerando que a Inquisição de Cartagena condenou muitos africanos a remar em galés que certamente voltaram aos portos africanos, a apresentação indaga como a diáspora africana retornada teria influenciado a difusão desta bebida, especialmente durante os séculos XVI e XVII, quando os navios escravistas privilegiaram a rota de São Tomé para Cartagena.

Nota biográfica da conferencista

Paola Vargas realiza o pós-doutoramento Newton da Academia Britânica no King’s College do Londres. A sua investigação concentra-se em compreender as resistências contra a escravidão e as contribuições culturais das mulheres e homens africanos e afrodescendentes nas minas de ouro de Antioquia, em Nova Granada (atual Colômbia), nos séculos XVI e XVII. É colaboradora do projeto Freedom Narratives (https://freedomnarratives.org/) dedicado a disponibilizar na internet as biografias das pessoas africanas que cruzaram o Atlântico durante o período do tráfico. Fez doutorado em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro com um ano de pesquisa no Centro de História da Universidade de Lisboa, e mestrado em Estudos Africanos no Colégio de México.

19.10.2021 | por Alícia Gaspar | chicha, FLUL, história, Paola vargas, seminário, viagem atlântica

Tarde cultural cabo-verdiana

No próximo dia 27 de maio, pelas 14h30, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa dará lugar à Tarde Cultural Cabo-Verdiana, onde decorrerão várias palestras e actividades dedicadas à cultura cabo-verdiana.

A entrada é livre.

26.05.2016 | por claudiar | cabo verde, FLUL

Po di Sangui - Ciclo Flora Gomes

No próximo dia 16 de maio, pelas 16h, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa recebe mais um ciclo de cinema africano, desta vez intitulado de Po di Sangui - Ciclo Flora Gomes.

A argumentista Ana de Sousa e Etiandro Costa, representante do movimento Consciência Negra, são os convidados especiais desta sessão.

A entrada é livre.

Para mais informações:

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11.05.2016 | por claudiar | ciclo cinema, cinema africano, FLUL

Debate - Os Afrodescendentes no sistema educativo português

O que nos dizem as estatísticas oficiais sobre a situação dos afrodescendentes no sistema educativo? 

Pertencente aos Encontros Mensais sobre Experiências Migratórias, o debate sobre os Afridescendentes no sistema educativo português, irá ocorrer quarta-feira, dia 27 de Abril, na FLUL, Auditório 4.

Com a colaboração de: CIES-IUL; CRIA-IUL; Observatório da Emigração; CRIA-FCSH/NOVA; NEEA-FLUL.

10.04.2016 | por claudiar | afrodescendentes, debate, FLUL

Workshop Theorizing the Portuguese Colonial Experience. Images, History, Power - 16-17.Junho.2013 - Local: Companhia das Culturas, Castro Marim (actualizado)

This closed workshop is designed as an informal brainstorming meeting in dialogue with the work of Professor Ann Laura Stoler, under the following common, general, issues: What are the mutual interferences, tensions, productivities, silences, ignorances, gaps, influences between the empirical and conceptual specificities of studying the Portuguese empire, and the wider international literature on the colonial and post-colonial? How, in short, does the study of the Portuguese colonial experience interfere with old and emerging theories of colonialism and post-colonialism? 

OR

Este Workshop fechado está desenhado para promover o diálogo em torno ao trabalho de Ann Laura Stoler, em relação com as interferências, tensões, fissuras e influências existentes entre o trabalho empírico e as especificidades conceptuais do estudo do Império Português, e a bibliografia internacional sobre o colonial e o pós-colonial.

Entrada Livre sujeita a inscrição. Infos: Ricardo Roque <ricardo.roque@ics.ul.pt>

 

PROGRAMME

SUNDAY, JUNE 16, 2013

AFTERNOON

13h45 – Welcome

Eglantina Monteiro / Cristiana Bastos, Ricardo Roque, Manuela Ribeiro Sanches

14h00 - 14h45

The uses of the archive: some thoughts on colonial images and postcolonial melancholia.

Manuela Ribeiro Sanches (CEC-FLUL)

14h45 - 15h30

Empire cinema: disruptive colonial representations through Estado Novo films.

Carmo Piçarra (ICS-UL/ISCTE)

15h30 - 15h45 – Coffee Break

15h45 - 16h30

Beauty pageants and imperial power: intimacy and sexuality in the late Portuguese Empire.

Marcos Cardão (CEHC-IUL)

16h30 - 17h15

Art History, Postcolonial Theory and ‘Lusophone’ Contemporary Art.

Ana Balona de Oliveira (CEC-FLUL/IHA-FCSH-UNL)

20h00 – Dinner at Companhia das Culturas

AFTER DINNER EVENT:

Contemporary films by Filipa César and Daniel Barroca, O importante é ligar a cabeça à mão /’The important is to link the head to the hand´, vídeo e desenho

2008-2011

Filipa César, Cacheu, vídeo 10’

Selected and presented by Eglantina Monteiro and Nuno Faria

DAY 2: MONDAY, JUNE 17

MORNING

11h00 - 11h45

Were Portuguese citizens all those who were born in Portuguese territory? Fluid narratives on imperial citizenship.

Cristina Nogueira da Silva (FD-UNL)

11h45 - 12h30

Luso-tropical horrors: vulnerability, savagery, and the Portuguese in Timor.

Ricardo Roque (ICS-UL/University of Sydney)

12h30 -14h00 - Lunch

14h00 - 14h45

Bringing them in while keeping them out: colonial medicine, indigenous subjects and local agents.

Cristiana Bastos (ICS-UL)

Final comments & discussion: Ann Laura Stoler (New School for Social Research)

END OF WORKSHOP

companhia das culturas - uma casa rural de charme

12.06.2013 | por raul f. curvelo | africa.cont, ann laura stoler, centro de estudos comparativistas, companhia das culturas, cristina nogueira da silva, eglantina monteiro, filipa césar, FLUL, ics, manuela ribeiro sanches, maria do carmo piçarra, nuno faria, ricardo roque, the university of sidney

Conferência Imperial Debris. On Ruins and Ruination - Ann Laura Stoler - FLUL - 14.6.2013 - 17-19H

Ann Laura Stoler will discuss her recent edited volume Imperial Debris: On Ruins and Ruination (Duke University Press 2013). The book challenges us  to turn away from the placid noun “ruin” and the nostalgias it engenders to “the ruin” as a violent, political verb. It is a book that seeks to disrupt facile distinctions between political history and poetic form, urging us to think differently about both the language we use to capture the tenacious hold of colonial effects and their tangible, if elusive, forms. At the center of this project are two sets of relationships: one, between colonial pasts and how we discern their form and content in postcolonial presents without assuming we know in advance what they are, and, two, the relationship between new “tactile” methodologies and a more acute conceptual vocabulary that is attentive to the occluded, unexpected sites in which earlier imperial formations have left their durable traces, and in which contemporary inequities are refurbished and secured through them.

07.06.2013 | por raul f. curvelo | africa.cont, ann laura stoler, centro de estudos comparativistas, FLUL, ics, The New School for Social Research

Call for Pappers | Seminário Internacional, FLUL 17 e 18 Dezembro


Apresentação de resumos

A Comissão Organizadora do Seminário Internacional sobre “Cânone, Margem e Periferia nos Espaços de Língua Portuguesa” convida todos os interessados a apresentarem propostas de comunicação, painéis e sessões sobre qualquer assunto relacionado com a questão.

Seminário Internacional: Cânone, Margem e Periferia nos Espaços de Língua Portuguesa - MORPHE
FLUL, 17-18 de Dezembro

 

Em co-organização com o Institut für Romanistik – Universidade de Hamburgo
Martin Neumann
Joachim Michael

 

Organização:
Fernanda Gil Costa
Inocência Mata
Flávia Bâ
Kristian Van Haesendonck

 

Justificativa:

As actuais relações de poder entretecidas entre a periferia e o centro permitem a negociação de sentidos que convocam categorias problematizantes do paradigma do centro como pólo simultaneamente produtor e difusor de uma heurística fundadora e institucionalizante do conhecimento. Podendo perspectivar-se periferia como margem do centro a partir da qual este se define, essa relação constitui-se simultaneamente como ponto de tensão e de atenção do centro na negociação de problemáticas inerentes aos papéis sociais e económicos atribuídos, com reflexos nas diversas áreas da actividade humana, da linguagem à produção artística e ao pensamento intelectual e científico. Por outro lado, acontece também que a turbulência social contemporânea permite deslocar do centro para a periferia as instâncias enunciadoras e instauradoras de diferentes tipos de conhecimento.

O fórum de discussão “Cânone, Margem e Periferia nos Espaços da Língua Portuguesa” pretende uma abordagem interdisciplinar que se debruce sobre a negociação do paradigma de produção e difusão do conhecimento associado ao centro e o papel da periferia nessa negociação. O cruzamento interdisciplinar sobre esta temática permitirá aferir uma perspectiva histórica, linguística, sociológica e culturalmente informada e problematizante de questões ligadas a cânone, centro, margem. Desta forma, estas questões constituem-se como objecto e mote de investigação e discussão que se pretende no mundo da língua portuguesa.

O Seminário “Cânone, Margem e Periferia nos Espaços da Língua Portuguesa”, acontecerá, no âmbito do Grupo MORPHE do CEC, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, contando com uma programação formada por conferências mesas-redondas, para além de comunicações individuais. Podem também ser propostas mesas de 4-5 participantes.


 

Convidam-se estudantes, investigadores e professores a apresentarem comunicações. Os resumos das comunicações deverão ser enviados até ao próximo dia 30 de Setembro de 2012. para o seguinte endereço: periferiacec@gmail.com

 

 

 

 

A aceitação dos resumos será comunicada até 15 de Outubro.

26.06.2012 | por joanapereira | faculdade de letras lisboa, FLUL, universidade de lisboa