20ª edição do Doclisboa

 

Em Outubro, o Doclisboa comemora 20 anos e apresenta uma edição especial com a realização das sessões de abertura e encerramento em simultâneo nas cidades de Lisboa (abertura no Cinema São Jorge e encerramento na Culturgest) e do Porto (Cinema Trindade).

sessão de abertura realiza-se no dia 6 de Outubro com a estreia portuguesa de Terminal Norte, de Lucrecia Martel. A reconhecida cineasta está de volta ao cinema documental com uma curta realizada durante a pandemia, onde acompanha a cantora Julieta Laso nos seus vários encontros com um extraordinário grupo de artistas argentinos na região de Salta. Entre copleras - cantoras de música popular -, uma pianista de música clássica, uma rapper de música trap, um dueto feminino, a primeira coplera trans, o reconhecido guitarrista Bubu Rios, entre muitos outros, a câmara de Martel vai registando sessões de improviso e conversas sobre música e identidades, construindo um retrato íntimo destes artistas que, num período em que todas as portas se fecham, aqui encontram um espaço de libertação. 

Em Lisboa, a abertura conta ainda com um preâmbulo protagonizado por Lula Pena, para dar início à celebração da 20ª edição do Doclisboa. Uma experiência sonora surpresa preparada pela compositora e cantora portuguesa a descobrir na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge.

encerramento do festival está marcado para dia 15 de Outubro, na Culturgest e Cinema Trindade, e fica a cargo de Objectos de Luz, de Acácio de Almeida e Marie Carré, que aqui encontram o mote para formular a sua declaração de amor à fotografia e ao cinema. 

Acácio de Almeida, um dos mais importantes directores de fotografia da cinematografia portuguesa, estreia-se na realização para nos oferecer o seu olhar afectivo sobre a luz na sua obra e no cinema, percorrendo este passado de memórias e homenageando as actrizes e actores cujos rostos iluminou, como Isabel Ruth, Beatriz Batarda, Luís Miguel Cintra e José Mário Branco, entre tantos outros. Objectos de Luz é uma ode à história do cinema português e um testemunho da sua paixão pela arte da imagem em movimento a partir da luz. 

Mais informações.

12.09.2022 | por Alícia Gaspar | cinema são jorge, cinema trindade, cultura, Culturgest, DocLisboa, lisboa, porto

Doc's Kingdom 2021 - O Movimento das Coisas

Seminário Internacional de Cinema Doc’s Kingdom 2021 
regressa a Arcos de Valdevez de 1 a 5 de Outubro

“O Movimento das Coisas” é o ponto de partida da presente edição do Seminário Internacional de Cinema Doc’s Kingdom, que regressa a Arcos de Valdevez de 1 a 5 de Outubro. O Seminário Doc’s Kingdom é organizado desde 2000 pela Apordoc — Associação pelo Documentário, também responsável pelo Festival Doclisboa.

O único filme realizado por Manuela Serra — “O Movimento das Coisas” (Portugal, 1986/2021), estreado comercialmente 40 anos depois das filmagens em Lanheses, no Alto Minho — inspira o programa da presente edição, que celebra o reencontro no cinema com a presença de Manuela Serra, Jeannette Muñoz, Jessica Sarah Rinland, Naomi Uman e Sílvia das Fadas, entre outras realizadoras a anunciar.

Com um programa secreto até ao início de cada projecção, o Doc’s Kingdom 2021 reúne gestos que nos convocam para uma experiência táctil do cinema, incluindo um programa inédito de sessões especiais em 16mm, a partir do diálogo entre obras e cineastas que imaginam o lugar da comunidade na fragilidade do encontro e na sensibilidade do contacto, aí encontrando a sua força e a sua forma singulares.

O Doc’s Kingdom arranca na tarde de sexta-feira, 1 de outubro, com a conferência “A Vez do Cinema”, organizada em parceria com o Cineclube de Arcos de Valdevez. A conferência reúne delegados de projectos — salas, laboratórios, escolas, livrarias ou residências artísticas — que são exemplares na sua dimensão simultaneamente local e internacional. Estão confirmadas, entre outras, as participações de Ao Norte (Viana do Castelo), Casa do Xisto (Barcelos), Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (Porto), Filmaporto Film Commission(Porto), Laboratório da Torre (Porto), Numax (Santiago de Compostela), Rua Escura (Porto), para além do Flaherty Film Seminar (Nova Iorque, EUA) e La Vulcanizadora (Santa Marta, Colômbia).

Originalmente inspirado pelo seminário Flaherty, o Doc’s Kingdom mantém as mesmas características distintivas desde a sua primeira edição em 2000: ao longo de uma semana, o mesmo grupo vê filmes e conversa informalmente sobre eles; cada jornada inclui sessões de filmes de diferentes cineastas, propondo o diálogo entre os autores presentes e um debate coletivo aberto a todos os participantes, sem distinções hierárquicas entre realizadores, estudantes, professores, espectadores e organizadores; desde 2013, para encorajar a participação integral no seminário e intensificar a experiência de imersão total, o seminário não divulga antecipadamente o programa de filmes; ao longo do programa intensivo de projecções e debates, a experiência passa também pelo encontro com o lugar onde se realiza o Doc’s Kingdom, promovendo a relação com a comunidade local.

Contrariando a dimensão quantitativa dos festivais e a formatação do espaço académico, o que aqui se propõe é uma experiência de cinema e uma experiência humana global, que desejavelmente se tornem uma só coisa. Este encontro visa proporcionar um salto no conhecimento e na visão de quem nele participa. Por um lado, através da experiência concentrada de projecções e debates. Por outro, usando como catalisadores a própria vivência de grupo e a oportunidade de mergulho num lugar inspirador, que extrai os participantes aos seus diferentes contextos habituais, convidando-os para uma experiência de imersão total.

O seminário insiste na dimensão colectiva desta experiência, propondo um programa único para todos os participantes, sem eventos paralelos e sem alinhamento prévio: em cada sessão, o grupo entra na sala de cinema sem mapa, aliando a disponibilidade e o risco para cooperar numa experiência que não pode antecipar.

26.09.2021 | por Alícia Gaspar | cinema, doc's Kingdom, DocLisboa, o movimento das coisas, seminário internacional de cinema

“O Meu Bairro é Lisboa”. Está aberto o concurso de ideias para curtas-metragens documentais sobre bairros de Lisboa

Esta iniciativa surge no âmbito da celebração do 10.º aniversário BIP/ZIP.

O Meu Bairro é Lisboa é um concurso de ideias para curtas-metragens documentais sobre bairros de Lisboa, com candidaturas abertas até 5 de Abril. Promovido pelo Projeto Educativo da Apordoc – Associação pelo Documentário e a Estratégia de Desenvolvimento Local BIP/ZIP, o concurso está aberto a grupos de 3 a 5 membros, sem limite de idade

Nos bairros do município de Lisboa, existem muitos aspetos que podem ser filmados com uma câmara de telemóvel: espaços de convívio, curiosidades do passado, os habitantes, as fronteiras e os pequenos pormenores. Na partilha de perspetivas sobre diferentes zonas e bairros, todas as ideias são válidas. 

Dos membros do grupo, pelo menos um deve ser morador do bairro que pretende documentar. A diversidade (geracional, de género, entre outras) dentro dos grupos será um fator de valorização no processo de seleção. 
No final do processo de seleção, a 16 de Abril, o painel divulgará os 10 grupos vencedores. Os selecionados participarão em oficinas para a realização das curtas metragens, com uma formadora especializada em cinema do Projeto Educativo Apordoc. 

Em Julho, no Cinema São Jorge, todas as curtas-metragens serão exibidas numa sessão aberta ao público. O formulário de inscrição e todas as informações estão disponíveis no site do Doclisboa. 

20.03.2021 | por Alícia Gaspar | bairros da cidade, cinema são jorge, concurso, curtas-metragens, DocLisboa, lisboa, Portugal

"De Onde Venho, Para Onde Vou" — Doclisboa

Just a Movement, de Vincent Meessen, é um filme que parte da reinterpretação livre de “La Chinoise”, de Godard, para se centrar na figura e memória de Omar Blondin Diop, o actor que representava o jovem revolucionário maoísta no filme original e que era também um filósofo e artista anticolonial da África Ocidental.

Através de uma narrativa construída pelos amigos e familiares de Diop, e revisitando o método então ensaiado por Godard, o filme reflecte sobre as ideias do jovem senegalês em confronto com a realidade de Dakar nos dias de hoje. 


Picnic FreeInventory e Mockingbird, de Kevin Jerome Everson.

The Annotated Field Guide of Ulysses S. Grant, de Jim Finn. 

O experimentalismo visual de Kevin Jerome Everson e de Jim Finn dão as cartas nesta sessão que aborda e reflecte sobre as feridas sociais norte-americanas. Kevin Jerome Everson é um reconhecido artista visual que tem focado uma boa parte do seu trabalho na migração da comunidade afro-americana do sul para o norte do país, em busca de trabalho.

Em “The Annotated Field Guide of Ulysses S. Grant”, Jim Finn constrói um ensaio visual montado a partir de imagens a 16mm que reconstroem o percurso do general Grant, da fronteira entre o Texas e o Luisiana à costa de Nova Inglaterra, pelos antigos campos de batalha em que derrotou os exércitos Confederados. 


Para além das sessões, hoje vamos estar à conversa com o realizador Vincent Meessen, às 21h, e no dia 14, à mesma hora, com Kevin Jerome Everson e Jim Finn. 

11.03.2021 | por Alícia Gaspar | divulgação, DocLisboa, inventory, just a movement, mockingbird, picnic free, sessão de filmes, the annotated field guide of ulysses s. grant

Equipa Doclisboa em solidariedade com o Cinema Brasileiro

A equipa do Doclisboa assiste, chocada e com um sentimento de revolta, aos ataques feitos pelo governo do Brasil aos realizadores nesse país, aos nossos colegas e a todo o cinema independente brasileiro.

Na sequência de casos de censura, do anúncio de um ciclo de cinema militar na Cinemateca, e de cortes inexplicáveis à Ancine, o progressivo desmantelamento desta agência continua, agora suspendendo os apoios atribuídos aos realizadores com filmes programados em festivais internacionais. Esta medida visa evidentemente silenciar os realizadores, criando dificuldades à sua presença em contextos internacionais.

O Último Sonho, de Alberto ÁlvaresO Último Sonho, de Alberto ÁlvaresChão, de Camila FreitasChão, de Camila Freitas

É evidente um programa de eliminação da diversidade e da liberdade, visando uma arte que é, pela sua natureza, popular e democrática: o cinema. No Brasil, uma ditadura está em vias de se instalar - vários princípios do estado de direito têm sido descaradamente violados. Não é possível ser-se neutro perante isto.

Deste modo, o Doclisboa declara o seu repúdio a estas acções do governo, declara o seu apoio a todos os colegas brasileiros, e anuncia uma programação urgente que permitirá debater, pensar e contar armas para uma resistência activa contra o desmantelamento da democracia no Brasil. 

Apresentaremos, no contexto de um programa em torno de Eduardo Coutinho e em parceria com a Nitrato Filmes, o incontornável Cabra Marcado Para Morrer, que transporta a memória das lutas campesinas, mas também a memória do golpe de 64 e da subsequente ditadura; Últimas Conversas, o filme póstumo terminado pela sua montadora Jordana Berg, em que Coutinho conversa com alunos da rede pública de escolas do Rio de Janeiro, mas acaba por se confessar, também ele para a câmara; e Banquete Coutinho, de Josafá Veloso, que parte de uma entrevista ao realizador realizada em 2012, e numa série de arquivos da sua obra, para pensar a importância de Coutinho hoje, a sua memória como resistência necessária.

Apresentaremos também o filme Chico: Artista Brasileiro, de Miguel Faria Jr.: um filme que retrata a vida e obra do grande músico e escritor, e que foi retirado de uma mostra no Uruguai por indicação de representantes do Governo Brasileiro no país. 

Relembramos ainda que, como havíamos já anunciado, apresentaremos Chão, de Camila Freitas, um pungente retrato da luta do Movimento Sem Terra, que estreou na Berlinale, tal como apresentaremos a Estreia Internacional de O Último Sonho, de Alberto Álvares: uma invocação da memória do líder Guarani Wera Mirim.

Com estes filmes queremos relembrar a força do cinema brasileiro, não só na história como hoje, queremos partilhar este momento de dificuldade com todos os que querem resistir, e queremos dizer ao Governo do Brasil que amanhã vai ser outro dia - um dia construído pelos que respeitam os valores democráticos e a liberdade.

Banquete Coutinho, de Josafá VelosoBanquete Coutinho, de Josafá Veloso

 

21.09.2019 | por martalanca | cinema brasileiro, DocLisboa

Filmes sobre o Brasil hoje no DocLisboa

Maria AuxiliadoraMaria Auxiliadora26.10, 21:30h Cinema São Jorge

Alma Clandestina, de José Barahona, é uma biografia de Maria Auxiliadora Lara Barcelos, uma mulher activista política contra a ditadura brasileira nos anos 60. Foi presa, torturada e banida do Brasil, acabando por se exilar e viver na clandestinidade em Berlim durante os anos 70. O realizador estará presente na sessão. Link do filme

sobre Maria Auxiliadora a Marta Mestre escreveu este ensaio no BUALA, Adjetivo esdrúxulo: Maria Auxiliadora.

26.10, 14h Culturgest 

No filme Maré, três mulheres quilombolas expressam a sua apreensão entre a incerteza do futuro e a força da ancestralidade. Uma crítica actual e pertinente da escravatura e da subsequente desigualdade sócio-económica-racial que estrutura e se perpetua no Brasil de hoje. A realizadora Amaranta Cesar e Erica Batista, uma das mulheres retratadas no filme, estão presentes na sessão. Link do filme 

26.10.2018 | por martalanca | Brasil, DocLisboa, filmes

Filmes africanos no Doclisboa 2018

Entre eu e Deus de Yara CostaMoçambique, 2018, 60’

Karen é uma mulher jovem e independente que defende a lei canónica muçulmana na Ilha de Moçambique, mas está cheia de dúvidas e contradições em relação à sua identidade e a comunidade multicultural em que vive, num local histórico de confluência de culturas. 
Link 28 Out (dom), 16h15, 60’

 

La Vie Sur Terre de Abderrahmane SissakoMali, Mauritânia, 1998, 61’Em vésperas do ano 2000, Abderrahmane Sissako, cineasta mauritano a viver em França, decide regressar a Sokolo, uma pequena aldeia do Mali, para se encontrar com o pai. Chega à aldeia, muda de roupa, monta numa bicicleta e vagueia pelas ruas e pelos campos. É então que se cruza com Nana, também ela de passagem. Estabelece-se algo de impalpável e lúdico entre eles, enquanto a vida na aldeia continua.
Link 21 Out (dom), 17h, Cinema São Jorge

La vie sur terre de Abderrahmane Sissako 1999La vie sur terre de Abderrahmane Sissako 1999
 

 


Fahavalo, Madagascar 1947 de Marie-Clémence, Andriamonta-PaesMadagáscar, Franca, 2018, 91’

Chamavam-lhes fahavalo (inimigos), porque se revoltaram contra as autoridades coloniais francesas em Madagáscar, em 1947. Hoje, a cineasta Marie-Clémence Andriamonta-Paes leva-nos ao local onde os acontecimentos tiveram lugar, numa viagem ao encontro das últimas testemunhas. Falam-nas da sua luta pela independência e dos longos meses de resistência na selva, armados apenas com lanças e talismãs.
Link 22 Out (seg), 19.00, Culturgest24 Out (qua), 14.00, Cinema São Jorge

O festival aceita reservas de grupos, ficando o bilhete a 1 euro por pessoa no caso do grupo perfazer 10 ou mais elementos.Só é necessária marcação para projecto.educativo@doclisboa.org ou através do número +351 910 951 160, ou até respondendo directamente a este email.  

17.10.2018 | por martalanca | cinema, DocLisboa

No Trilho dos Naturalistas | DocLisboa 2016

Durante o Doclisboa, terá lugar a apresentação do SCI DOC, Festival Europeu de Documentário Científico de Lisboa, organizado pela Ciência Viva e a EuroPAWS e produzido pela Apordoc. Neste contexto, serão apresentados os quatro filmes da série No Trilho dos Naturalistas, da autoria de cinco realizadores portugueses cujos filmes têm marcado presença no Doclisboa.

Moçambique
João Nicolau 
2016 • Portugal • 60’ 
O filme aborda quatro dos ecossistemas mais relevantes do território moçambicano – o mangal, os prados de ervas marinhas, os inselbergs e a floresta de miombo – e retraça o movimento da Missão Botânica de Angola e Moçambique de 1963/64. 
23 out / 11.00, São Jorge – Sala 3

Angola
André Godinho
2016 • Portugal • 58’
Em 1927, Luís Wittnich Carrisso, botânico e professor da Universidade de Coimbra, parte para Angola, para estudar a flora e recolher plantas para o Herbário de Coimbra. Em 1937, morre no deserto do Namibe. Cerca de 80 anos depois, retraçamos a sua viagem.
28 out / 11.00, São Jorge – Sala

São Tomé e Príncipe
Luísa homem, Tiago Hespanha 
2016 • Portugal • 59’ 
Há 15 milhões de anos, uma erupção vulcânica deu origem a uma nova ilha no Oceano Atlântico. Uma viagem a São Tomé, à descoberta do presente, retraçando a exploração botânica da ilha feita pelo naturalista Adolpho Frederico Möller, em 1885.
29 out / 11.00, São Jorge – Sala 3

Viagens Philosophicas
Susana Nobre 
2016 • Portugal • 50’
O filme enquadra o desenvolvimento da ciência moderna em Portugal, impulsionado pelo Marquês de Pombal e traduzido nas expedições filosóficas portuguesas, no final do séc. XVIII. Viajamos pelos arquivos, herbários e metodologias de estudo da botânica.
30 out / 19.00, São Jorge – Sala M. Oliveira 

24.10.2016 | por marianapinho | angola, DocLisboa, Moçambique, No Trilho dos Naturalistas, São Tomé e Príncipe, Viagens Philosophicas

V Ciclo de cinema documental

Resultado de uma parceria entre o IC/CCP Praia, o doclisboa e a Apordoc, com o apoio da Garantia, realiza-se na Praia e no Mindelo a V Edição do maio.doc que irá apresentar de 22 a 31 de Maio dez documentários, dos quais oito foram selecionados na secção de competição para produções portuguesas do doclisboa. A abrir e a fechar este V Ciclo de cinema documental teremos a estreia de dois filmes realizados em Cabo Verde.


DIA 22
São Tomé e Príncipe.
Minha Terra, minha mãe, minha madrasta
Júlio Silvão Tavares
Cabo Verde,S. Tomé e Príncipe, 2012, 52’

Em 1861, um grupo de trabalhadores oriundos de Angola chega a S. Tomé e Príncipe, lavra terras e cria uma plantação: a Roça Monte Café. Em 1903, Cabo Verde vive momentos de seca e fome que provocam milhares de mortes. O sul surge como alternativa, pois escasseia a mãode-obra nas roças e milhares de braçais cabo-verdianos foram então contratados e seguiram para S. Tomé e Príncipe no porão dos barcos, em condições deploráveis.


DIA 23
Um Filme Português
Levi Martins, Vitor Alves, Miguel Cipriano, Jorge Jácome, Vanessa Sousa Dias, Carlos Pereira
Portugal, 2011,104’

Seis olhares sobre um país, através do cinema. Uma viagem, pela estrada fora, por entre novas fronteiras, à procura de imagens, sons e histórias, tentando descodificar o ontem, hoje e amanhã do cinema produzido em Portugal.

DIA 24
Coração no Escuro
Maria Joana Figueiredo
Portugal, 2011, 50’

Coração no Escuro é o roubo de um roubo em 11 quadros. João rouba ao Pessoa, Joana rouba ao João. A partir da rodagem do Filme do Desassossego (João Botelho, 2010), um testemunho sobre o cinema.

DIA 25
30.000 anos
Maya Rosa
Portugal, França, 2011, 79’

No Vale do Côa, no norte do país, foram redescobertas milhares de gravuras rupestres ao ar livre após séculos de esquecimento. Algumas datam de há cerca de 30.000 anos e constituem a forma de expressão artística mais antiga da Humanidade. Um museu ultramoderno está a ser edificado em homenagem aos artistas pré-históricos que viviam na região.

Golden Dawn
Salomé Lamas
Portugal, Holanda, 2011, 16’

Rodado no Mar do Norte, Golden Dawn retrata a vida de pescadores holandeses. Ir para o mar é um fandango que a humanidade dança desde os primórdios, em lugares remotos. O objetivo deste filme é mostrar visualmente a rotina de um dos trabalhos mais árduos que há, ao mesmo tempo que o transforma numa viagem visual poética.

DIA 28
Minas da Borralha
Fábio Oliveira, Luís Brandão, Teresa Pinto, Tiago Afonso
Portugal, 2011, 37’

Testemunhos em torno da vida árdua de uma indústria mineira entretanto desaparecida e em ruínas. As injustiças sociais, as violências laborais, os acidentes de trabalho mas também o quotidiano de então numa comunidade mineira do interior norte de Portugal, um mundo onde a extrema pobreza e a precariedade marcaram uma forte presença.

  DIA 29
Orquestra Geração
Filipa Reis, João Miller Guerra
Portugal, 2011, 63’

Retrato do impacto da iniciativa homónima, inspirada no projeto internacional Orquestra Simón Bolívar, em jovens da escola Miguel Torga, na Amadora. Ana, Daniel, Diogo, Marco e Mónica entregam-se a um projeto que rompe o contexto formatado da escola pública. Descobrimos os seus sonhos, a relação com a música e o sentimento de pertença a um grupo.

DIA 30
A Máquina
Miguel Guimarães Correia, Daniel P. Sousa
Portugal, 2010, 20’

O estádio de futebol enquanto máquina viva alimentada pelo trabalho de várias pessoas que, juntas, contribuem para a sua manutenção. É um trabalho feito de pormenores e detalhes, pequenos gestos de bastidores, carregados de devoção, fundamentais no desenvolvimento de um grande espetáculo, como é um jogo de futebol.

Água Fria
Pedro Neves
Portugal, 2011, 14’

Na romaria de São Bartolomeu do Mar, as desilusões ajudam os pés a entrar na água fria. São como sussurros indiferentes à música distorcida que ecoa na praia. As desilusões fazem este povo pedir aos céus o que não alcança na terra. Quantos são os sonhos que não se ousam sonhar?

DIA 31
Espelho de Prata
Diogo Bento, Edson Delgado
Portugal, Cabo Verde, 2012, 49‘

Documentário realizado no âmbito da exposição homónima, em torno da coleção de fotografia Foto Melo. Enquanto se desenrola uma nova fase no seio desta coleção, um projeto de organização e preservação desenvolvido ao longo de seis meses, pretendeu-se também resgatar e arquivar as memórias de quem conheceu a Foto Melo, conviveu ou trabalhou entre portas, da família, entre outros.

22.05.2012 | por herminiobovino | DocLisboa

Doclisboa 2011: Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974)

O doclisboa 2011 Festival Internacional de Cinema apresenta este ano uma programação dedicada aos Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974). Cinquenta anos depois do início da luta armada dos povos colonizados por Portugal, apresentamos uma retrospectiva histórica de filmes sobre as guerras de libertação das colónias portuguesas em África. Um resgate das obras cinematográficas mais significativas filmadas junto dos Movimentos de Libertação.

No dia 28 de Outubro, às 21h30, no Cinema São Jorge (sala 2) haverá uma Mesa Redonda sobre a Retrospectiva, com António Loja Neves e outros convidados a confirmar.

A pesquisa nos arquivos cinematográficos tem surpresas sem fim. Na procura dos filmes desta retrospectiva também as houve. A maior foi constatar, uma vez mais, quão frágil é o material cinematográfico e como se vai perdendo o rasto do seu passado à medida que os anos passam. O contrário foi de igual modo surpreendente, ao depararmo-nos com obras essenciais estimadas e preservadas. Como foi exemplo dos Serviços Audiovisuais do Exército, onde visionámos filmes em impecável estado de conservação e catalogação, para mais tratando-se de obras realizadas para apoiar “a causa do inimigo”, rodadas em plena guerra ultramarina e nessa época adquiridas pelo Exército português.

São esses materiais que devolvemos agora ao público. Preparámos o acervo possível de mostrar na actualidade. Tiveram que ser recuperados vários títulos cujas cópias se apresentavam maltratadas pelo tempo e pelo uso. O que vos damos a olhar é o que de mais significativo se filmou na altura e o que de mais sólido hoje se preserva ainda.

Mafalda Melo
Comunicação e Assessoria de Imprensa

Lista de filmes que compõem a retrospectiva:

25 Celso Luccas, Zé Celso Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Alheava_filme / Alheava_film Manuel Santos Maia Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Behind the Lines Margaret Dickinson Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
10 Giorni con i Guerriglieri nel Mozambico Libero Franco Cigarini Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Nshajo (O Jogo) / Nshajo (The Game) Raquel Schefer Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Festival Panafricain d’Alger / The Algiers Pan-African Festival William Klein Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Soldier playing with Dead Lizard Daniel Barroca Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
A Embaixada / The Embassy Filipa César Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
No Pincha! Tobias Engel, René Lefort, Gilbert Igel Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
A Luta Continua / The Struggle Continues Robert F. van Lierop Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Carnaval da Vitória António Olé Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Guerre du Peuple en Angola Antoine Bonfanti, Bruno Muel, Marcel Trillat Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Labanta Negro! Piero Nelli Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
I Vårt Land Börjar Kulorna Blomma / In Our Country the Bullets Begin to Flower Lennart Malmer, Ingela Romare Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
En Nations Födelse / The Birth of a Nation Lennart Malmer, Ingela Romare Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Mesa Redonda - Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) (convidados a confirmar) Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
A Group of Terrorists Attacked… John Sheppard Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Madina Boé José Massip Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
Vredens Poesi / Poetry of Anger Lennart Malmer Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974) São Jorge
O Povo Organizado / The People Organised Robert F. Van Lierop Retrospectiva Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974)

São Jorge

 

 

19.10.2011 | por joanapires | DocLisboa, documentário, festival internacional de cinema

Africa no DocLisboa (de 20 a 30 Outubro)‏

Este ano o DocLisboa presta homenagem ao etnologo e cineasta Jean Rouch e aos Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau. + informações:  www.doclisboa.org 

Licínio de Azevedo - Crónicas de Moçambique / Licínio de Azevedo - Chronicles of Mozambique

Margarida Cardoso | 88’ França, Portugal 2011

SELECÇÃO PORTUGUESA - SESSÕES ESPECIAIS - FORA DE COMPETIÇÃO

Licínio, jornalista brasileiro, chegou a Moçambique em 1977 e tornou-se no cineasta que, através dos seus filmes, conseguiu recolher o mais importante testemunho da História e da identidade de Moçambique. Dos anos de utopia revolucionária aos trágicos momentos da guerra, Licínio acompanhou tudo, fugindo aos cânones do cinema de propaganda.

21 OUT. 21:15 - Cinema Londres - Sala 1

When China Met Africa

Marc Francis, Nick Francis | 75’ Reino Unido, França 2010

INVESTIGAÇÕES

Um encontro histórico de mais de 50 chefes de estado africanos em Pequim tem repercussões na vida de três indivíduos na Zâmbia. Liu é um dos milhares de empresários que se estabeleceram por todo o continente. Li melhora a estrada mais comprida do país. O ministro do comércio está a caminho da China para obter milhões de dólares em investimento.

22 OUT. 16:45 - Cinema Londres - Sala 2

30 OUT. 16:45 - Cinema Londres - Sala 2

Cartas de Angola / Letters from Angola

Dulce Fernandes | 63’ Portugal, Angola 2011

COMPETIÇÃO PORTUGUESA - MÉDIAS E LONGAS

Primeira Obra

Cartas de Angola é uma viagem a um passado esquecido e um olhar sobre uma memória geográfica onde duas histórias se intersectam: a de uma portuguesa nascida em Angola nas vésperas da independência e a dos cubanos que combateram na guerra em Angola, após 1975. Uma reflexão sobre o lugar do indivíduo no contexto dos movimentos tectónicos da História.

22 OUT. 21:00 - Culturgest - Pequeno Auditório

27 OUT. 17:00 - Culturgest - Grande Auditório

Trailer : http://vimeo.com/27844989

Baby Ghana

Jean Rouch | 26’ França 1957

RETROSPECTIVA JEAN ROUCH

Rodado aquando da independência do Gana, a 6 de Março de 1957, o filme descreve o ambiente na capital, Accra, nesse dia histórico. Jean Rouch e um jovem de Accra, Adamou El Hadj Kofo, originário do Sudão francês (actual Mali), comentam as imagens da ocasião, à medida que esta se vai desenrolando, até ao cair da noite.

23 OUT. 19:30 - Culturgest - Grande Auditório

Jaguar

Jean Rouch | 92’ França 1967

RETROSPECTIVA JEAN ROUCH

Viagem a pé, do Níger à Gold Coast (Gana), do agricultor Douma, do pastor Lam, do pescador Illo e do mulherengo Damouré, para ganhar dinheiro. Após trabalharem em vários ofícios, os quatro amigos fundam a sociedade «Pouco a pouco», no mercado de Kumasi. De regresso à região Songhay, distribuem presentes e toda a sua riqueza. São reis por um dia.

23 OUT. 19:30 - Culturgest - Grande Auditório

Festival Panafricain d’Alger / The Algiers Pan-African Festival

William Klein | 112’ Argélia 1969

RETROSPECTIVA MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO EM MOÇAMBIQUE, ANGOLA E GUINÉ-BISSAU (1961-1974)

Em julho de 1969, a Argélia está em festa. Sete anos após a independência, é palco de uma manifestação cultural e política que envolve o continente e os novos países recém-independentes do jugo colonial. Recorda-se a caminhada da África, denuncia-se o colonialismo e exaltam-se as independências. Depoimentos de Mário de Andrade e Amílcar Cabral.

23 OUT. 17:00 - São Jorge - Sala 3

10 Giorni con i Guerriglieri nel Mozambico Libero

Franco Cigarini | 24’ Itália 1972

RETROSPECTIVA MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO EM MOÇAMBIQUE, ANGOLA E GUINÉ-BISSAU (1961-1974)

Em 1972, funcionários do município italiano de Reggio Emilia, empenhados no apoio ao Movimento de Libertação de Moçambique, trazem solidariedade à guerrilha. Samora Machel, Armando Guebuza e outros líderes explicam os motivos da luta contra os colonialistas portugueses. O filme ilustra também a vida quotidiana durante a guerra nas áreas libertadas.

24 OUT. 21:00 - São Jorge - Sala 3

Madina Boé

José Massip | 38’ Cuba 1968

RETROSPECTIVA MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO EM MOÇAMBIQUE, ANGOLA E GUINÉ-BISSAU (1961-1974)

Filmado nas áreas libertadas da Guiné-Bissau, durante a guerra de libertação de Portugal, Madina Boé segue as actividades do Exército Popular para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde. O filme documenta a educação política dos combatentes, as técnicas de guerrilha e o treino físico. Inclui igualmente uma entrevista rara com Amílcar Cabral.

24 OUT. 21:00 - São Jorge - Sala 3

A Group of Terrorists Attacked…

John Sheppard | 38’ Reino Unido 1968

RETROSPECTIVA MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO EM MOÇAMBIQUE, ANGOLA E GUINÉ-BISSAU (1961-1974)

Sheppard passa várias semanas nas zonas libertadas pelo PAIGC na Guiné-Bissau, para realizar este filme que dá a ver a organização da vida nas regiões libertadas e explica o início da luta e a formação das tropas independentistas. Além da presença de vários destacados comandantes da guerrilha, apresenta uma importante entrevista com Amílcar Cabral.

24 OUT. 21:00 - São Jorge - Sala 3

Labanta Negro!

Piero Nelli | 39’ Itália 1966

RETROSPECTIVA MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO EM MOÇAMBIQUE, ANGOLA E GUINÉ-BISSAU (1961-1974)

O filme pretende ser um testemunho da guerra de libertação da Guiné-Bissau, a partir das áreas já libertadas, onde a guerra e a actividade militar convivem com a criação das estruturas de uma sociedade civil que se organiza na floresta, aldeias e savanas. Inclui imagens de um comício do PAIGC, onde intervém Luís Cabral sobre a luta de libertação.

25 OUT. 19:00 - São Jorge - Sala 3

No Pincha!

Tobias Engel, René Lefort, Gilbert Igel | 65’ França 1970

RETROSPECTIVA MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO EM MOÇAMBIQUE, ANGOLA E GUINÉ-BISSAU (1961-1974)

Nova cópia

No auge da luta armada na Guiné-Bissau, o filme foi decisivo para dar a conhecer ao mundo e às instâncias diplomáticas a realidade no terreno. A visão de uma sociedade organizada e participativa, com as suas instituições e instrumentos de cidadania, fez mais pela causa do PAIGC do que muitos discursos e ajudou a cimentar a palavra dos seus líderes.

25 OUT. 19:00 - São Jorge - Sala 3

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10.10.2011 | por joanapires | DocLisboa, documentários

Anti-bruxaria do Sul dos Camarões no DocLisboa 2010

«Dia é tudo o que podemos ver e tocar… enquanto que a coisas da noite não se podem observar à simples vista. Só aqueles que sabem conseguem vê-las»

Na edição deste ano do Festival DocLisboa teremos a oportunidade de ver um documentário sobre a vida de um anti-bruxo do Sul dos Camarões. O filme –Dansa als esperits– é um retrato de um personagem extraordinário e um tributo à cultura Evuzok.

Para os Evuzok existem dois tipos de doenças: as «naturais» e as que vêm do mundo na noite, causadas pela bruxaria. Esta é a história de Mba Owona Pierre o ngengang –o «curandeiro». Ele lida com as doenças que vêm do mundo da noite, onde os espíritos vivem e atacam as pessoas. Pierre tem um dom especial e uma responsabilidade para com o seus conterrâneos. As rotinas diárias da aldeia –agricultura, pesca, culinária– representam o mundo do dia, onde a vida decorre pacificamente num ambiente no qual a modernidade começa a despontar. Elas falam-nos dos sentimentos, ações e necessidades básicas que nos unem a todos os humanos. Pierre escreve os seus pensamentos sobre a modernidade, a religião e a medicina, e leva-nos a presenciar o seu ritual de tratamento mais importante: a dança aos espíritos.

Sessões:
Sexta-feira, 15 de Outubro, 2010 · 21 h · Culturgest, Grande Auditório
Domingo, 17 de Outubro 2010· 18 h · Culturgest, Pequeno Auditório

Também haverá um Workshop com o realizador Ricardo Íscar no Sábado dia 16 às 11 h

Aqui pode ver-se um trailer de 3 minutos.

06.10.2010 | por luisestevao | camarões, DocLisboa, documentário

Malick Sidibé DOCLISBOA, Outubro no Palácio das Galveias

Malick Sidibé terá uma exposição de fotografias no Palácio das Galveias, em Outubro, organizada pelo doclisboa que este ano tem como imagem uma obra sua.

Malick é considerado um dos mais relevantes fotógrafos africanos. Para além da distinção com o Prémio Photo España Baume & Mercier 2009, Malick Sidibé foi já distinguido com o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2007,  com o Prémio Hasselblad (Suécia) em 2003 e com o prémio do Centro Internacional de Fotografia de Nova Iorque em 2008. Estudou Desenho e Design de Joalheria, distinguindo-se desde logo pelo seu talento para o desenho. É designado para decorar a loja do fotógrafo francês Gérard Guillat-Guignard e rapidamente se apaixona pela fotografia. Em 1962 abre o seu próprio estúdio e, desde então, tem recebido diversos prémios. As suas fotografias dos anos 60 e 70 são as principais testemunhas da época no Mali. 

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14.09.2010 | por franciscabagulho | DocLisboa, Fotografia Africana, Malick Sidibé